Desde a Segunda Guerra Mundial e o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, o mundo tem vivido sob grande tensão. Estados Unidos e União Soviética passaram a disputar liderança global, investindo pesado em projetos de defesa e ataque militar. A situação se agravou após a dissolução do regime soviético e a independência de nações produtoras de urânio, como o Cazaquistão. Agora vivemos o que os especialistas chamam de Terceira Guerra Fria e os americanos anunciam que estão desenvolvendo um sistema de defesa antimíssil altamente avançado chamado de Domo de Ouro (Golden Dome).

Esse grande escudo aéreo seria semelhante ao famoso Domo de Ferro de Israel, sendo capaz de interceptar mísseis balísticos, hipersônicos e nucleares diretamente no espaço. E embora os Estados Unidos não tenham admitido, acredita-se que esse sistema servirá para proteger seu território de ameaças estratégicas vindas de potências como China e Rússia. Explore mais essa história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Como seria o Domo de Ouro dos Estados Unidos?

Antes de tudo, vale destacar que o Domo de Ferro de Israel foi projetado para ser um sistema móvel de interceptação de foguetes de curto alcance, atuando principalmente em solo; o olha que ele já tem alta taxa de sucesso (cerca de 90% de eficiência). Porém, o Domo de Ouro dos Estados Unidos seria muito mais abrangente e sofisticado. Seu projeto prevê a instalação de satélites espaciais equipados com sensores e interceptadores que atuariram em várias fases do voo de um míssil inimigo, desde a sua detecção antes do lançamento até a sua destruição nos estágios inicial, intermediário ou final da trajetória.

Domo de Ouro Estados Unidos
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Funcionamento

A saber, essa constelação seria composta de 400 a 1000 satélites de monitoramento no espaço, detectando possíveis ameaças. Cerca de 200 deles seriam armados com mísseis e lasers para interceptar e destruir mísseis inimigos ainda em voo. Serão múltiplas fases do ataque, criando uma cadeia de defesa integrada (terra e espaço) e em camadas. E até onde se sabe, a InteligênciaArtificial deve ser utilizada para realização de cálculos em tempo real de trajetórias e tomadas de decisão.

Domo de Ouro Estados Unidos
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Qwen

A ideia é que o sistema funcione realmente de forma automática e contínua, garantindo resposta imediata a qualquer tentativa de ataque com tecnologia balística ou hipersônica. Mas para colocar em prática esse plano, o custo estimado inicial é equivalente a US$ 175 bilhões – embora especialistas indiquem que o valor pode ultrapassar a US$ 542 bilhões apenas na parte espacial do projeto nos próximos vinte anos. Então, se tudo der certo, esse será o maior investimento em tecnologias de defesa da história dos Estados Unidos.

Qual a explicação de engenharia do Domo de Ouro?

Se o Domo de Ouro for realmente executado, será uma tecnologia única, como nenhum outro sistema de defesa do qual já tivemos conhecimento. Imagine o poder dessa combinação: Inteligência Artificial, sensores infravermelhos de longo alcance e interceptadores autônomos.

Componentes espaciais

A explicação divulgada pela Casa Branca sobre o Domo de Ouro é que seria uma rede de satélites posicionados em órbita de baixa Terra (LEO – Low Earth Orbit). Cada satélite seria equipado com sensores extremamente sensíveis, capazes de captar sinais térmicos mínimos, mesmo em grandes distâncias.

O sistema do Domo poderá calcular a trajetória e identificar o destino provável de um projétil, comunicar-se em tempo real com outras unidades para planejar a interceptação, e acionar interceptadores espaciais que voaram até o alvo para destruí-lo. Também contará com criptografia avançada para evitar ataques cibernéticos ou interferências adversárias. E, além disso, será guiado por softwares de IA treinados em múltiplos cenários de combate, inclusive ataques coordenados com dezenas ou centenas de mísseis.

Componentes terrestres

Além da infraestrutura espacial, o Domo de Ouro contará com estações de comando e controle localizadas em solo, onde oficiais militares monitorarão o funcionamento do sistema. Essas estações estarão conectadas a centros de inteligência e agências como a NSA e a CIA. E a integração entre Terra e espaço dependerá de redes de comunicação seguras e rápidas, além de supercomputadores dedicados às análises de dados. Em nota conjunta com a Casa Branca, o Pentágono declarou que, em tal situação, deverá usar soluções de empresas de tecnologia com expertise em Big Data e Machine Learning.

Domo de Ouro Estados Unidos
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini
Domo de Ouro Estados Unidos
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

O que Elon Musk tem a ver com o Domo de Ouro?

Se o projeto do Domo de Ouro for mesmo colocado em prática, veremos nos próximos meses e anos várias pesquisas e inovação e engenharia aeroespacial, defesa antimíssil, Inteligência Artificial para análise de dados e automação, além de logística para o lançamento e manutenção da constelação de satélites.

Nesse cenário, é bem provável que o nome do famoso empresário Elon Musk ganhará ainda mais destaque. A SpaceX é uma das mais cotadas para participar do desenvolvimento do Domo de Ouro, peça-chave para a infraestrutura de lançamento de satélites. Isso inclui o uso dos seus foguetes reutilizáveis e a experiência da Stalink com a constelação global. Os boatos são de que estaria sendo combinada uma contratação de serviço de assinatura, em que o Departamento de Defesa Americano pagaria mensalmente por acesso ao sistema – o que levanta preocupações sobre dependência excessiva de uma única empresa privada.

Domo de Ouro Estados Unidos
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Qwen

Em paralelo com a SpaceX, estão concorrendo pela parceria outras duas empresas, a Palantir Technologies (especialista em softwares) e a Anduril Industries (especialista em drones). Juntas, elas propõem a construção de diferentes componentes do escudo antimísseis, com a empresa de Musk focada na infraestrutura espacial, aproveitando sua expertise em foguetes e satélites.

Qual a reação do mundo diante da construção do Domo de Ouro?

Desde o anúncio da construção do Domo de Ouro pelo governo dos Estados Unidos, a comunidade de segurança internacional tem manifestado profunda preocupação com o aumento das tensões entre as principais potências militares.

Especialistas levantam questionamentos sobre o papel de Elon Musk nesse empreendimento, inclusive sugerindo uma possível ruptura com os métodos convencionais de aquisição militar. Um dos aspectos mais controversos envolve o modelo de serviço de assinatura proposto pela SpaceX. Além disso, o público americano expressa suas próprias inquietações quanto à dependência governamental da empresa, aos custos envolvidos no projeto e aos potenciais conflitos geopolíticos globais.

Veja Também: O Domo de Ferro: Tecnologia para Defesa de Israel


Fontes: CNN, G1, Olhar Digital.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Em 1925, na cidade de Nashville, nos Estados Unidos, nasceu uma jovem que iria transformar a história da ciência. Nancy Grace Roman demonstrou desde cedo uma intensa fascinação pelo universo. Com cerca de 10 anos, ela já estudava corpos celestes. E, em 1949, concluiu seu doutorado em Astronomia pela Universidade de Chicago. Depois disso, começou a se valer da engenharia para exploração do cosmos. E até chegou a liderar a criação do primeiro maior telescópio espacial, o Telescópio Hubble. Confira mais sobre a sua história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Desafios acadêmicos e primeiros passos na ciência

Nancy era uma jovem de muito talento para a ciência. Seu chefe no departamento de física de Swarthmore College a convenceu de que poderia seguir uma carreira na física; ele até alertou de que a sociedade raramente incentivava mulheres, mas que ela talvez conseguisse. A jovem acabou seguindo carreira na sua área de formação, astronomia, trabalhando no Observatório de Yerkes, onde se destacou em pesquisas sobre a composição e o movimento das estrelas. 

Vale destacar que, nesse tempo, Nancy descobriu que as estrelas compostas sobretudo por hidrogênio e hélio se movimentavam mais rapidamente do que aquelas com elementos mais pesados.

Nancy Grace Roman
Imagem de NASA/ESA em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio_Espacial_
Nancy_Grace_Roman#/media/Ficheiro:Nancy_Roman_Hubblecast.jpg

Ingresso na Agência Espacial

Percebendo que poderia não avançar no mercado de trabalho, a cientista tomou a difícil decisão de imigrar para o ambiente militar de pesquisa, aceitando um cargo no Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos. Por lá, ela liderou a sessão de espectroscopia de micro-ondas e mergulhou nos estudos de radioastronomia, que era um campo bastante emergente na época. Ainda na década de 1950, foi convidada a integrar a recém-formada Agência Espacial. Assim sendo, acabou como a primeira mulher a ocupar um cargo executivo na NASA.

Nancy foi pioneira na concepção e execução de programas de observação espacial dentro da agência. Por meio de suas pesquisas, ela concluiu que a atmosfera terrestre bloqueia grande parte das radiações do universo e que isso limita o alcance dos telescópios; por isso, era preciso criar instrumentos capazes de operar melhor fora da Terra. Com foco nessa conclusão e sob a supervisão de Roman, entre 1966 e 1972, foram lançados quatro Observatórios Astronômicos Orbitais. Dois tiveram êxito e abriram caminho para um projeto ainda mais ambicioso: o Telescópio Espacial Hubble.

Telescópio Hubble
Imagem de NASA em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio_Espacial_Nancy_Grace_Roman#/media/
Ficheiro:WFIRST_spacecraft_model.png

A saber, Nancy também foi responsável por projetos como International Ultraviolet Explorer e o Cosmic Background Explorer.

O nascimento do projeto do Telescópio Hubble

Enquanto estava na NASA, Nancy formou uma poderosa equipe de engenheiros e astrônomos – mais tarde chefiados por Ed Weiler – para idealizar um telescópio espacial robusto e duradouro. Claro que não foi fácil convencer a própria agência, o congresso americano e a comunidade científica de que valia a pena investir em um projeto tão caro. Mas ela provou que a empreitada valia a pena – sua habilidade de comunicação foi fundamental, sem dúvidas -, permitindo a observação sem precedentes de galáxias distantes, nebulosas e até da expansão acelerada do universo.

Então, se hoje sabemos pouco sobre a energia escura, tem tudo a ver com o Telescópio Hubble e o trabalho de Nancy Grace Roman.

Telescópio Hubble
Imagem reproduzida de NASA

O impacto de Nancy Grace Roman na história da engenharia

Antes de Nancy Grace Roma e o Telescópio Hubble, os astrônomos dependiam de balões, foguetes e aviões para obter dados do espaço. O projeto do novo telescópio incentivou a criação de soluções inovadoras para desafios inéditos. Lembrando que os cientistas precisavam de um equipamento capaz de operar no vácuo do espaço, resistir à radiação, manter precisão óptica extrema e transmitir dados a milhares de quilômetros do planeta Terra. Além disso, a cientista também articulou as necessidades dos astrônomos e traduziu essas demandas em requisitos técnicos para os engenheiros.

Nancy Grace Roman
Imagem de NASA Hubble Space Telescope em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nancy_Grace_Roman_with_Scale_
Model_of_Hubble_%2827257304197%29.jpg

Sob a liderança da cientista, foram investigados novos materiais. Também foram apresentadas inovações em mecânica de precisão, controle térmico, sistemas de alimentação elétrica e comunicação de dados. Sem contar que nasceram tecnologias que hoje são padrão em missões espaciais, como sistemas de controle de orientação, estruturas resistentes a temperaturas extremas e espelhos de alta performance. Assim, o mundo testemunhou um grande avanço no setor aeroespacial como um todo!

O legado para as mulheres na engenharia e na ciência

Nancy Grace Roman se aposentou da NASA no ano de 1979, mas continuou influente na comunidade científica mesmo após o seu falecimento em 2018. Ela mostrou que é possível unir paixão pela ciência, habilidade técnica e capacidade de gestão para transformar sonhos em realidade.

Recentemente, a Agência Espacial Americana anunciou que havia batizado seu novo projeto de telescópio espacial de Roman Space Telescope. O mesmo está previsto para ser lançado em 2027 e promete investigar mistérios como a energia escura e buscar exoplanetas, ampliando ainda mais nossa compreensão do universo. Até onde se sabe, esse novo telescópio terá um espelho primário do mesmo tamanho do Hubble, mas contará com instrumentos ainda mais avançados do que o James Webb (será?), o atual maior telescópio do mundo. Podemos esperar observações de fenômenos cósmicos com precisão inédita. Cruzem os dedos!

Nancy Grace Roman
Imagem de NASA Hubble Space Telescope em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nancy_Grace_Roman_with_Jane_
Rigby_and_JWST_%2827154772507%29.jpg
Nancy Grace Roman
Imagem de NASA Goddard Space Flight Center em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Dr._Nancy_Grace_Roman_-_30099763287.jpg

Veja Também: NASA e SpaceX embarcam em força-tarefa para salvar o Telescópio Hubble


Fontes: NASA, Revista Galileu – Globo.

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Se você já se perguntou se é possível adicionar uma loja virtual ao aplicativo de TV OTT do seu hotel, a resposta é sim. Você pode integrar uma experiência de e-commerce ao seu sistema de OTT para hoteis, criando novas formas de engajar hóspedes e gerar receita extra durante a estadia. Com a evolução das soluções digitais, sua propriedade tem a chance de oferecer conveniência e personalização como nunca antes.

Ao apostar em OTT para hoteis, os serviços vão além do entretenimento tradicional e passam a ser uma ferramenta estratégica para impulsionar vendas e aumentar a satisfação dos hóspedes. Integrar uma loja no app de TV pode facilitar pedidos no quarto, promoções especiais ou até produtos e serviços locais, tudo acessível com poucos cliques.

Loja Virtual para Hotel
Imagem reproduzida de inorain

Neste artigo do Engenharia 360, você vai descobrir como a tecnologia está tornando isso viável, o que considerar antes de implementar e quais benefícios práticos esse modelo pode trazer para o seu negócio.

Viabilidade de adicionar uma loja de e-commerce ao app OTT do hotel

Adicionar uma loja de e-commerce ao seu app OTT de hotel pode ampliar a experiência do hóspede e gerar novas receitas. Esse processo envolve integração de plataformas, vantagens estratégicas e atenção à experiência do usuário.

Integração de plataformas e compatibilidade

Integrar uma loja de e-commerce em aplicativos OTT, como os de hoteis, exige atenção à compatibilidade entre sistemas. Plataformas de e-commerce conhecidas, como Shopify, oferecem APIs e ferramentas que facilitam essa integração com apps de streaming, como Plex, Netflix e Disney+.

Você precisa checar se o app OTT do seu hotel suporta a adição de módulos ou widgets externos. Além disso, será necessário garantir que os sistemas estejam protegidos com protocolos de segurança, principalmente para dados de pagamento.

É fundamental que a integração não prejudique o desempenho do streaming. Testes de compatibilidade são necessários para evitar travamentos ou lentidão, pois isso pode afetar a experiência do hóspede negativamente.

Loja Virtual para Hotel
Imagem reproduzida de inorain

Veja Também: FlyZoo Hotel: Hospitalidade com Tecnologia de Ponta

Vantagens estratégicas e diferenciais competitivos

Oferecer uma loja de e-commerce dentro do seu app OTT coloca seu hotel em posição de destaque no setor de hospitality industry. Com isso você pode vender produtos exclusivos do hotel, pacotes especiais, ou até parcerias locais diretamente na TV do quarto do hóspede.

A geração de novas fontes de receita é uma das principais vantagens. Por exemplo, você pode oferecer lembranças personalizadas, experiências de spa, reservas de restaurantes ou ingressos para eventos locais. Tudo isso sem exigir que o hóspede saia do conforto do quarto.

Veja exemplos de diferenciais:

VantagemDescrição
Nova fonte de receitaVendas diretas de produtos e serviços no app
Maior envolvimento do hóspedeOpções personalizadas durante a estadia
CompetitividadeDiferenciação frente a outros hoteis

Experiência do usuário e personalização

A experiência do usuário deve ser fácil e intuitiva. Use menus simples, imagens claras e destaque opções populares. É importante minimizar etapas para que o hóspede faça compras com poucos cliques no controle remoto.

Personalização é fundamental. Com base no perfil do hóspede, você pode sugerir produtos ou serviços que combinem com as preferências deles. Por exemplo, quem usa o app para ver filmes pode receber recomendações de snacks ou combos promocionais para aproveitar durante o streaming.

Leve em conta a acessibilidade, garantindo que pessoas de todas as idades e perfis consigam navegar e comprar de forma simples. Personalize notificações ou sugestões conforme o histórico de uso e preferências registradas no app OTT do hotel.

Benefícios e desafios para hoteis com lojas de e-commerce em apps OTT

Adicionar uma loja de e-commerce no app OTT da TV do seu hotel pode aumentar a conexão com seus hóspedes, melhorar operações e abrir caminho para o uso de tecnologias como realidade aumentada e Internet das Coisas. Porém, isso exige organização logística e atenção a temas como segurança digital.

1. Aumento do engajamento e satisfação do hóspede

Oferecer uma loja online acessível na TV do quarto aumenta as oportunidades de engajamento. Os hóspedes conseguem comprar comodidades extras, reservar experiências e até solicitar um berço ou upgrade de suíte sem precisar ligar para a recepção.

Loja Virtual para Hotel
Imagem reproduzida de inorain

A facilidade de compras durante a estadia pode aumentar a satisfação do hóspede, já que tudo é feito de forma rápida usando o controle remoto ou até por comandos de voz com Google Assistant ou dispositivos como Google Home. O acesso rápido e personalizado cria experiências mais marcantes, elevando o padrão de atendimento e ajudando seu hotel a competir com grandes redes e plataformas de reservas online.

Promoções especiais, recomendações personalizadas baseadas em análise de dados, e integração com apps do hotel no celular tornam o processo ainda mais intuitivo. Isso melhora o marketing de serviços internos, reduz cancelamentos e incentiva reservas diretas.

2. Gestão de inventário e logística

Gerenciar produtos vendidos pela loja, como amenities, tours, ou pacotes especiais, exige uma logística bem estruturada. O inventário precisa estar sincronizado em tempo real para evitar vendas duplicadas ou indisponibilidade.

Ferramentas de data analytics ajudam a prever demandas e ajustar o estoque. Integração com sistemas de gestão de reservas e plataformas de booking minimiza erros, enquanto o uso de smart technology permite monitoramento remoto de armários e depósitos nas áreas comuns.

A eficiência logística é fundamental para hoteis que buscam sustentabilidade e economia de custos. Automatizar processos reduz desperdícios e melhora o atendimento, mas também é necessário investir em cibersegurança para proteger dados de transações e informações pessoais dos hóspedes.

3. Tecnologias emergentes e futuro do setor

Tendências como realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) estão começando a se integrar a apps OTT de hoteis. Com AR, o hóspede pode visualizar produtos, como decoração de suítes ou opções de cama, antes da compra. Tours virtuais (3D tours) mostram acomodações e espaços do hotel em detalhes.

A Internet das Coisas (IoT) conecta iluminação, climatização e até persianas, permitindo ofertas integradas dentro do próprio app OTT. Por exemplo, o hóspede pode usar o controle da TV para ajustar o quarto e comprar upgrades instantaneamente.

Soluções de inteligência artificial, como analytics preditivos, ajudam no marketing, sugerindo produtos que aumentam a receita e a satisfação do hóspede. Essas tecnologias também auxiliam na personalização do atendimento, essencial para hoteis boutique ou redes que buscam se diferenciar no mercado digital contemporâneo. Para conhecer mais sobre o avanço dessas soluções em hoteis, acesse como apps OTT melhoram experiências tecnológicas para hóspedes.

O futuro da hotelaria está na tela da TV

Adicionar uma loja de e-commerce ao app OTT do seu hotel pode ser uma forma prática de oferecer mais serviços aos seus hóspedes. Com isso, você facilita compras rápidas sem sair do conforto do quarto.

Loja Virtual para Hotel
Imagem reproduzida de inorain

Você pode vender produtos como snacks, lembranças ou serviços extras usando o próprio app. Assim, sua equipe tem menos demanda na recepção e os hóspedes ficam mais satisfeitos.


Este é um artigo patrocinado. Você leu um texto publicitário. Este aviso representa nosso compromisso e transparência diante de sua opinião.

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Você já deve ter ficado em dúvida ao comprar peixe na feira ou no supermercado, se perguntando se ele está realmente fresco. Quando o produto vem embalado, fica ainda mais difícil sentir o cheiro e saber se está próprio para consumo. Agora imagine se a própria embalagem pudesse avisar quando o peixe começa a se deteriorar. Parece coisa de filme, mas é uma tecnologia inovadora criada por cientistas brasileiros. A gente te conta tudo no artigo a seguir, do Engenharia 360!

embalagem de alimentos
Imagem gerada em IA de Gemini

A inovação proposta pelos pesquisadores brasileiros

Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolveram, em parceria com a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, um material inteligente capaz de monitorar a qualidade dos alimentos, especialmente peixes e frutos-do-mar. Esses itens alimentícios são especialmente delicados, altamente perecíveis e suscetíveis a deterioração rápida. Por isso, diante de qualquer suspeita, acabam sendo descartados. O problema é que vivemos um cenário de insegurança alimentar crescente, e esse tipo de desperdício só torna ainda mais difícil o enfrentamento da fome no mundo.

Mas toda essa história pode ter uma reviravolta em breve com o lançamento de uma nova embalagem inteligente. O mais impressionante é que o ingrediente-chave dessa inovação é algo extremamente simples, oriundo do já conhecido repolho roxo.

embalagem de alimentos
Imagem gerada em IA de Gemini

O funcionamento da embalagem “mágica” da Embrapa

O mercado está impressionado com essa inovação apresentada pelos pesquisadores brasileiros. E eles explicam que sua “mágica” está baseada nas antocianinas, que são pigmentos naturais encontrados em vegetais de cores vivas – é aí que entra o repolho roxo. Tais substâncias têm uma propriedade química fascinante: elas mudam de cor conforme o pH (nível de acidez) do ambiente ao redor varia.

Em outras palavras, à medida que o peixe embalado começa a se deteriorar, ocorre uma mudança na acidez, o que provoca a alteração da cor do pigmento aplicado na embalagem, sinalizando que o alimento não está mais próprio para consumo.

embalagem de alimentos
Imagem divulgação Embrapa via G1

A saber, o material recém-desenvolvido poderia detectar não só acidez, mas também compostos voláteis liberados durante a deterioração e o crescimento bacteriano.

O tecido inteligente que monitora alimentos

Durante experimentos, os cientistas utilizaram antocianinas para desenvolver um material flexível, com estruturas ultrafinas que lembram tecidos delicados, como o algodão. Esse material foi então incorporado às camadas internas e externas de embalagens de alimentos. O resultado? Assim que o alimento começou a se deteriorar, as embalagens reagiram instantaneamente, mudando de cor e indicando a perda de qualidade dos produtos.

A saber, os testes laboratoriais foram realizados com filés de merluza para verificar a eficácia da embalagem. O resultado foi impressionante:

  • No início (peixe fresco): A embalagem apresentava uma cor roxa vibrante.
  • Após 24 horas: A cor começou a perder intensidade.
  • Após 48 horas: Surgiram tons azulados e acinzentados.
  • Após 72 horas: A embalagem ficou azul, sinalizando claramente que o peixe estava estragado.

Fiação por sopro em solução

Vale destacar que as mantas de nanofibras manuseadas pelos cientistas foram fabricadas através da técnica de fiação por sopro em solução (Solution Blow Spinning), utilizando um gás comprimido para formar as fibras ultrafinas.

O método realmente se mostrou mais rápido em comparação com outros convencionais. Também econômico, consumindo menos energia. Acredita-se que ele permita a produção em larga escala; e ainda possa aproveitar restos de alimentos como matéria-prima, ajudando a reduzir o desperdício, tornando o processo mais sustentável.

embalagem de alimentos
Imagem divulgação Embrapa via Meio News

Vantagens da solução para a engenharia e indústria alimentícia

A tecnologia desenvolvida por pesquisadores brasileiros em parceria com a Universidade de Illinois pode oferecer muitos benefícios para a engenharia e a indústria alimentícia. Recapitulando:

  • Segurança alimentar: Evita intoxicações alimentares ao proteger contra o consumo de alimentos estragados.
  • Redução do desperdício: Permite identificar com precisão o estado dos alimentos, evitando descartes prematuros.
  • Engenharia e indústria alimentícia: Integração de tecnologias que reduzem perdas, garantem qualidade e facilitam a verificação do frescor.
  • Sustentabilidade: Utilização de materiais biodegradáveis e reaproveitamento de resíduos, reduzindo o consumo de plásticos convencionais.
  • Produção eficiente: Método de fabricação econômico e sustentável, com potencial para transformar o mercado e a vida do consumidor.

As possibilidades de introdução da tecnologia no mercado

Apesar dos resultados promissores, parece que a embalagem descrita neste texto ainda não tem previsão para chegar ao mercado. Mas os pesquisadores estão bastante animados, conscientes de que ainda precisam conduzir vários estudos para garantir que a tecnologia funcione com outros tipos de alimentos além de peixes e frutos-do-mar – já que cada um apresenta características químicas diferentes. 

Existe também o desafio da durabilidade da embalagem durante o transporte e armazenamento industrial, bem como a interação com diferentes temperaturas e condições climáticas. Além disso, é preciso avaliar a segurança da regulamentação para uso em contato com alimentos. E para completar, desenvolver parcerias com a indústria para produção e distribuição em larga escala.

Veja Também: “Nariz Artificial” Brasileiro Vai Transformar Sua Geladeira


Fontes: G1.

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O doutorado direto é uma modalidade de pós-graduação que permite ao estudante ingressar diretamente no doutorado, sem a necessidade de cursar o mestrado previamente. Essa iniciativa, recentemente formalizada em um acordo entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), visa acelerar a formação de doutores no Brasil, especialmente em áreas como engenharia, ciências exatas e biológicas.

O programa prevê a criação de centenas de bolsas anuais para estudantes que optarem por essa via, com metade delas destinadas à Universidade de São Paulo (USP) e o restante distribuído entre outras universidades públicas paulistas. Além disso, a Fapesp complementa as bolsas da Capes para equiparar os valores, tornando o doutorado direto financeiramente atraente para os alunos. Conversamos mais sobre o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Qual o diferencial do doutorado direto em relação a outros sistemas educacionais?

A principal diferença do doutorado direto em relação ao sistema tradicional é a possibilidade de pular a etapa do mestrado, que historicamente é vista como obrigatória no Brasil. No entanto, essa obrigatoriedade é considerada uma “invenção recente” e sem fundamento sólido, segundo especialistas e dirigentes da Fapesp.

Acadêmicos que ingressam diretamente no doutorado já demonstram maturidade e excelência em pesquisa, muitas vezes comprovadas por um excelente histórico acadêmico e iniciação científica durante a graduação. Isso significa que o doutorado direto não é um atalho, mas sim um reconhecimento do mérito do aluno, que já possui as habilidades e conhecimentos que o mestrado tradicional buscaria desenvolver.

doutorado direto
Imagem reproduzida de Tima Miroshnichenko

Além disso, o programa permite que, em algumas áreas, alunos que iniciaram o mestrado possam converter seu curso para doutorado direto após o primeiro ano, evitando a burocracia e o hiato entre as etapas. Essa flexibilidade torna o processo mais dinâmico e adaptado às necessidades do estudante e da área de conhecimento.

Por que acelerar a formação de doutores no Brasil?

A necessidade de acelerar a formação de doutores no Brasil tem como principal motivação a idade avançada em que os pesquisadores atualmente concluem seus doutorados. A média nacional é de 38 anos, quase uma década maior do que nos anos 1960, quando a média era de 29 anos.

Essa demora reduz o tempo de vida produtiva dos cientistas, especialmente nos primeiros anos de carreira, que são cruciais para a inovação e a produção científica de alto impacto. Jovens pesquisadores tendem a ser mais criativos e dispostos a assumir riscos, qualidades essenciais para o avanço da ciência e tecnologia.

Além disso, o mercado de trabalho para doutores no Brasil, embora mais resiliente a crises econômicas, tem apresentado desafios, como a redução da proporção de doutores com emprego formal nos primeiros anos após a titulação. A formação mais rápida pode ajudar a ampliar a força de trabalho qualificada disponível para o setor público, indústria e inovação.

doutorado direto
Imagem reproduzida de Pavel Danilyuk

Como o doutorado direto pode impactar o meio acadêmico de engenharia?

No campo da engenharia, o doutorado direto pode representar uma mudança significativa na formação dos pesquisadores. Áreas como física, química e engenharia já possuem uma tradição maior na adoção desse modelo, pois os alunos frequentemente desenvolvem pesquisas avançadas ainda na graduação, o que os prepara para ingressar diretamente no doutorado.

Com a adoção do doutorado direto, espera-se um aumento na produção científica e tecnológica, já que os jovens engenheiros poderão dedicar mais anos à pesquisa avançada, sem o tempo adicional do mestrado. Isso pode acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios nacionais e globais, fortalecendo a posição do Brasil no cenário científico internacional.

Além disso, a maior agilidade na formação de doutores pode incentivar a renovação do corpo docente nas universidades, trazendo pesquisadores mais jovens e atualizados para o ensino e pesquisa. Isso também pode estimular a interdisciplinaridade e a integração entre academia e indústria, fundamentais para a engenharia moderna.

doutorado direto
Imagem reproduzida de Yaroslav Shuraev

Qual o impacto esperado no mercado de trabalho nacional?

No mercado de trabalho, a formação acelerada de doutores pode ampliar a oferta de profissionais altamente qualificados em engenharia e áreas correlatas, setores que demandam inovação constante e soluções tecnológicas avançadas. Com mais doutores disponíveis em idade produtiva, empresas e instituições poderão contar com talentos para pesquisa, desenvolvimento e liderança técnica.

Além disso, o doutorado direto pode contribuir para diversificar as oportunidades de emprego para doutores, incentivando a atuação em setores como indústria, serviços especializados, hospitais, laboratórios e empreendedorismo tecnológico. A formação mais rápida e focada pode preparar profissionais com habilidades específicas e atualizadas, alinhadas às demandas do mercado contemporâneo.

doutorado direto
Imagem reproduzida de ThisIsEngineering

Impactos e perspectivas para a engenharia no Brasil

Podemos concluir que o doutorado direto lançado pela Fapesp e Capes representa uma revolução na formação científica brasileira, especialmente para a engenharia.

Esse modelo, alinhado a práticas internacionais, desafia paradigmas tradicionais e abre caminho para uma ciência mais ágil, inovadora e conectada às necessidades do país. A expectativa é que, com a adesão crescente das universidades e a consolidação do programa, o Brasil possa formar mais doutores em menos tempo, impulsionando o desenvolvimento tecnológico e econômico nacional.

Veja Também: Qual a diferença entre PhD e doutorado em Engenharia?


Fontes: O Globo.

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A Apple está prestes a transformar radicalmente a forma como interagimos com nossos dispositivos eletrônicos! Diante disso, o Engenharia 360 gostaria de compartilhar com você a notícia de que essa gigante de tecnologia fechou recentemente uma parceria inovadora com a startup Synchron. Agora, as duas empresas vão desenvolver juntas uma interface cérebro-computador que deve permitir aos usuários o controle de iPhones, iPads e até do Apple Vision Pro apenas com o poder do pensamento. O que acha dessa ideia?

Essa iniciativa extremamente inovadora está neste momento em fase de testes e deve abrir portas para uma verdadeira acessibilidade digital. Certamente os maiores beneficiários dessa tecnologia serão as pessoas com mobilidade reduzida severa, como aquelas com lesões na medula espinhal ou doenças neurodegenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica. Te contamos mais no artigo a seguir!

Tudo sobre a tecnologia Stentrode da Apple

O foco central do projeto conduzido pela Apple e Synchron é criar uma interface que capte ondas cerebrais por meio de um implante batizado de Stentrode. Esse dispositivo seria introduzido em uma veia próxima ao córtex motor do cérebro, como se fosse um stent, sem a necessidade de cirurgias no crânio. Sendo ele equipado com eletrodos, registraria os sinais de movimento e os converteria em comandos digitais para serem interpretados pelos eletrônicos da Apple. A saber, na engenharia essa conexão é chamada de ‘controle assistido’.

Apple e Synchron
Imagem reproduzida de Designboom

Segundo seus desenvolvedores, o procedimento de instalação seria minimamente invasivo, o que reduz riscos e torna a tecnologia mais acessível para pacientes que precisam dessa solução. Inclusive, desde 2019, segundo consta, protótipos já vêm sendo implantados em voluntários pacientes com esclerose. Um deles teria relatado ter conseguido, via Vision Pro, “visitar” os Alpes Suíços e sentir as pernas tremerem graças à imersão proporcionada pela tecnologia combinada, mesmo estando fisicamente imóvel em Pittsburgh. Impressionante, não é?

Apple e Synchron
Imagem divulgação Apple via Gadgets 360

Detalhes de funcionamento

Como explicamos antes, assim como os implantes da Neuralink, de Elon Musk, a nova tecnologia da Apple seria inserida no cérebro humano através de um procedimento endovascular. Uma vez posicionado, o dispositivo deve capturar sinais elétricos emitidos pelos neurônios associados ao movimento e os converter em dados interpretáveis por softwares. Esses sinais são integrados ao recurso Switch Control do iOS, existente nas soluções da empresa e que permite substituir ações físicas, como tocar a tela. Neste caso, o “interruptor” é o próprio pensamento do usuário!

Apple e Synchron
Imagem reproduzida de Designboom
Apple e Synchron
Imagem reproduzida de Designboom

Impacto na vida de pessoas com deficiências motoras

Segundo pesquisas recentes, existem hoje mais de 150 mil pessoas só nos Estados Unidos com comprometimento grave nos membros superiores. Essas pessoas poderiam ser as mais beneficiadas pela nova tecnologia da Apple. Especialmente para este produto, a empresa planeja algumas funções básicas de navegação e seleção de ícones – pelo menos assim que conseguir expandir a integração com outros recursos -, como o controle de dispositivos de automação residencial, a interação com assistentes de voz, ouso de aplicativos de comunicação e produtividade, e experiências imersivas via Apple Vision Pro.

Pense bem em como isso poderá transformar radicalmente a qualidade de vida dessas pessoas, permitindo que realizem tarefas cotidianas com autonomia!

Apple e Synchron
Imagem reproduzida de Designboom

Importância para a engenharia

Essa iniciativa da Apple e da Synchron deve inspirar muitos outros projetos de engenharia, principalmente na área biomédica, de computação neural e design de hardware. Afinal, a interação entre dispositivos implantáveis e sistemas operacionais comerciais exigem diversos avanços, como a miniaturização de sensores de circuitos, o aprimoramento de interfaces intuitivas codificação e interpretação de sinais neurais, transmissão sem fio segura eficiente de dados biológicos além da regulamentação e segurança médica.

Histórico de inovação e acessibilidade da Apple

Pelo que se sabe, essa interface cérebro-computador em fase de aprimoramento não é o primeiro projeto de acessibilidade conduzido pela Apple. Em 2014, a empresa lançou um padrão para aparelhos auditivos que se conectam via Bluetooth aos iPhones. E desde então, a companhia tem ampliado seus recursos, incluindo ferramentas de leitura em Braile, legendas em tempo real e funcionalidades para ampliar a visão em seus dispositivos. 

Por isso, podemos concluir que a Apple parece comprometida em criar tecnologias inclusivas para transformar a vida das pessoas, estabelecendo novos paradigmas para a interação entre humanos e máquinas!

Perspectivas para o futuro da interatividade humana

A engenharia ainda precisa avançar bastante quando se trata de acessibilidade – em todos os setores. Por exemplo, a tecnologia que temos hoje de controle mental não consegue simular bem com precisão o uso de um mouse ou touch screen. E muitas outras boas ideias estão engavetadas esperando a autorização de órgãos reguladores ao redor do mundo. Apple e Synchron acreditam que devem obter aprovação do seu projeto até 2030.

Independente de qualquer coisa, já podemos adiantar uma tendência para o futuro: a próxima revolução tecnológica será centrada no ser humano, explorando não apenas seus gestos e vozes, mas também seus pensamentos.

Veja Também: Apple Vision Pro e Dassault Systèmes: Revolução no Design


Fontes: Infomoney, Mundo Conectado.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A ciência brasileira tem muito o que comemorar! Recentemente, uma engenheira do nosso país, chamada Mariangela Hungria da Cunha, microbiologista da Embrapa Soja e referência global no uso de fertilizantes biológicos, conquistou o World Food Prize, conhecido como o ‘Nobel da Agricultura’. Tem noção do que isso representa? É possível que de agora em diante iremos testemunhar uma verdadeira revolução na maneira como o Brasil cultiva e alimenta diversos povos – sim, lembrando que somos chamados de “o celeiro do mundo”.

Só para contextualizar, existem agricultores que ainda defendem o uso de insumos químicos para acelerar a produtividade agrícola. Contudo, a proposta de Mariangela está baseada em princípios da biotecnologia sustentável, prometendo até mesmo superar os métodos tradicionais. Te contamos mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

A importância do World Food Prize no meio científico

No ano de 1986, Norman Borlaug, ganhador do Nobel da Paz e figura central da ‘Revolução Verde’, criou o prêmio chamado World Food. Seu objetivo era homenagear adequadamente profissionais que fizessem avanços significativos para aumentar a qualidade, qualidade e acessibilidade dos alimentos no planeta. E agora temos a primeira mulher brasileira a ser laureada. Vale destacar que nenhum outro representante do Brasil, ganhador do Nobel, contribuiu diretamente para a transição da agricultura convencional para modelos biológicos e sustentáveis, como a paulistana Mariangela.

A saber, sua conquista foi anunciada recentemente em uma cerimônia na sede da fundação do World Food Prize, Des Moines, Iowa, Estados Unidos.

nobel de engenharia
Imagem arquivo pessoal Mariangela Hungria reproduzida de G1

A jornada da cientista brasileira Mariangela Hungria

A cientista Mariangela foi criada na cidade de Itapetininga e teve as suas primeiras experiências com a ciência ainda no Ensino Fundamental. Naquela época, ela já demonstrava extrema curiosidade e paixão pela microbiologia. Mais tarde ela se formou em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), fez mestrado e doutorado em Ciência do Solo e ainda Pós-Doutorado nos Estados Unidos e na Espanha. E desde 1991, atua na Embrapa Soja, no Paraná, onde lidera pesquisas que colocam o Brasil no topo do uso de insumos biológicos na agricultura.

Sua trajetória acadêmica realmente impressiona: são mais de 500 publicações científicas, 200 alunos orientados, diversos prêmios nacionais e internacionais, e a autoria do primeiro manual em português sobre microbiologia do solo adaptado aos tópicos. Mas, dependendo para quem você perguntar, dirá que o maior legado de Mariangela foi popularizar uma agricultura regenerativa sustentável, com foco em pequenos produtores e agricultores familiares.

A proposta que pode mudar o rumo da agricultura mundial

A história de Mariangela Hungria é realmente muito inspiradora e representa o marco na história da engenharia de agricultura. Todo seu trabalho é baseado em ciência e numa visão estratégica que ajudou a bolar um plano para economizar cerca de 25 bilhões de dólares por ano e evitar mais de 230 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Sua aposta está nos inoculantes biológicos, ou seja, bactérias e fungos que fixam nitrogênio, melhoram a absorção de nutrientes e aumentam a produtividade no campo de forma natural.

Basicamente, esse processo de fixação biológica do nitrogênio permite que as bactérias, por exemplo, “conversem” com o solo e “traduzam” o nitrogênio do ar em formas assimiláveis pelas plantas, substituindo fertilizantes sintéticos. Entendeu?

nobel de engenharia
Imagem World Food Prize reprodução via BBC

Durante alguns testes, a cientista fez uso de rizóbios, que são bactérias que vivem em simbiose com leguminosas, como a soja. E os resultados foram bastante satisfatórios! Esses microrganismos conseguiram substituir parcialmente o uso de fertilizantes sintéticos, aumentando a produtividade em até 8%. Depois disso, Mariangela ainda liderou o desenvolvimento comercial da Azospirillum Brasilense, outra bactéria promissora, capaz de melhorar a absorção de nutrientes em culturas como feijão e milho.

O impacto científico, social e econômico no Brasil

Pode-se dizer que o trabalho de Mariangela Hungria – ainda mais agora, depois de ela ter recebido esse Nobel de Agricultura – só ajuda a reforçar a imagem do Brasil como celeiro agrícola global. Mas isso tudo de uma forma diferente, muito menos destrutiva como normalmente nos vem à cabeça. De fato, ela nos ensina que é possível trilhar um caminho mais sustentável. Até porque devemos honrar com o nosso compromisso de alta produtividade com responsabilidade ambiental, não é mesmo?

A boa notícia é que esse tipo de solução, como proposta por Mariangela, tem grande potencial de ser exportada, abrindo portas para novos mercados e estabelecendo o Brasil como referência em engenharia e biotecnologia agrícola. Cientistas como ela só desejam que o nosso país possa cada vez mais investir em pesquisa, na indústria nacional e em políticas públicas que incentivem a adoção dessas tecnologias inovadoras. E mais, em ensino multidisciplinar nas universidades, que ajude os alunos a entender e resolver questões complexas, como a fome e a insegurança alimentar.

nobel de engenharia
Imagem de Tim Mossholder em Pexels

Para finalizar, nós do Engenharia 360 deixamos aqui os nossos sinceros desejos de ver mais participação feminina na ciência. E que o mundo possa ser conduzido numa visão ainda mais alinhada nos bons valores, com uma agricultura que cuide ao mesmo tempo do solo, do meio ambiente e das pessoas.

Veja Também: A Engenharia de Alimentos e os alimentos industrializados


Fontes: VEJA, G1, BBC.

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Em algum lugar no Lago de Constança, na fronteira entre Alemanha, Áustria e Suíça, você pode encontrar uma instalação de um campo de enormes esferas de concreto – cinzas, pesadas e aparentemente inofensivas.

À primeira vista, você pode pensar que elas se tratam de estruturas abandonadas. Porém, são um grande experimento científico sobre eficiência energética. Estamos falando do projeto StEnSea (Stored Energy in the Sea), desenvolvido pelo renomado Instituto Fraunhofer de Economia de Energia e Sistemas de Energia (Fraunhofer IEE), da Alemanha, cujo objetivo é transformar essas esferas em verdadeiras baterias capazes de armazenar e liberar energia renovável sob demanda. Confira mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

esferas de concreto no oceano para armazenar energia
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

O desafio de armazenar energia limpa em larga escala

Com o avanço das tecnologias, o mundo em que vivemos está cada vez mais dependente de energia; a questão é que quanto mais produzimos energia, mais impactamos a natureza. Uma alternativa da engenharia sempre foi apostar nas energias renováveis, como solar e eólica, pensando em um futuro mais limpo e sustentável. Contudo, isso gerou outro problema, que é armazenar o excesso de eletricidade gerado em momentos de baixa demanda para usá-lo quando o consumo aumenta ou as condições climáticas não colaboram.

Os cientistas pensaram em baterias químicas (de lítio, por exemplo) e usinas hidrelétricas reversíveis. Mas tudo isso tem suas limitações – o custo é elevado, também há impacto ambiental e necessidade de grandes áreas e recursos escassos. É neste contexto que surgiu o ousado projeto StEnSea!

Veja Também: Bateria renovável que recarrega apenas com a luz do Sol

O funcionamento das baterias-esferas de concreto

A ideia dos pesquisadores alemães é simples: usar esferas ocas de concreto como baterias gigantes, aproveitando a pressão do oceano para armazenar e liberar eletricidade de forma eficiente, barata e com baixíssimo impacto ambiental. Esse experimento realizado no Lago de Constança se baseia em princípios físicos bem conhecidos pela engenharia hidráulica.

Explicando melhor, cada esfera possui um compartimento com uma válvula com turbina, que está conectada à rede elétrica por um cabo submarino. Quando a esfera está vazia de energia, ela encontra-se preenchida com água do mar. Utilizando eletricidade – gerada por fontes renováveis, claro -, essa água é bombeada para fora da esfera, deixando-a oca. Daí, quando a rede elétrica precisa de energia adicional (geralmente à noite ou em momentos de baixa produção renovável), a válvula da esfera é aberta, a água externa entra sob alta pressão, girando a turbina interna e gerando eletricidade.

esferas de concreto no oceano para armazenar energia
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

A saber, segundo os cientistas, a eficiência desse sistema com esferas de concreto tem uma eficiência energética em torno de 80% (comparável até superior a muitas baterias químicas) e um custo de armazenamento extremamente competitivo. Além disso, cada unidade tem uma vida útil de até 60 anos, exigindo apenas a substituição dos componentes mecânicos a cada duas décadas.

Por que o fundo do mar?

Para responder essa pergunta, primeiro precisamos explicar qual é a diferença dos sistemas explorados pela engenharia. Pois bem, as usinas hidrelétricas reversíveis, por exemplo, requerem grandes áreas montanhosas e causam impactos ambientais significativos. Agora, segundo os cientistas, o armazenamento submarino oferece uma alternativa mais discreta, eficaz e supostamente sustentável. Inclusive, eles garantem que o potencial de expansão dessa tecnologia em alto-mar seria imensamente superior às alternativas terrestres.

Neste caso, o fundo do mar proporcionaria melhores condições de pressão para o funcionamento do sistema, especialmente em profundidades entre 600 e 800 metros, onde a relação entre diâmetro da esfera, espessura da parede e pressão da água permite um desempenho excelente com menor uso de materiais especiais.

esferas de concreto no oceano para armazenar energia
Exemplo de uma aplicação StEnSea – Imagem de Hochtief, Fraunhofer IEE, reproduzida de MSN

São locais ideais para implantação desses “campos de baterias”:

  • Noruega
  • Portugal
  • Brasil
  • Japão
  • Costas leste e oeste dos EUA
  • Lagos profundos e minas alagadas

As perspectivas para o futuro do projeto StEnSea

Como dissemos no começo deste texto, a primeira vez que um experimento com as baterias-esferas de concreto foi realizado ocorreu no Lago de Constança, perto da Alemanha. Por lá, em águas profundas, os cientistas instalaram esferas de 3 m de diâmetro para validar as teorias e cálculos realizados no Fraunhofer IEE. O resultado foi um sucesso absoluto, com o sistema funcionando assim como previsto e comprovando a viabilidade técnica do armazenamento esférico subaquático.

Existe um plano para o ano de 2026, quando esferas de 9 m de diâmetro e 400 toneladas serão ancoradas a cerca de 600 m de profundidade na costa da Califórnia. O protótipo, já desenvolvido em parceria com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, tem capacidade para armazenar 400 kWh por ciclo – o suficiente para abastecer dezenas de residências por várias horas. 

E se tudo der certo, no futuro, a ideia é construir esferas ainda maiores, de até 30 m de diâmetro, multiplicando por 27 a capacidade de armazenamento dos “campos de baterias” no fundo do mar.

esferas de concreto no oceano para armazenar energia
Testes feitos no Lago de Constança – Imagem de Hochtief, Fraunhofer IEE, reproduzida de MSN

Desafios a serem superados

Em comparação com sistemas tradicionais de armazenamento de energia, as esferas de concreto submersas apresentam uma série de benefícios. Mas, apesar de os testes iniciais terem sido positivos, ainda é preciso mais comprovações sobre como essas estruturas podem ser construídas, instaladas e mantidas de forma segura e econômica em larga escala. Sem contar que a logística de transporte, ancoragem e conexão à rede elétrica exigem soluções inovadoras de engenharia naval e civil.

Outro ponto crucial é o monitoramento dos impactos ambientais de longo prazo. É fundamental garantir que a presença das esferas não afete negativamente a fauna e a flora marinhas. 

Após comprovar a viabilidade em larga escala das esferas submarinas, podemos esperar que parcerias globais para investimentos públicos e privados no setor possam expandir a tecnologia em diferentes regiões do mundo inclusive no Brasil, que possui um vasto litoral e lagos profundos ideais para o sistema.

Veja Também: Bateria de Flúor: Alternativa Potente e Sustentável


Fontes: Terra, IGN Brasil, MSN.

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O AutoCAD é um dos softwares CAD (desenho assistido por computador) mais populares na área de engenharia, com uma reputação bastante sólida. Mas nos últimos tempos, com o avanço das tecnologias, sobretudo depois do lançamento das plataformas BIM, muitos profissionais perguntam se aprender a mexer no software está ultrapassado ou ainda é indispensável. E a verdade é que, mesmo com tantos recursos disponíveis, o AutoCAD ainda continua sendo uma das ferramentas mais relevantes e utilizadas no setor.

Especialmente a edição de 2025, por exemplo, trouxe atualizações impressionantes como a integração com Inteligência Artificial, automações e melhorias de desempenho que dobram a velocidade na abertura dos arquivos. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

autocad e engenharia civil
Imagem de ThisIsEngineering em Pexels

As contribuições do AutoCAD para o setor de engenharia civil

Antes de mais nada, é importante destacar quanto o AutoCAD contribui significativamente para a formação de uma base sólida na carreira de qualquer engenheiro civil. Por ser um software intuitivo e de fácil aprendizado, ele facilita o início no mundo do desenho técnico e prepara bem os usuários para migrações futuras, como para plataformas BIM. Isso explica a boa adaptação dos estudantes à sua interface e o motivo pelo qual tantos escritórios de arquitetura, engenharia e design continuam utilizando a ferramenta.

Aliás, saber desenhar AutoCAD é uma exigência em muitas vagas de emprego da área técnica. No mercado de trabalho brasileiro, ter domínio da ferramenta no currículo é um diferencial que continua exigente e competitivo.

autocad e engenharia civil
Imagem reproduzida de Autodesk

Principais vantagens da ferramenta

  • Compatibilidade com outras ferramentas e formatos
  • Integração com diferentes etapas do projeto
  • Facilita comunicação entre equipes multidisciplinares e clientes
  • Permite alto nível de detalhamento em projetos de infraestrutura
  • Alta precisão em desenhos 2D
  • Aumento de produtividade com funções de Inteligência Artificial
  • Desenhos mais profissionais e entregas mais rápidas
  • Atualizações constantes pela Autodesk com novas funções

Além disso, o AutoCAD permite trabalhar com eficiência tanto no desktop quanto no navegador e dispositivos móveis. E a Autodesk oferece acesso ao AutoCAD Web e AutoCAD Mobile, facilitando a visualização, edição e compartilhamento de projetos de qualquer lugar.

O papel do AutoCAD em projetos BIM na construção civil

Uma das grandes dúvidas atuais é se a metodologia BIM (Building Information Modeling) – que vem revolucionando o setor com modelos 3D inteligentes e colaborativos – não vai deixar o AutoCAD para trás. Bem, pelo contrário!

Em muitos projetos, especialmente os de infraestrutura e detalhamento, o software ainda é a ferramenta preferida. Isso porque o AutoCAD oferece uma precisão impressionante no desenho técnico 2D e permite um acabamento minucioso dos projetos, garantindo que os desenhos estejam perfeitos antes da entrega ao cliente – esse é um aspecto ainda difícil de alcançar com 100% de eficácia nas ferramentas BIM.

autocad e engenharia civil
Imagem reproduzida de Autodesk

A revolução do AutoCAD 2025 com Inteligência Artificial

Se você acha que AutoCAD parou no tempo, é hora de repensar. A Autodesk vem se empenhando demais nas atualizações do software e agora está apostando fortemente na modernização da ferramenta com implementação da Autodesk AI, uma inteligência que promete transformar a experiência dos usuários.

Assim, diante das novas exigências do mercado, a Autodesk se viu pressionada a reinventar o AutoCAD de uma forma a incorporar novas tecnologias como – além da IA – cloud computing e conectividade total entre dispositivos. A versão 2025 é bem a prova disso! Seus arquivos 2D abrem duas vezes mais rápido que na versão anterior; e há novas melhorias em comandos (incluindo Hatch) e possibilidades de automação.

Vale nosso destaque, dentro dessa questão de automação por Inteligência Artificial, os Smart Blocks, que identificam padrões de geometria e os transformam em blocos reutilizáveis, além do Markup Assist, que converte anotações manuais em objetos editáveis. E não poderíamos esquecer dos aprimoramentos na colaboração com a integração ao Autodesk Docs, acesso a multiplataformas, histórico detalhado de alterações com o Activity Insights e inclusão de dados geográficos via integração com ArcGIS GIS.

autocad e engenharia civil
Imagem reproduzida de Autodesk

Como aprender AutoCAD de forma eficiente em 2025

Sabia que muitos profissionais de engenharia saem da faculdade sem dominar o desenho técnico AutoCAD? Parece mentira, e é por conta disso que eles perdem grandes oportunidades. E sabe como poderiam sair do zero ao avançado? Realizando o curso de AutoCAD da super parceira do Engenharia 360, a plataforma Tesla Treinamentos!

Com o curso ‘Aprenda desenhos técnicos no AutoCAD do básico ao avançado’, o aluno pode aprender tudo sobre desenhos técnicos 2D 3D, com o método direto, prático e atualizado com o mercado. Matricule-se você também e ganhe bônus exclusivos, como cursos extras de oratória, Excel e muito mais. Estude no seu ritmo, sem precisar de um computador potente ou pagar pelo software.

Veja Também:

Descubra qual a diferença entre CAD e BIM

O que é CAD e para que servem os softwares CAD?


Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Você sabia que uma das maiores caixas d’águas da América Latina está escondida em São Paulo, mas precisamente em uma montanha na divisa entre Santos e São Vicente, no litoral? Estamos falando do Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá, a maior reserva de água tratada em rocha do sul do nosso continente. Esse gigante subterrâneo é pouco conhecido pelos brasileiros e é responsável por garantir o abastecimento de água para quase 750 mil pessoas. Confira todos os detalhes dessa obra no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá
Imagem divulgação Sabesp via A Tribuna

Como surgiu a ideia desse reservatório subterrâneo?

A construção desta grande obra de engenharia ocorreu nos anos de 1970, quando a demanda por água na Baixada Santista começou a crescer exponencialmente, impulsionada sobretudo pelo aumento populacional e pela expansão do turismo.

Os engenheiros chegaram a avaliar construir um reservatório convencional no alto dos morros, um modelo de obra mais comum naquele tempo. No entanto, eles encontraram alguns obstáculos, como poucos terrenos disponíveis e terrenos sob risco de deslizamentos. Aí veio a ideia de construir o reservatório dentro da montanha, aproveitando a própria formação rochosa sólida existente.

Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá
Imagem divulgação Sabesp via Unisantos
Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá
Ilustração de Eduardo Fernandes para Instituto Histórico e Geográfico de Santos, reprodução via Memória Santista

A saber, os morros que dividem Santos e São Vicente possuem uma formação rochosa semelhante ao famoso Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. Além disso, eles ficam próximos a um dos principais centros de consumo, o que permitia uma distribuição eficiente e garantia de segurança estrutural. Logo, esta se mostrou uma alternativa para abrigar o novo reservatório.

Quais desafios surgiram durante a construção do Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá?

As obras do Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá começaram oficialmente em 1979 e duraram dois anos. Durante esse tempo, os engenheiros enfrentaram inúmeros desafios técnicos, como a remoção de toneladas de rocha granítica extremamente resistente. Para isso, eles recorreram ao uso de dinamites, detonando diariamente algo em torno de 420 kg do explosivo para abrir caminho no maciço rochoso. E justamente pela solidez das rochas, não foi necessário escorar as estruturas durante a escavação, o que reduziu custos e aumentou a segurança do processo.

Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá
Imagem divulgação Sabesp via UOL

Assim, no ano de 1981, o reservatório foi finalmente inaugurado, tornando-se uma das realizações mais ousadas da engenharia brasileira e o marco para a infraestrutura de saneamento do país.

Como funciona o Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá?

O Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá foi construído especialmente para armazenar e também distribuir a água tratada para quatro municípios da Baixada Santista. A água é coletada em rios mais próximos, levada à estação de tratamento e depois armazenada em seu interior, ficando reservada para ser depois encaminhada às redes de distribuição. Todo esse percurso é monitorado à distância através do Centro de Controle Operacional da concessionária. Por meio de válvulas automatizadas, os técnicos controlam o nível de água, pressão e demais variáveis essenciais ao funcionamento do sistema.

Claro que, em situações especiais, como manobras de manutenção ou paradas na Estação de Tratamento de Água, equipes especializadas são acionadas para atuar presencialmente no local. Apesar de sua importância estratégica, o reservatório é considerado bastante independente e exige intervenções presenciais apenas em casos pontuais.

A cada dois anos, por exmeplo, o Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá é esvaziado para limpeza e inspeção. Se você é engenheiro e quiser fazer uma visitação monitorada no local, este é o momento certo, quando a população e a imprensa têm a chance de conhecer de perto essa impressionante obra de engenharia, tomando consciência da importância do uso racional da água e do funcionamento do sistema que abastece as casas. A visita dura em torno de 40 minutos e percorre aproximadamente 400 metros dentro do túnel.

Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá
Imagem divulgação Sabesp via UOL

Curiosidades sobre o maior reservatório de água da América Latina

  • O reservatório é praticamente invisível, pois está totalmente enterrado na rocha nos morros de Santos e São Vicente.
  • A localização elevada permite a distribuição de água por gravidade, reduzindo custos e aumentando a eficiência.
  • Nas paredes internas do túnel há marcas históricas que mostram os níveis máximos da água, chegando a atingir até nove metros de altura.
  • Na década de 1980, houve um desmoronamento de rochas dentro do túnel, mas sem vítimas e sem comprometer a estrutura.

Quais são os impactos duradouros dessa obra de engenharia?

Durante quatro décadas, o Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá contribuiu muito para o desenvolvimento da Baixada Santista. Ele sempre serviu bem à população, considerando as projeções de crescimento populacional que haviam sido feitas. Assim, garantiu segurança hídrica para a região, mesmo em períodos de estiagem ou aumento temporário do consumo. Sem contar que, por ser construído dentro da rocha, ficou protegido da especulação imobiliária, contaminação superficial e até mesmo deslizamentos.

Para a engenharia, o Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá continua sendo um exemplo de inovação, planejamento e ousadia, inspirando projetos semelhantes em outras regiões. De fato, a escolha de realizar a obra subterrânea, aproveitando as características geológicas locais, mostrou-se muito bem acertada do ponto de vista técnico, econômico e ambiental. Você concorda com isso? Deixe sua opinião nos comentários e conte pra gente se já teve a chance de fazer uma visita monitorada ao local!

Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá
Imagem divulgação Sabesp via Unisantos

Também: Opções de reservatórios de água para obras civis


Fontes: UOL, SABESP, A Tribuna.

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