Engenharia 360

Relatório mostra viés em softwares de reconhecimento facial em asiáticos e afro-americanos

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por Larissa Fereguetti
| 23/12/2019 | Atualizado em 30/06/2022 2 min
Imagem: michiganradio.org

Relatório mostra viés em softwares de reconhecimento facial em asiáticos e afro-americanos

por Larissa Fereguetti | 23/12/2019 | Atualizado em 30/06/2022
Imagem: michiganradio.org
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Os softwares de reconhecimento facial tornaram-se grandes aliados na identificação de indivíduos. No entanto, um relatório do Governo dos Estados Unidos mostrou que eles podem ter um viés.

O estudo foi realizado pelo National Institute of Standards and Technology (NIST) e mostrou que indivíduos asiáticos e afro-americanos possuem 100 vezes mais chance de serem identificados incorretamente que caucasianos, dependendo do algoritmo. Dentre as consequências está a acusação de uma pessoa inocente.

software de reconhecimento facial falha
Imagem: blogs.microsoft.com

Entre os algoritmos desenvolvidos nos Estados Unidos, a identificação do índio americano foi a que apresentou maiores taxas de falsos positivos (isto é, identificar como indivíduo procurado aquele que não é o correto). O relatório também mostra que as mulheres afro-americanas foram as que tiveram maiores taxas de falsos positivos para a correspondência “um para um”, usada pela polícia para pesquisar milhões de pessoas de um banco de dados para encontrar um suspeito.

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No total, foram analisados 189 algoritmos provenientes de 99 empresas desenvolvedores. O NIST avaliou até que ponto os algoritmos correspondiam às fotos da mesma pessoa, processo que é comumente usado para desbloquear um smartphone ou verificar um passaporte. Ainda, testou-se a capacidade do algoritmo associar uma pessoa em uma foto a imagens em um banco de dados.

software de reconhecimento facial falha
Imagem: wired.com

Foi observado que os resultados variam de algoritmo para algoritmo. No caso da identificação errada para um passaporte ou desbloquear o smartphone, chamada um para um, refazer a identificação é simples e pode não acarretar tantos problemas assim. Porém, para a identificação em um banco de dados, o problema pode ser maior, visto que podem gerar as acusações de inocentes citadas anteriormente.

Tal pesquisa ressalta que, embora a maior parte de nós fiquemos fascinada ao ver a aplicação da tecnologia, precisamos lembrar que ela pode falhar. O ideal é que a tecnologia seja usada como uma ferramenta auxiliar, mas a decisão final deve caber aos humanos.


Fontes: Interesting Engineering

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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