Um sensor que fica aderido à pele do pescoço e consegue, de forma acurada, reconhecer a voz humana detectando vibrações das cordas vocais foi descrito na Nature Communications. Conforme demonstrado em uma série de testes, o dispositivo tem aplicações potenciais em reconhecimento de voz em sistemas de segurança e também no monitoramento da saúde vocal.

sensor de reconhecimento de voz
Imagem: nature.com

Sensores de reconhecimento de voz:

Sensores vocais que detectam vozes humanas acoplados à pele podem competir com tecnologias de reconhecimento de voz. Por quê? Bem, apesar das vantagens, como conseguir detector voz em ambientes barulhentos ou com vento, os sensores que ficam aderidos à pele disponíveis atualmente tem limitações de desempenho que prejudicam seu uso. Dentre elas, estão algumas inconsistências na sensibilidade dentre grandes intervalos de frequência de voz.

Um grupo de engenheiros coreanos criou uma abordagem para fabricar sensores flexíveis e que podem ser anexados à pele, capazes de detectar a voz com precisão. Seu design minimizou o amortecimento, isto é, uma redução na amplitude das vibrações, e permitiu a detecção precisa da aceleração da pele. Essa alteração constitui uma medida que se correlaciona diretamente com a pressão da voz, dada por padrões vocais e volume. Os autores descobriram que seu dispositivo eletrônico ultrafino compatível com a pele era capaz de detectar com precisão vozes com alta sensibilidade em toda a faixa de frequência da voz humana.

sensor de reconhecimento de voz
Imagem: nature.com

Resultados do teste de reconhecimento de voz:

O dispositivo foi testado por meio da sua integração a um sistema de segurança, que funcionava por reconhecimento de voz para entrada em uma sala. A partir dos testes, os autores do trabalho descobriram que seu sistema era capaz de reconhecer a voz correta do usuário, mesmo quando outra pessoa pronunciava a senha de acesso correta. O sistema também era capaz de reconhecer claramente a voz do usuário certo quando ele usava uma máscara que cobria seu rosto.


Fontes: Nature Asia.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Atualização: Antes de falar melhor sobre a Geoengenharia, queremos destacar que, em julho de 2023, um estudo divulgado pela revista “Nature” revelou que diamantes são expelidos durante erupções vulcânicas devido a um processo nas placas continentais.

A saber, rochas com diamantes, chamadas kimberlitos, se formam no interior dessas placas quando ocorre estiramento durante a separação. Ao longo de milhões de anos, a perturbação no manto terrestre gera diamantes a partir de depósitos de carbono. Esse processo resulta na formação de magma kimberlito contendo diamantes, solucionando um antigo mistério sobre sua origem vulcânica.


Quando um vulcão entra em erupção, ele expulsa uma grande quantidade de partículas na atmosfera, a ponto de, em alguns casos, interromper o funcionamento de aeroportos. Entretanto, alguns cientistas viram uma perspectiva diferente nesse fenômeno e enxergaram uma oportunidade de combater o aquecimento global por meio da geoengenharia. Saiba mais neste texto do Engenharia 360!

Geoengenharia e as Possibilidades de Resfriamento Global

A geoengenharia é uma busca pela mitigação dos efeitos do aquecimento global e abrange uma lista de ideias que variam desde as mais simples até as mais curiosas e incomuns. Uma dessas ideias consiste em utilizar partículas semelhantes às liberadas durante erupções vulcânicas, com o intuito de criar uma camada de aerossol na atmosfera em uma implantação de longo prazo.

geoengenharia
Imagem de Adrian Malec por Pixabay

Analogias e Desafios da Geoengenharia relacionada às Erupções Vulcânicas

Para investigar os efeitos desse tipo de intervenção, os pesquisadores empregaram modelos sofisticados para simular o impacto tanto de um único evento similar a uma erupção vulcânica, como da implantação contínua de geoengenharia. Eles observaram que, independentemente do método utilizado para introduzir as partículas na atmosfera, houve uma rápida redução da temperatura na superfície, sendo que a terra resfriou mais rapidamente que o oceano.

Contudo, os resultados também revelaram que, no caso da erupção vulcânica, a diferença de resfriamento entre a terra e o mar foi mais pronunciada, resultando em padrões de precipitação distintos nos dois cenários. Em ambos os casos, houve uma diminuição na precipitação sobre o planeta Terra, o que acarretaria diversos efeitos negativos. Essa redução foi mais acentuada durante a simulação da erupção vulcânica.

geoengenharia
Imagem de Gylfi Gylfason por Pixabay

É importante ressaltar que o estudo não defende o uso indiscriminado de partículas ou outras formas de geoengenharia, como jogar cinzas na atmosfera. Pelo contrário, os cientistas alertam para os riscos e destacam que as erupções vulcânicas são apenas analogias imperfeitas para a geoengenharia. Portanto, a abordagem mais eficaz e segura para combater as mudanças climáticas ainda é a redução das emissões de gases do efeito estufa, algo que já deveria ser de conhecimento geral.

Veja Também:


Fontes: Science Daily.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Você sabia que danos à infraestrutura rodoviária e ferroviária causados por desastres naturais podem resultar em custos anuais de, em média, de aproximadamente US $ 14,6 bilhões globalmente? Este dado foi divulgado em um artigo na Nature Communications. O estudo de modelagem sugere que cerca de 73% desses danos seriam causados ​​por águas superficiais (escoamento e chuvas extremas) e inundações de rios.

análise de risco em transportes
Imagem: iwstreamrailway.co.uk

Considerando os danos causados por desastres naturais:

Pesquisadores europeus, junto ao Banco Mundial, usaram dados globais de ativos rodoviários e ferroviários e mapas de risco para calcular a exposição e o risco de ocorrência de desastres naturais associados à infraestrutura de transporte. Dentre as catástrofes analisadas, os pesquisadores incluíram ciclones tropicais, terremotos, inundações por chuvas, inundações por cheias de rios em zonas próximas ao leito e inundações costeiras.

análise de risco transportes
“Global expected annual damages”. Fonte: nature.com

Os autores descobriram que cerca de 27% da infraestrutura de transporte do mundo inteiro está exposta a pelo menos um perigo, e o custo dos danos anuais esperados globalmente pode variar de US $ 3,1 a 22 bilhões. Eles identificaram que a infraestrutura de transporte dos pequenos locais em desenvolvimento, a exemplo de Papua Nova Guiné, é particularmente vulnerável a esses perigos.

No entanto, embora os maiores danos absolutos tenham sido observados em países de alta renda, de acordo com o estudo, como o Japão, os países de renda média, tais como a Geórgia e Mianmar, correm maior risco em relação ao PIB.

Inclusão da análise de risco em projetos:

Os pesquisadores argumentam que é crucial que os países melhorem o planejamento de transporte incluindo informações de risco em suas avaliações, item este que nós, engenheiros(as) e aspirantes a profissionais de engenharia devemos estar atentos na concepção e gerenciamento de projetos. Isso poderia ajudar a minimizar os gastos em todos os ativos, visando melhorias importantes para evitar danos causados ​​por riscos naturais.

Fonte: Nature Asia.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Fazer um computador pensar como um humano ainda é o sonho de muitos pesquisadores (e talvez o pesadelo de outros, se pensarmos em finais catastróficos para essa história). Entender melhor como o computador raciocina pode contribuir para identificar as fraquezas da inteligência artificial e desenvolver ferramentas melhores.

Alguns pesquisadores da Universidade de Maryland descobriram como criar algumas perguntas que, apesar de simples, consomem os melhores sistemas de resposta do computador. Com uma parceria humano-computador, eles desenvolveram um conjunto de dados com mais de 1200 perguntas.

A vantagem dessa parceria é que ela resolve alguns problemas muito comuns. Por exemplo, quando um ser humano cria uma pergunta, ele não sabe quais elementos específicos dessa pergunta são confusos para o computador. Por outro lado, quando uma máquina cria uma pergunta, ela nem sempre faz muito sentido.

inteligência artificial | computador
Imagem: vox.com

Para desenvolver essa nova abordagem de humanos e computadores trabalhando juntos, a equipe de pesquisa criou uma interface que revela o que o computador está pensando quando um humano escreve uma pergunta. Assim, quem escreve pode editar a pergunta com o objetivo de explorar os pontos fracos do computador.

Ainda, a interface destaca as palavras que levaram à resposta dada. As perguntas revelam seis fenômenos linguísticos diferentes divididos em duas categorias: paráfrase/contexto inesperado e habilidades de raciocínio (que envolvem lógica e cálculo).  Essas questões podem servir não só como um conjunto de dados usados por cientistas da computação para compreender melhor o processamento da linguagem, mas como um conjunto de dados de treinamento para criar algoritmos aprimorados de inteligência artificial e machine learning.

Um dos pesquisadores, Boyd-Graber, afirmou que catalogar os problemas dos computadores ajuda-nos a entender os problemas que precisamos resolver. Isso é um passo para começar a desenvolver técnicas para que os computadores respondam a perguntas da forma como os humanos fazem.

É possível que, treinando um computador a partir disso, ele possa passar facilmente o teste de Turing. Esse teste, criado por Alan Turing, consiste em testar a capacidade de uma máquina se “passar por um ser humano”. Porém, apesar de ainda ser preciso percorrer um longo caminho, essa descoberta já é o primeiro passo.


Fontes: Science Daily

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

O tratamento de água e a produção de energia elétrica podem ser alcançadas simultaneamente em um único dispositivo usando a luz solar. O equipamento capaz de fazer isso foi descrito na Nature Communications e os resultados podem um dia ajudar a mitigar a escassez de energia e água limpa em regiões áridas ou afastadas, apresentando uma perspectiva de engenharia humanitária.

tratamento simultâneo
Imagem: nature.com

A crescente demanda por energia e água limpa globalmente representa um desafio para o desenvolvimento sustentável. Mesmo a produção de eletricidade, dependendo da matriz, pode exigir grandes quantidades de água e, por sua vez, as estações de água precisam de energia elétrica para operar.

Nesse contexto, a luz solar, extremamente promissora, pode ser usada como uma fonte de energia renovável e sustentável para alimentar células solares e os dispositivos de purificação de água, mas ambas as tecnologias têm eficiência limitada e custos associados.

O dispositivo de funções simultâneas:

Profissionais da Divisão de Ciências Biológicas e Ambientais e Engenharia da Universidade King Abdullah de Ciência e Tecnologia combinaram duas tecnologias existentes movidas a energia solar – a placa fotovoltaica e destilação por membrana em múltiplos estágios – para produzir simultaneamente eletricidade e água tratada de qualidade.

A destilação por membrana é um processo avançado (que pode ser movido a energia solar) que requer temperaturas relativamente baixas para evaporar e coletar água de maneira eficiente. Pensando nisso, os autores da pesquisa projetaram uma unidade de destilação de membrana de três estágios montada na parte traseira de um painel fotovoltaico, de modo que o calor normalmente dissipado por este último fosse usado para evaporar a água.

O equipamento mantém a eficiência de uma célula solar comercial e, ao mesmo tempo, fornece água limpa a uma taxa de produção mais alta que a maioria dos dispositivos existentes.

A integração de ambas as funções em um único dispositivo melhora a eficiência energética. Além disso, os pesquisadores sugerem que seu dispositivo poderia ajudar a mudar a perspectiva das usinas de energia elétrica de consumidoras para produtoras de água potável. Eles esperam que isso contribua potencialmente para a reutilização de águas residuais em regiões onde a radiação solar é abundante e a água tratada é escassa.

water energy nexus simultaneamente
Imagem: wikipedia.org

Fontes: Nature Asia.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Plásticos e microplásticos estão por todo lado (inclusive na sua comida) e são um problema gigantesco para o meio ambiente. Isso acontece porque eles podem levar anos para se decompor, permanecendo no ambiente e indo parar até no estômago de animais marinhos (e, consequentemente, no seu também).

Os números são absurdos: estima-se que 30.000 toneladas de microplásticos vão parar nos oceanos todos os anos. Isso seria o mesmo que a poluição causada por 5 bilhões de garrafas plásticas. 

Algumas legislações já proibiram o uso de microesferas de plásticos de cosméticos (como no Reino Unido), mas elas ainda estão presentes em muitos produtos. Então, há uma demanda pelo desenvolvimento de materiais substitutos que possam ser usados sem comprometer o meio ambiente. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Solução sustentável com microesferas biodegradáveis de celulose

Uma das ideias partiu da startup Naturbeads, que visa substituir os microplásticos desses produtos por microesferas biodegradáveis feitas de celulose. Tais microesferas são feitas usando uma solução de celulose que é forçada através de pequenos orifícios em uma membrana tubular, criando gotículas esféricas da solução que são removidas da membrana usando óleo vegetal. As esferas são coletadas e separadas do óleo antes do uso.

Aliás, a Naturbeads fica na Universidade de Bath (no Reino Unido) e a tecnologia foi desenvolvida pelos professores Janet Scott e Davide Mattia. Eles fundaram a startup no ano passado para comercializar a tecnologia.

microplásticos
Imagem reproduzida de phys.org

Investimento para expansão e redução da poluição plástica

A Naturbeads foi premiada com uma parceria entre o UK Research and Innovation (UKRI) e o Sky Ocean Ventures (SOV), através do Plastic Research and Innovation Fund. Em consequência, ela receberá 582.842 libras para construir e testar um equipamento protótipo para a fabricação de microesferas de celulose.

A intenção é de que, com o protótipo, eles consigam produzir amostras em uma escala de quilogramas. Essas microesferas podem ser enviadas para as empresas de cosméticos para testes de novas formulações. Com isso, os professores estão entusiasmados com o fato de ver a tecnologia implantada comercialmente e contribuir para reduzir a poluição por plásticos nos oceanos.

microplásticos
Imagem reproduzida de phys.org

Fontes: Phys.org

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Foi divulgado que o novo celular do Google, o Pixel 4, contará com sensores de movimento. A nova tecnologia permitirá o usuário a silenciar alarmes, mudar músicas, e até mesmo silenciar ligações telefônicas.

Embora faça parte de uma inovação tecnológica, a LG implementou no G8 ThinG um sistema similar. Porém, no G8 ThinG, os sensores de movimento são utilizados através da câmera. Enquanto isso, o Pixel 4, contará com um sistema independente de sensores de movimento.

Novo smartphone do google terá sensores de movimento

Como funcionam os sensores de movimento

O Google basicamente desenvolveu um sistema de radar em miniatura. Este sensor de movimento, chamado Soli, ficará na parte de cima do celular, por analogia podendo ser comparado a um chip.

Quando digo “sistema de radar em miniatura” estou me referindo ao fato de que a tecnologia do chip Soli é utilizada em radares de voo. Da mesma forma que é capaz de detectar movimentos milimétricos mesmo no escuro.

O Google combinou o sensor de movimento com algoritmos capazes de reconhecer gestos. Esta tecnologia foi aprovada pela Comissão Federal de Comunicações, em Janeiro, e está prestes a ser introduzida ao mercado.

Novo smartphone do google terá sensores de movimento
Chip Soli

A pesquisa e o desenvolvimento

Introduzir a smartphones uma tecnologia de sensores de movimento utilizadas por radares de voos não acontece do dia para noite. Sabemos que o Google tem trabalhado nesta tecnologia por anos. A primeira publicidade sobre o assunto, veio antes de 2015. A impressão que temos, é que o Pixel 4 será apenas a introdução dos sensores de movimento ao mercado. Afinal, já foi divulgado que o objetivo é de introduzir esta tecnologia a outros produtos Google, como: Google Home, smartwatches, painéis de carro, interruptores, e até mesmo headsets.


Fontes: MIT Technology Review, TecMundo

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Beatriz Zanut Barros

Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.

Embora muitos não acreditem, o aquecimento global é um problema gigantesco. Felizmente, muitos cientistas lutam contra ele. Um exemplo é de um grupo de pesquisadores que trabalha em um projeto relacionado à criação de um polímero que armazena gás natural pode combater o aquecimento global.

O gás natural é considerado “mais limpo” devido ao fato de que sua queima tem pouquíssima emissão de dióxido de enxofre e menos emissões de óxido de nitrogênio e material particulado. Além disso, ele libera quase 30% menos dióxido de carbono do que o petróleo e 43% menos que o carvão. Ele é muito explorado nos Estados Unidos, no Mar Mediterrâneo e em outras partes do mundo. Porém, para ser facilmente usado, o gás natural precisa de um armazenamento adequado.

gás natural polímero
Imagem: fool.com

Sabe-se que gases adsorvidos coletam gás condensado de uma superfície. Esses gases leves têm uma pressão de vapor muito alta à temperatura ambiente e seu armazenamento requer sistemas de alta pressão, sistemas adsorventes (substância sólida que absorve outra substância) ou uma redução extrema da temperatura. Os pesquisadores usam um processo chamado gás natural adsorvido, no qual o gás natural é adsorvido a uma pressão relativamente baixa (100 a 900 psi) e à temperatura ambiente, resolvendo ambos os problemas de alta e baixa temperatura.

Os pesquisadores trabalham com o desenvolvimento de novos materiais para captura e separação de gases desde 2008. Nos últimos anos, o foco da pesquisa foi encontrar materiais porosos que armazenem o gás natural. A ideia seria pressurizar o gás natural no sorvente para que ele se expandisse. Durante o consumo (dessorção), o polímero inchado liberaria o gás até esvaziar completamente.

Os resultados mostraram que o uso do material é viável e, para melhorar, sua produção é barata, tornando-o uma alternativa viável. Agora, a equipe trabalha em uma escala real para testar a eficiência do processo.

gás natural polímero
Imagem: oasisenergy.com

Vale ressaltar que um dos pesquisadores considera que o impacto mais importante é, certamente, sobre o meio ambiente. A redução das emissões será significativa e contribuirá para a redução do aquecimento global. Ainda, eles esperam, um dia, ver veículos rodando com gás natural e equipados com os materiais desenvolvidos.


Fontes: Science Daily

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Se você está pensando em realizar uma pós graduação em engenharia fora do Brasil, em primeiro lugar, é preciso levar em conta que será preciso tirar algumas certificações. Mas quais são elas? Abaixo faremos um resumo de 3 certificações, que você precisa tirar antes de se candidatar em algum curso de pós graduação de engenharia.

home office | certificações
Imagem reprodução da Serasa Certificado Digital

Certificações de Inglês: TOEFL ou IELTS

Todos nós, engenheiros, sabemos que falar inglês se tornou praticamente uma obrigação. Agora, e como comprovar que eu falo inglês? É o objetivo das certificações TOEFL (Test of English as a Foreign Language) e do IELTS (International English Language Testing System).

Você provavelmente vai poder escolher entre uma destas certificações, pois são dois institutos de língua Inglesa com o mesmo objetivo: a capacidade de avaliar o nível de Inglês de um estrangeiro.

O TOEFL é organizado por uma instituição chamada ETS, e é voltada para o sistema americano de ensino. Por isto, muitas vezes se torna menos difícil para nós Brasileiros. Uma vez que é uma prova contextualizada e me lembrou o ENEM em diversos aspectos.

Já o IELTS é organizado pelo British Council, e tem uma estrutura similar aos certificados emitidos pela Universidade de Cambridge. Para mim, a principal diferença entre as duas certificações está no reading, nossa famosa interpretação de texto. Enquanto no IELTS as respostas podem ser em diferentes formatos: respostas curtas, completar lacunas, ou múltipla escolha; Entretanto, no TOEFL são oferecidas apenas questões múltipla escolha.

grupo de alunos diversos estudando em biblioteca
Imagem: science.missouiristate.edu

Muitos cursos no Brasil estão exigindo estas certificações. Universidades como USP (Universidade de São Paulo) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) exigem TOEFL ou IELTS para cursos de mestrado.

Qual é uma nota boa para TOEFL ou IELTS? Depende do nível de inglês exigido pela faculdade. Não existe reprovar no TOEFL ou no IELTS. Porém as duas certificações emitirão um relatório com relação as suas facilidades e dificuldades na compreensão, expressão e escrita do idioma.

GRE – Graduate Record Examination

Também conhecida como a certificação mais pedida pelos cursos de mestrado. Normalmente, para o nosso caso na Engenharia, é solicitado fazer a prova voltada para matemática. Porém, em algumas faculdades é possível realizar o teste geral.

O GRE é uma certificação emitida pela ETS, o mesmo órgão que emite o TOEFL. Porém, diferente do TOEFL, o objetivo nesta prova é medir a capacidade do candidato em: sintetizar informações, resolver problemas, analisar dados, e articular dados; Dando suporte a ideias complexas de forma clara.

GMAT – Graduate Management Admission Test

É a certificação mais solicitada para os cursos de MBA. Mais de 1500 programas de MBA no mundo utilizam a nota no GMAT como uma das etapas durante um processo seletivo.

A certificação é emitida pelo GMAC. Apesar de ter um objetivo parecido com os outros, este exame é realizado através de um sistema diferente. Uma vez que permite perguntas em níveis diferentes, dependendo do nível do candidato durante a prova. Assim, as perguntas mais difíceis vão aparecendo conforme o candidato se mostrar avançado, e valerão mais pontos.

O objetivo da certificação é avaliar a capacidade de raciocínio lógico, assim como a capacidade de tomar decisões com a pressão do tempo.

3 certificações necessárias para fazer pós graduação em engenharia fora do Brasil

Todas estas certificações exigem um preparo prévio. Portanto é necessário conhecer o estilo da prova para atingir uma nota competitiva, e consequentemente entrar na faculdade dos sonhos.

É importante começar a se preparar o quanto antes para atingir seus objetivos. No meu caso, fiz o TOEFL e o GRE com quatro meses de preparatório. Porém eu já era fluente em inglês, e meu preparatório foi voltado apenas para os estilos de provas.

Hoje, eu recomendaria para alguém começar os preparatórios durante o final da faculdade. As certificações tem validade de dois anos, e são essenciais para dar entrada no processo seletivo de um curso de pós graduação fora do Brasil.


Fontes: Estudar Fora

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Beatriz Zanut Barros

Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.

Estamos mergulhando cada vez mais em realidade virtual. Um novo avanço na área foi publicado na revista Scientific Reports (da Nature) e descreveu uma luva que interage com realidade virtual para dar feedback tátil, e permite que o usuário sinta e manipule objetos virtuais.

Luvas de realidade virtual permitem que usuário sinta o formato dos objetos
Imagem: nature.com

Luvas de realidade virtual:

Luvas que permitem que os usuários sintam objetos em realidade virtual funcionam por meio de sensores e autuadores. No caso, esses sensores detectam os movimentos do usuário, enquanto os atuadores dão um feedback físico por meio de estímulos mecânicos que o usuário possa sentir (por exemplo, a vibração). Embora os atuadores já desenvolvidos pudessem reproduzir com precisão a textura dos objetos virtuais, eles não podiam fornecer informações sobre sua forma.

A novidade:

Youngsu Cha, profissional do Centro de Robótica Inteligente e Interativa do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia, junto com colaboradores, desenvolveu um sistema de luvas que permite ao usuário manipular uma mão virtual, pegar um objeto em realidade virtual e sentir sua forma.

Quando o usuário da luva move a mão para pegar o objeto – neste caso, um cavalo de xadrez virtual – os movimentos dos dedos são detectados por sensores na luva. Os dados dos sensores são transferidos via Bluetooth para um programa que recria movimentos correspondentes da mão virtual em uma tela.

Os autores do estudo, por meio do canal da revista no YouTube, divulgaram um vídeo do sistema, que você pode conferir abaixo:

Segurar o objeto virtual ativa um conjunto de atuadores de silicone macio desenvolvidos pelos pesquisadores. Os atuadores recebem um sinal do ambiente de realidade virtual, que faz com que o ar dentro deles se mova e expanda o silicone em seu centro. As pontas dos dedos do usuário sentem a pressão do silicone expandido como se estivessem tocando o objeto virtual, permitindo que ele sinta sua forma, pegue-o e segure-o em realidade virtual.

O sistema de luvas dos autores pode ser operado sem compressores de ar externos volumosos que eram necessários para os atuadores anteriores. Os autores sugerem que ele pode ser usado em diferentes ambientes de realidade virtual, desde que conectado a diferentes softwares.

A luva ainda não tem um design legal, considerando a fase de pesquisa, mas a gente aposta que vocês já querem incorporar isso a games. A verdade é que a gente também.

luva
Imagem: nature.com

Fontes: Techxplore. Nature Asia.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.