Notícias sobre impressoras 3D podem ter caído na normalidade, mas o que os pesquisadores conseguem fazer com elas é sempre uma novidade. Um exemplo são os pesquisadores que realizaram a impressão de materiais flexíveis em 3D, os quais podem ser usados para sustentar tecidos como dos tendões e dos músculos.
Até o momento, o mais comum era ver materiais rígidos impressos em 3D, como próteses de membros e aparelhos auditivos. Agora, os engenheiros do MIT projetaram materiais flexíveis que podem ser usados como suporte personalizado, incluindo tornozeleiras e joelheiras e até materiais implantáveis, como para tratar casos de hérnia.
Como imprimir materiais flexíveis em 3D?
Para o teste, os engenheiros imprimiram uma malha flexível para uso em uma órtese de tornozelo. A estrutura foi adaptada de modo a evitar que o tornozelo virasse para dentro, o que normalmente causa lesões. Ao mesmo tempo, o material permita que a articulação se movesse de forma livre em outras direções.
Outro teste foi feito para imprimir uma joelheira que se adapta mesmo quando o joelho se dobra. Ela foi feita de forma que se adapta às formas do usuário, proporcionando resistência contra apertos involuntários que podem causar maiores complicações.
Tudo isso foi feito com auxílio de técnicas de Engenharia: foi preciso usar as propriedades mecânicas e geométricas dos materiais. Na hora de projetar, eles se inspiraram em materiais maleáveis e sobre como tornar as impressões em 3D mais flexíveis e confortáveis. A inspiração veio do colágeno, uma proteína que compõe grande parte dos tecidos moles do corpo humano.
Inspirados pela estrutura molecular da substância, eles fizeram a impressão em 3D usando poliuretano termoplástico. A técnica, em si, é simples e pode ser adaptada para uma variedade de aplicações e pessoas. Isso promete uma evolução na área da medicina e é uma clara demonstração do quanto a tecnologia e a Engenharia trabalham juntas na construção de melhor qualidade de vida.
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Fontes: Science Daily; MIT.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.