As escadas, apesar de simples conectores entre diferentes níveis, sempre foram elementos arquitetônicos fascinantes, muitas vezes consideradas verdadeiras obras de arte. Isso porque seu design pode desafiar a nossa percepção do espaço e desafiar a nossa compreensão da realidade. Quer um exemplo? Já ouviu falar da escada de Penrose? Ela guarda um enigma poderoso! Imagine subir seus degraus para sempre e jamais sair do lugar, num ciclo infinito. Será possível mesmo?

A essência da Escada de Penrose foi inventada em 1959 pelos matemáticos Lionel e Roger Penrose, pai e filho. Trata-se de um modelo de escada que desafia a geometria euclidiana, realizando um loop eterno, onde subir e descer se tornam ações simultâneas e paradoxais. Porém, isso é uma tremenda ilusão de óptica que, no fundo, só foi criada para provocar as pessoas, transcendendo a matemática e a física, influenciando na filosofia, design e arquitetura. Confira mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O primeiro teste da Escada de Penrose

A Escada de Penrose já foi fonte de inspiração de muitos artistas e pensadores de diversas áreas. Gostaríamos de citar neste texto o trabalho de M.C. Escher, um dos primeiros a incorporar esse modelo de escapa numa obra de arte. Ele fez, em 1960, uma litografia chamada “Ascendente e Descendente”, retratando monges subindo e descendo simultaneamente uma escada sem fim, sem esperança de alcançar um destino. Através desse trabalho, podemos aprender um pouco mais sobre tridimensionalidade em superfícies bidimensionais e como isso pode provocar ilusões.

A saber, “Ascendente e Descendente” é uma metáfora visual da condição humana com a nossa busca incessante por objetivos que são muitas vezes inalcançáveis.

Escada de Penrose
Imagem reproduzida de TechTudo

Numa primeira olhada, tudo parece normal. Mas ao observar melhor os detalhes da figura, percebemos que as escadas se encontram em ângulos impossíveis, desafiando as leis da física e da gravidade.

O conceito por trás da Escada de Penrose

A Escada de Penrose é um paradoxo! Quando vista em duas dimensões, só no papel, como na obra de M.C. Escher, parece realmente uma estrutura contínua. Mas se acompanharmos cada linha, vem a revelação de que é impossível atingir um ponto final. Então, de alguma forma, parece que todo o espaço ao redor se transforma diante de nossos olhos e passamos a ter uma compreensão mais intuitiva da realidade.

Escada de Penrose
Imagem de Netflix reproduzida de Archdaily

O poder da perspectiva. Será que é isso que deixa as pessoas fascinadas pela Escada de Penrose? Não podemos negar que a imagem dessa estrutura, embora não verossímil, preenche nossa mente com ideias sobre a coerência daquilo que observamos versus como nós interpretamos o que vemos. Essa é uma oportunidade de refletirmos sobre a natureza da realidade e nossa tendência em buscar padrões onde não há e coerência no mundo ao nosso redor.

Fato é que nosso cérebro está constantemente tentando organizar as informações que recebemos, criando modelos mentais que nos permitem interpretar e prever os eventos.

Lições aprendidas

Qual a lição? Bom, podemos pensar que é não precisarmos ficar tentando o tempo todo forçar modelos pré-existentes de engenharia nos projetos por obrigação, pois, no processo, podemos falhar. Pode ser desconfortante, mas valeria a pena deixarmos nossa mente mais livre, indo além da lógica para criar algo realmente único, resolvendo com mais eficiência os problemas do dia a dia. Afinal, às vezes, a resposta para o enigma está no inexplicável!

Nem tudo o que vemos é real; a realidade é complexa e multifacetada – sempre há mais para descobrir!

Então, sim, a Escada de Penrose pode ser impossível de construir em sua forma pura. Mas é uma oportunidade de “pensar fora da caixa”! O que você precisa ter em mente é o desafio de criatividade e design que seu conceito impõe sobre para a engenharia que, na tentativa de simulá-la, pode levar a inovações diversas em áreas como design de ambientes, criação de volumes, uso de materiais e técnicas construtivas, exploração de ambientes virtuais e em realidade aumentada.

Os exemplos de influência na arquitetura e cultura pop

A Escada de Penrose é uma fonte inesgotável de inspiração. Um exemplo de sua influência na arquitetura é o projeto ‘La Muralla Roja’, de Ricardo Bofill, um edifício labiríntico em Calpe, na Espanha, composto por uma série de escadas, plataformas e pontes interligadas que cruzam em ângulos inesperados, criando uma sensação de desorientação e vertigem. 

Outro exemplo é a escultura ‘Umschreibung’, de Olafur Eliasson, em Munique, na Alemanha, uma escada espiral de nove metros que simboliza um loop infinito. E tem ainda a escultura ‘Diminish and Ascend’, do australiano David McCracken, uma escada que parece se elevar infinitamente em direção ao céu, criando a ilusão de que está desaparecendo no horizonte.

Indo para as telinhas, podemos citar a Escada de Penrose em jogos como o videogame ‘Monument Valley’, onde os gamers são desafiados a navegar por labirintos de escadas e caminhos impossíveis, explorando a geometria e a perspectiva para encontrar soluções para a estória. Por fim, o filme ‘A Origem’ ou ‘Interception’, de Christopher Nolan, onde, na trama, escadas são capazes de manipular a realidade dos sonhos. E não podemos esquecer o conto ‘Harry Potter’, de J. K. Rowling, com as escadas de Hogwarts.

Escada de Penrose
Game Monument Valley – Imagem reproduzida de Archdaily
Escada de Penrose
Filme Harry Potter – Imagem reproduzida de AvMakers
Escada de Penrose
Filme A Origem – Imagem reproduzida de Archdaily

Veja Também: Como são feitas as escadas flutuantes?


Fontes: Archdaily, Elsatop decorexpro.com, Wikipédia.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Charles-Édouard Jeanneret-Gris foi um famoso arquiteto de origem Suíça e naturalizado francês conhecido como Le Corbusier. Ele faleceu no ano de 1965, mas deixou um legado que inspira até hoje muitos engenheiros, arquitetos e designers. Suas obras são consideradas umas das referências mais importantes do modernismo ao lado de nomes como Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto e Mies van der Rohe. E sabia que esse profissional teve uma passada no Brasil? Continue lendo esse artigo para descobrir como foi!

Le Corbusier
Imagem de Joop van Bilsen por Anefo em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Le_Corbusier#/media/File:Le_Corbusier_(1964).jpg

Visita de Le Corbusier ao Brasil

Em 1929, o arquiteto Le Corbusier visitou a capital do Brasil, que era até então o Rio de Janeiro. Essa viagem foi bem marcante, com grande repercussão na mídia – principalmente um ano depois, quando, inspirado em nosso país, lançou o livro ‘Precisões sobre um estado presente da arquitetura e do urbanismo’. Suas palestras guiaram muitos profissionais nas novas criações modernas – embora alguns seguissem suas palavras quase como uma cartilha de regras. De fato, suas contribuições para a escola de Belas Artes e nosso meio cultural como um todo foram inestimáveis.

Mas o que queremos destacar neste texto é a proposta que Le Corbusier fez para a cidade na ocasião:  um projeto de viaduto habitável cortando a zona sul. Este projeto dito futurista cortaria bairros inteiros, do Leblon à Lagoa Rodrigo de Freitas, com conexão em Copacabana, Leme, passando pelo Flamengo e chegando ao Centro. Para o arquiteto, a edificação equilibraria a relação arquitetura e paisagem. Mas será mesmo?

Le Corbusier
Imagem reproduzida de Rio de Janeiro Moderno

Le Corbusier chegou a apresentar esta proposta entre outras ideias ousadas como para o Ministério da Educação e Saúde e a Cidade Universitária, mas esse complexo habitacional chama mais atenção. Imagine um edifício com tamanha extensão, 12 níveis sobre pilotis, autopista no topo, calçadas, praças e jardins verticais. Como seria esta estrutura se tivesse sido construída? Será que seria como um elefante branco? Ou um lindo acréscimo à Cidade Maravilhosa?

projeto cidade linear Le Corbusier
Imagem reproduzida de Cronologia do Pensamento Urbanístico
projeto cidade linear Le Corbusier
Imagem divulgação via Pesquisar no Acervo O Globo

Veja Também: Entenda o processo de urbanização das cidades brasileiras

O grande plano para a cidade de Argel

É interessante essa fixação de Le Corbusier por um ideal de cidade linear. Em 1930, um ano depois de estar no Rio de Janeiro, o arquiteto foi chamado para participar da elaboração de um plano para a cidade de Argel, na Argélia. Na fase um, o projeto expressava a intenção de construção de uma mega estrutura. Especialistas garantem que essas se tratava de uma expressão que resumia seus 20 anos de investigação Urbana e também certa influência pelo projeto da Ville Radieuse também feito por ele.

A ideia era transformar Argel em uma cidade capital, que serviço de refúgio para o governo francês diante de uma possível ocupação nazista na França. Lembrando que Argélia era uma colônia francesa.

projeto cidade linear Le Corbusier
Imagem reproduzida de Cronologia do Pensamento Urbanístico
projeto cidade linear Le Corbusier
Imagem reproduzida de Cronologia do Pensamento Urbanístico

Por conta da topografia irregular do local, Le Corbusier acreditava que o melhor seria uma cidade de um edifício só. Haveria o viaduto, habitado pelas classes trabalhadoras, o grande Complexo Residencial para a classe alta e as áreas de serviços. Sim, como no Titanic! No fim das contas, os desenvolvedores fragmentaram sua proposta e, no lugar do edifício, fizeram uma via linear costeando a praia. Mesmo assim, o discurso arquitetônico envolvendo esse projeto chegou aos quatro cantos do mundo, inspirando outros partidos arquitetônicos.

A estrutura com espinha dorsal generativa

Pense na complexidade que seria unir uma diversidade tão grande de pessoas, de formas individuais de expressão, em uma única estrutura. Será possível que haja algum mecanismo projetual tão poderoso capaz de conseguir resolver esse desafio? Bem, não é assim que tentamos viver? Toda cidade ou todo o tecido urbano já é uma forma de tentar ordenar o básico necessário para nossa sobrevivência em sociedade.

A ideia dessa mega estrutura alongada de Le Corbusier é uma proposta de ordenação apenas fora do convencional ao qual estamos acostumados. Mas vale destacar que as pessoas ainda teriam liberdade de personalizar, dentro dessa grade ou malha volumétrica, a sua unidade de moradia ao estilo que desejassem. O conceito é traduzido por “chãos artificiais”, com grandes lajes construídas em operação única, com vãos internos em subdivisões variadas. Isso é ou não a cara do movimento moderno?

Então, apesar da “força” de regularidade exercida pela mega estrutura projetada pelo arquiteto, as pessoas ainda seriam os próprios arquitetos dos seus espaços de habitação. A estrutura coletiva indica apenas os limites espaciais de cada moradia, mas o conjunto é que determina a aparência do todo – quase como brincar de LEGO. Inclusive, segundo Le Corbusier, nesse caso, métodos de construção diferentes poderiam coexistir harmoniosamente. Tal característica seria a maior qualidade dessa arquitetura!

O projeto de cidade futurista para a Arábia Saudita

Agora vamos dar um salto no tempo para provar que as ideias do modernismo de grandes projetistas como Le Corbusier ainda inspiram engenheiros e arquitetos mais do que muitos gostariam de admitir. Por exemplo, será que o projeto The Line para Arábia Saudita não teria suas raízes nos projetos de Le Corbusier para o Rio de Janeiro e a Argélia?

Caso você não conheça a proposta, vamos apresentá-la a você. Seria uma estrutura de 170 km, 500 m de altura e 200 m de largura. Essa cidade linear seria erguida sobre áreas desérticas, a cerca de 50 km do Golfo de Aqaba, tendo capacidade para 9 mil pessoas. A saber, a expectativa é que a primeira fase da obra seja concluída em breve, como parte de um programa de aceleração da economia até 2030.

projeto cidade linear
Imagem divulgação The Line reprodudição via Exame
projeto cidade linear
Imagem divulgação The Line reprodudição via Página Aberta

A proposta tem ganho destaque nos periódicos de engenharia por suas soluções avançadas. Isso inclui plano de produção de energia 100% renovável. A megalópole vertical futurista funcionaria sem carros, estradas ou emissões de carbono. As funções seriam sobrepostas, dando às pessoas a possibilidade de se moverem em três dimensões – trens fariam transporte em alta velocidade. E para delimitar o espaço urbano, dois paredões com exterior espelhado misturariam a fachada com a natureza ao redor. Interessante, não?

Diferente da realidade do que se tinha na época de Le Corbusier, agora, na contemporaneidade, se tem tecnologia suficiente para criar uma cidade linear de muito mais qualidade. Para Neom, a expectativa é que seja 2% da pegada de infraestrutura em comparação com a cidades tradicionais.

Muitos projetistas tentam convencer que o clima adverso desse tipo de cidade seria o maior atrativo – atraindo sobretudo turistas. Mas será que eles estão levando em conta questões como crescimento populacional, violência urbana ou situações de pandemia? Escreva para nós a sua opinião na aba de comentários logo abaixo.

Veja Também: As principais obras de Oscar Niemeyer pelo mundo


Fontes: Wikipédia, UFBA, Agenda Bafafá, Exame.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Nos últimos anos, tem uma sigla que tem sido bastante citada por investidores: “ESG”. Sabe o que ela significa? Bem, ela se refere à “Environmental, Social and Governance” (Ambiental, Social e Governança). Empresas que adotam tais práticas são vistas com bons olhos pelo mercado, reduzem seus riscos operacionais e jurídicos, e conquistam uma vantagem competitiva. A saber, isso também se aplica no setor de engenharia. Sabe como sua empresa pode aderir a essas diretrizes? Confira no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O que significa ESG na prática?

O ESG pode ser traduzido como um conjunto de práticas e padrões que as empresas podem adotar para operar de forma mais sustentável, responsável e transparente. Vale destacar que é, portanto, um conceito que vai além do lucro financeiro, mas considerando o impacto que a empresa tem no meio ambiente, na sociedade e na forma em como é administrada. O retorno para as empresas? Melhor reputação, aumento da competitividade e mais investimentos! Que tal destrinchar essa explicação? Segue nossa lista!

ESG
Imagem de redgreystock em Freepik

Environmental

A engenharia é seriamente impactada pelas mudanças ambientais; ao mesmo tempo, ela é uma das que mais pode impactar o meio ambiente. Justamente por isso, em consideração, deveria considerar suas práticas e como elas podem ser mais eco friendly. Por exemplo, reduzindo o consumo de materiais naturais, usando materiais mais sustentáveis, gerando mais adequadamente resíduos e reciclagem, e reduzindo as emissões de poluentes.

Social

Além de tratar bem o meio ambiente, as empresas de engenharia precisam pensar em como tratar bem os de casa, ou seja, seus colaboradores. Além disso, manter uma boa relação com fornecedores e comunidade. Estamos falando em garantir condições seguras e saudáveis para seus trabalhadores, promover a diversidade e inclusão no ambiente corporativo, apoiar projetos sociais e educacionais, e respeitar direitos trabalhistas.

Governance

Por fim, as empresas de engenharia precisam, se querem manter sua boa imagem, incluir na sua base de gestão políticas anticorrupção e de prestação de contas às “partes” – pessoas, grupos e organizações – que possam ser impactadas pelos seus serviços. A depender do tamanho dessa empresa, pode haver até uma implementação de códigos de ética empresarial, planos de procedimentos de controle de atividades com normas regulatórias e auditorias independentes, entre outras medidas.

Veja Também: Habitação para todos: arquitetura solidária e sustentável para apoiar a população de rua

Quando surgiu o conceito de ESG?

A saber, o termo ESG surgiu em 2004. Ele foi citado pela primeira vez em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), chamado ‘Who Cares Wins’. Este documento destacou que era importante que as empresas passassem a integrar fatores ambientais, sociais e de governança nas suas decisões de investimentos.

Desde então, o conceito ganhou destaque no mundo dos negócios. E pouco a pouco ele tem sido encarado de modo natural, já que a própria sociedade e o mercado, de modo geral, estão mais exigentes, cobrando das empresas posturas mais responsáveis e transparentes.

Quais as vantagens de adotar práticas ESG nas empresas?

  • Atração de investimentos: Investidores valorizam empresas ESG por serem mais resilientes e inovadoras.
  • Melhoria da reputação e imagem da marca: Boas práticas ESG aumentam a confiança de clientes e parceiros.
  • Redução de riscos: Menor exposição a problemas legais, ambientais e trabalhistas.
  • Aumento da eficiência e produtividade: Gestão otimizada de recursos e processos.
  • Fidelização de clientes: Preferência por empresas comprometidas com sustentabilidade.
  • Atração e retenção de talentos: Profissionais procuram empresas alinhadas com seus valores.
  • Acesso a crédito verde: Facilidade para obter financiamento para projetos sustentáveis.
  • Emissão de green bonds: Captação de recursos para iniciativas ambientais.
  • Melhoria do ambiente interno: Ambiente de trabalho mais saudável e colaboradores mais engajados.

Como identificar se sua empresa de engenharia é ESG?

Já imaginou se sua empresa já é ESG? Tem um jeito de saber disso! Existem os que os especialistas chamam de “índices ESG”, que ajudam na verificação se uma empresa está comprometida com práticas de ‘Ambiental, Social e Governança’. A saber, esses índices são criados por agências especializadas em avaliação de desempenho no mundo dos negócios. Por aqui, no Brasil, são valorizados especialmente quatro índices: sustentabilidade empresarial (ISE B3), governança corporativa (IGCT), desempenho financeiro (S&P/B3), e gestão de emissões de carbono (ICO2). 

Além dos índices da B3, as empresas também podem fazer parte de índices internacionais, como o Dow Jones Sustainability Index (DJSI) e o índice FTSE4Good.

Outra forma de identificar se uma empresa é ESG é verificar se ela é signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), reportando seu progresso anualmente. Esse é um tipo de compromisso que ela faz de que está implantando esses princípios em suas operações.

ESG
Imagem de rawpixel.com em Freepik

Como implementar o ESG na sua empresa de engenharia?

Empresas que seguem boas práticas ESG têm mais chances de crescimento. Além do mais, têm menor risco de enfrentar processos trabalhistas, ambientais e fraudes financeiras; isso resulta na redução de custos operacionais e aumento da eficiência. Aliás, os investidores priorizam negócios desse tipo, de marcas fortes, com funcionários engajados e produtivos, ambientes que promovem boas práticas, e que conquistaram seus clientes e parceiros. Fique ligado!

Aqui vão algumas ideias de como você pode implementar o ESG na sua empresa de engenharia:

  • Avalie as práticas ESG atuais e identifique melhorias.
  • Estabeleça objetivos mensuráveis e indicadores de desempenho.
  • Estruture ações, responsáveis e prazos para alcançar as metas.
  • Engaje stakeholders (colaboradores, clientes, investidores) no compromisso ESG.
  • Acompanhe indicadores e revise o plano conforme necessário.
  • Busque selos e normas como ISO 14001 e ISO 45001.
  • Utilize soluções sustentáveis para eficiência e menor impacto ambiental.
  • Promova treinamentos e incentive práticas sustentáveis na equipe.
  • Implemente boas práticas, códigos de conduta e auditorias.
  • Divulgue ações e resultados por relatórios, redes sociais e site corporativo.
ESG
Imagem de Freepik

Qual o futuro da engenharia com ESG?

O ESG precisa se tornar uma realidade para todas as empresas de engenharia. Os benefícios são para todos! Além de gerar um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade, sua empresa ganhará destaque no mercado, fortalecendo sua reputação e atraindo novos investimentos. Mas, do contrário, se seu negócio não for adaptado a esse novo momento de mercado, corre o risco de perder competitividade e ficar para trás.

Ficou na dúvida do que fazer? Que tal começar consultando o relatório de sustentabilidade de outras empresas só como inspiração. Esse documento é divulgado por muitas companhias anualmente, apresentando informações sobre o seu desempenho, como dados de consumo de energia, emissão de CO2, gestão de resíduos, combate à corrupção e mais. Use essas informações para avaliar como sua empresa pode caminhar rumo à sustentabilidade!

ESG
Imagem de onlyyouqj em Freepik

Fontes: Valor – Globo, SEBRAE.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O século XXI testemunha uma transformação profunda na maneira como concebemos e construímos nossos edifícios. Impulsionados pela crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a necessidade urgente de práticas mais sustentáveis, os “edifícios verdes” emergem como protagonistas de uma revolução na engenharia civil. Estas estruturas inovadoras não são apenas construções; são manifestações tangíveis de um compromisso com o meio ambiente, a eficiência energética e o bem-estar humano.

Em um planeta onde as cidades consomem 78% da energia global e geram 60% das emissões de gases de efeito estufa, a importância dos edifícios verdes se torna inegável. A busca por alternativas sustentáveis não é mais uma opção, mas uma necessidade premente. O artigo a seguir, do Engenharia 360 explora uma lista fascinante de edifícios que lideram o caminho para um futuro mais verde e resiliente. Confira!

O que define edifícios verdes?

Antes de mergulharmos na lista dos edifícios mais impressionantes, é crucial entender o que realmente define uma construção como “verde”. Um edifício verde, ou sustentável, é aquele que, desde a sua concepção até a sua operação, busca minimizar o impacto ambiental e maximizar a eficiência dos recursos.

Critérios de sustentabilidade

A certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um reconhecimento internacional que avalia a sustentabilidade de edifícios com base em critérios como localização estratégica, preservação ambiental, uso eficiente da água e energia, materiais sustentáveis e qualidade do ambiente interno. Além disso, incentiva inovação em projetos e melhorias regionais, promovendo construções ecologicamente responsáveis e socialmente benéficas.

Top 10 edifícios verdes pelo mundo

Agora, vamos explorar dez exemplos notáveis de edifícios verdes que estão redefinindo os padrões da construção sustentável em todo o mundo:

1. Torre Iberdrola, Bilbau, Espanha

Projetada pelo renomado arquiteto César Pelli, a Torre Iberdrola é um ícone financeiro e empresarial em Bilbau. Com seus 165 metros de altura e uma estrutura de vidro imponente, a torre é um exemplo de construção sustentável e eficiência energética. Seu anel de recuperação de energia reduz significativamente a pegada de carbono, demonstrando um compromisso com a responsabilidade ambiental.

Além de suas características sustentáveis, a Torre Iberdrola foi concebida para promover o bem-estar de seus ocupantes. A distribuição interna dos espaços incentiva o trabalho em equipe, a transferência de conhecimento e a aprendizagem organizacional, criando um ambiente de trabalho produtivo e sustentável.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem de Zarateman em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bilbao_-_Torre_Iberdrola_07.JPG

2. Biblioteca Pública de Beitou, Taipei, Taiwan

Localizada no Parque Beitou, em Taipei, esta biblioteca é a primeira construção verde de Taiwan. Seu design inovador visa reduzir o consumo de água e eletricidade, utilizando grandes janelas para maximizar a iluminação natural. A cobertura do edifício é parcialmente revestida com células fotovoltaicas para gerar energia solar, e um sistema de coleta de água da chuva é utilizado para alimentar os vasos sanitários.

A Biblioteca Pública de Beitou é um exemplo inspirador de como a arquitetura sustentável pode se integrar harmoniosamente com o meio ambiente, criando um espaço público agradável e eficiente.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem de Lijun em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:BeitouLibrary.JPG

3. Academia de Ciências da Califórnia, São Francisco, EUA

Reconstruída em 2008 sob a visão do arquiteto Renzo Piano, a Academia de Ciências da Califórnia é um museu de história natural e instituto de pesquisa que incorpora práticas sustentáveis em todos os aspectos de seu design. O edifício recicla água da chuva, utiliza placas fotovoltaicas para gerar energia solar e possui uma cobertura verde de um hectare com milhões de plantas nativas da Califórnia.

A Academia de Ciências da Califórnia demonstra como a sustentabilidade pode ser integrada em grande escala, criando um espaço que educa e inspira sobre a importância da conservação ambiental.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem de Adamsofen em Wikipédia – https://ast.wikipedia.org/wiki/Academia_de_Ciencies_de_California#/
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4. World Trade Center, Manama, Bahrain

Este complexo de duas torres gêmeas de 240 metros de altura é o primeiro arranha-céu do mundo a integrar turbinas eólicas em seu design. As turbinas, que satisfazem 15% do consumo energético das torres, estão localizadas em pontes que conectam os edifícios. O design em forma de vela das torres otimiza a captação de vento, tornando o World Trade Center um exemplo pioneiro de energia renovável em edifícios altos.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem de Bahrain WTC em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Bahrain_World_Trade_Center#/media/File:Bahrain_WTC.JPG

5. Pixel Building, Melbourne, Austrália

O Pixel Building é o primeiro edifício de escritórios com pegada neutra de carbono da Austrália. Projetado como um protótipo para escritórios do futuro, o edifício possui uma cobertura verde com painéis solares para gerar sua própria energia e um sistema de coleta e armazenamento de água. A fachada multicolorida do Pixel Building permite o aproveitamento da ventilação e da iluminação natural, minimizando o consumo de energia.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem reproduzida rchitecturePorn em Reddit

6. Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, Brasil

Projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o Museu do Amanhã é um museu de ciências que incorpora soluções de sustentabilidade inovadoras. O museu utiliza painéis solares móveis, sistemas de reutilização de água da chuva e um sistema de ar condicionado que utiliza água da Baía de Guanabara. O design futurista e as práticas sustentáveis do museu o tornam um símbolo de esperança para um futuro mais verde.

A saber, este museu futurista incorpora o otimismo para o futuro com seu design bioclimático, painéis solares e sistema de reutilização de água da chuva.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem de Mario Roberto Durán Ortiz em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_do_Amanh%C3%A3#/media/Ficheiro:
Museu_do_Amanha_05_2016_Rio_2085.jpg

7. Turning Torso, Malmö, Suécia

Outro projeto de Santiago Calatrava, o Turning Torso é um arranha-céu de 190 metros de altura inspirado em um torso humano em movimento. O edifício é abastecido com energia renovável, cada apartamento gerencia seu consumo de aquecimento e água, e as cozinhas reciclam os resíduos orgânicos para produzir biogás. O Turning Torso demonstra como a sustentabilidade pode ser integrada em edifícios residenciais de grande escala.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem de Väsk em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Turning_Torso#/media/Ficheiro:Turning_Torso_3.jpg

8. Parkroyal Collection, Singapura, Singapura

Este hotel de luxo no centro de Singapura possui 15.000 m² de varandas ajardinadas, conhecidas como “sky gardens”. Os jardins são projetados para serem autossuficientes e consomem o mínimo de energia através do uso de células solares, sensores de movimento e captação de água da chuva para reciclagem. O Parkroyal Collection é um oásis verde no coração da cidade, oferecendo um refúgio sustentável para seus hóspedes.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem de Erwin Soo em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Parkroyal_Collection_Pickering#/media/
File:Parkroyal_on_Pickering_(8579805153).crop.jpg

9. Torre de Xangai, Xangai, China

Com 632 metros de altura, a Torre de Xangai é o segundo edifício mais alto do mundo e um exemplo notável de construção sustentável. O edifício foi projetado para coletar água da chuva e reciclar parte de suas águas residuais para uso interno. O design da fachada minimiza as rajadas de vento, reduzindo a quantidade de material necessária para sua construção.

edifícios mais verdes do mundo
Imagem de GG001213 em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Shanghai_World_Financial_Center#/
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10. Torre Reforma, Cidade do México, México

Localizada no Paseo de la Reforma, na Cidade do México, a Torre Reforma é o terceiro arranha-céu mais alto do país. O edifício utiliza energia solar e eólica, e a água, além de ser reciclada, é usada para gerar eletricidade. O sistema de ar condicionado é controlado por inteligência artificial através de sensores espalhados pelo edifício, otimizando o uso de energia.

edifícios verdes
Imagem de México en Fotos em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Paseo_de_la_Reforma#/media/Ficheiro:CDMX_-_Paseo_de_la_Reforma.jpg

Bônus | Outros projetos icônicos

Para além da lista anterior, vale a pena destacar outros edifícios que representam o auge da arquitetura sustentável:

  • CopenHill, Copenhague, Dinamarca: Esta usina de geração de energia a partir de resíduos é um exemplo de transformação urbana sustentável, com pistas de esqui e trilhas para caminhada em seu telhado.
  • Gardens by the Bay, Singapura: Este jardim botânico futurista é uma prova do desenvolvimento urbano sustentável, com superárvores que abrigam jardins verticais e coletam energia solar.
  • Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola: Este campus universitário incorpora ventilação natural, técnicas de resfriamento passivo e coleta de água da chuva.
  • Bullitt Center, Seattle, EUA: Este edifício de escritórios atinge o uso líquido zero de energia através de painéis solares, coleta de água da chuva e um sistema de tratamento de água.
  • One Central Park, Sydney, Austrália: Este arranha-céu se destaca por sua deslumbrante parede de jardim vertical, que proporciona isolamento, reduz o consumo de energia e melhora a qualidade do ar.

Principais benefícios dos edifícios verdes

Os edifícios verdes vão além da sustentabilidade ambiental, proporcionando benefícios à saúde, economia e imagem corporativa. Eles melhoram a qualidade de vida dos ocupantes, reduzem ilhas de calor e promovem ambientes mais saudáveis. Além disso, apesar do investimento inicial, geram economias a longo prazo com eficiência energética e menor consumo de água. Para empresas, adotá-los fortalece a imagem sustentável e atrai clientes e investidores.

Perspectivas para um futuro mais verde e resiliente

Os edifícios verdes representam uma mudança de paradigma na engenharia civil. Eles são a prova de que é possível construir estruturas que sejam eficientes, sustentáveis e benéficas para o meio ambiente e para a sociedade. Ao adotar práticas construtivas mais responsáveis, podemos criar um futuro mais verde, resiliente e próspero para todos.

À medida que a tecnologia avança e a conscientização ambiental aumenta, podemos esperar ver ainda mais inovações no campo da construção sustentável. Os edifícios verdes não são apenas uma tendência; são o futuro da engenharia civil.

Veja Também: Conheça aqui o edifício residencial mais verde do Brasil


Fontes: Iberdrola, Exame, dormakaba.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Certamente você já ouviu falar na Torre Eiffel de Paris. Saiba que ela não é apenas um símbolo turístico, mas um ícone de Engenharia. Esta construção foi erguida em 1888 para a Exposição Mundial e tinha como propósito, segundo seus projetistas, ser o monumento às novas ideias, mudanças sociais, crescimento econômico e poder. Parece que deu certo!

Nós que amamos as engenharias devemos olhar com admiração para esta obra. Sabe por quê? Pois ela demonstra como é possível se chegar longe quando pequenos componentes se encaixam certo e assumem bem a sua função em nível de design – que hoje atingimos mais facilmente com simulações em 3D.

estruturas metálicas, pavilhões de exposições e lojas de departamento
Imagem reproduzida de Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Exposi%C3%A7%C3%A3o_Universal_de_1937#/media/Ficheiro:Paris-Expo-1937-carte_postale-00.jpg
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Torre Eiffel em Exposição Mundial – Imagem reproduzida de Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eiffel_Tower_and_
Champ_de_Mars_seen_from_Trocad%C3%A9ro_Palace,_Paris_Exposition,_1889.jpg

Pense bem no domínio de conhecimento das cargas que esses engenheiros já tinham naquela época, entendendo que quanto maior o controle das forças ativas, maior a expansão que pode ser obtida. Mas mais do que suportar forças, essa estrutura emite força (sabia disso?), que é a força da inspiração e criatividade que ela extrai de quem a observa. E esse plano que começou sem grandes pretensões, resultou em um estímulo às massas de pessoas que nem mesmo chegaram a ter influência no processo de concepção, mas que deveriam.

E tal massa que guia hoje a indústria? É para ela que projetamos mercadorias e erguemos edifícios! Justamente a produção em massa, para as massas, é que requereu no passado a construção de pavilhões de exposições. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Novas construções impulsionadas pelas necessidades e possibilidades

A virada do século XIX para o século XX foi de grande efervescência; novas ideias surgiram em meio a debates calorosos. Também surgiu, com os movimentos de vanguardas, mais possibilidades de construção. É difícil dizer o que veio primeiro, à procura ou a oferta. Fato é que quando passamos a produzir máquinas e fabricar itens a uma velocidade mais rápida, isso permitiu a engenharia Inovar e apresentar essas inovações em grandes feiras para convencer as pessoas de que o moderno era melhor mesmo sendo industrial e não manual com menos ornamentos e ‘forma pela função’.

A engenharia de estruturas contribuiu bastante neste momento, desenvolvendo ou aprimorando  técnicas e materiais para construção de grandes vãos de telhados com muito mais articulações espaciais em total consonância com os novos tempos. Era preciso expandir a escola da construção civil !

Os primeiros palácios dedicados ao consumidor

A virada do século XIX para o século XX foi marcada pelas grandes exposições. Por conta disso, foram construídas edificações para tal funcionalidade como o Palácio de Cristal em Londres – que infelizmente já não existe mais -, o Grand Palais e o Petit Palai em Paris – que, aliás, brilharam nos Jogos Olímpicos de 2024. Estes vastos salões de aço e vidro foram os primeiros grandes espaços dedicados a receber a sociedade de consumo. 

Foi nesta época que a engenharia introduziu o aço como material de construção, o que tornou possível erguer em pouco tempo estruturas com enormes vãos. Além disso, paineis de vidro podiam agora ser inseridos nas molduras de aço do telhado, e a transparência resultante, dando a esses espaços uma atmosfera arejada e leve.

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Palácio de Cristal em Londres – Imagem de Dickinson Brothers em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Crystal_Palace_from_the_northeast_
from_Dickinson%27s_Comprehensive_Pictures_of_the_Great_Exhibition_of_1851._1854.jpg
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Palácio de Cristal em Londres – Imagem de J. McNeven em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Crystal_Palace_-_interior.jpg
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Grand Palais – Imagem reproduzida de Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_Grand_Palace,_
Exposition_Universal,_1900,_Paris,_France.jpg
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Petit Palai – Imagem reproduzida de Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Petit_Palais#/media/
Ficheiro:The_little_Palace,_Exposition_Universal,_1900,_Paris,_France.jpg

Perceba que essas obras pareciam grandes redomas fechadas. Isso para proteger as pessoas e itens expostos às variações climáticas. Especialistas dizem que tais projetos foram inspirados em estufas como as de Kew Gardens de Londres. Por certo, por terem essa volumetria, grandes vãos e estruturas de aço, transmitem mesmo a ideia de que não se trata de uma construção convencional.

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Kew Gardens de Londres – Imagem de Diliff em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Reais_Jardins_Bot%C3%A2nicos_de_Kew#/
media/Ficheiro:Kew_Gardens_Palm_House,_London_-_July_2009.jpg

A pergunta que fica é: essas estruturas eram mesmo convencionais? Talvez não, porque embora o vasto telhado de vidro fornecesse uma excelente iluminação para grandes espaços, algumas colunas, por conta das cargas, limitavam o uso dos interiores. Fora que hoje, com as mudanças climáticas, essa transparência demasiada impacta a regulagem da temperatura e o conforto ambiental

As estruturas metálicas no Brasil

As estruturas metálicas foram bastante exploradas no Brasil na virada do século XIX para o século XX. Aliás, segundo historiadores isso chegou a ser um tipo de arquitetura oficial, principalmente em grandes edifícios públicos, a exemplo do Mercado de Carnes de Belém. Essas obras eram de muito bom gosto, de extrema beleza plástica, com uma engenharia digna de elogios até os dias de hoje.

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Mercado de Carnes de Belém – Imagem de Hans von Manteuffel em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Meat_Market,_Bel%C3%A9m#/media/File:VerOPeso_-_Mercado_da_Carne.jpg

A expansão da escala de consumo para lojas de departamento

Com o passar das décadas, as grandes salas de exposição de aço e vidro começaram a inspirar a criação de outros modelos arquitetônicos, como as amplas lojas de departamento.

Diferente dos bazares, mercados e ruas cobertas, onde vendedores individuais se reuniam sob o mesmo teto para vender, as lojas de departamento com administração centralizada atraiu um público mais variado. A diferença é que eram mais acessíveis aos compradores, com todos os pavimentos visíveis a partir de um vão central – e com telhado de vidro -, assim como os palácios de exposições. É o mesmo efeito espacial! Um exemplo que podemos citar é a Galeries Lafayette.

estruturas metálicas, pavilhões de exposições e lojas de departamento
Galeries Lafayette – Imagem de Miguel Mendez em Wikipédia – https://fr.wikipedia.org/wiki/Groupe_Galeries_Lafayette#/media/
Fichier:Galeries_Lafayette_(51723271767).jpg
estruturas metálicas, pavilhões de exposições e lojas de departamento
Galeries Lafayette – Imagem de Wouter Hagens em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Paris_Lafayette_inside.jpg

O que podemos dizer na conclusão deste texto é que, da Torre Eiffel às galerias de comércio, o objetivo sempre foi acolher as pessoas, cativá-las, encantá-las para consumir. O quê? Um roteiro de turismo ou produtos da moda? Não, um ideal de futuro, de possibilidades para as mudanças – estas que vão guiar a engenharia. Então, prepare-se para o futuro, pois, assim como o passado, promete ser fascinante!

Veja Também: Gameleira: O projeto de Oscar Niemeyer que desabou


Fonte: Livro Lições de Arquitetura (Herman Hertzberger, 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1999).

Das exposições universais às lojas de departamento, descubra como as estruturas metálicas mudaram a arquiteturaImagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A engenharia civil, mais do que uma ciência, é uma arte que molda o mundo ao nosso redor. E no coração dessa arte, reside a maestria das misturas. Assim como um chef combina ingredientes para criar um prato sublime, o engenheiro domina a arte de mesclar materiais para construir estruturas que desafiam o tempo. Mas, quais são os segredos por trás dessas misturas? Quais são os ingredientes que dão vida a edifícios, pontes e estradas?

No artigo a seguir, do Engenharia 360, desvendamos os mistérios das principais misturas essenciais que sustentam a engenharia civil. Confira!

1. Concreto

O concreto é, sem dúvida, o material mais utilizado na engenharia civil em todo o mundo. Sua versatilidade, resistência e durabilidade o tornam a escolha ideal para uma vasta gama de aplicações, desde a fundação de edifícios até a construção de pontes e barragens.

O que é o concreto

O concreto é uma mistura composta por cimento Portland, agregados graúdos (brita), agregados miúdos (areia) e água. O cimento atua como um aglomerante, unindo os agregados e formando uma massa sólida e resistente. Em algumas situações, aditivos como a sílica são adicionados para potencializar algumas de suas características.

A “ciência do concreto” é fascinante, pois cada mistura é única e projetada para atender às necessidades específicas de cada obra. A proporção dos ingredientes, o tipo de cimento e os aditivos utilizados podem variar amplamente, resultando em concretos com diferentes propriedades e desempenhos.

misturas utilizadas na engenharia civil
Imagem de Life Of Pix em Pexels

Veja Também: Novo concreto sem cimento para construção sustentável

A importância do concreto

O concreto é um material indispensável na engenharia civil, proporcionando:

  • Resistência: Suporta grandes cargas e resiste a deformações.
  • Durabilidade: Mantém suas propriedades ao longo do tempo, resistindo a intempéries e agentes agressivos.
  • Versatilidade: Pode ser moldado em diversas formas e tamanhos, adaptando-se a diferentes projetos.
  • Economia: É um material relativamente barato e de fácil obtenção.

Tipos de concreto e suas aplicações

Existem diversos tipos de concreto, cada um com características e aplicações específicas. Vamos explorar alguns dos mais importantes:

  • Concreto convencional: É o tipo mais comum, utilizado em diversas aplicações, como fundações, lajes e pisos. Sua consistência mais seca exige o uso de vibradores para adensamento.
  • Concreto bombeável: Possui alta fluidez, permitindo que seja bombeado através de tubulações. Ideal para grandes obras verticais, onde o transporte rápido e eficiente é essencial.
  • Concreto armado: Incorpora armações de aço para aumentar sua resistência à tração e compressão. Amplamente utilizado em pilares, vigas, lajes e outros elementos estruturais.
  • Concreto protendido: Utiliza cabos de aço de alta resistência tensionados antes da concretagem. Permite a construção de vãos maiores e é frequentemente empregado em pré-moldados e reforço de estruturas.
  • Concreto leve: Possui baixa densidade, proporcionando excelente isolamento térmico e acústico. Utilizado em regularização de superfícies, envelopamento de tubulações e enchimento de lajes.
  • Concreto pesado: Apresenta alta densidade, ideal para aplicações que exigem proteção contra radiação, como gasodutos, câmaras de raio-x e usinas nucleares.
  • Concreto rolado: Utilizado em pavimentações urbanas, pisos de estacionamentos e barragens. Sua aplicação envolve compactação com rolos compressores, seguido de impermeabilização com emulsão asfáltica.
  • Concreto de alta resistência (CAR): Possui resistência superior aos concretos convencionais. Utilizado em fundações, lajes, pilares e vigas, permitindo a construção de estruturas mais esbeltas e econômicas.

2. Argamassa

A argamassa é outra mistura fundamental na engenharia civil, atuando como uma “cola” que une os diferentes elementos da construção, como tijolos, blocos e revestimentos.

O que é a argamassa

A argamassa é uma combinação de cimento, areia e água, com ou sem aditivos. A proporção dos ingredientes varia de acordo com a aplicação desejada.

misturas utilizadas na engenharia civil
Imagem de diana.grytsku em Freepik

A importância da argamassa

A argamassa desempenha um papel crucial na engenharia civil, garantindo:

  • Aderência: Promove a união entre os diferentes elementos da construção.
  • Resistência: Suporta cargas e resiste a deformações.
  • Impermeabilização: Protege as paredes contra a umidade.
  • Acabamento: Prepara a superfície para receber o revestimento final.

Tipos de argamassa e suas aplicações

Existem diversos tipos de argamassa, cada um com características e aplicações específicas:

  • Argamassa de assentamento: Utilizada para unir tijolos e blocos, proporcionando resistência e estabilidade às paredes.
  • Argamassa de revestimento: Aplicada sobre as paredes para regularizar a superfície e receber o acabamento final.
  • Argamassa colante: Utilizada para fixar revestimentos cerâmicos, porcelanatos e outros materiais.
  • Argamassa de grauteamento: Empregue para preencher espaços vazios em estruturas de concreto, como furos de chumbamento e alvenaria estrutural.

3. Chapisco

O chapisco é uma mistura simples, porém fundamental, utilizada como camada inicial para melhorar a aderência de revestimentos em paredes e tetos.

O que é o chapisco

O chapisco é composto por cimento e areia grossa, misturados com água até obter uma consistência fluida. A mistura é projetada sobre a superfície a ser revestida, criando uma camada áspera que facilita a aderência da argamassa de emboço.

misturas utilizadas na engenharia civil
Imagem reproduzida de Planilha levantamento quantitativo de materiais de construção

A Importância do chapisco

O chapisco garante:

  • Aderência: Cria uma superfície rugosa que aumenta a aderência da argamassa de emboço.
  • Impermeabilização: Reduz a absorção de água pela parede.
  • Proteção: Protege a parede contra a ação de agentes agressivos.

4. Emboço

O emboço é uma camada de argamassa aplicada sobre o chapisco, com o objetivo de regularizar a superfície e prepará-la para receber o reboco.

O que é o emboço

O emboço é composto por cimento, areia e água, com ou sem aditivos. A proporção dos ingredientes varia de acordo com a necessidade de regularização da superfície.

A importância do emboço

O emboço garante:

  • Regularização: Nivelamento da superfície, eliminando imperfeições e preparando-a para o reboco.
  • Aderência: Melhora a aderência do reboco à parede.
  • Proteção: Protege a parede contra a umidade e agentes agressivos.

5. Reboco

O reboco é a camada final de argamassa aplicada sobre o emboço, proporcionando um acabamento liso e uniforme às paredes.

O que é o reboco

O reboco é composto por cimento, cal, areia fina e água, com ou sem aditivos. A cal confere maior plasticidade à argamassa, facilitando o acabamento.

A importância do reboco

O reboco garante:

  • Acabamento: Proporciona uma superfície lisa e uniforme, pronta para receber a pintura ou outro revestimento final.
  • Estética: Melhora a aparência das paredes, conferindo um aspecto mais agradável e sofisticado.
  • Proteção: Protege a parede contra a umidade e agentes agressivos.

6. Misturas asfálticas

As misturas asfálticas são utilizadas na pavimentação de vias, proporcionando uma superfície lisa, resistente e durável para o tráfego de veículos.

O que são as misturas asfálticas

As misturas asfálticas são compostas por agregados (brita, areia) e ligantes asfálticos (CAP – Cimento Asfáltico de Petróleo). O ligante asfáltico envolve os agregados, formando uma massa coesa e impermeável.

misturas utilizadas na engenharia civil
Imagem de aleksandarlittlewolf em Freepik

A importância das misturas asfálticas

As misturas asfálticas garantem:

  • Resistência: Suportam o tráfego de veículos e resistem a deformações.
  • Durabilidade: Mantêm suas propriedades ao longo do tempo, resistindo a intempéries e agentes agressivos.
  • Segurança: Proporcionam uma superfície aderente, reduzindo o risco de acidentes.
  • Conforto: Reduzem o ruído do rolamento e proporcionam uma superfície lisa e uniforme.

Tipos de misturas asfálticas e suas aplicações

Existem diversos tipos de misturas asfálticas, cada um com características e aplicações específicas:

  • Concreto asfáltico: Mistura densa e resistente, utilizada em pavimentos de alto tráfego.
  • Asfalto borracha: Incorpora borracha moída de pneus reciclados, aumentando a durabilidade e reduzindo o ruído do rolamento.
  • Microrrevestimento asfáltico: Camada fina aplicada sobre pavimentos existentes para restaurar a superfície e prolongar a vida útil.

Veja Também: Tipos de tijolos e blocos para construção civil


Fontes: Afonso França Engenharia, Braver Engenharia.

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Engenharia 360

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A escolha do curso superior é uma das decisões mais importantes na vida de um estudante. Com a rápida evolução da tecnologia e a ascensão da Inteligência Artificial (IA), o mercado de trabalho está passando por transformações significativas. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), 40% dos empregos em economias emergentes, como o Brasil, serão impactados pela IA nos próximos anos.

Para ajudar estudantes e profissionais a se prepararem para esse futuro, consultamos a publicação da CNN Brasil, com base nas principais IAs do mercado – ChatGPT, DeepSeek e Gemini -, para identificar os principais cursos universitários que oferecerão os maiores salários em 2040. Confira a lista a seguir e prepare-se para uma carreira de sucesso!

1. Inteligência Artificial e Machine Learning

Com o avanço da automação, a demanda por especialistas em Inteligência Artificial e aprendizado de máquina (machine learning) crescerá exponencialmente. Empresas de tecnologia, saúde, finanas e indústria buscarão profissionais capazes de criar soluções autônomas e inteligentes, o que garantirá altos salários para os formados nessa área.

2. Engenharia de Robótica

A robótica será fundamental para diversos setores, como manufatura, medicina e transportes. Com a ascensão de veículos autônomos e processos automatizados, engenheiros especializados em robótica serão altamente valorizados.

cursos que as IAs apontam como os mais promissores para altos salários
Imagem de Mikhail Nilov em Pexels

3. Ciência de Dados e Análise de Dados

O volume de dados gerados mundialmente cresce de forma exponencial. A capacidade de analisar, interpretar e transformar esses dados em insights valiosos será uma habilidade indispensável. Profissionais de ciência de dados e análise de dados encontrarão oportunidades em setores como tecnologia, governança, marketing e saúde.

4. Segurança da Informação e Proteção de Dados

Com o aumento das ameaças cibernéticas, empresas e governos precisarão de especialistas em segurança da informação. O mercado para esses profissionais crescerá constantemente, tornando essa uma carreira promissora e lucrativa.

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Imagem de Kevin Ku em Pexels

5. Energias Renováveis

A busca por sustentabilidade impulsionará a demanda por profissionais especializados em energias renováveis, como solar, eólica e hidrogênio verde. Com incentivos governamentais e investimentos crescentes na transição energética, os salários dessa área tendem a ser muito atrativos.

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Imagem de Kindel Media em Pexels

6. Medicina e Biomedicina

A evolução da medicina e o uso de tecnologias como edição genética, diagnóstico por IA e terapias personalizadas garantirão altos salários para médicos e pesquisadores biomédicos. A área da saúde mental também ganhará destaque devido à crescente conscientização sobre o bem-estar mental.

7. Bioinformática e Biotecnologia

A interseção entre biologia e tecnologia impulsionará o desenvolvimento de novas terapias, soluções agrícolas e avanços na indústria farmacêutica. A bioinformática se tornará essencial para pesquisas genéticas e personalização de tratamentos.

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Imagem de ThisIsEngineering em Pexels

8. Internet das Coisas (IoT)

A crescente quantidade de dispositivos conectados fará com que especialistas em IoT sejam altamente requisitados. Empresas de tecnologia, automação industrial e segurança investirão em profissionais capazes de integrar sistemas inteligentes.

9. Engenharia de Software e Desenvolvimento de Sistemas

A digitalização de processos corporativos e industriais criará uma demanda crescente por engenheiros de software. Profissionais que dominam linguagens de programação e segurança cibernética terão espaço garantido no mercado de trabalho.

10. Blockchain e Fintechs

O blockchain vai muito além das criptomoedas. Sua aplicação se expandirá para áreas como saúde, logística e contratos inteligentes. Profissionais especializados em blockchain e fintechs serão altamente valorizados.

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Imagem de olia danilevich em Pexels

Podemos concluir que a escolha de um curso universitário pode ser desafiadora, mas considerar tendências futuras é essencial para garantir estabilidade financeira e crescimento profissional. As IAs apontam que as áreas de tecnologia, saúde e sustentabilidade lideram a corrida pelos altos salários em 2040. Se você busca uma carreira de sucesso, vale a pena considerar uma dessas opções!

Veja Também: Engenharia e IA: Profissões à Prova de Tecnologia até 2032


Fontes: CNN Brasil.

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Cientistas espanhóis descobriram recentemente na Espanha uma construção de cerca de 6 mil anos. Dólmen de Menga seria a maior obra de engenharia civil da Idade da Pedra e está localizada em Antequera, ao sul do país. É aparentemente uma tumba, possuindo características bem curiosas, que desafiam tudo o que sabemos sobre povos pré-históricos. O estudo completo foi publicado na revista Science Advances.

Lembrando que os humanos do passado não tinham acesso ao mesmo tipo de tecnologia que temos hoje, mas talvez eles já tivessem um nível de conhecimento científico e técnico que muitos não imaginariam que existisse naquela época. Isso explicaria porque agora, depois de tantos séculos, este impressionante monumento megalítico da história ainda se mantém de pé, em excelente estado de conservação. Confira mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

arqueologia engenharia Cova da Menga Espanha
Imagem reproduzida de Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dolmen_de_Menga_Antequera20.jpg

A descoberta revolucionária

A Cova da Menga (ou Dólmen de Menga) foi descoberta em 2020 e desde então os cientistas são unânimes em dizer que esta é uma das obras mais impressionantes da história da engenharia. Trata-se de uma tumba em forma de galeria. Vale destacar que ela não exibe nenhum design sofisticado, mas reflete um conhecimento relativamente avançado sobre matemática, física e arquitetura para época. Alguns especialistas chegam até a afirmar que talvez muitos nem conseguiriam hoje replicá-la se tivessem que utilizar apenas os recursos que estavam disponíveis para nossos ancestrais da Idade da Pedra.

O que se sabe é que o monumento foi construído utilizando megalíticos (pedras gigantes) – alguns com dezenas de toneladas. E esses blocos foram muito bem posicionados uns sobre os outros com um encaixe perfeito, sem uso de argamassa e com alinhamento milimétrico.

A engenharia avançada na Idade da Pedra

A estrutura da Cova da Menga possui 25 metros de profundidade e 4 metros de altura; no somatório são 32 megalíticos (rochas porosas) pesando 150 toneladas cada, todos supostamente trazidos de uma pedreira localizada a cerca de 850 metros do local – claro que o transporte devia ser bem meticuloso. Segundo engenheiros de estruturas, o design rigoroso de encaixe das pedras é o que proporciona uma estabilidade impressionante à obra.

arqueologia engenharia Cova da Menga Espanha
Imagem de Olaf Tausch em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dolmen_de_Menga_07.jpg
arqueologia engenharia Cova da Menga Espanha
Imagem de Juan de Vojníkov em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Unidentified_object_in_the_Dolmen_of_Menga,_Antequera,_Spain.JPG

Um dos aspectos que mais intriga os historiadores sobre a Cova da Menga é a orientação. A saber, a entrada do monumento está voltada para o nascer do Sol durante o solstício de verão, permitindo que os raios solares iluminem o fundo da câmara principal. Aliás, parece que esse detalhe sugere uma conexão cultural e religiosa profunda dos povos antigos com o Sol, um tema recorrente em várias construções megalíticas ao redor do mundo.

arqueologia engenharia Cova da Menga Espanha
Imagem reproduzida de In The Mine

Para completar, os construtores do passado utilizaram em Cova da Menga um sistema de impermeabilização utilizando camadas de rochas menores do solo, que ajudaram a proteger a estrutura das intempéries – o que garantiu sua preservação ao longo dos milênios. Sem isso, por certo, a estrutura já teria desabado.

O conhecimento científico dos antigos

Segundo os arqueólogos, os engenheiros do passado aplicaram na Cova da Menga conceitos avançados de física – mesmo sem nunca terem ouvido falar de leis da mecânica, por exemplo. Eles entendiam de algum modo princípios como centro de massa, atrito e encaixe (fricção), e inclinação ideal para rampas. Isso revela não apenas habilidades práticas em engenharia civil, mas também uma aparente compreensão profunda das leis naturais.

Quer saber como nossos ancestrais conseguiram transportar pedras de tamanha magnitude sem rodas ou guindastes? Estudos indicam que eles possivelmente usaram troncos de árvores como roletes e alavancas para mover os blocos. Claro que essa técnica aliada ao conhecimento intuitivo sobre equilíbrio e força.

Comparação com outras estruturas megalíticas

Estudos indicam que existem semelhanças entre a construção da Cova da Menga na Espanha com outras obras de estruturas megalíticas, como encontradas na Irlanda, Suécia e Marrocos. Fato curioso: todas compartilham em comum um forte alinhamento com eventos astronômicos, como solstícios e equinócios. É interessante isso, não é mesmo? Como civilizações tão distantes geograficamente poderiam ter compartilhado conhecimentos ou desenvolvido teorias semelhantes de forma independente? Será que um dia encontraremos essa explicação?

arqueologia engenharia Cova da Menga Espanha
Imagem de Tony Makepeace em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Dolmen_of_Menga#/media/File:Dolmen_and_Torcal-008.jpg

O legado da engenharia Pré-Histórica

Precisamos admirar essa obra-prima da engenharia que é a Cova da Menga. É possível que, ao final deste texto, você, assim como nós, do Engenharia 360, tenha uma visão completamente diferente desses povos da Idade da Pedra. Sim, eles eram inteligentes, tinham muitas habilidades, certo conhecimento de ciências e astronomia, e ferramentas de engenharia civil.

arqueologia engenharia Cova da Menga Espanha
Imagem divulgação Scientific Reports via Aventuras da História

Veja Também: Saiba quais materiais eram empregados na engenharia da antiguidade


Fontes: Click Petróleo e Gás, Olhar Digital.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Tesla Model 3 é um veículo elétrico (EV) que tem se destacado na indústria automotiva por conta do seu desempenho, autonomia e preço – pelo menos no mercado norte-americano. Atualmente, é considerado uma escolha popular entre os entusiastas de condução. O Engenharia 360 já teve oportunidade de testar uma versão recentemente e agora, por sua passagem em Houston, no Texas, para a cobertura do 3DEXPERIENCE World 2025, pode realizar um teste de direção numa unidade Model 3 2022. Confira como foi no artigo a seguir!

Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360

Visão geral do Tesla Model 3

Antes de tudo, vale destacar que há três versões diferentes do Tesla Model 3 2022 no mercado: Rear-Wheel Drive (Tração Traseira), Long Range (Longa Autonomia) e Performance -, cada uma projetada para atender diferentes necessidades e preferências dos motoristas. Essa linha elétrica é bem popular nos Estados Unidos e ainda continua a impressionar, especialmente na versão Performance, por ser rápida e ágil.

Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360
Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360
Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360

Motor, potência e desempenho

O Model 3, assim como todos os Teslas, carrega suas baterias sob o piso – por isso o centro de gravidade desse veículo é baixo. Na direção, você pode acessar três modelos de configurações para calibragem do “nível de esforço”. Mas, no geral, independente disso, pode-se dizer que a condução é firme – sem ser dura. Não se ouve qualquer barulho de motor como os a combustão. A troca de velocidade é suave justamente por conta do motor elétrico, que fornece uma potência impressionante desde a partida, passando de 0 a 100 quilômetros em cerca de quatro segundos.

A resposta desse Tesla é imediata, com o acelerador proporcionando uma boa sensação de controle e confiança, especialmente em ultrapassagens e arrancadas. Vale destacar que, embora a suspensão seja firme, ela absorve adequadamente as irregularidades da pista, garantindo conforto aos passageiros mesmo em trajetos urbanos.

Autonomia, carregamento e vida da bateria

Em termos de autonomia, o Model 3 2022 não decepciona! Dentre os três modelos disponíveis desse veículo, pode-se ter de 437 a 506 quilômetros – ideal para viagens longas -, a depender do processo de carregamento. Todavia, carregar esse Tesla é um processo facil, pelo menos nos EUA!

Nos Estados Unidos, há várias estações de processo rápido da Tesla, chamadas de “Superchargers”, com adaptadores públicos DC, tomadas de 240 e 120 volts; mas o proprietário pode instalar em casa sua própria estação.

Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360

Claro que uma coisa que percebemos em nossos testes é que esses dados podem mudar a depender do estilo de condução do motorista, condições climáticas no momento de uso do carro e ativação de acessórios. Tudo isso pode influenciar a autonomia real do Model 3!

A saber, o Tesla Model 3 2022 apresenta diferentes índices de eficiência energética, conforme classificação da EPA, variando de 113 MPGe e 141 MPGe, a depender da versão, sendo a média em torno de 80 MPGe (na estrada a 75 mph).

Exterior, interior e conforto

Esse veículo Tesla é realmente cheio de detalhes impressionantes, com destaque para as maçanetas das portas e as câmeras espalhadas por todo o exterior.

Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360

Já na parte de dentro do Tesla Model 3 2022 temos a surpresa de conferir um design super minimalista e futurista, que agrada. Quase tudo é controlado por uma tela sensível ao toque de 15 polegadas no centro do painel, eliminando a maioria dos botões físicos e criando uma estética limpa e moderna. O piso baixo e plano, além do vidro panorâmico, dá uma sensação de mais amplitude e sofisticação.

Os assentos são revestidos de material sintético e oferecem um suporte adequado para viagens longas, porém, o modelo que testamos eram brancos, o que pode não ser tão bom e prático a longo prazo. Os dianteiros são confortáveis, mas os traseiros podem parecer apertados dependendo do tamanho dos passageiros. É possível dobrar esses de trás para 60/40; o processo é simples e ajuda a expandir o tamanho do porta-malas (que é de 425 litros) – suficiente para umas cinco bagagens de mão. Há também compartimentos e nichos generosamente dimensionados por toda a cabine. 

Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360
Tesla Model 3
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Tesla Model 3
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Tecnologia, entretenimento e segurança

O Tesla Model 3 2022 se destaca pela sua ampla gama de recursos tecnológicos. Para se ter uma ideia, a central multimídia integrada oferece conexão com Spotify, YouTube, Netflix e até jogos interativos para momentos de recarga. Para as versões Long Range e Performance do veículo há um sistema de áudio premium que oferece experiência sonora de alta qualidade.

O sistema Autopilot está presente em todas as versões e é, sem dúvidas, uma das tecnologias mais impressionantes neste veículo. O mesmo inclui funcionalidades como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência e assistência na mudança de faixa. Fica como opcional o Full Self-Driving (FSD), para adicionar recursos avançados de direção autônoma, incluindo reconhecimento de semáforos e placas de trânsito.

A saber, a atualização desses sistemas pode ser remota, via software, com a Tesla adicionando novas funcionalidades e melhorias de segurança sempre que necessário, sem necessidade de visitas à concessionária.

O modelo que testamos, vinha com os recursos de direção autônoma, no entanto, talvez por não estar na versão mais atualizada, nos pareceu um pouco impreciso e chegou a errar saídas durante percurso em rodovia, diferente do Model S que testamos em 2024.

E quem se perguntava sobre segurança, vale destacar que esse Tesla já recebeu nota máxima em testes de colisão do NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration) e do IIHS (Insurance Institute for Highway Safety). São fatores que contribuíram para isso estrutura reforçada, aliada aos sistemas de assistência ao motorista.

Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360

Considerações finais

Durante nossa passagem por Houston, pudemos mais uma vez experimentar um Tesla – no ano passado foi um Model S, clique aqui para conferir a matéria completa. Percebemos neste novo teste que a marca continua sendo referência no mercado de veículos elétricos, – mesmo com a BYI na cola ganhando mercado – com este modelo representando muito bem sua ambição por desempenho, autonomia, tecnologia e segurança. O Model 3 é uma opção no mercado para atender uma ampla gama de clientes, apaixonados por velocidade e que buscam por eficiência energética.

Se você está considerando também a transição para um carro elétrico, o Tesla Model 3 é, sem dúvida, uma opção que merece atenção! Você compraria um? Importaria dos EUA? Conta pra gente nos comentários!

Tesla Model 3
Imagem de @eduardomikail de @engenharia360

Veja Também: Tesla Model S: Experiência de Uso, Design e Tecnologia

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Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.

O mundo enfrenta hoje uma séria crise climática e ambiental, em grande parte agravada por conta da utilização de emissões de gases tóxicos na atmosfera. Imagina se, no futuro, não precisássemos nunca mais depender, por exemplo, de combustíveis fósseis para a geração de energia, complexas redes de distribuição ou de hidrelétricas, não seria bom? E mais, se no futuro a energia que usamos só brotasse da terra, impulsionada pela força silenciosa da natureza.

Pois um jovem engenheiro peruano muito visionário ficou inspirado com essa ideia e criou um dispositivo ao qual deu o nome de Alinti. Confira detalhes dessa tecnologia no artigo a seguir, do Engenharia 360!

A trajetória inspiradora do inventor Hernán Asto

Hernán Astro cresceu na região de Ayacucho, no Peru, enfrentando ao longo de sua vida muitos desafios, sobretudo socioeconômicos e de acesso a serviços básicos, como eletricidade. Ele sempre sentiu muita paixão pela ciência e tecnologia, mas até estudar era uma aventura, muitas vezes precisando ser à luz de velas. Seu espírito inventor então sentiu uma inquietação, uma vontade de transformar sua realidade e de toda a comunidade.

Alinti
Imagem reproduzida de FoodBiz Brasil

Ainda na escola, Hernán desenvolveu um projeto sobre geração de energia a partir das plantas. Já a faculdade de engenharia foi seu catalisador, quando ele finalmente pôde aprofundar seus conhecimentos no assunto, sempre se apoiando na sua origem humilde como fonte de motivação para a inovação. Sua perseverança e crença em um ideal levaram ao desenvolvimento do Alinti, uma solução que alia tecnologia e natureza para um futuro mais verde.

A saber, o trabalho de Hernán Asto chegou a receber prêmios internacionais, como o Green Bio-Circular, concedido pelo Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, e financiamentos de empresas como Facebook (Meta) e AT&T. O dispositivo criado por ele também se destacou em competições globais, incluindo o segundo lugar no concurso “Uma Ideia para Mudar a História”, organizado pelo History Channel, e a participação na Expo Dubai entre as 500 melhores inovações do mundo.

O que é Alinti e como ele funciona

Antes de tudo, é preciso dizer que o Alinti não é “apenas” um dispositivo, mas um conceito, uma filosofia, uma prova de que a inovação e a sustentabilidade podem caminhar juntas. Segundo Hernán, ele combinou sabedoria de culturas antigas com tecnologia moderna para conseguir da natureza exatamente o que ele queria, interagindo com ela de forma inteligente e respeitosa.

Alinti
Imagem de Alinti reproduzida de Portal Sustentabilidade

Basicamente, o Alinti é um dispositivo que transforma o processo de fotossíntese das plantas – conversão de energia luminosa em energia química – em energia elétrica via captação de elétrons liberados pelas raízes desses seres vivos. Esses elétrons, que antes se perdiam no solo, são capturados através de um sistema de eletrodos especialmente projetado. Então, essa “energia invisível” é armazenada em uma bateria, podendo ser utilizada depois para alimentar pequenos dispositivos, como luminárias com porta USB.

Caso você esteja curioso, o sistema idealizado pelo Hernán Asto é projetado para ser acessível e de fácil manutenção. Para garantir sua eficiência, basta regar as plantas a cada cinco dias. Seu sistema tem uma vida útil estimada de até dez anos, tornando-o uma solução de longo prazo para muitas famílias.

Ecossistema de soluções sustentáveis

O Alinti é, portanto, um biocarregador. E o engenheiro Hernán não se contenou em criar um único produto. Depois de sua descoberta, ele desenvolveu todo um ecossistema de soluções sustentáveis, adaptadas a diferentes necessidades e contextos. Por exemplo, o Alinti e-GRASS, para iluminação urbana, alimentado por CO2 e liberando oxigênio, o que ajuda a melhorar a qualidade do ar nas cidades. Também o Gleam, sistema inteligente que combina células bioeletroquímas e sensores de movimento, evitando desperdício de energia.

Alinti
Imagem de Alinti reproduzida de Portal Sustentabilidade

E como se não bastasse tudo isso, a startup fundada por Hernán ainda trabalha hoje no desenvolvimento do Alinti A-Bro, um modelo compacto e portátil que permite controle de intensidade luminosa por painel tátil e comandos de voz.

A aplicabilidade do dispositivo e impacto social

Para Hernán Asto, apesar de todas as premiações que já recebeu por seu trabalho, a maior alegria é a perspectiva do impacto social que o Alinti pode gerar na vida das pessoas, sobretudo nas comunidades rurais do seu país. Muitas poderão, através de sua tecnologia, ter acesso à eletricidade pela primeira vez, iluminando suas casas, ganhando mais segurança e oportunidades de estudo e trabalho – ou seja, melhor qualidade de vida. E sem dúvidas podemos aprender muito com essa história, de como a engenharia pode ser usada para criar um mundo mais justo, igualitário e sustentável!

Alinti
Imagem reproduzida de CESI Energy

Desde sua criação, a tecnologia de Hernán já beneficiou mais de 4.000 famílias, reduzindo significativamente em comunidades carentes o uso de querosene e velas. Além disso, a tecnologia te, evitado a emissão de toneladas de CO2, contribuindo para a preservação ambiental.

Veja Também: Células animais fazem fotossíntese pela primeira vez


Fontes: Foodbiz Brasil, Portal Sustentabilidade.

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