Engenharia e meio ambiente estão conectados em vários segmentos: controle de emissões gasosas poluentes, tratamento e destinação adequada de efluentes líquidos (o tal do esgoto), materiais eco-friendly, dentre outros. Aqui a gente comenta como microfibras estão associadas à poluição ambiental e a relevância disso para a gente.

microfibras
Imagem: bluetubebeach.org

O que são microfibras?

Microfibras são fibras sintéticas, com um diâmetro inferior a dez micrometros. Isso é menor que o diâmetro de um fio de seda, cerca de 1/5 do diâmetro de um fio de cabelo. Os tipos mais comuns de microfibras são feitos de poliésteres, poliamidas ou uma conjugação de poliéster, poliamida e polipropileno.

A microfibra é usada para confeccionar os mais diversos produtos, desde tapetes, malhas e roupas, até estofados, filtros industriais e produtos de limpeza. A forma, o tamanho e as combinações de fibras sintéticas são selecionados para características específicas, incluindo maciez, resistência, absorção, repelência à água, eletrostática e recursos de filtragem. Essa gama de aplicações dá ao pessoal de Materiais um leque de serviços.

Como microfibras vão parar no ambiente?

Versáteis e úteis como os plásticos, as microfibras também apresentam problemas. E ele começa na máquina de lavar e vai parar em rios e solos.

Para ter uma noção de escala e referências de dados, a gente pode reduzir a uma cidade: Toronto, no Canadá. Um estudo calculou que uma única carga de roupa poderia “soltar” entre 91.000 e 138.000 microfibras no ambiente. A gente não vê isso, mas na escala de uma cidade, os 1,2 milhão de domicílios fazem uma média anual de 219 lavagens de roupa. Assim, a cada ano, Toronto pode estar lavando 23 a 36 trilhões de microfibras em seu esgoto. Podemos considerar que a estação de tratamento de esgoto separa de 83 a 99,9% dos microplásticos da entrada, dependendo de qual instalação e qual estudo você está procurando, mas isso ainda significaria 234 a 356 bilhões de microfibras fluindo para o ambiente a cada ano em uma cidade. E vale ressaltar que há locais pelo planeta, incluindo grande parte do Brasil, onde não há cobertura de esgotamento sanitário, quiçá tratamento.

microfibras
Imagem: whirlpool.com

Como o usuário pode evitar a poluição por esses materiais?

Pontualmente, a gente pode citar ações como:

  • Evitar o consumo de fast fashion, em que as roupas não apresentam boa qualidade e podem desintegrar microfibras com facilidade.
  • Lavar roupa a baixa temperatura. Temperaturas mais altas resultam em mais fibras sendo liberadas.
  • Acumular roupa para lavar, pois uma carga completa resulta em menos fibras sendo liberadas, visto que há menos atrito, na medida em que a lavadora está mais cheia.
  • Optar por lavagens mais curtas – mais uma vez, isso reduz o atrito entre os tecidos (além de ser mais rápido e gastar menos energia).
  • Usar sabão líquido em vez de sabão em pó. Os grãos do pó podem resultar no afrouxamento das fibras.
  • Escolher velocidades menores de centrifugação para reduzir as chances de soltar as fibras.
  • Evitar usar detergentes com alto pH e agentes oxidantes. Alguns amaciantes também ajudam a reduzir o atrito.

Uma opção muito eficaz é impedir que as fibras cheguem no esgoto, por meio da instalação de filtros na saída da máquina de lavar. Um estudo mostrou o efeito positivo disso, mas aí a gente entra na questão: isso seria papel do usuário? Cabe à engenharia acoplar este tipo de solução, end-of-pipe ou não para evitar as emissões poluentes.

uso de sacola para lavagem que retenhamicrofibras
Imagem: guppyfriend.com

Como a indústria pode agir no controle da poluição por microfibras?

Aí vem a deixa do papel da Engenharia Ambiental (e mesmo o pessoal da Mecânica com filtros e peneiras automatizadas) na concepção de mecanismos para sequestrar as microfibras antes da sua liberação no ambiente, seja na hora das lavagens ou na maior especialização das unidades de tratamento de efluentes.

Ao falar desse processo de separação, gera-se uma outra questão: o concentrado de microfibras, que têm um caráter sintético e deve ser gerenciado de forma correta. Ele tem alguma aplicabilidade? Bem, cabe às Materiais nos dizer.


Fontes: Wired. BBC. Wikipedia.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

A Matemática é capaz de revelar padrões nas mais diversas áreas do universo. Porém, há tempos que ela nos ajuda a tomar decisões cotidianas, como a escolha do melhor lugar para estacionar o carro.

O problema de estacionar o carro consiste em um problema de otimização: o melhor espaço para estacionar é aquele que minimiza o tempo gasto no estacionamento, com algumas restrições. Em um estudo científico, os pesquisadores Paukl Krapivsky (Universidade de Boston) e Sidney Redner (Instituto Santa Fé) mapearam três estratégias simples de estacionamento.

estacionar o carro
Imagem: growingbicester.co.uk

Assim, os motoristas, que ocupam o primeiro espaço disponível, seguem o que os autores chamam de estratégia “mansa”: eles não perdem tempo procurando uma vaga de estacionamento, deixando vagas perto da entrada sem preenchimento. Aqueles que apostam em encontrar um espaço ao lado da entrada são “otimistas”: eles dirigem todo o caminho até a entrada e depois voltam para a vaga mais próxima. Motoristas “prudentes” tomam o caminho do meio: eles passam pelo primeiro espaço disponível, apostando na disponibilidade de, pelo menos, mais um espaço. Quando encontram o espaço mais próximo entre os carros, eles o ocupam. Se não houver espaço entre o carro estacionado mais distante e a entrada, motoristas prudentes retornam ao espaço que um motorista manso teria reivindicado imediatamente.

Para modelar a estratégia otimista, os autores fizeram uma equação diferencial. Depois que começaram a expressar matematicamente o cenário, conseguiram identificar um atalho lógico que simplificou bastante o número de espaços que seriam considerados.

Como havia muitos espaços, a estratégia prudente foi considerada complicada. Os autores abordaram a questão criando uma simulação que lhes permitia calcular, em média, a densidade média de pontos e a quantidade de retorno necessário.

A descoberta foi de que a melhor estratégia é, justamente, a prudente. Em seguida, vem a estratégia otimista. A estratégia mansa foi considerada ineficiente, pois os muitos espaços que ficavam vazios acabavam criando uma longa caminhada até a entrada do estacionamento.

estacionar o carro
Imagem: dailymail.co.uk

Os autores reconhecem que é difícil executar essas estratégias quando consideramos o mundo real, visto que também há fatores como a rapidez com a qual as pessoas dirigem, os projetos dos estacionamentos, os espaços disponíveis, etc. Porém, o ato de olhar para situações cotidianas de forma analítica pode te poupar alguns minutos em diversas ocasiões. Isso é uma dica essencial para engenheiros(as) e futuros(as) engenheiros(as).


Fontes: Santa Fe Institute; Science Daily.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Muito diferente das baterias de lítio e prata que estamos acostumados, essa microbateria inédita, desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP e da Universidade Harvard, funciona a partir de agarose. O material, de forma simplificada, pode ser entendido como uma gelatina vegetal, passível de aplicações médicas, pois é menos tóxico do que o usado nas baterias convencionais.

bateria de gelatina
Imagem: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do IQSC/USP

Baterias em implantes médicos:

A demanda por baterias para dentro do corpo humano é relacionada principalmente a implantes médicos de biossensores ou microchips, além de exames de endoscopia, por exemplo, com pílulas ingeríveis. Migrando de escala, há outros produtos que poderiam requerer este tipo de bateria, como marca-passos, mas por hora a pesquisa seguiu para alimentar dispositivos da primeira linha.

Uma solução compatível com o corpo humano foi desenvolvida por pesquisadores (e pesquisadoras) da USP de São Carlos. O projeto foi realizado com um período de parceria com a Universidade de Harvard, onde uma das autoras do artigo científico produto da pesquisa esteve durante seu doutorado. Cabe citar que a pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

bateria gelatina iqsc
Imagem: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do IQSC/USP

A microbateria de agarose:

A novidade apresentada é uma bateria revestida de silicone, que é um material biocompatível, tal como vemos por aí. O material que a constitui, a tal agarose, trata-se de um biopolímero constituído de açúcar, que pode ser extraído de algas marinhas.  Comercialmente, é encontrado com o nome “gelatina vegetal”, e foi selecionado pelos pesquisadores por ser amplamente disponível, mecanicamente versátil, seguro para consumo humano, estável à temperatura corporal e de baixo custo. Falando de números, com cerca de R$ 4,00, é possível comprar agarose para produzir até 700 microbaterias atualmente.

Um bônus é que a tecnologia é “green”. A microbateria pode ser entendida como sustentável, pois se encaixa no conceito de economia circular, processo em que um produto utilizado é devolvido para a sua origem. No caso da bateria desenvolvida pelos pesquisadores da USP e Harvard, ela seria enviada de volta à natureza, local onde os compostos que a originam estão presentes.


Fonte: Journal of Materials Chemistry A. Assessoria de comunicação da USP.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Fato comum entre engenheiras e engenheiros é dar certa atenção às especificações de eletrônicos na hora de comprar um novo. Escolher uma câmera boa e um design legal para smartphones, contudo, ultrapassa a categoria do pessoal das exatas e atinge todos os usuários. E vamos convir: ninguém gosta daquelas lentes protuberantes na parte traseira do celular.

lentes mais finas e leves
Imagem: pnas.org

Lentes planas e mais finas:

Com o perdão do trocadilho, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, se uniu para acabar com a saliência: profissionais de engenharia elétrica e de computação desenvolveram um novo tipo de lente ótica, muito mais fina e leve do que a das câmeras convencionais, que também funcionam com imagens noturnas, um benefício futuro para smartphones e drones, além de câmeras de visão noturna para soldados ou cientistas em campo, por exemplo.

Enquanto as lentes convencionais para câmeras de smartphones têm alguns milímetros de espessura, as lentes recém-desenvolvidas têm apenas alguns mícrons de espessura. Isso significa que são mil vezes mais finas que as lentes comuns, o que também reflete (tu dum tss) no seu peso. O processo de desenvolvimento desta nova lente envolveu a fabricação de um tipo de polímero com várias microestruturas que dobram a luz na direção do sensor. Paralelamente, houve a criação de algoritmos que calculassem a geometria dessas microestruturas.

Quer um plus? O design dessas microlentes permite que elas sejam confeccionadas em plástico, em vez de vidro, o que também pode reduzir o custo de fabricação.

processo de desenvolvimento de câmera com lente mais fina e leve
Imagem: pnas.org

Aplicações futuras:

O resultado é uma lente plana, em vez de curvada, e mais de 20 vezes mais fina que um cabelo humano, com a capacidade adicional de ser usada em imagens baseadas em visão de calor (por infravermelho) para ver objetos no escuro.

Um exemplo de uso mais imediato dessa tecnologia seria permitir que drones militares mais leves voassem por mais tempo em missões noturnas ou mapeassem incêndios florestais, ou procurassem vítimas de desastres naturais. Outra possibilidade, também voltada para o mapeamento de áreas e busca seria na ciência, no que tange biologia e meio ambiente. Além disso, soldados, pesquisadores ou quem quer que seja, poderiam carregar câmeras de visão noturna e drones muito mais leves por períodos mais longos.

Quer saber sobre a aplicação do reconhecimento de imagens?

Veja Também: Reconhecimento de padrões por inteligência artificial.


Fonte: PNAS.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Os veículos autônomos já começam a se tornar uma realidade comum, e a corrida por tecnologias avançadas para esses automóveis está em expansão. Porém, um fator essencial (mas frequentemente esquecido) é a segurança nos testes desses veículos. Para enfrentar esse desafio, pesquisadores desenvolveram uma plataforma inovadora voltada para a segurança de testes de veículos autônomos.

Com o intuito de aumentar a segurança na tecnologia de veículos autônomos, em 2019, os pesquisadores testaram uma ferramenta poderosa: a Inteligência Artificial (IA). No entanto, o uso de IA em veículos autônomos não é simples, devido à complexidade dos sistemas envolvidos. Isso inclui componentes elétricos e mecânicos do veículo, além de variáveis externas como clima, condições da estrada, iluminação e o padrão de tráfego. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

veículos autônomos
Imagem reproduzida de ipam.ucla.edu

Como funciona a plataforma de testes para veículos autônomos

O que os pesquisadores fizeram foi criar uma plataforma que permite que a segurança em veículos autônomos seja abordada de forma mais rápida e econômica. Para isso, há parceria com diversas empresas e startups da área.

Para se ter uma ideia da complexidade, precisamos considerar que veículos autônomos usam IA e Machine Learning para integrar tecnologias mecânicas, eletrônicas e de computação para tomar decisões em tempo real. É quase um supercomputador sob quatro rodas: são mais de 100 milhões de linhas de código funcionando por trás da maquinaria.

Desafios na fase de testes

Há uma grande preocupação com relação a sensores de software e hardware desses veículos autônomos. Uma falha pode ser fatal! A menos que o veículo já seja treinado para resolver problemas imprevisíveis que possam ocorrer durante uma viagem, a consequência pode ser catastrófica. Também não é viável só reiniciar o veículo (como fazemos muitas vezes com aparatos tecnológicos – e que resolve o problema de forma mágica em grande parte das vezes).

veículos autônomos
Imagem reproduzida de medium.com

Tudo isso mostra o risco que um veículo autônomo em fase de testes oferece quando circula livremente pelas ruas. O grupo de pesquisa analisou diversos relatórios de segurança enviados por empresas que testam seus veículos entre 2014 e 2017 e descobriram que carros guiados por humanos eram até 4000 vezes menos propensos a sofrer acidentes que os autônomos. Esse número alarmante mostra que ainda há muito o que melhorar.

O papel dos dados na tomada de decisões sobre os veículos autônomos

O que os pesquisadores também verificaram foi que é preciso ter uma grande quantidade de dados para ensinar o veículo a tomar decisões corretas quando acontecem erros de software ou de hardware.

Atualmente, eles desenvolvem técnicas e ferramentas para gerar condições de condução e problemas que maximizam a segurança de veículos autônomos. Usando suas técnicas, eles podem encontrar cenários críticos de segurança em que os erros podem levar a acidentes sem precisar enumerar todas as possibilidades, o que representa uma economia de tempo e de dinheiro.

A saber, essa pesquisa foi publicada em três artigos científicos e mostra um grande avanço na área de segurança em veículos autônomos.


Fontes: TechXplore.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

A ideia de um exoesqueleto completo e controlado pelo cérebro pode fazer a gente pensar no Tony Stark, mas, na verdade, está mais próxima de objetivos médicos. Esse tipo de abordagem é vinculada à prostética e tem papel fundamental no auxílio a pessoas com dificuldades motoras. Recentemente, houve um grande avanço nessa área, com um exoesqueleto com interface cérebro-máquina wireless testado em um paciente tetraplégico.

Produto de pesquisa em laboratório:

Instrumento de um estudo sobre viabilidade de uma técnica semi-invasiva de prostética para melhorar a qualidade de vida de pacientes tetraplégicos, foi elaborado um exoesqueleto com interface cérebro-máquina sem fio. O teste do exoesqueleto foi realizado dentro da segurança de um laboratório. O paciente a testá-lo foi capaz de controlar os braços e as mãos do traje, usando dois sensores em seu cérebro. No caso, o usuário foi um homem de Lyon chamado Thibault, que caiu a 12 metros de uma varanda há quatro anos, deixando-o paralisado dos ombros para baixo.

exoesqueleto
Imagem: Clinatech/AFP/Getty

A interface:

O paciente recebeu dois implantes, por meio de uma cirurgia, cada um contendo 64 eletrodos, nas partes do cérebro que controlam o movimento. O software traduziu as ondas cerebrais lidas por esses implantes em instruções de movimento. O desenvolvimento do exoesqueleto, realizado pela Clinatec e pela Universidade de Grenoble foi descrito em um artigo científico disponibilizado aqui.

Thibault treinou por meses, usando seus sinais cerebrais para controlar um avatar de videogame, a fim de aprimorar as habilidades necessárias para operar o exoesqueleto, que era sustentado por um arnês montado no teto. Ele foi capaz de andar devagar no “traje” e depois parar, como quisesse.

exoesqueleto controlado pelo cérebro
Imagem: Clinatech/AFP/Getty

Aspirações:

A esperança é que um dia uma tecnologia semelhante possa eventualmente deixar as pessoas em cadeiras de rodas movê-las usando suas mentes. É um avanço impressionante, mas o dispositivo é um protótipo e está distante de estar disponível ao público, dado que ainda não forneceu nada como caminhada autônoma.

De acordo com os pesquisadores responsáveis pela elaboração do traje, ainda é necessário encontrar uma maneira de equilibrar o traje com segurança antes que ele possa ser usado fora do laboratório. Enquanto isso, a gente vai acompanhando os avanços da engenharia na medicina.


Fontes: The Lancet. BBC.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

O Leo Jefferson tem 31 anos, é natural de Manaus no Amazonas, é Engenheiro da Computação e vive nos Estados Unidos desde setembro de 2014. Ele compartilhou com o Engenharia 360 um pouco de sua trajetória desde o ensino médio até o atual cargo, na Microsoft.

Entrevista 360: um engenheiro brasileiro no Vale do Silício

Minha trajetória começou no Ensino Médio. Em Manaus há uma escola técnica (Fundação Matias Machline) de bastante prestígio e com uma estrutura de primeiro mundo. Essa escola, na época (Fundação Nokia de Ensino), era patrocinada pela Nokia e lá tive contato com a programação.

Como formação superior, estudei no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e me formei Engenheiro da Computação. Após a faculdade, trabalhei no Facebook como engenheiro por 4 anos e atualmente trabalho na Microsoft.

Como é trabalhar em uma das empresas mais famosas do mundo:

É bastante gratificante trabalhar em uma empresa de alcance global e saber que algo que está sendo desenvolvido por você neste exato momento, será usufruído por centenas de milhões de pessoas poucos dias depois.

Entrevista 360: um engenheiro brasileiro no Vale do Silício

Rotina dentro da Microsoft:

A rotina é bem flexível, eu normalmente chego as 9h para trabalhar, pois a Microsoft oferece um bom café da manhã, mas o horário de chegada é bastante pessoal. Enquanto estou no trabalho, meu tempo é ocupado principalmente com planejamento do que fazer, com a parte de programação e com a revisão de código dos colegas, além de reuniões e teleconferências diárias com a parte do time localizada na sede no estado de Washington. O meu time, em específico, possui metade dos membros na Califórnia e outra metade na sede da Microsoft. Por volta das 17:30h, saio do trabalho. Como dito antes, o horário de chegada e saída varia de acordo com cada pessoa.

A melhor parte de trabalhar na Microsoft e o que mais gosta na empresa:

O que eu mais gosto da empresa é a flexibilidade, desde que se entregue o que for combinado. Eu não necessariamente tenho que passar uma quantidade de horas consecutivas na empresa, eu posso parar em determinado horário e ir para casa e voltar a trabalhar quando for mais conveniente. Ao mesmo tempo em que há flexibilidade de horários, há responsabilidade de cumprir tarefas.

O que mais gosta na sua profissão e o que menos gosta:

A resposta é a mesma para as duas perguntas, o dinamismo. Há muita coisa a ser desenvolvida, há muitas oportunidades. A próxima empresa como Google ainda está por vir. O ônus do dinamismo é que como engenheiro, deve-se estar em constante atualização para não ficar para trás.

Como está sendo a experiência de morar no Vale do Silício, e os pontos positivos e negativos:

É muito positivo estar cercado de pessoas de diferentes nacionalidades. Nesse período em que estive aqui, tive a oportunidade de trabalhar e aprender com pessoas de diversas culturas. Pessoas da Índia, China, Zimbábue, Polônia, Turquia, entre outros países.

Um ponto negativo é o custo de vida. O Vale do Silício, juntamente com a cidade de Nova York, são os dois lugares mais caros dos EUA para se viver.

Entrevista 360: um engenheiro brasileiro no Vale do Silício Imagem: Google Maps

Conselho para os engenheiros e futuros engenheiros brasileiros para obter êxito na engenharia e, talvez, conseguir um emprego nas grandes empresas mundiais:

Além de dominar o inglês, para quem ainda está na faculdade e pretende ingressar em uma renomada empresa na área de Tecnologia, um atalho é participar das maratonas de programação da Sociedade Brasileira de Programação. A quantidade de pessoas que se destaca nesses eventos e consegue um emprego em uma empresa de ponta é enorme.

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Engenharia 360

Júlia Sott

Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.

Eu sou um(a) engenheiro(a), não sou uma calculadora!” Quem já precisou dar essa resposta quando algum sem noção pediu o resultado de uma multiplicação enorme imediatamente sabe bem que é preciso tempo (e talvez um pedaço de papel) para fazer grandes contas. Para facilitar esse processo, alguns matemáticos descobriram uma forma nova e muito mais rápida para multiplicar números grandes.

Na verdade, é bem provável que você continue usando o método tradicional para fazer multiplicações. Isso porque o algoritmo desenvolvido é útil para grandes multiplicações e contribui mais para as contas enormes que mesmo os computadores levam meses ou anos para resolver.

multiplicar números
Imagem: pasadena.edu

Os dois matemáticos responsáveis pela técnica são da Austrália e da França. Um deles é o professor David Harvey, da Escola de Matemática e Estatística da Universidade de New South Wales e o outro é Joris van der Hoeven, da École Polytechnique (na França).

Eles provaram uma conjectura de 1971 de Schönhage e Strassen sobre a complexidade da multiplicação de números inteiros que previa que deveria existir algum algoritmo que multiplica números de n dígitos usando essencialmente operações básicas de n*log(n).

Para números com muitos dígitos, na casa dos bilhões ou trilhões, o algoritmo que eles desenvolveram é capaz de calcular multiplicações que poderiam levar meses. Um artigo completo (com 43 páginas) foi publicado online e explica todo o método utilizado. No vídeo abaixo, David Harvey explica o diferencial do seu método, o qual é buscado há quase 50 anos.

Primeiro, Harvey explica o método tradicional que aprendemos a fazer na escola e, a seguir, mostra como seu algoritmo pode ser da ordem muito mais eficiente. No método tradicional, cada dígito do número exige uma multiplicação separada. Em uma multiplicação na qual ambos os números têm três dígitos, é preciso fazer 9 multiplicações individuais, o que gera algo da ordem de n². Imagine um número da casa de bilhões ao quadrado e você vai ter noção do quão lenta uma multiplicação pode ser.

Referências: Science Alert; Interesting Engineering.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Caso você tenha decidido tentar uma experiência fora do Brasil, naturalmente está se preparando para juntar os documentos e certificações necessárias. No entanto, em meio à papelada, é importante procurar uma maneira de destacar seu potencial e vontade de encarar essa aventura. A gente tem algumas dicas para você chamar atenção na hora de se candidatar para estudar no exterior!

1. Atividades extracurriculares e impacto social

Algumas bolsas de estudo priorizam áreas com demandas sociais, principalmente no escopo da engenharia humanitária. Isto porque há fundos específicos para investimentos em setores negligenciados ou desafios globais (mudanças climáticas, igualdade de gêneros, energia limpa, etc).

Caso você tenha participado de atividades extracurriculares, de alguma forma relacionadas a impacto social (ONGs, PET, etc), não hesite em expor seu engajamento. O que você faz fora do contexto de estudo, trabalho e pesquisa pode ser um indicativo dos seus interesses e soft skills.

candidatura exterior
Imagem: news.un.org

2 . Certificações padronizadas

Esta é a hora de se destacar com idiomas e raciocínio lógico!

Além de documentos como os seus históricos acadêmicos, algumas certificações são necessárias. Caso tenha alguma dúvida sobre certificações básicas para estudar no exterior, você pode conferir nossa publicação voltada para cursos de engenharia fora do Brasil.

3. Cartas de recomendação

Pode ser um tanto quanto constrangedor pedir cartas de recomendação por aí, mas a verdade é que todo mundo que passa por processos seletivos desse estilo acaba tendo de pedir para algum professor, supervisor ou orientador, que elabore uma carta de recomendação. Escolha com sabedoria a quem solicitar: se a referência é pertinente, se a pessoa é bem colocada na área e se há disposição para realmente falar de você.

A boa relação com quem você trabalha vai ser indicada aqui, bem como suas habilidades e talentos aos olhos dos outros. Uma carta de recomendação forte e proveniente de um profissional renomado na área pode proporcionar um grande destaque na sua candidatura.

*Ponto importante aqui: solicite com antecedência a carta de recomendação, porque você não quer perder prazos no limbo da caixa de entrada.

4. Carta de motivação

Esta é a sua oportunidade de expressar individualmente seu propósito em participar do programa. Considerando que é a chance que tem de se colocar diretamente, busque ser articulado, para transmitir da melhor forma seu interesse e suas intenções. Mostre a que veio!

exterior
Imagem: incimages.com

Referência: Estudar fora.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Entrar no mercado de trabalho não é nada fácil (e todo mundo sabe disso). Nesse sentido, investir em um curso superior é o primeiro passo para ascender profissionalmente. A Engenharia é, normalmente, um curso que oferece um bom retorno não só na carreira, mas também pessoal.

O grande problema, quando alguém opta por Engenharia, é justamente escolher qual delas quer cursar (já que são 39, no total). Para dar aquele empurrãozinho e te ajudar a decidir, nós separamos as melhores áreas de Engenharia para entrar no mercado de trabalho em 2020. Embora o mercado oscile, essas áreas são, no momento, as que estão mais promissoras. Confira um pouco mais sobre cada uma delas neste texto. Nós também preparamos um vídeo especial sobre o assunto, que está logo abaixo.

Engenharia Civil

A Civil é um tanto clássica e tradicional. Além de ser uma das mais procuradas atualmente, o número de profissionais cresceu muito nos últimos anos. O profissional pode atuar em diferentes áreas e uma das mais comuns voltada para projetos e estruturas, na construção civil.

Apesar do setor de construção ter desacelerado um pouco recentemente, as projeções para a área são boas, já que, mesmo que não se construa mais como antes, as edificações estão sempre em processo de manutenção e renovação. Ainda, o profissional pode atuar em diferentes etapas: projetos, cálculos, análise de estruturas, execução de obras, gerenciamento de equipes de operação, fiscalização, acompanhamento técnico e mais.

engenharias em alta
Imagem: engineersjournal.ie

Além disso, engenheiros(as) civis podem trabalhar não só na construção, mas também em escritórios de consultoria, indústrias, escritórios, planejamento hidroenergético, docência em ensino superior, cargos públicos (como fiscalização e planejamento urbano), etc. As principais atividades realizadas por esses profissionais são:

  • Elaboração de orçamentos;
  • Controle de qualidade de recursos materiais e humanos;
  • Realização de cálculos e estudos técnicos para autorizar a construção de estruturas e a instalação de redes elétricas, hidráulicas e de saneamento;
  • Planejamento de orçamentos e cronogramas de obras;
  • Supervisão do desenvolvimento de construções;
  • Liderança de equipes na instalação e montagem de equipamentos;
  • Construção, reparo e manutenção de prédios;
  • Realização de fiscalizações, perícias e vistorias;
  • Emissão de laudos técnicos.

Como ter sucesso na carreira?

É claro que, independentemente da carreira ou da profissão, o sucesso depende muito do profissional. No caso da Engenharia Civil, com um mercado repleto de pessoas qualificadas, é preciso lutar para conquistar seu espaço.

Por isso, é importante não parar. Continue sempre fazendo atualizações (cursos, especializações, estudos autodidatas de novas técnicas, etc.). O mercado está em modificação constante, principalmente no que diz respeito a novas tecnologias, então você precisa acompanhar essa evolução.

Engenharia da Computação

Com a era tecnológica cada dia mais evoluída, a computação é, sem sombra de dúvidas, indispensável. Nesse ramo da Engenharia, os profissionais realizam tarefas como projetar e construir novos computadores, desenvolver, implementar e testar sistemas de computação, de automação e comunicação.

Mesmo com um mercado oscilante em várias áreas, a computação é promissora, visto que nova tecnologias depende de profissionais capacitados. O profissional pode trabalhar não só em grandes companhias de tecnologia, como também em startups ou podem investir em sua própria empresa.

Perfil do profissional após a formação

Quem forma em Engenharia da Computação está apto a atuar nas áreas de suporte, desenvolvimento de softwares e aplicativos, automação industrial, robótica, marketing, vendas e autônomo. É claro que, em um mercado acirrado, é preciso se manter atualizado.

engenharias em alta
Imagem:insights.dice.com

Algumas características da profissão que mais se destacam são: domínio das tecnologias, conceitos e ferramentas necessárias para o exercício da profissão; capacidade de elaborar, supervisionar e coordenar projetos na área de Engenharia da Computação, de leitura e interpretação gráfica e de analisar sistemas nas áreas de software e hardware.

Algumas áreas nas quais é possível desenvolver uma carreira sólida são:

  • Projeção de equipamentos de informática: relacionada a projetar e construir peças de informática que compõem novos computadores, como processadores, periféricos, etc.
  • Desenvolvimento de sistemas: desenvolvimento de programas, atrelada a habilidades para manter sistemas de computação, implementar software para sistemas de comunicação e aplicações de softwares e serviços.
  • Redes de computadores: relacionada a projeção, implantação, gerenciamento e manutenção de redes de computadores.

Engenharia de Controle e Automação

Esta área da Engenharia é voltada para realizar controles de processos e automatizar todas as etapas na indústria manufatureira. O profissional deste ramo trabalha com recursos envolvendo elétrica, eletrônica, mecânica e informática. O objetivo é otimizar e facilitar os processos de trabalho.

Com o avanço da tecnologia, o investimento em sistemas de automação é um requisito essencial para uma empresa se manter no mercado, de modo que é uma área promissora. Os profissionais formados em Engenharia de Controle e Automação podem projetar sistemas de controle, operar equipamentos, realizar manutenções em máquinas e equipamentos, programar máquinas, projetar, reescrever e adaptar softwares em cada processo industrial e mais.

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Imagem: ciaautomation.com

Ainda, é possível investir na prestação de serviços especializados, um segmento pouco explorado. Muitas empresas optam por terceirizar esse tipo de serviço, o que pode ser uma oportunidade. Uma especialização em alguns segmentos, como nas áreas de humanas (biologia ou química) pode permitir o ingresso do profissional de Controle e Automação em indústrias farmacêuticas.

Área de atuação

A área de atuação do(a) Engenheiro(a) de Controle e Automação tem um campo abrangente. Os principais nichos são:

  • Automação comercial e Domótica: envolve projetos de sistemas automatizados de controle de equipamentos em edifícios comerciais e em residências (como elevadores, iluminação, aparelhos de ar-condicionado e eletrodomésticos);
  • Automação industrial: desenvolvimento e implantação de projetos de automação em indústrias e manipulação de robôs industriais;
  • Bioprocessos: projeto, construção e operação de equipamentos empregados nas indústrias de biotecnologia;
  • Informática: Projetos de sistemas de informação e banco de dados e programação equipamentos automatizados.

Engenharia de Produção

O mercado empresarial e industrial está cada vez mais concorrido, o que requer a melhor otimização das produções. Nesse sentido, o profissional formado em Engenharia de Produção é um dos mais requisitados.

A Engenharia de Produção engloba os conceitos técnicos para desenvolver projetos com as habilidades de gestão nos mais diversificados processos dentro das empresas. O profissional é voltado não só para os processos, mas também para as pessoas envolvidas. O foco é transformar o ambiente improdutivo em algo produtivo.

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Imagem: migrationlawupdates.com.au

Por ser um curso multidisciplinar, a área de atuação é bem ampla. É possível trabalhar desde em indústrias, otimizando processos, reduzindo custos, aumentando a produtividade e garantindo a qualidade do trabalho, a prestadoras de serviço e outros setores que requerem profissionais voltados para a técnica e a gestão (como áreas financeiras e de saúde).

Mercado de trabalho

Com a busca cada vez maior pelo menor custo com a maior qualidade de produto ou serviço, o profissional da área de Engenharia de Produção é uma peça fundamental para as diferentes empresas. Ele pode atuar desde na fábrica diretamente como também em consultorias, administração, produção agroindustrial, fiscalização, gerenciamento financeiro, etc.

O(a) Engenheiro(a) de Produção é o(a) profissional que fica responsável pela linha de produção, gerenciamento da qualidade dos produtos, dos sistemas de abastecimento, produtividade e rentabilidade do sistema, gestão de custos operacionais, etc. Basicamente, é ele(a) quem faz a integração entre a parte técnica e a administrativa.

Assim, por toda essa multidisciplinaridade, o profissional se mostra fundamental para diferentes tipos de ramos. Vale ressaltar que, assim como nas outras Engenharias citadas, os cursos de especialização e a atualização constantes são essenciais para o destaque da carreira.

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Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.