O chamado “texting”, que nada mais é do que o cotidiano ato de “enviar mensagem”, tornou-se uma reconhecida forma de comunicação, seja lá por qual aplicativo se dê. Pensando nisso, entender a velocidade em que o texting ocorre é fundamental na caracterização do comportamento dos usuários, permitindo compreender seus hábitos e demandas e, por consequência, evoluir no serviço.

Pensando nisso, um estudo de velocidade de digitação foi conduzido e detectou que as pessoas estão digitando cada vez mais rápido em smartphones e essa velocidade está quase atingindo a mesma que a de um teclado de computador. Vem com a gente conferir!

digitação
Imagem: cam.ac.uk

Teste de velocidade de digitação:

O estudo, o maior até o momento, foi realizado com mais de 37.000 participantes, que fizeram um teste on-line no typingmaster.com, responsável por comparar a velocidade de mensagens de texto com aquelas digitadas em um teclado convencional, daqueles de computador.  A maioria dos participantes eram mulheres de vinte e poucos anos dos EUA. No entanto, o estudo também abrangeu pessoas de todas as idades e de mais de 160 países diferentes.

Foi solicitado que a digitação fosse realizada o mais rápido possível. A equipe registrou os toques no teclado enquanto os participantes transcreviam frases diferentes. Os pesquisadores foram capazes de monitorar sua velocidade de digitação, erros e outros fatores relacionados ao comportamento de digitação.

Anota aí:

O estudo indicou que usuários que digitam com dois polegares atingem 38 palavras por minuto em média. Isso indica que a velocidade de texting é apenas cerca de 25% menor do que as velocidades de digitação observadas em um estudo semelhante em grande escala de teclados físicos.

Em um teclado convencional, é possível obter até 100 palavras por minuto, mas a proporção de pessoas que realmente alcança isso vem diminuindo. A maioria dos usuários de teclados físicos atinge entre 35 e 65, o que acaba sendo compatível com a média em smartphones.

Em todas as suas pesquisas, a velocidade mais rápida que os pesquisadores viram em uma tela sensível ao toque foi de alguém capaz de digitar 85 palavras por minuto. Notavelmente rápido para texting.

Adaptação dos mais velhos, familiaridade dos mais jovens:

Os resultados mostraram que a diferença entre a velocidade de digitar em smartphones e fazer o mesmo em teclados convencionais está diminuindo. Além disso, pesquisa permitiu perceber que crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos digitam aproximadamente 10 palavras por minuto mais rápido que qualquer outra pessoa. Agora há embasamento científico, com dados empíricos, para que a gente diga que digitar devagar é coisa de gente mais velha. “Porque na minha época…”

Dois polegares ou indicador?

Outra variante da velocidade de digitação foi se os participantes usaram dois polegares durante a digitação ou apenas um dedo durante o texting. Em um teclado de computador há muitos outros em jogo.

Acontece que mais de 74% das pessoas digitam com dois polegares e são realmente mais rápidas ao digitar. Além disso, quando as pessoas usam a correção automática, elas também digitam mais rapidamente do que aquelas que escolhem soletrar cada palavra.

texting
Imagem; voicepreview.org

Corrija se eu estiver errada:

O entendimento da equipe quanto ao uso de corretores é que técnicas como a conclusão de palavras ajudam as pessoas, mas o tempo gasto pensando nas sugestões de palavras geralmente supera o tempo que levaria para você digitar as letras, tornando-o mais lento em geral.

A maioria dos usuários usa algum tipo de suporte inteligente e, muitas vezes, os corretores alimentam algoritmos de inteligência artificial, que aprendem cada vez mais. Apenas 14% das pessoas digitam sem correção automática, sugestões de palavras ou digitação por gesto.

A forma mais rápida para digitar em smartphones, de acordo com o estudo, foi usando dois polegares e com correção automática. Experimente você mesmo o teste aqui e descubra sua própria velocidade de digitação.

Fonte:  MobileHCI 2019

Leia também: O curioso caso do lento e popular teclado QWERTY.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Sabemos que diversos fatores influenciam na eficiência de um painel solar. Normalmente, a eficiência de um painel solar, instalado em residências, varia entre 11-15%.

Já os painéis elétricos mais eficientes conseguem converter pelo menos 44% de sua potência em energia. Porém, toda esta eficiência depende de uma série de fatores. Vamos falar um pouco mais sobre eles:

Tipo de Painel Solar

Os painéis solares monocristalinos apresentam uma tecnologia melhor para instalações domésticas. Isto se dá ao fato de serem feitos de silicone puro. Porém, se avaliarmos as estatísticas, a diferença em relação aos painéis policristalinos, em questão de eficiência; não são enormes.

Já os painéis solares de filme fino são relativamente ineficientes; mas o seu preço é inferior às outras opções. Os painéis solares de filme fino ocupam mais espaço em relação aos painéis solares monocristalinos para produzir a mesma quantidade de energia.

painel solar
Casa com um posicionamento correto dos painéis solares (Fonte: Condomínio Deco)

Sombras

Obviamente a presença de sombras irá interferir na eficiência de um painel solar! Porém, dependendo do setup instalado; esta perda pode interferir no sistema inteiro.

É sempre recomendado a presença de um profissional para realizar todos os cálculos necessários para chegar a uma disposição perfeita para os painéis.

Saiba quais fatores determinam a eficiência de um painel solar
Instalação de um painel solar (fonte: Portal Energia)

Orientação

Para melhor eficiência dos painéis, eles devem ser posicionados de acordo receber a maior quantidade de radiação solar possível. No caso do Brasil e em outros países do hemisfério sul, significa que o painel solar deve ser direcionado para o norte.

Esta análise de orientação para custo benefício de uma instalação de painéis solares, se da pela análise astrofísica da posição solar. Nesta analisamos os movimentos de translação e rotação da terra, para chegar aos horários e posições com maior incidência de radiação.

Saiba quais fatores determinam a eficiência de um painel solar
Alteração da posição solar conforme as estações do ano. (Fonte: Infográficos)

Temperatura

Temperatura é uma coisa que devemos considerar se você vive em áreas muito quentes. Por exemplo, no nordeste do Brasil. Afinal de contas, conforme a temperatura aumenta a eficiência do painel solar diminui um pouco.

Tempo de vida

A eficiência do painel solar diminui conforme o tempo de uso. Em geral, a perda de eficiência gira em torno dos 0,5% ao ano. Apesar desta perda, 80% dos fabricantes de painéis solares oferecem uma garantia; em que sua eficiência se mantem entre 80% após 25 anos de utilização.

Saiba quais fatores determinam a eficiência de um painel solar
Vista de cima de uma instalação visando a posição solar (Fonte: google maps)

Manutenção

Painéis solares geralmente requerem uma manutenção bem pequena; especialmente para sistemas conectados a rede de distribuição. Entretanto, a limpeza ainda é recomendada, afinal poeira faz com que o painel perca sua eficiência em até 10% em certos locais.

Na maioria dos locais, apenas ¨jogar água¨ já resolve este problema, ou às vezes a água da chuva pode fazer o trabalho por você. 

Saiba quais fatores determinam a eficiência de um painel solar
Manutenção de Painel solar (Fonte: Aliança Fotovoltaica)

Não sabemos ao certo com que frequência você deve limpar seus painéis solares porque depende da quantidade de poeira na região.

Veja Também:


Fontes: Energy Informative

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Engenharia 360

Beatriz Zanut Barros

Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.

Na era de big data, a engenharia e a ciência vem trilhando um caminho de reconhecimento de padrões, em busca melhor organizar e compreender dados. O que a gente não costuma imaginar é que, longe do chão de fábrica e cadeias produtivas, há sistemas biológicos microscópicos, como colônias de bactérias, podem constituir fontes de dados complexos e de difícil interpretação, exigindo interdisciplinaridade profissional e ferramentas sofisticadas, como o aprendizado de máquina.

circuitos biológicos machine learning
Imagem: techxplore.com

Nessa linha de pesquisa, uma equipe de engenharia biomédica da Duke University desenvolveu uma abordagem de aprendizado de máquina para modelar as interações entre variáveis ​​complexas em bactérias manipuladas que, de outra forma, seriam muito difíceis de prever. Seus algoritmos são generalizáveis ​​para muitos tipos de sistemas biológicos.

No estudo, os pesquisadores treinaram uma rede neural para prever os padrões circulares criados por um circuito biológico incorporado a uma cultura bacteriana. O sistema trabalhou 30.000 vezes mais rápido que o modelo computacional existente. Para melhorar ainda mais a precisão, a equipe desenvolveu um método para treinar o modelo de machine learning várias vezes para comparar suas respostas. O desafio enfrentado foi determinar qual conjunto de parâmetros poderia produzir um padrão específico em uma cultura de bactérias após um circuito genético modificado.

Modelando sistemas biológicos:

Em um trabalho anterior, desenvolvido no mesmo laboratório, os pesquisadores e estudantes “programavam” bactérias para produzir proteínas que, dependendo das especificidades do meio de cultura, interagem entre si para formar anéis. Ao controlar variáveis ​​como o tamanho do meio de crescimento e a quantidade de nutrientes fornecidos, os cientistas descobriram poderem controlar a espessura do desse halo de bactérias, determinar o tempo de crescimento, dentre outras coisas.

Machine learning permite prever o comportamento de sistemas biológicos
Imagem: techxplore.com

Ao alterar algumas variáveis ​​em potencial, os pesquisadores descobriram que poderiam fazer mais, como causar a formação de dois ou até três anéis. Porém, como uma única simulação em computador levou cinco minutos, tornou-se impraticável procurar por um resultado específico em um design experimental grande. Em bancada, há o uso de reagentes e equipamentos caros e que precisam de profissionais especializados para manipulação. Daí a importância de empregar ferramentas computacionais de previsão de comportamento.

Diante dessa demanda, o estudo foi conduzido sobre um sistema de 13 variáveis ​​bacterianas, como taxas de crescimento, difusão, degradação de proteínas e movimento celular. Bem biológico. Mas só para calcular seis valores por parâmetro, um único computador levaria mais de 600 anos. Mas aí vem a ciência de dados: A execução em um cluster de computadores paralelos com centenas de nós pode reduzir o tempo de execução para vários meses, mas o aprendizado de máquina pode reduzir para horas.

Pulando para o que interessa:

O modelo padrão usado é lento porque requer que sejam consideradas etapas intermediárias no tempo a uma taxa pequena o suficiente para que seja preciso. Mas essas etapas intermediárias nem sempre são tão importantes. Por vezes, apenas interessam os resultados finais para certas aplicações. Além disso, é possível retroceder e descobrir o que aconteceu no meio do caminho, caso os resultados finais sejam um indicativo de que esses estágios devam ser avaliados.

Para pular para os resultados finais, a equipe se voltou para um modelo de aprendizado de máquina que pode efetivamente fazer previsões muito mais rápidas do que o modelo original. A rede usa variáveis ​​de modelo como entrada, atribui inicialmente pesos e desvios aleatórios e fornece uma previsão de qual padrão a colônia bacteriana formará, ignorando completamente as etapas intermediárias que levam ao padrão final.

Para lidar com as poucas instâncias em que o aprendizado de máquina erra, os pesquisadores criaram uma maneira de verificar rapidamente seu trabalho. Para cada rede neural, o processo de aprendizagem tem um elemento de aleatoriedade. Em outras palavras, ele nunca aprenderá da mesma maneira duas vezes, mesmo se for treinado no mesmo conjunto de respostas.

circuitos biológicos machine learning
Imagem: nature.com

Transformando biologia em matemática, quatro redes neurais foram treinadas e suas respostas foram comparadas para cada instância. Com isso, verificou-se que, quando as redes neurais treinadas fazem previsões semelhantes, essas previsões estão próximas da resposta certa. Interpretou-se, portanto, que não seria necessário validar cada resposta com o modelo computacional mais lento, de forma que a equipe podia confiar no que chamou de “sabedoria da multidão”.

Com o modelo de aprendizado de máquina treinado e corroborado, os pesquisadores decidiram usá-lo para fazer novas investigações sobre o sistema biológico em estudo. E a gente acompanha esse tipo de inovação, aguardando novas maneiras de implementar ferramentas úteis para as mais diversas áreas.


Fontes: Nature Communications.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

O biogás, como o nome diz, consiste no gás gerado a partir da decomposição da matéria orgânica. Apesar de não ser novidade (ele é usado há alguns séculos), é uma forma de gerar energia que está conquistando espaço na matriz energética nacional.

Enquanto vários países buscavam formas de energia para substituir as fontes não renováveis, o Brasil estava “tranquilo” por ter grande parte da matriz energética composta por hidrelétricas, uma fonte renovável. Porém, quando a água começou a faltar em diversas regiões, a incerteza sobre o futuro das nossas fontes de energia foi um pontapé para a busca de outras fontes complementares.

biogás pode gerar energia | resíduos orgânicos | energia
Imagem: canalbioenergia.com.br

O biogás pode ser gerado usando biodigestores, nos quais ocorre o processo de biodigestão anaeróbia. Ali, a matéria orgânica é decomposta por microrganismos e o gás liberado desse processo é usado para gerar energia. Assim surge a possibilidade de gerar energia em pequena escala usando resíduos orgânicos de organizações, residências e instituições (como escolas). Esse gás pode ser usado no próprio local, como no fogão da cozinha.

O biogás oriundo do tratamento de esgoto pode servir como fonte de energia para o próprio funcionamento do processo. Ele é gerado quando os resíduos líquidos do processo de tratamento são colocados em um reator com bactérias que fazem a digestão da matéria orgânica (passando posteriormente por uma etapa de pós-tratamento). O grande problema é que nem sempre há estações de tratamento com porte suficiente para produzir uma quantidade de energia que seja vantajosa no sentido do custo-benefício.

Além dos biodigestores e do tratamento do esgoto, há a geração do biogás por aterros sanitários. Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), ficou instituída substituição dos lixões por locais adequados para a disposição de resíduos sólidos, como os aterros sanitários. O aterramento dos resíduos gera a produção de biogás, o qual é coletado, tratado e utilizado para gerar energia.

biogás pode gerar energia
Imagem: portaldobiogas.com

Ainda, o biogás pode ser gerado a partir de excrementos de animais e usado para produzir energia. Um exemplo recente é da primeira termelétrica de biogás do Brasil, que começou a funcionar em Julho, no Paraná. A capacidade total da usina é de 480KW e ela é capaz de transformar o gás de 215 toneladas de dejetos em energia. Os dejetos são provenientes de produtores de suínos.

O uso do biogás é benéfico não só por diversificar a matriz energética ou por aproveitar uma fonte de energia alternativa, mas também por impedir que esse gás seja diretamente liberado na atmosfera. A expectativa é de que, na medida do possível, fontes alternativas viáveis sejam cada vez mais exploradas no Brasil.


Fontes: MMA; AEN.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Bastante pesquisa vem sendo conduzida no sentido de suprir água para regiões de escassez, usando diversas fontes, dentre as quais o orvalho. O problema é que a maioria das técnicas acaba sendo difícil de implementar em locais com poucos recursos ou comunidades isoladas, que são aquelas que, em geral, demandam esse tipo de intervenção de engenharia humanitária. Abordagens tradicionais, como destilação, osmose reversa e reuso de esgoto tratado, consomem energia e são caras. Outra opção é o uso de técnicas passivas que dependem de energia solar, mas estas requerem materiais mais tecnológicos e concentradores solares, volumosos e caros.

Condensadores de água instalados em Marrocos para captar orvalho.
Imagem: africa.com

Gota a gota colocada no cálculo:

Há, contudo, outro método que tem o potencial de alterar esse cálculo deprimente: o aproveitamento do orvalho. O processo envolve o ar de resfriamento para que o vapor de água que se condense e possa ser coletado. Mas quanta água pode ser “produzida” dessa maneira? E qual é a melhor maneira de juntar toda essa água do ar?

A novidade é que os limites fundamentais dessa tecnologia foram finalmente calculados e descritos em um trabalho acadêmico. A equipe de pesquisadores expôs como simples mudanças nas técnicas convencionais poderiam melhorar significativamente o rendimento dos sistemas de aproveitamento de água do orvalho.

Como é realizada a coleta de água do orvalho:

Vamos do início: coletores passivos de orvalho consistem em uma espécie de condensador, que nada mais é do que uma superfície, tal como uma folha, fina e plana de material que irradia calor no céu noturno. Sim, os coletores de orvalho funcionam à noite. Vale ressaltar que é isolado do chão para que não absorva calor por baixo e há várias configurações instaladas por aí.

Condensador para coleta de orvalho.
Imagem: inhabitat.com

À medida que o condensador irradia energia à noite, sua temperatura cai, resfriando o ar imediatamente adjacente a ele. Se a temperatura do ar cair abaixo do ponto de orvalho (a temperatura na qual o ar está saturado com vapor de água), o vapor se condensará e daí vêm as gotas de água.

Obviamente, a eficiência desse processo é sensível a uma ampla gama de fatores, particularmente a temperatura ambiente do ar, sua umidade relativa e a taxa na qual o condensador pode irradiar calor. Esta última vem sendo considerada para um corpo preto perfeitamente radiante, mas não explica adequadamente como materiais reais emitem calor ou como a atmosfera transmite alguns comprimentos de onda com mais eficiência do que outros.

Coleta de orvalho por emissor seletivo:

Dessa forma, o grupo de pesquisa incluiu esses fatores pela primeira vez. Isso permitiu que eles avaliassem o desempenho de diferentes materiais. No trabalho, salientam que os comprimentos de onda nos quais a atmosfera da Terra é mais transparente são bem conhecidos e, portanto, faz mais sentido usar um condensador que emite nessas frequências, em vez de um que emite em todos os comprimentos de onda.

O time chamou esse condensador de emissor seletivo e o comparou com o desempenho de um emissor preto. O emissor seletivo, com as características de emissão de energia necessárias, consistiu de finas camadas de três materiais diferentes em uma base de alumínio.

Os resultados foram atraentes. O time afirmou que combinar a emissividade do condensador com as características transmissivas da atmosfera possibilita melhorias significativas. Por exemplo, a uma temperatura ambiente de 20 °C com uma umidade relativa de 40%, um emissor preto não pode coletar água de forma alguma. Por outro lado, o emissor seletivo poderia coletar o orvalho a uma taxa de 13 g/m²h. Em termos mais claros, essa descoberta mostra a diferença entre poder colher orvalho à noite em um lugar completamente desértico em comparação a não ter água.

Aplicações para o aproveitamento da água do orvalho:

A maior aplicabilidade desse tipo de tecnologia está voltada a áreas de escassez de água potável. Um exemplo são áreas costeiras ou ilhas sem água doce, ou também desertos e regiões muito áridas.

Outro impacto relevante desse tipo de design passivo é o baixo custo, permitindo a implementação dessa tecnologia de forma complementar ao já existente, especialmente em áreas de baixa renda.


Fontes: Dong et al., 2019.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Energia Marinha foi um assunto extremamente promissor há cerca de 10 anos atrás. Período em que se acreditava mais sobre este tipo de geração de energia. Porém, este método provou ser muito caro, e por isto não muito utilizado.

Veja Também: Cientistas descobrem fonte inesgotável de água potável no mundo

Existem dois tipos de energia através do oceano, são elas:

Energia Maremotriz

Energia Maremotriz é um tipo de energia marinha em que a turbina gera energia através da oscilação do nível das marés. O primeiro projeto deste tipo de implantação foi feito nos anos 60, na França. E hoje, a planta de geração com maior capacidade instalada se encontra na China, e é capaz de produzir até 254MW.

O Poder das Águas: a exploração da Energia Marinha como fonte de eletricidade limpa
Energia Marinha no Brasil (Fonte: USP)

Como nós sabemos qual é a variação da maré no local em que será instalado a planta de geração, podemos considerar isto uma vantagem. Uma vez que o projeto poderá ser dimensionado para aquele local, reduzindo os custos de instalação, e aumentando a capacidade de instalação.

Quando comparamos com outras Energias Renováveis, poder prever a geração de energia de uma planta é extremamente motivador! Afinal, não conseguimos prever exatamente os dias em que a energia eólica não conseguirá suprir a demanda, assim como não conseguimos fazer esta dimensão para energia solar.

Energia Marinha
Funcionamento da Energia Maremotriz (Fonte: NatGeo)

Já um fator contra a instalação deste tipo de energia é o fato de que energia através das marés podem trazer impactos ambientais negativos assim como as hidrelétricas. Também outro fator que justifica este tipo de Energia Marinha não ser muito utilizada é o fator preço. As construções possuem um valor alto de investimento e de manutenção, tornando o investimento inviável para as empresas.

Energia Ondomotriz

Energia Ondomotriz é a energia gerada através da força das ondas. Este tipo de Energia Marinha ainda é pouco utilizado devido ao alto custo, e aos impactos ambientais que podem gerar. Também semelhantes à uma hidrelétrica.

Assim como a Energia Maremotriz, a Energia Ondomotriz é muito previsível, e é uma das maiores vantagens, quando comparamos com outras fontes renováveis de energia. Afinal, poderemos ter uma noção melhor ao fazer uma análise por demanda de energia.

Energia Marinha
Funcionamento da energia ondomotriz (Fonte: Clean Energy Ideas)

Porém, a energia ondomotriz é extremamente dependente dos golpes de onda, da velocidade das ondas, e da densidade. Todos estes fatores requerem um fluxo constante para gerar uma quantidade significante de energia. Alguns pesquisadores avaliam algumas áreas e o comportamento das ondas. De acordo com estes estudos, e isto pode se tornar imprevisível para algumas regiões; Este fator não influencia no funcionamento do sistema, uma vez que é um estudo realizado antes de instalar a usina. Por este motivo, algumas áreas com potencial acabam sendo descartadas para este tipo de geração.

Veja Também: Brasil inaugura a primeira usina solar flutuante


Fontes: UOL.

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Beatriz Zanut Barros

Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.

Em 2019, após fenômenos atmosféricos que transformaram o dia em noite em algumas cidades brasileiras, aumentaram as preocupações sobre a qualidade do ar nas regiões habitadas. Um exemplo preocupante ocorreu em 2016, quando a poluição do ar foi responsável por mais de 4 milhões de mortes em todo o mundo. Para compreender a qualidade do ar em determinada região, é possível consultar o Índice de Qualidade do Ar (IQA).

qualidade do ar
Imagem de Ralf Vetterle por Pixabay

Veja Também: Explorando a Engenharia de Mobilidade e suas Oportunidades Profissionais

O que é o Índice de Qualidade do Ar (IQA)?

O IQA, diferentemente do Índice de Qualidade da Água, é um indicador diário que reflete a qualidade do ar com base nas concentrações de poluentes presentes. O IQA resume essas informações em um valor numérico que varia de 0 a 300.

Quanto maior o valor do IQA, pior é a qualidade do ar. Valores entre 0 e 50 são considerados bons, de 51 a 100 são regulares, de 101 a 199 são inadequados, de 200 a 299 são ruins e acima de 300 são péssimos.

O IQA é calculado levando em conta alguns poluentes principais, tais como dióxido de enxofre, monóxido de carbono, material particulado, ozônio e dióxido de nitrogênio. O cálculo é simples e utiliza as concentrações medidas nas estações de monitoramento.

qualidade do ar
Imagem: ambientesst.com.br

Padrões de qualidade do ar no Brasil

No Brasil, a Resolução CONAMA 491/2018 estabelece os padrões de qualidade do ar, revogando e substituindo a antiga CONAMA 03/1990. Essa resolução define os padrões de qualidade para cada poluente atmosférico em diferentes períodos de referência.

A obtenção do IQA para uma determinada região é um processo um tanto complexo. É necessário encontrar o site que fornece os dados do estado em questão e selecionar a estação de monitoramento desejada, caso esteja disponível na área de interesse. A Plataforma de Qualidade do Ar engloba algumas estações de monitoramento localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Como consultar dados de qualidade do ar

Para consultar os dados em cada estado separadamente, em São Paulo, as informações são disponibilizadas pela CETESB. Em Minas Gerais, a FEAM publica o Boletim Diário, enquanto no Rio de Janeiro há o MonitorAR, que apresenta os boletins atualizados. É importante ressaltar que muitos estados não realizam o monitoramento devido à ausência de grandes problemas de poluição, como indústrias, tráfego intenso e outros fatores que contribuem para um baixo IQA.

Também é possível consultar a qualidade do ar em mapas digitais globais, como o waqi ou o aquicn, que fornecem o Índice de Qualidade do Ar em tempo real. Infelizmente, essas plataformas abrangem apenas as cidades de São Paulo no Brasil.

O impacto das queimadas na qualidade do ar

Infelizmente, o monitoramento da qualidade do ar ainda é deficiente no Brasil. A falta de monitoramento em algumas regiões pode ser justificada pela ausência de necessidade real, mas é fundamental considerar que a poluição pode se deslocar para outras áreas.

Por exemplo, as queimadas na Amazônia têm impactos diretos na qualidade do ar, como evidenciado em setembro de 2023, quando o Amazonas registrou o segundo maior número de focos de queimadas desde 1998, comprometendo a qualidade do ar na região. Foram identificados quase 7 mil pontos de incêndio , superando apenas o mesmo mês em 2022. A região da Amazônia Legal teve um total de 34.470 focos de queimados , durante uma seca severa.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Se você já cogitou instalar um sistema de energia solar, mas nunca soube exatamente o ponto de partida, seus problemas acabaram. Neste texto, vamos explicar por onde começar a instalação e o que você deve fazer.

Primeiro, é preciso entender que mesmo que você seja um(a) engenheiro(a) e que suas gambiarras sejam boas, você vai precisar de uma equipe qualificada para fazer a instalação. Isso acontece porque, por mais que a intenção com a gambiarra seja boa e você economize, vai acabar pagando mais caro se o sistema não funcionar adequadamente.

Entendido isso, nós vamos explicitar aqui um passo a passo elaborado recomendado pelo Portal Solar sobre a instalação. Há empresas que fazem todo o serviço para você, mas o ideal é que você entenda o que está acontecendo e o que será feito. Isso ajuda na hora de tomar decisões e é mais simples do que parece.

Painel solar Portal Solar | energia solar
Imagem: theneweconomy

Como instalar um sistema de energia solar: passo a passo

1 – Entenda sua conta de energia

O primeiro passo óbvio para quem quer instalar um sistema de energia solar é compreender a conta de energia é verificar seu consumo mensal (normalmente em kWh). Isso acontece porque o tamanho do sistema depende do quanto será consumido. Então, é a partir desses valores que começa o projeto.

O ideal é usar o consumo médio mensal. Esse valor consiste na média dos últimos doze meses e costuma vir em algumas contas de luz. Se vier o consumo dos últimos meses, você pode calcular a média.

2 – Simule o custo da instalação

Com esse dado em mãos, você pode usar um simulador solar (o Portal Solar oferece um). Tal simulador usa seu consumo mensal em kWh para fazer o cálculo. Você também precisa preencher dados como nome, CEP, e-mail, estado e cidade mais próxima.

O simulador mostra o custo médio do projeto fotovoltaico de instalação de energia solar, a quantidade de painéis fotovoltaicos, a geração anual de energia solar, a área necessária para instalação dos painéis solares e o peso médio por metro quadrado de placa solar instalada. É bem fácil de usar.

Quero instalar um sistema de energia solar: por onde começar?
Imagem: portalsolar

3 – Orçamento e projeto fotovoltaico de instalação do sistema de energia solar

Com os dados de consumo de energia mensal e de custo de instalação aproximado, é preciso encontrar uma empresa qualificada que faça o serviço de instalação. Facilitando a busca, o Portal Solar tem um mapa de empresas que te ajuda a encontrar a mais perto de você.

A dica é que você precisa dar zoom para destrinchar as empresas no mapa. Se preferir, pode fazer uma busca no menu lateral esquerdo com a cidade ou estado, ou o nome da empresa e também é possível abrir a lista de empresas.

Caso você queira financiar o sistema de energia solar, o Portal Solar também tem uma página em que você coloca seus dados e verifica como pode financiar.

4 – Instalação do sistema de energia solar

É bem provável que, se você é experiente no assunto, nem estaria lendo este texto. Por isso, vamos partir do princípio que você não tem essa experiência e vamos ressaltar a importância de não tentar fazer uma gambiarra engenheirística.

É necessário ter autorização da companhia energética que faz a distribuição na sua região (o que só pode ser feito por engenheiros e eletrotécnicos). O primeiro procedimento é formalizar o orçamento e mandar para a distribuidora para solicitar a conexão do seu sistema à rede.

Quero instalar um sistema de energia solar: por onde começar?
Imagem: ciclovivo

Na hora de instalar, o local recebe uma preparação com base no layout desenhado para o seu sistema (vale destacar que é preciso saber se o seu telhado aguenta a instalação também e isso é considerado na hora do projeto). São instalados suportes para os painéis: em telhados de cerâmica, é preciso retirar as telhas no local certo. O processo é mais simples em telhados metálicos.

A seguir, são instalados trilhos de fixação dos painéis. Eles são pré-fabricados (normalmente em alumínio) e encaixam perfeitamente nos suportes. As placas são, então, instaladas sobre os trilhos. Por último, os painéis solares são conectados no inversor, o qual é conectado à rede elétrica. E pronto, está tudo instalado e é só começar a usar.

Vale lembrar que é preciso fazer a manutenção do sistema, barata. Ela consiste na limpeza das placas solares de forma anual ou quando o sistema apresenta queda na produção de energia. Tal limpeza é feita com água, para tirar a sujeira. Há, também, a manutenção do inversor, que precisa ter uma parte substituída em média entre 5 e 10 anos.

Esse passo a passo mostra que instalar um sistema de energia solar é fácil e descomplicado. Isso rompe os mitos de que é trabalhoso e incentiva a instalação, que não é tão utilizado no Brasil como poderia ser.

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Redação 360

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A luz solar é um recurso natural que pode (e também deve) ser aproveitado para geração de energia. Porém, mesmo possuindo tantos pontos positivos, a energia solar ainda não é aproveitada como deveria. Isso acontece porque muitas pessoas acreditam que não é possível fazer a instalação em suas residências.

Um grande empecilho para a ampliação do uso da energia solar é que muitos mitos rondam o assunto. O primeiro deles é que é muito caro e não compensa. Na verdade, ter painéis solares já foi muito caro, mas isso foi há anos. Atualmente, os painéis estão mais baratos e mais acessíveis para a população de modo geral (seja para grandes ou pequenas empresas, ou para residências).

Além disso, o financiamento permite pagar o sistema de energia solar a medida que você tem economia na conta de energia. Ou seja, o que é economizado serve para pagar o que foi gasto com o sistema até que o pagamento termine e você passe a ter lucro. O tempo de retorno pode ser relativamente grande (cerca de 6 anos, segundo o Portal Solar), mas é totalmente viável.

Isso sem considerar o quanto você pode usar a energia com a consciência mais limpa não só sobre o valor que será pago na conta de luz, mas também com relação ao planeta. No verão, você poderá ligar o ar-condicionado tranquilamente sem precisar ficar pensando em quanto aquele consumo aumentaria sua conta, por exemplo.

Painel solar Portal Solar | energia solar
Imagem: politico.com

Do ponto de vista ambiental, a maior parte dos impactos da energia solar está relacionado à produção dos painéis (como extração de silício) e ao descarte final desse material ao final do tempo de uso, o qual deve ser feito de forma adequada. Fora isso, não há emissões diretas para a atmosfera, não é ruidoso, não oferece risco para a biodiversidade local, etc. Resumindo, o painel só fica lá “existindo” e convertendo luz solar em energia elétrica. A manutenção é simples e barata: ela consiste na limpeza dos painéis.

Então, a resposta para a pergunta que é o título deste texto (É viável instalar energia solar em minha residência/empresa?) é, na maioria dos casos, afirmativa. O que pode acontecer são problemas como o fato de o seu telhado não ser resistente o suficiente e precisar de uma estrutura melhor ou da sua região não ser adequada (o que não é muito comum no Brasil).

Também é preciso considerar interferência de ventos, sombras, estrutura da edificação, espaço disponível e a capacidade e estrutura da rede elétrica convencional na sua região (caso você faça uma ligação com a rede). Ainda, o seu consumo também conta (se ele é irrisório, é provável que não compense investir em um sistema, talvez em um pequeno).

Com relação aos custos e ao investimento, nós já mostramos aqui no Engenharia 360 que a energia solar pode reduzir até 95% do seu gasto com a conta de luz. Sobre a viabilidade, o próprio projeto (se bem elaborado) pode te dizer se compensará ou não, de modo que o risco de você instalar e levar um prejuízo gigante é pequeno.

Como descobrir a viabilidade do meu sistema de energia solar?

O primeiro passo é pegar o seu consumo médio mensal em kWh (valor disponível na sua conta de energia) e usar um simulador solar para fazer o cálculo do tamanho do sistema que você precisaria. Com isso em mãos, você pode procurar por uma empresa especializada que pode realizar o orçamento para você (é possível encontrar as empresas neste mapa, de acordo com sua região).

É neste ponto que o projetista pode te informar da viabilidade do projeto, do que será preciso fazer para instalar a estrutura, como isso será instalado na sua residência, etc. A vantagem é que não é como um aparelho que você compra e descobre que não funciona depois que já instalou. O sistema de energia solar é calculado com base em diversos fatores (incidência solar, área, consumo, etc.) e isso, por si só, já afirma sobre sua viabilidade e é uma segurança para quem tem receio.

Painel solar Portal Solar
Imagem: electricityandgas.com.au

Se você achar que o investimento é elevado demais e não tem verba para fazer, a opção do financiamento pode te salvar. Com o consumo médio mensal em kWh já dá para saber como será o financiamento e o valor das parcelas por meio do Portal Solar.

Com isso, é possível perceber que não é difícil instalar um sistema de energia solar. Talvez, seja preciso fazer algumas modificações antes. Nos casos em que não há viabilidade (seja por incidência solar, custo elevado demais, dentre outros), o ideal é que você analise se há a possibilidade de instalação de outro tipo de energia renovável com baixo impacto ambiental para complementar a proveniente da concessionária energética, tendo uma alternativa para reduzir sua conta de energia.

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Quando falamos sobre energia solar, um dos grandes empecilhos colocados é sobre o fato do seu custo. Apesar de ter sido consideravelmente reduzido nos últimos anos, não é todo mundo que possui o valor disponível para o investimento inicial. Nesses casos, uma solução possível é recorrer ao financiamento.

O procedimento é bem simples e você pode fazer a primeira parte pelo próprio computador. Primeiro, você deve saber qual será o custo aproximado do seu projeto. Uma possibilidade é usar um simulador solar (como esse do site do Portal Solar) para verificar qual seria o valor aproximado de um sistema para a sua residência (considerando seu consumo médio mensal, que é a média do consumo dos últimos 12 meses).

Financiamento de energia solar: entenda como funciona
Imagem: portalsolar.com.br

Esse simulador mostra não só o custo médio do projeto, mas também a quantidade de painéis solares, o peso médio por metro quadrado, a geração anual de energia e outras informações relevantes. Com essa estimativa em mãos, você pode procurar uma empresa qualificada na sua região. No mesmo site, você encontra um mapa dessas empresas e pode procurar de acordo com a sua localidade.

Há duas opções que podem ser marcadas na hora da busca. A primeira delas é de empresas verificadas pelo Portal Solar, as que têm experiência comprovada e fornecem documentação completa para comprovara sua aptidão para atuação na área. Há alguns critérios rígidos que devem ser seguidos e são descritos no site. Vale destacar que o Portal Solar é um projeto real listado no site da ANEEL.

A segunda é de empresas que trabalham com financiamento em parceria com o Portal Solar (e com a BV Financeira). É oferecida uma linha de crédito especial para quem quer montar um projeto de placas solares e captação de energia, seja para pessoa física ou jurídica.

financiamento de energia solar
Imagem: portalsolar.com.br

Encontrada a empresa, você pode ter uma noção do financiamento preenchendo um formulário (no caso da BV). O crédito é analisado e, caso seja aprovado, o contrato é emitido e, após assinatura e devida apresentação de documentos, o crédito é liberado ao fornecedor do equipamento e instalador para que o material possa ser instalado.

Neste caso da BV, o financiamento abrange 100% do valor do equipamento e do projeto de engenharia e instalação. Ainda, ele pode ser contratado por qualquer pessoa maior de 18 anos, o valor mínimo é de R$5.000,00 e o prazo de pagamento é de 12 a 60 meses.

Vale a pena financiar?

Um financiamento de um sistema de energia solar é muito simples, como você deve ter percebido. Porém, assim como todo investimento, precisa ser pensado e planejado com cuidado. Instalar um sistema desses tem um retorno de longo prazo que costuma ser vantajoso.

O preço não é tão elevado como antigamente, mas em residências com consumo elevado ou empresa/indústrias ele pode ser um pouco pesado, ou seja, um valor que nem todo mundo tem disponível do dia para a noite. Então, o financiamento pode ser perfeitamente viável e aplicável. Basta que você considere seu próprio planejamento financeiro, seu retorno a longo prazo, suas outras contas (para não ficar no vermelho) e tudo funciona bem.

Veja Também: Como anda a participação das mulheres no mercado da Energia Solar?

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