Se você já acompanhou alguma corrida de Fórmula 1, possivelmente observou como a duração do pit stop – instante em que os carros são reabastecidos e os pneus são trocados – é ínfima entre as equipes! Em geral, o tempo não ultrapassa 10 segundos para facilitar que o piloto regresse à pista de corrida rapidamente. Mas, você sabe como isso é possível?

Tudo está diretamente ligado à aplicação dos princípios do SMED: o método enxuto chamado de Single Minute Exchange of Dies (‘Troca Rápida de Ferramenta’, em português), utilizado para diminuir o tempo de um determinado processo ou de configurações e ajustes, caso do tema em discussão neste artigo do Engenharia 360. Veja mais a seguir!

Fórmula 1
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O significado e a explicação da metodologia SMED

A metodologia elaborada por Shigeo Shingom – considerado um “gênio da engenharia” – é uma técnica para otimizar configurações de processos e faz parte da Filosofia Enxuta. Sua proposta inicial era reduzir o tempo de máquina parada durante a troca de ferramentas – por exemplo, configurações de molde de injeção. E, aliás, seu nome deriva do objetivo de fazer esses setups em menos de 10 minutos (tempo medido em um único dígito), prazo plausível de ser alcançado a partir da simplificação das tarefas exercidas pelo trabalhador.

Nas fábricas, onde há uma máquina que é alternada entre diversos modelos de ferramentas (uma para cada produção de um produto específico), a duração da troca das ferramentas pode causar um elevado lead time, reduzindo assim o nível de produtividade. Para evitar essa consequência e reduzir o tempo de setup, é utilizada a ferramenta SMED.

O foco do método está na facilitação de todo o procedimento de setup. Sendo assim, teoricamente, é possível que qualquer trabalhador esteja capacitado para operar seguramente o setup.

O SMED possibilita melhorias a baixo custo, principalmente quando se refere aos aspectos organizacionais. Como toda iniciativa de melhoria, o sucesso da implementação da técnica enxuta depende de planejamento, comunicação, execução e observação meticulosa.

Os truques de pit stop da Fórmula 1 para usar na indústria

Na Fórmula 1, o pit stop corresponde ao período de máquina parada. O objetivo é fazer o carro retornar à corrida o mais rápido possível. As corridas funcionam como uma metáfora para a manufatura, onde as trocas de máquinas correspondem às pausas nos boxes. Na realidade, muitos dos truques do pit stop são exemplos de SMED na sua forma mais pura, desde o pré-posicionamento de tudo que é essencial até a utilização de metodologias de fixação e liberação rápidas.

Fórmula 1
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1. Descrição e especificação de etapas e atividades

O carro para em uma posição marcada com exatidão – isso assegura que ele seja erguido sem gastar tempo para ajustar a posição –, os mecânicos se unem e levantam o carro, afrouxam os parafusos, removem o pneu utilizado, posicionam o novo pneu, apertam os parafusos e, por fim, abaixam o carro, para que o piloto retorne à corrida.

2. Separação tarefas internas das externas

Este é um conceito relevante! Neste caso, o processo é a corrida, onde:

  • Tarefas internas: requerem a interrupção do processo em execução; e
  • Tarefas externas: podem ser realizadas enquanto o processo está em andamento.

Geralmente, a simples ação de modificar todos os componentes de um processo de transferência que pode ser feito com ou sem interrupção enquanto a máquina está em operação pode reduzir pela metade o tempo de transição. Essas etapas são realizadas antes ou depois da troca. Nesse cenário, a mecânica e os pneus podem estar posicionados no local exato em que o carro irá parar, assim como as ferramentas a serem usadas devem estar prontas para remover e apertar os parafusos.

Como as ferramentas enxutas são aplicadas na Fórmula 1?
Imagem extraída do twitter equipe Sauber

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3. Conversão interna para externa

Essa etapa pode reduzir o desperdício em 75%. Aqui, verifica-se a viabilidade de transformar funções internas em externas ou realizar várias tarefas internas simultaneamente; ou seja, adiantar o máximo possível de tarefas e reduzir o tempo de ociosidade. Ao analisarmos o vídeo abaixo, que apresenta a evolução dos pit stops da Fórmula 1 nos últimos 60 anos, notamos uma diferença evidente entre os dois anos. Em 1950, foram necessários 67 segundos para realizar os processos; e em 2013, apenas 3 segundos. A explicação está na execução de mais de uma atividade ao mesmo tempo!

Observe a incrível evolução do pitstop da Fórmula 1.

4. Otimização

Com muitas atividades internas já identificadas e transformadas em externas, a última etapa do SMED é simplificar os demais elementos internos que não podem ser transferidos. Um ponto importante a ser observado é: “Como este elemento ou processo pode ser concluído no menor tempo possível?”.

Assim, verifica-se o tempo total do processo para eliminar, simplificar, sincronizar e reduzir tempos. Nesse caso, podem-se aplicar o 4ºS (Seiketsu – conservação de processo) e o 5ºS (Shitsuke – autodisciplina) da metodologia 5S. Todas as melhorias devem ser:

  • Padronização: a implementação da metodologia SMED é concluída nesta etapa. A partir daí, é essencial padronizá-la para garantir que as melhorias implementadas sejam mantidas ao longo do tempo.
  • Treinamento: é importante realizar treinamentos com todos os operadores envolvidos.
  • Acompanhamento: nesta etapa, ocorre a verificação dos registros, a avaliação dos indicadores e a melhoria contínua dos tempos de transição.
Como as ferramentas enxutas são aplicadas na Fórmula 1?
Imagem: Fit Tecnologia

Você já conhecia a ferramenta SMED? Conte para nós nos comentários!

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Fontes: Industry Forum, Nortegubisian.

Imagem de capa: de Jen_ross83 em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:F1_-Williams_F1Felipe_Massa%2828298401460%29.jpg

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Você está preocupado com o aumento das tarifas de energia elétrica? Com razão! À medida que as novas tarifas estão impactando o orçamento doméstico, os especialistas em Engenharia de Energia alertam que a situação pode se agravar nos próximos meses. Mesmo com a chegada da primavera e o aumento das chuvas em outubro, é fundamental economizar energia para evitar gastos excessivos.

Lembrando que economizar energia elétrica não só reduz sua conta de luz, mas também contribui para a preservação do meio ambiente. A geração de energia pelas hidrelétricas e termelétricas no Brasil afeta diretamente o clima, a vegetação e os recursos naturais. Então, que tal aplicar algumas dicas simples no seu dia a dia para fazer a diferença?

No texto a seguir, do Engenharia 360, são apresentadas algumas sugestões práticas que você pode aplicar no seu dia a dia. Confira!

como economizar energia elétrica
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Dicas práticas para economizar energia elétrica

1. Troque as tomadas da casa

Alguns equipamentos elétricos, como o secador e a chapinha de cabelo, possuem alta potência e exigem tomadas de 20 amperes e fiação de pelo menos 4 mm. Se a sua residência não estiver com a rede adequada, pode ser um problema. Utilizar estes equipamentos fora do padrão ideal pode acarretar na diminuição da sua vida útil e um gasto maior de energia.

como economizar energia elétrica
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2. Use panos de vidro na construção

Neste item, estamos falando de um melhor aproveitamento da luz natural, seja através de janelas, além de telhas de vidro no telhado e mais. E pode-se até considerar instalar na arquitetura da casa também blocos de vidro em pontos estratégicos e também bandeiras de vidro sobre as portas. Por fim, usar espelhos na decoração para ajudar a refletir os fachos de luz.

Ações como estas podem proporcionar até 80% mais iluminação natural para o ambiente, economizando luz artificial.

3. Troque as lâmpadas das luminárias

Você ainda usa lâmpadas incandescentes na sua casa? Está na hora de fazer a troca por modelos fluorescentes e de LED, que gastam menos energia e ainda possuem uma durabilidade maior. Ou seja, mesmo caras, são um bom custo-benefício! Mas durante o dia, lembre-se de deixá-las apagadas e aproveite, ao máximo, a iluminação natural da sua casa. E aqui vai mais dicas:

  • Pinte ou revista o máximo de paredes e teto de revestimento na cor branco para refletir melhor essa luz, sem a necessidade de acender lâmpadas;
  • Mantenha os lustres da casa bem limpos, livres de poeira e de insetos para que a luminosidade das lâmpadas seja melhor aproveitada;
  • Do lado de fora da casa, pode-se instalar células fotoelétricas que ajudem a controlar que as lâmpadas das luminárias na varanda, jardim e muros acendam apenas à noite;
  • Outra boa pedida são as luminárias solares, que armazenam a energia do sol durante o dia e acendem à noite sem gastar nada de energia elétrica artificial;
  • Os sensores de presença pode ajudar a apagar aquelas luzes que foram esquecidas acesa – principalmente em ambientes pouco visitados, como closets e despensas;
  • E os dimmers ajudam controlar a luz nos ambientes, assim pode-se deixar um local com as lâmpadas acesas, mas em menor intensidade, gastando menos energia.

4. Tome banhos menos demorados

Chuveiros consomem muita energia. Mas tomando banhos rápidos e numa temperatura menor, é possível economizar. Ou seja, aproveite as horas do dia mais quentes para isso. E, detalhe, jamais force o uso dos aparelhos com a resistência danificada e nem faça remendos. Além de perigoso, essas gambiarras consomem mais energia.

Só que a coisa não para por aí! É preciso prestar atenção também nas especificações do chuveiro no momento da compra.

Os disjuntores da casa também devem corresponder às especificações de voltagens. “Utilizar um aparelho fora do padrão correspondente pode ocasionar o consumo elevado de energia, curtos e, até mesmo, queima de fiação”, disse André Amado, em reportagem da Revista Casa em Jardim. E pode ser interessante aproveitar o momento de adaptação da rede para acrescentar um sistema de aquecimento solar – instalar um apenas para o aquecimento da água do banho já faz gastar muito menos energia no dia-a-dia.

5. Saiba escolher e usar os eletrodomésticos

Priorize comprar itens que apresentem o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. E depois de usar especialmente os eletrônicos, evite deixá-los em stand by; essa ‘luzinha’ pode representar um gasto elétrico.

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Imagem reproduzida de Ecoa Energias Renováveis
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Imagem reproduzida de Blog de Assis Ramalho

Ar-condicionado

Nem precisa dizer, mas é óbvio que no verão a conta de energia de casa fica mais elevada por conta do ar-condicionado. Ameniza o gasto se o aparelho instalado for, em sua capacidade, condizente com o ambiente. Também é aconselhável evitar o resfriamento excessivo, regulando sempre o termostato.

Por fim, é essencial manter os filtros dos aparelhos limpos – por que na sujeira, o temporizador do ar-condicionado é acionado mais vezes para manter a temperatura determinada para o local. Já a nossa dica final, neste tópico, é: manter as portas do cômodo fechadas ajuda a “segurar” o resfriamento.

Geladeira

Atenção para o funcionamento da geladeira da casa. Ela não pode ficar ligada o tempo todo; se o aparelho faz isso é porque está com defeito. Portas que não fecham ou não vedam bem fazem gastar mais energia – pois exige que o motor trabalhe mais -, além de provocar desgastes na placa e no compressor, e prejudicar o armazenamento dos alimentos. E se for fazer uma viagem longa é bom até esvaziar tudo e desligar o equipamento.

No dia a dia, é essencial monitorar a temperatura da geladeira. Se ela está muito num local pouco arejado e perto do fogão pode ter dificuldade de resfriar. O motor sujo também não consegue manter a temperatura e faz gastar mais energia. Não é adequado também forrar as prateleiras da geladeira, pois dificulta a circulação do ar frio em seu interior. E quando o inverno chega, é vez de diminuir a sua temperatura, para economizar.

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Imagem reproduzida de Agência Estadual de Notícias

Máquina de lavar roupas

Máquinas de lavar também gastam uma boa quantidade de energia – principalmente na função de secar. O certo, então, é deixar acumular uma boa leva de roupas sujas e colocar para lavar o máximo na quantidade indicada pela máquina para utilizá-la em sua capacidade máxima.

Limpe o filtro com frequência e não exagere no sabão para não ter que repetir o enxágue. Depois, passe a ferro só o que realmente for necessário; uma boa ideia é deixar as roupas mais leves, que precisam de menos calor por último, assim é possível passá-las com ele já desligado, mas ainda quente.

Aplicar essas dicas no seu dia a dia não só ajuda a reduzir a conta de luz, mas também contribui para um futuro mais sustentável. Pequenas mudanças no consumo de energia podem fazer uma grande diferença!

Veja Também: Voltalia inicia a construção do maior complexo de energia solar do mundo no RN


Fontes: ImovelWeb, Casa e Jardim, Organizze.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Rio Grande do Norte recebeu, nos últimos dias, destaque internacional para geração de energia solar. O estado terá duas usinas fotovoltaicas construídas pela empresa francesa Voltalia – Solar Serra do Mel 1 e Solar Serra do Mel 2. Juntas, as duas usinas vão somar uma capacidade de 320 MW e farão parte do Complexo Serra Branca, o maior empreendimento de energia solar e eólica do mundo que, quando finalizado, contará com uma capacidade instalada de 2,4 GW.

complexo de energia solar
A elétrica francesa está construindo as usinas ‘Solar Serra do Mel 1’ e ‘Solar Serra do Mel 2’ no Rio Grande do Norte – créditos: Divulgação

Conforme o levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) de 2020, o Brasil conta com 6 GW de potência instalada no segmento de geração solar centralizada, ou seja, o Complexo Serra Branca representaria quase 40% do segmento.

O projeto na região do RN é tão grande que foi necessário desenvolver a campanha ‘Transformando com Energia’. Esse programa busca promover o desenvolvimento local nas regiões em que a companhia encontra-se presente. Com cursos gratuitos de Qualificação Profissional para Montador de Sistemas Fotovoltaicos, a Voltalia em parceria com a CWSE Brazil Company oferece treinamento e capacitação para possíveis profissionais da usina.

complexo de energia solar
Créditos: Voltalia/Reprodução Facebook

Veja Também: Sistemas de produção de energia solar em novas construções no Brasil poderá ser OBRIGATÓRIO!

Contratos de longo prazo

Segundo a Voltalia, o comissionamento das duas usinas ocorrerá no primeiro semestre de 2022. Os projetos já apresentam cinco contratos de venda a longo prazo, com empresas como Braskem e Copel.

Construída em uma região estratégica – tanto para a incidência solar quanto para as forças de ventos -, as duas usinas vão apresentar um sistema híbrido. A saber, essa produção eólica ocorrerá predominantemente no período da noite e a solar durante o dia!

Voltalia

A empresa francesa por trás das usinas oferece soluções de energia renovável e trabalha ativamente com a transição energética e ecológica que ocorre ao redor do mundo.

Ao total, a companhia já possui mais de 1 GW de energia em operação e mais 2.8 TWh de energia limpa produzida. Além disso, está presente em 20 países em 4 continentes. Contudo, para isso ser possível, ela deve contar com mais de 1 mil colaboradores empenhados a contribuir com a sustentabilidade!

Veja Também:


Fontes: Click Petróleo de Gás, Portal Solar.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Hoje em dia, vivemos cercados de celulares, computadores e muitas outras tecnologias. Ao mesmo tempo, a evolução continua! A cada dia nós somos apresentados a mais novidades, como carros elétricos. Mas o foco desse texto é falar sobre os relógios inteligentes, que não apenas servem para fornecer as horas como também outras informações, que dizem muito mais a respeito do próprio usuário. E essas informações podem ser compartilhadas nas redes sociais ou podem ser encaminhadas a autoridades responsáveis, sendo um chamado de emergência e salva vida!

relógios inteligentes
Imagem reproduzida de MacMagazine

Para que são utilizados os relógios inteligentes?

Talvez possamos comparar um relógio inteligente ou smartwatch aos antigos computadores pessoais. Existem modelos mais simples e alguns muito mais complexos, com direito à tela tátil, câmera, acelerômetro, bússola, visualização de mapas, e acesso ao Whatsapp. Ou seja, realizar ligações telefônicas é um mero detalhe!

Alguns modelos de relógios inteligentes são programados para fazer o monitoramento do sono do usuário, ou acompanhar os seus passos enquanto realiza exercícios. Mas a função que chama agora a atenção da comunidade científica é a possibilidade desse acessório poder salvar vidas! Sim! É isso mesmo que você leu!

relógios inteligentes
Imagem reproduzida de Olhar Digital
relógios inteligentes
Imagem reproduzida de TecMundo

Quais os casos em que o Apple Watch teria salvo vidas?

Eis os casos mais famosos viralizados em relatos nas redes sociais e em sites de notícias sobre tecnologia:

  1. O Centro do Departamento de Polícia da cidade de Chandler, no Arizona, teria recebido uma chamada de voz computadorizada indicando que um usuário do Apple Watch havia caído. De fato, o homem precisava de assistência, pois havia desmaiado.
  2. Um médico de Minas Gerais teria atendido um paciente no consultório que estava indo viajar a trabalho e sentiu-se mal no aeroporto. “Com a função de eletrocardiograma (ECG) do Apple Watch, o usuário também pôde constatar que estava com fibrilação atrial. O paciente foi para o hospital e medicado imediatamente e hoje está super bem.”.
  3. Uma jovem, enquanto era imobilizada por um assaltante, teria enviado uma mensagem para a mãe pedindo socorro, que, em seguida, avisou a polícia.
  4. Um homem estava fazendo uma excursão de bicicleta pela ilha de Martha’s Vineyard quando caiu de bicicleta. Nesse caso, o Apple Watch no seu pulso percebeu a queda e, sem a intervenção do usuário desacordado, entrou em contato automaticamente com os serviços de emergência locais.
  5. Um idoso machucado, cambaleante e com a cabeça sangrando, se dirigiu até o banheiro, caiu e sentiu uma dor no pescoço. Antes que desmaiasse novamente, usou seu relógio inteligente para ditar uma mensagem de voz para a sua esposa, que estava no andar de baixo da casa. Alertada, ela conseguiu socorrer o marido.
relógios inteligentes
Imagem reproduzida de TechTudo

Como um relógio inteligente faria para dar alerta de socorro?

O alerta emitido pelo relógio inteligente da Apple em casos em que os usuários necessitam de socorro só seria mesmo possível graças à tecnologia de Inteligência Artificial. O dispositivo poderia fornecer coordenadas quase exatas de latitude e longitude para que o acidentado pudesse ser encontrado. Identificando uma situação grave, ele passaria a vibrar e tocar um forte alarme. E caso não haja resposta de movimento do usuário por cerca de um minuto, na etapa seguinte, a linha telefônica de emergência seria automaticamente acionada.

relógios inteligentes
Imagem reproduzida de TecMundo

Outros dispositivos nessa linha

Claro que não é só a Apple que vende modelos de relógio inteligente. Podemos, neste texto, ainda citar outros:

  • Haylou Solar, Amazfit e Galaxy Watch.

Inclusive, um morador dos Estados Unidos teria sido salvo por seu Galaxy Watch 3, que possui recurso de eletrocardiograma. O acessório detectou que ele apresentava sintomas de fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que, se não tratado, pode evoluir para um infarto ou acidente vascular cerebral. Com o aviso do relógio, o usuário pode entrar em contato com seu cardiologista sendo encaminhado em tempo hábil para o hospital.

Veja Também: iPhone 11, Watch, Arcade, iPad… Veja todos os lançamentos que a Apple anunciou!


Fontes: TechTudo, WebTerra, Tecmundo, MacMagazine.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Pretende terminar 2021 mudando total a sua casa? Que tal reformar ou erguer coisas novas? Sabe que profissionais devem fazer parte desse time de construção?

Bem, nesse texto, vamos te ajudar a compreender melhor as atribuições que cada responsável pela obra possui. Antes de tudo, é importante lembrar ser essencial buscar boas referências para garantir a contratação de pessoas capacitadas nas áreas que necessita. Primeiro, conheça os trabalhos realizados, converse com antigos clientes e consulte a Certidão de Acervo Técnico (CAT) fornecido pelos conselhos.

O time de construção

Equipe 1

construção civil
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  • ARQUITETO: responsável pelo planejamento de todas as etapas da construção; elabora plantas baixas, perspectivas e projeto executivo; além de ser responsável e acompanhar a obra.
  • ENGENHEIRO CIVIL: responsável pelos projetos técnicos e execução da obra; elabora planilhas de custo; e faz projetos de estruturas e de instalações elétricas e hidráulicas.
  • TÉCNICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL: planeja, administra e executa obras; e auxilia na fiscalização dos serviços, realização de orçamentos e memorial descritivo.
  • TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES: executa, fiscaliza, orienta e coordena os serviços de construção, instalação e manutenção.
  • TOPÓGRAFO E AGRIMENSOR: faz o levantamento topográfico do terreno, que permite, por exemplo, criar plantas de curva de nível.

Equipe 2

construção civil
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  • EMPREITEIRO: encarregado de controlar os materiais e orientar a mão de obra da construção.
  • MESTRE DE OBRAS: garante que as ordens de arquitetos e engenheiros sejam cumpridas pela equipe; analisa mistura de massas, espessuras, alinhamento de paredes, caminhos de tubulações, e mais.
  • ENCARREGADO: assume o comando caso falte o mestre de obras.
  • SERVENTE: ajuda todos os funcionários da obra.

Confira: Revit: O que é?

Equipe 3

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  • ARMADOR: montam armaduras; cortam e dobram ferros; e participa das etapas de execução de fundações e conclusão de lajes.
  • CARPINTEIRO: responsável pelo corte, montagem e instalação de peças como tapumes, andaimes e treliças de madeira (como fazem os telhadistas).
  • SERRALHEIRO: monta grades, peitoris e demais trabalhos em ferro.
  • PEDREIRO: executa as alvenarias, concretagem, cobertura e assentamento de peças.
  • GESSEIRO: instala componentes de gesso, como forros e sancas.

Equipe 4

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  • ENCANADOR: executa os projetos hidráulicos feitos pelo arquiteto ou engenheiro.
  • ELETRICISTA: executa os projetos elétricos feitos pelo arquiteto ou engenheiro.

Equipe 5

obras civil
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  • DECORADOR: planeja a distribuição dos móveis e especifica materiais de revestimento e também ornamentos.
  • PAISAGISTA: elabora o projeto de paisagístico para o terreno em volta da construção.
  • JARDINEIRO: coloca em prática o plano de paisagismo, além de fazer a manutenção do jardim regularmente.

Veja Também: Construção Civil: adaptações e cuidados nos canteiros de obra durante a pandemia

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A Engenharia de Produção é considerada uma das engenharias mais completas. Isso porque a formação técnica do seu curso possibilita que um profissional da área atue diretamente com máquinas e sistemas ou até mesmo com consultoria e relações trabalhistas, convertendo um âmbito improdutivo em um local encorajador e com qualidade de serviço. Entretanto, existem ramificações dessa modalidade que a tornam mais específica, direcionando-a para um único setor.

Confira a lista das principais ênfases da Engenharia de Produção no artigo a seguir, do Engenharia 360!

diferença Engenharia de Produção Plena ou Com Ênfase
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1. Engenharia de Produção Civil

O curso de Engenharia de Produção Civil procura conectar a formação técnica e tecnológica das disciplinas de projeto civil com os fundamentos de processos e gerência. Ele tem como objetivo instruir profissionais que são, antes de mais nada, gestores nos principais campos da construção civil.

O enfoque do profissional formado estará, portanto, na diminuição de gastos e ampliação da produtividade por meio do gerenciamento dos recursos humanos, materiais e financeiros. Mas além do currículo convencional da engenharia, o Engenheiro de Produção Civil visa obter as melhores decisões no que se refere a custo-benefício, antes mesmo de uma obra ser retirada do papel.

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Sem contar as disciplinas triviais de Produção, a especificação em Civil soma ainda na sua grade matérias como:

  • Materiais de Construção; Desenho Técnico para Engenharia Civil; Projeto Geométrico de Estradas; Topografia; Saneamento; Arquitetura; Estática das Construções; Hidráulica; Sistemas de Transportes; Fotogrametria e Fotointerpretação; Hidrologia; Geologia; Mecânica dos Solos; Estruturas de Aço, Madeira e Concreto; Construção Civil; Instalações Hidráulico-Prediais; entre outras.

A saber, a graduação em Produção Civil é voltada para aqueles que almejam trabalhar no setor de construção civil com visão direcionada a otimização de processos e estimulando a inovação tecnológica. Os formados podem atuar em instituições públicas, escritórios particulares, empresas qualificadas em assessoria nas diversas concepções da construção, entre outros.

Veja Também: Qual a diferença entre Engenharia Civil e Engenharia de Produção Civil?

2. Engenharia de Produção Mecânica

Esse curso possui grande similaridade com a Engenharia de Produção Plena, tendo em vista que a proveniência da Engenharia de Produção está estreitamente associada à Mecânica. Dessa forma, a ênfase se encontra posicionada entre o princípio técnico em Mecânica e dos 10 ramos da Engenharia de Produção Plena.

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No que diz respeito às disciplinas básicas de Engenharia de Produção, o curso com ênfase em Mecânica se aprofunda em disciplinas como:

  • Usinagem dos Materiais; Controle de Vibrações; Mecânica dos Sólidos; Mecânica dos Fluidos; Fundamentos de Termodinâmica; Conformação de Metais e Moldagem de Polímeros; Transmissão de Calor; Soldagem; entre outras.

Antes de tudo, o Engenheiro de Produção Mecânica, tal qual o Engenheiro de Produção Pleno, está habilitado a trabalhar em indústrias de um modo generalizado (elétricas, eletrônicas, químicas, farmacêuticas etc.); e em organizações prestadoras de serviços (bancos, seguradoras, hospitais etc.). Resumindo, o que difere ambos é o foco de cada capacitação: a primeira é mais técnica em mecânica, a segunda é mais norteada para as áreas e subáreas da produção.

3.Engenharia de Produção Elétrica

O curso engloba os fundamentos de Engenharia Elétrica e as esferas econômica, financeira e de processos. O intuito é qualificar o formado para atuar no planejamento, construção e funcionamento de sistemas elétricos visando elevar a eficiência no uso dos recursos materiais e humanos à disposição. Em resumo, o propósito é corresponder aos requisitos de empresas no que concerne à automação industrial, componentes eletrônicos e instrumentos afins, viabilizando um ar mais técnico em elétrica para Engenharia de Produção.

Dentre as disciplinas do curso voltada para o setor elétrico, estão:

  • Conversão Eletromecânica de Energia; Desenho Técnico para Engenharia Elétrica; Eletromagnetismo; Ondas Eletromagnéticas; Circuitos Elétricos; Projeto de Instalações Elétricas; Materiais Elétricos; Eletrônica; Introdução a Sistemas de Energia Elétrica; Circuitos e Técnicas Digitais; entre outras.

O profissional diplomado em Engenharia de Produção Elétrica está apto a exercer a profissão, na categoria técnica e na gerência da produção de empreendimentos industriais de produtos do setor de eletricidade, eletrônica e tecnologia da informação, seja em organizações de serviços no ramo elétrico e de telecomunicações, assim como no âmbito técnica e de gestão.

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4. Engenharia de Produção de Software

A ênfase de Software existe para preparar o Engenheiro de Produção com um entendimento a mais acerca desse campo, conseguindo tomar decisões mais amplas por dominar os diversos sistemas de informação, obter um raciocínio lógico mais aguçado e poder usar software para executar ainda melhor o seu papel.

Muitos estudantes acabam optando por esse curso imaginando que serão transformados em programadores. Na verdade, se a pessoa vai fazer o vestibular e deseja a carreira de futuro programador ou algo relacionado, é mais viável escolher um curso como Ciência da Computação ou até mesmo Informática.

O estudante que optar por essa graduação irá compreender como administrar a produção de qualquer organização. Pode ser, por exemplo, uma confecção, uma indústria alimentícia, uma construtora, uma empresa de software, uma usina, não importa. Tudo relacionado aos projetos, processos de fabricação, redução de custos, controle de qualidade, desenvolvimento de produto, e preocupação ambiental.

diferença Engenharia de Produção Plena ou Com Ênfase
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Afinal, qual ênfase da Engenharia de Produção escolher?

Após entender as diferenças entre o curso tradicional e com ênfases, fica a dúvida sobre qual escolher. Entretanto, isso só você pode responder!

O maior benefício de se formar em Engenharia de Produção – com uma ênfase, como essas que foram apontadas – é ter a possibilidade de se aprimorar tecnicamente em um ramo particular da indústria, na hipótese de ser atrativo para o profissional priorizar uma carreira nesse setor.

Quanto a desvantagem, como aprofundamento, é que na graduação com especificação os conceitos dos métodos apresentados na Engenharia de Produção Plena não são estudados a fundo. Isso é, estuda-se menos Pesquisa Operacional, Logística, Planejamento e Controle da Produção, entre outros.

Logo, a escolha entre Engenharia de Produção Plena ou uma de suas ênfases provém dos objetivos futuros do estudante que sonha em ser um engenheiro de produção!


Fonte: E&Produção.

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

A empresa Google, em parceria com o laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento e com o Centraal, hub de empreendedorismo mexicano, está lançando inscrições para o LAC Women Founders Accelerator. Essa é uma grande oportunidade para mulheres empreendedoras na região da América Latina e Caribe expandirem sua rede de contatos. Em síntese, o processo, chamado WeXchange, já envolveu até agora 500 pessoas mentoras e investidores internacionais, considerado o maior ponto de encontro entre empresários STEM e investidores.

Qual é o objetivo do programa WeXchange?

A ideia da Google e suas parceiras é incentivar a criação de ecossistemas de inovação, por meio do desenvolvimento de programas próprios que forneceram ferramentas. Além disso, conhecimento técnico e habilidades sociais para milhares de empresários, que hoje lideram as startups mais representativas e de maior potencial da região. Primeiro, serão promovidas startups lideradas por mulheres nas áreas de STEM – que são a ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

programa da Google para incentivar startups de mulheres
Imagem de javi_indy em Freepik

“Programas de incentivo como esse são essenciais para promover e fortalecer startups latino-americanas lideradas por mulheres, em um ambiente tecnológico ainda desigual em termos de gênero, e é um dos grandes pilares de atuação do Google for Startups na região.”

– diz Fernanda Caloi, gerente de programas do Google for Startups Brasil, em reportagem de Startupi.

A saber, no ecossistema brasileiro, apenas 4,7% das startups foram criadas somente por mulheres e 90% foram fundadas exclusivamente por homens, segundo o Relatório Female Founders, realizado pelo Distrito em parceria com a Endeavor e B2Mamy, em 2021.

Veja Também: Entenda os detalhes que regem o novo Marco Legal das Startups, sancionado pelo Governo Federal em 2021

Quem pode participar do processo da Google?

Existem certos requisitos básicos para a participação de startups no processo lançado pela Google e suas parceiras. Antes de tudo, as empresas precisam estar em estágio avançado de desenvolvimento, com produto ou serviço já disponíveis no mercado e com tração nos negócios, considerando faturamento comprovado ou rodada de investimentos realizada. Depois, ter pelo menos, uma mulher como fundadora ou em cargo de liderança. Por fim, sua sede e operação precisam estar localizadas em países na América Latina ou Caribe.

Quando começará o evento e o que ele irá oferecer para as startups?

wexchange
Imagem reproduzida de wexchange

Especialistas do Google, WeXchange/ BID Lab e Centraal vão dar início à agenda do fórum WeXchange em breve. Em datas marcadas, serão apresentadas as startups já selecionadas para os investidores cadastrados. O Demo Day (Dia de Demonstração) será em 1 e 2 de dezembro de 2021. E todos vão se encontrar em um programa virtual personalizado de dez encontros, incluindo, dessa forma:

  • workshops sobre tecnologia, marketing digital, liderança, cultura corporativa e captação de recursos, além de sessões de mentoria individuais.

Para mais informações visite o site da WeXchange.


Fontes: Globo.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Diariamente, milhares de navios de carga navegam pelo mundo. Mas, recentemente, cargueiros passaram a fazer uma rota especial entre o porto de Hamburgo e a Antártica. E por quê? Bem, tem uma razão ótima para isso! Na verdade, eles levam material para uma região especial do território gelado, perto da estação de pesquisa Neumayer III, onde uma estufa de 12 metros quadrados foi construída, a Eden ISS. Saiba tudo sobre esse projeto no texto a seguir!

estufa Antártida
Imagem reproduzida de Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt (DLR)

O projeto Eden-ISS, na Antártica

O projeto Eden-ISS existe desde 2018. Ele só é possível graças ao Alemão de Aeronáutica e Astronáutica, e o Instituto Alfred Wegener da Sociedade Helmholtz de Pesquisa Polar e Marinha, sob a direção de empresas internacionais parceiros da Irlanda, Itália, Canadá, Holanda, Áustria, Suécia e EUA. Ele está sendo financiado pelo programa europeu de pesquisa Horizon 2020. E pretende testar a questão do plantio e cultivo de alimentos em climas desfavoráveis, como desertos e regiões congeladas.

Hoje, quem cuida dos vegetais da estufa Eden-ISS é a cientista Jess Bunchek, do Centro Espacial Kennedy, da NASA. Ela pesquisou como os astronautas podem cultivar plantas com o mínimo de tempo e energia possível. Além disso, também testar algumas possibilidades de tecnologia de estufas para variedades robustas de plantas. A ideia é justamente chegar o mais perto possível das condições de uma missão de longo prazo no espaço – como na Lua ou em Marte!

estufa Antártida
Imagem reproduzida de Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt (DLR)

Aprimoramento tecnológico

A estufa Eden-ISS assemelha-se a uma estação espacial, onde os cientistas têm acesso através de uma comporta, chegando a um compartimento iluminado por uma luz violeta artificial e com circuito fechado. O sistema de irrigação do complexo é ajustado para simular situações de gravidade zero, como é encontrado na Estação Espacial Internacional; o sistema retém e transporta a água para as plantas de maneira automática. E se usa um loop semifechado, coletando a água de evaporação através de um sistema de desumidificação.

A saber, tanto a Lua quanto Marte só poderiam ter estufas do tipo ‘circuito fechado’, reciclando objetos humanos e dióxido de carbono da atmosfera para fornecer comida e oxigênio para a tripulação.

“Estamos implementando três tecnologias principais para cultivar as plantas. Usamos lâmpadas LED resfriadas a água para fornecer luz, borrifamos as raízes das plantas a cada cinco minutos com uma solução nutritiva, injetamos dióxido de carbono na atmosfera ao redor das plantas e controlamos a umidade e a temperatura.”

– Daniel Schubert, líder do projeto.
estufa Antártida
Imagem reproduzida de EDEN ISS

Produção de alimentos

Plantas são seres vivos, que precisam de alimento para sobreviver. Mas nas estufas construídas na Lua e em Marte elas só poderão contar com luz artificial e nada de solo. Mesmo assim, os cientistas afirmam que elas poderiam crescer e prosperar, assim como vêm acontecendo no clima polar – temperaturas que chegam a -50ºC.

No interior da estufa Eden-ISS, os vegetais são cultivados com a técnica da aeroponia, que é quando as raízes das espécies são mantidas de modo suspenso, sem terra e sem luz solar, e também sem inseticidas e pesticidas. As raízes são borrifadas com uma mistura de nutrientes e as folhas são iluminadas com lâmpadas LED. O ar é enriquecido com CO2, sendo que os germes e os esporos são retirados pela filtração.

Mesmo numa situação tão desafiante, os resultados da Eden ISS foram surpreendentes! Em nove meses e meio, foram produzidos 268 quilos de alimentos, incluindo 67 quilos de pepinos, 117 quilos de alfaces e 50 quilos de tomates. Além disso, foram colhidos brócolis, rabanetes e outros vegetais. Tudo isso é destinado para a alimentação de pesquisadores, engenheiros, médicos e cozinheiros que passam o inverno na estação Neumayer III.

estufa Antártida
Imagem reproduzida de Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt (DLR)

“Estamos interessados em saber se esses alimentos frescos podem causar um efeito psicológico positivo.”

– diretor da estação Berhard Gropp, do AWI.

A expectativa agora é de que até 2030 estufas como a Eden ISS estejam prontas para construção e uso em solo lunar.


Fontes: Deutschland, Olhar Digital.

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Redação 360

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“Lamentável” e “inaceitável”; foram essas as palavras emitidas pelos representantes da Facebook – empresa fundada por Mark Zuckerberg – ao tentarem explicar o gravíssimo erro do seu sistema de algoritmo de Inteligência Artificial. O mesmo é usado na geração de recomendações que as pessoas recebem após assistirem um vídeo na plataforma. E, infelizmente, ele classificou um vídeo de homens negros com o termo “primatas”, fazendo todos se lembrarem de tantas cenas lamentáveis que presenciamos pessoalmente ou que já vimos em noticiários, de pessoas de origem afro-americana sendo comparados à macacos.

inteligência artificial
Imagem reproduzida de Suno

O caso Facebook

O caso aconteceu na metade do ano passado, mas muitas informações sobre o mesmo só foram divulgadas na grande mídia agora em 2021. O que se sabe é que alguns usuários viram um vídeo publicado pelo tabloide britânico ‘Daily Mail’ precisamente no dia 27 de junho de 2020 e retratava homens negros em confrontos com civis brancos e polícias, não tendo nenhum conteúdo sobre vida animal. Mesmo assim, após a visualização do material, eles receberam a recomendação para “continuar a ver vídeos de primatas”. Nem precisa dizer como isso logo gerou uma grande polêmica e reações na rede social!

inteligência artificial
Imagem reproduzida de Ayoo

Veja Também: Relatório mostra viés em softwares de reconhecimento facial em asiáticos e afro-americanos

As primeiras providências

Logo que a empresa Facebook tomou conhecimento sobre o caso, seus representantes fizeram de tudo para amenizar os problemas gerados. Primeiro, eles desativaram o software que fez disparar a mensagem. Depois, soltou notas com pedidos de desculpas. E desde então diz estar trabalhando para analisar os fatos e fazer de tudo para que não se repita nada parecido. Claro que isso é o mínimo que os usuários da plataforma esperam – principalmente aqueles que representam a comunidade negra!

As explicações sobre o erro

Desativar o software que fez disparar a mensagem era só o início de um grande trabalho, que vem envolvendo exercícios de investigação realizados por especialistas em AI. De acordo com um porta-voz da rede social citado pelo ‘The New York Times’, “Já realizamos várias melhorias na nossa Inteligência Artificial, mas sabemos que não é perfeita e temos muitos progressos a fazer ainda. Pedimos desculpa a todas as pessoas que possam ter visto estas recomendações ofensivas”, afirmou um porta-voz da rede social citado pelo ‘The New York Times’.

inteligência artificial
Imagem reproduzida de Money Times

É um absurdo! Contudo, infelizmente, o que aconteceu com a empresa Facebook não é inédito! Em 2015, o algorítmico de inteligência da Google também identificou homens negros como “gorilas”. Recentemente também o Twitter admitiu que sua ferramenta de corte automático de imagens favorecia pessoas brancas e mulheres, e que pessoas negras eram geralmente cortadas das imagens postadas na rede social. E, por fim, o TikTok foi acusado de preconceito racial ao rotular frases do tipo “Vidas Negras Importam” como “conteúdo impróprio”.

A saber, a Comissão de Comércio Federal dos Estados Unidos já afirmou que ferramentas de AI que demonstram racismo e preconceito de gênero podem ser consideradas violações das leis de proteção ao consumidor.

“Se responsabilize pelos seus erros, ou a FTC fará isso por vocês.”

– advogada especialista em privacidade do FTC Elisa Jillson no site da agência.

Fontes: Impala, G1, CM Jornal, Olhar Digital.

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Você é dono de um negócio ou deseja começar um negócio na área da Engenharia – mesmo que seja Home Office ou trabalhando na rua, como autônomo? Então, fique sabendo que esse seu negócio precisa OBRIGATORIAMENTE ter um registro no CREA do seu estado. Aliás, para ressaltar, divulgar propaganda – inclusive nas redes sociais na Internet – utilizando termos como “prestamos serviços em Engenharia” sem que você, seus sócios e funcionários tenham habilitação na área e registro profissional é um erro grave!

Mesmo que a empresa tenha sócios com formação e qualificação não pertencentes ao conselho, é preciso analisar a situação, pois pode necessitar do registro no CREA!

atribuições dos engenheiros
Imagem reproduzida de CREA

Que tipo de empresa precisa de registro no CREA?

Atenção! O registro no CREA é obrigatório para toda pessoa jurídica que presta ou executa serviços e/ou obras em Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Sanitária, Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia de Telecomunicações, Agrimensura, Engenharia Mecânica, Industrial, Engenharia Ambiental, entre tantas outras, além de Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia.

“As firmas (empresa individual), sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na forma estabelecida nesta lei, só poderão iniciar suas atividades depois de promoverem o competente registro nos Conselhos Regionais, bem como o dos profissionais do seu quadro técnico.”

–  Lei 5.194/66.

A saber, a obrigatoriedade do registro para essas empresas no CREA está embasada na Lei 5.194/66 art. 7°, 59, 60, 61 e 62 e Resoluções n° 336/89 e 417/98 do CONFEA. E isso será verificado por meio da análise do seu objetivo social.

Particularidades

  1. Empreiteira de mão-de-obra especializada em atividades abrangidas pela fiscalização do CREA também seria obrigada a ter registro no conselho.
  2. Indústrias ou fábricas dentro do setor também precisa do registro de acordo com a Resolução n° 417/98 do CONFEA e com o artigo 7°, alínea h, da Lei n° 5.194/66.
  3. Empresas com departamento que desenvolve atividades diretamente ligadas com a fiscalização do CREA também, de artigos 59 e 60 da Lei Federal n° 5.194/66 e o artigo 13 da Resolução n° 336/89 do CONFEA, exigindo um profissional responsável técnico legalmente habilitado para exercê-las.
  4. Por fim, precisa de registro firma individual de Engenharia, desde que o titular seja profissional legalmente habilitado no CREA, conforme dispõe o artigo 11 da resolução n° 336/89 do CONFEA.

Como fazer o registro da empresa no CREA?

É preciso apresentar muitos documentos para realizar o registro no CREA. Todo o processo deve ser feito através do site da unidade de conselho referente à região onde está localizada a empresa. Primeiro é preciso preencher todos os formulários e requerimentos fornecidos dentro do sistema. Também é preciso pagar uma taxa – que variam de estado para estado. Depois encaminhar, junto disso, os seguintes documentos:

  • Instrumento de constituição da pessoa jurídica (contrato social ou requerimento de empresário), devidamente arquivado, registrado em órgão competente (Junta Comercial ou Cartório), bem como suas modificações subsequentes até a data da solicitação do registro no Crea;
  • Indicação dos responsáveis técnicos pelas diversas atividades profissionais, bem como dos demais profissionais integrantes do quadro técnico da pessoa jurídica;
  • Prova do vínculo dos profissionais com a pessoa jurídica, através de documentação hábil, quando não fizerem parte do contrato social; e
  • Comprovante de solicitação das ARTs de cargo e função de todos os profissionais do quadro técnico da pessoa jurídica.

Quanto as empresas precisam pagar de anuidade ao CREA?

A anuidade paga ao CREA pelas empresas é definida de acordo com faixas em Resolução do CONFEA, de acordo com o capital social da empresa. A tabela com esses informes é atualizada anualmente e tem validade para todos os regionais do CREA.

A saber, mesmo que a sua empresa esteja com as atividades paralisadas, mas com o registro ativo, é preciso pagar essa anuidade. Uma alternativa em épocas de crise é cancelar o registro para se isentar dos próximos pagamentos, com baixa de inscrição junto à Prefeitura local ou órgãos da Receita Federal. Claro que isso impedirá a continuidade dos serviços ofertados; mas, por outro lado, pode impedir que qualquer dívida vire uma bola de neve incontrolável. Pense nisso!

Veja Também: Como dar entrada no CREA? [passo a passo]


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Fontes: CREASP, CREASC, Fórum da Construção, CREAPR, Oslan Contabilidade.

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