Prepare-se para embarcar com o Engenharia 360 numa viagem com estruturas e paisagens de tirar o fôlego! Nesse passeio, vamos admirar a engenharia das rodovias mais bonitas do mundo, obras estas que transformaram terrenos desafiadores em rotas inesquecíveis, conectando lugares. Acompanhe o artigo a seguir para entender como elas foram concebidas e construídas, superando obstáculos naturais e integrando-se harmoniosamente ao ambiente. Aprecia esses monumentos à criatividade e inovação!

1. Icefields Parkway

Esta rodovia no Canadá, também conhecida como Highway 93, está localizada entre cachoeiras e florestas de pinheiros, ligando Lake Louise a Jasper. Ela conecta, por 230 km, os parques nacionais de Banff e Jasper – entre glaciares, lagos azuis e florestas. Sua construção exigiu soluções inovadoras para lidar com o terreno acidentado, as baixas temperaturas e a preservação ambiental.

Hoje, o percurso conta com passarelas elevadas para animais selvagens, reduzindo acidentes. Por fim, um sistema de drenagem subterrânea e estabilização de taludes para evitar erosão. Vale destacar ainda sua pavimentação resistente, estruturas de proteção contra avalanches, mirantes panorâmicos e acesso às geleiras milenares, como a Athabasca.

Estradas com a Engenharia Mais Impressionante do Mundo
Imagem de Ethan Sahagun em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Alberta_Highway_93#/media/
File:Icefields_Parkway_from_the_north_side_of_Parker_Ridge.jpg

2. Chapman’s Peak Drive

Agora, uma estrada da África do Sul, localizada perto da Cidade do Cabo. Trata-se de uma obra-prima de engenharia costeira, com 9 km de extensão, serpenteando encostas e oferecendo vistas panorâmicas para o Oceano Atlântico. São 114 curvas e diversos túneis escavados nas rochas, além de muros de contenção reforçados.

Sem dúvida, nesse caso, o maior desafio de manutenção são os constantes deslizamentos e casos de erosão causados pelo vento marinho, exigindo sistemas modernos de monitoramento geotécnico e iluminação especial para segurança noturna.

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Imagem de kallerna em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chapmans_Peak_Drive_3.jpg

3. Great Ocean Road

Essa rodovia na Austrália, localizada no estado de Victoria, possui uma engenharia extremamente ousada, principalmente se considerarmos em como ela foi moldada às falésias e praias, algo que exigiu cortes precisos na rocha e aterros para a criação de um percurso seguro e acessível. Na estrada, também é possível notar mirantes estrategicamente posicionados para maximizar a experiência do viajante. Além disso, a estrutura foi projetada para resistir à erosão costeira e às intempéries.

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Imagem de Diliff em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Great_Ocean_Road#/media/
Ficheiro:Great_Ocean_Road,_Lorne,_Australia_-_Feb_2012.jpg

4. Big Sur Coast Highway

Agora vamos passear pela Califórnia e percorrer parte da lendária Rota 1. Ao longo de 140 km, esta estrada, entre a costa do Pacífico e paredões rochosos; é um exemplo de resiliência e adaptação, repleta de obras de contenção e reconstrução frequentes para garantir a segurança e a fluidez do tráfego. Seu ponto alto é a Ponte Bixby Creek, construída no ano de 1932 e em forma de arco de concreto. A estrutura elegante e robusta permitiu a conexão de trechos isolados, possibilitando a travessia por uma das regiões mais acidentadas do estado.

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Imagem de Fred Moore em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Highway_1_Big_Sur_California.jpg

5. Jebel Hafeet Mountain Road

Atravessando o mundo, vamos para os Emirados Árabes Unidos para admirar esta rodovia com seus modestos 11 km. Ela foi construída na década de 1980 e está elevada a mais de 1.200 metros acima do nível do mar, sendo repleta de curvas e aclives acentuados. Durante as obras, os engenheiros precisaram lidar com um terreno desértico e rochoso, precisando realizar escavações e pavimentações que garantissem a durabilidade e a segurança em condições extremas de temperatura.

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Imagem de Capitão em Wikipédia – https://en.m.wikipedia.org/wiki/File:Road_to_Jabel_Hafeeth_in_Al_Ain.jpg

6. Milford Road

Na Ilha Sul da Nova Zelândia, ligando Te Anau e Milford Sound por 120 km, esta rodovia desafiou a engenharia por ter de atravessar o Fiofdland National Park. A região é extremamente montanhosa e úmida, repleta de vales profundos e rios. O destaque é o túnel Homer, com 1,2 km escavados na rocha de granito sólido, que permite a passagem por uma das áreas mais isoladas do país.

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Imagem de MSeses em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Milford_Road#/media/Ficheiro:New_Zealand_Milford_Sound_Road.jpg

7. Ring Road

Todos os 1.332 km da Islândia podem ser percorridos por esta rodovia que atravessa vulcões, geleiras, campos de lava e fiordes. Esta obra de infraestrutura foi construída para resistir a erupções e condições climáticas extremas – inclusive suas estruturas são flexíveis para absorver tremores sísmicos. Ela possui pontes móveis, trechos elevados e pavimentação especial. Portanto, podemos dizer que se trata de um exemplo de engenharia adaptativa.

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Imagem de Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Rota_1_%28Isl%C3%A2ndia%29#/media/Ficheiro:2006-05-23_15-45-02_Iceland_Austurland_Skaftafell.jpg

8. Blue Ridge Parkway

Agora voltando para os Estados Unidos, esta estrada-parque cênica localizada na Carolina do Norte foi projetada para ser uma experiência de imersão na natureza. Tendo 755 km de extensão e construída a partir de 1935, destaca-se por ter um traçado adaptado harmoniosamente ao terreno rochoso dos Apalaches. A rodovia é repleta de curvas suaves, declives graduais e diversas construções comerciais ao longo do percurso.

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Imagem de Ken Thomas em Wikipédia – https://en.m.wikipedia.org/wiki/File:Blue_Ridge_Parkway-27527.jpg

9. Going-To-The-Sun Road

Esta é a travessia do Parque Nacional Glacier em Montana, nos Estados Unidos; um feito notável da engenharia em um ambiente alpino. São cerca de 80 km de estrada integrada à paisagem com montanhas, lagos e geleiras. Sua construção foi bastante desafiadora devido ao terreno e às condições climáticas, sem contar a necessidade de preservar o ecossistema do parque. Na época, os engenheiros precisaram lidar persistentemente com grandes quantidades de neve e gelo e um ambiente altamente selvagem.

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Imagem de MPSharwood em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Going-to-the-Sun_Road#/media/File:Going-to-the-Sun_Road_-_Glacier_National_Park.jpg

10. Passo Stelvio

Na Itália, tem essa rodovia de 75 km que está a 2757 m de altitude. Ela é famosa por suas 60 curvas em zigue-zague que serpenteiam montanhas de forma vertiginosa. Nem precisamos dizer o quanto essa engenharia foi um desafio de design e execução, projetada para superar grandes diferenças de elevação em um espaço limitado. Cada quilômetro foi meticulosamente planejado para permitir a passagem segura de veículos em um terreno extremamente íngreme. Foi preciso realizar obras de escavação e contenção para garantir a estabilidade da estrada em meio a avalanches e deslizamento de rochas.

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Imagem de Marco Mayer em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Stelvio.jpg

11. Transfagarasan

Essa rodovia é uma das estradas mais espetaculares da Romênia e uma das mais belas do mundo. Ela possui 150 km e passa pelos Montes Cárpatos, chegando a 2042 m de altitude em seu ponto mais alto. A construção envolveu a escavação de túneis e obras de viadutos em regiões de difícil acesso, enfrentando avalanches, deslizamentos e temperaturas congelantes. Inclusive, vale destacar as fontes suspensas e viadutos em vales profundos, além de um túnel de 884 m atravessando o Lago Balea.

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Imagem de Andrei Stroe em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Transf%C4%83g%C4%83r%C4%83%C8%99an#/media/
Ficheiro:RO_B_Transfagarasan_view_towards_the_north_from_Balea_Lake_2.jpg

12. Rodovia do Atlântico

Essa rodovia, do ano de 1989, localizada na Noruega, é uma das estradas mais bonitas do mundo, em termos de engenharia marítima. Ela possui 8,4 km de extensão e liga a Ilha de Averøy ao continente, passando por uma série de pequenas ilhotas através de um complexo sistema de pontes e viadutos. Certamente seu maior destaque é a Ponte Storseisundet, com sua curvatura e inclinação que cria ilusão ótica, dando a impressão de que a via desaparece em direção ao céu.

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Imagem de Iwoelbern em Wikipédia – https://en.m.wikipedia.org/wiki/File:Atlanterhavsvegen.jpg

13. Rota Alpina Kurobe-Tateyama

Ligando as províncias de Nagano e Toyama, no Japão, essa rodovia é um exemplo de sistema de transporte completo, que inclui ônibus, trólebus, teleféricos e um túnel ferroviário, além de trechos rodoviários. Um dos pontos mais notáveis do seu percurso é o Yuki no Otani, um paredão de neve que pode atingir 20 m de altura, pelo qual os veículos passam. Em segundo lugar, a vista para a Represa de Kurobe, a barragem mais alta do Japão, um exemplo esplêndido de engenharia hidráulica.

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Imagem de Uryah em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Tateyama_Kurobe_Alpine_Route#/
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14. Garganta Dades

Entre as montanhas Atlas e Anti-Atlas, no Marrocos, foi esculpido naturalmente um desfiladeiro árido próximo ao Rio Dades. E justamente nessa paisagem de topografia irregular foi encaixada, essa estrada repleta de curvas fechadas, proporcionando uma experiência de condução única. Certamente é um testemunho da capacidade dos engenheiros de construir infraestruturas funcionais em ambientes hostis, onde a natureza impõe desafios significativos.

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Imagem de Rosino em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Dades_Gorge_2005_%28Rosino%29.jpg

15. Rodovia Overseas

Na Flórida, Estados Unidos, existe essa rodovia de 180 km que se estende sobre o mar, conectando Miami à Key West. Ela já é bastante interessante porque possui 40 pontes. Além disso, possui a famosa Seven Mile, uma ponte que exigiu soluções complexas para fundações em águas profundas, resistência à corrosão da água salgada e à força de furacões. Seu design é composto de longos vãos e estruturas robustas.

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Imagem de United States Department of Transportation em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Overseas_Highway#/media/
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16. Grossglockner High Alpine Road

No coração dos Alpes, na Áustria, está esta rodovia de 48 km que leva ao pico mais alto do país, Grossglockner, a 3798 m de altura. Ela atravessa o Parque Nacional Hohe Tauern, possui 36 curvas sinuosas e vistas panorâmicas de cadeia de montanhas, lagos, geleiras e penhascos rochosos. Seu traçado foi cuidadosamente planejado para superar grandes diferenças de elevação e garantir a segurança dos viajantes. Para isso, foram construídos diversos túneis, viadutos e estruturas de contenção.

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Imagem de Holger.Ellgaard em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Grossglockner_High_Alpine_Road#/media/
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Exemplos brasileiros

Será que podemos destacar exemplos de rodovias bonitas aqui do Brasil? Sim, é claro! Para começar, a Estrada da Graciosa, no Paraná, que foi inaugurada em 1873 e liga Curitiba a Antonina, cortando a Mata Atlântica, passando por trilhas históricas e pontes de pedra. E também a Serra do Rastro, em Santa Catarina, repleta de curvas fechadas e visuais de tirar o fôlego; ela foi projetada para vencer um desnível de mais de 600 metros em terreno serrano, utiliza pavimentação especial para resistir às baixas temperaturas e sinalização horizontal e vertical específica para curvas fechadas.

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Fontes: CNN, Melhores Destinos, Casa Vogue, Sixt.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Pavimentar a terra é um dos processos mais antigos de engenharia. Mas hoje em dia temos máquinas especializadas, de tecnologia avançada, que nos ajudam a realizar essa tarefa de modo muito mais simples, eficiente e seguro. Para saber escolher entre um equipamento e outro, garantindo o sucesso dessa empreitada, é necessário conhecer a diferença entre eles – do contrário podemos sofrer com retrabalhos, desperdícios de materiais, atrasos em obras, baixa qualidade de serviços e mais. 

Pensando nisso, o Engenharia 360 desenvolveu este artigo para explicar o que cada uma dessas máquinas faz e como elas colaboram no processo de construção civil. Confira a seguir!

Como funciona o processo de pavimentação engenharia civil

O processo de pavimentação em obras de engenharia civil é dividido em cinco etapas principais:

  1. Planejamento e projeto, com análise de solo, tráfego, drenagem e custos.
  2. Preparação de base com compactação e nivelamento com tratores, rolos e motoniveladoras.
  3. Aplicação de misturas e componentes, como a distribuição de agregados, emulsão asfáltica e mistura asfáltica com espargidores, distribuidor de agregados e vibroacabadoras.
  4. Ajustes finais com motoniveladora e rolos compactadores.
  5. Compressão final para garantir a densidade e estabilidade com rolos compactadores.

As principais máquinas utilizadas em atividades de pavimentação

1. Rolo compactador

Serve para compactar o solo, o asfalto ou o concreto, aumentando a densidade, garantindo a estabilidade das superfícies, evitando rachaduras ou afundamentos futuros e garantindo que possam receber camadas superiores. 

Existem vários tipos: 

  • Rolo liso: ideal para superfícies já niveladas.
  • Rolo pé de carneiro: usado em solos mais fofos, como argila.
  • Rolo pneumático: indicado para acabamento superficial.
  • Rolo tandem: para pequenas áreas.
  • Rolo combinado: versátil, com função vibratória e estática.
Máquinas de Pavimentação
Imagem reproduzida de Fortemac Máquinas para Construção

2. Vibroacabadora

Essa máquina também pode ser encontrada no mercado, sendo chamada de pavimentadora de asfalto. Ela é responsável pela engenharia por aplicar, nivelar e pré-compactar o concreto asfáltico. Geralmente acoplada a caminhões que transportam a mistura; possui um sistema de nivelamento automático e sensores que garantem a uniformidade na espessura da camada aplicada; e pode vir com aquecimento por gás ou elétrico para manter a temperatura ideal da massa asfáltica durante o assentamento. Portanto, trata-se de um equipamento bastante requisitado em obras de rodovias, pistas de aeroportos e grandes estacionamentos.

Máquinas de Pavimentação
Imagem reproduzida de Eae Maquinas

3. Fresadora de asfalto

É usada para remoção da camada superior do pavimento; utilizada em situações de recapeamento de estradas danificadas ou preparo de terrenos para receber novas camadas. Seu funcionamento se dá por meio de um cilindro rotativo com dentes cortantes que raspam o asfalto com precisão. Então, basicamente, essa máquina remove a camada superior danificada, prepara o terreno para um novo revestimento e ainda tritura o asfalto antigo para reciclagem.

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Imagem reproduzida de Goldpav Equipamentos

4. Pá carregadeira

Essa máquina desempenha um papel fundamental nas obras de engenharia civil, desde o início até o fim do processo de pavimentação. Ela fica responsável por carregar e movimentar materiais como areia e entulho. Abastece peneiras e caminhões basculantes; transporta materiais de base e agregados;  limpa áreas de trabalho; e descarrega cargas pesadas.

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Imagem reproduzida de Brasif Máquinas

5. Escavadeira hidráulica

Esse é um tipo de máquina multifuncional. É frequentemente usada para escavação de valas, canais de drenagem e remoção de obstáculos em terrenos. Seu uso estratégico garante uma eficiência na drenagem e no escoamento de águas pluviais, prevenindo erosões e buracos. Por isso, pode-se dizer que sem este equipamento o terreno não estaria pronto o suficiente para receber as camadas de asfalto.

Máquinas de Pavimentação
Imagem reproduzida de SINOMACH

6. Motoniveladora

Alguns engenheiros descrevem esta máquina como sendo “o nível perfeito para o asfalto”. Por isso, resumimos sua função como de nivelar e alinhar o terreno, deixando-o pronto para receber o asfalto. Tendo uma lâmina ajustável, esse equipamento corrige e regularidades e garante uma base homogênea. Na prática, pode ser utilizado para preparação de sub-base granular.

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Imagem reproduzida de SDLG

7. Caminhão-tanque

Os caminhões tanques também podem ser chamados de espargidores e são responsáveis por transportar e aplicar emulsões asfálticas sobre o solo (aquecendo e bombeando o material sobre a estrada) antes da aplicação do revestimento final. Eles pulverizam o ligante betuminoso, garantem aderência entre as camadas – melhorando sua resistência e durabilidade – e previnem infiltrações de água.

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Imagem reproduzida de Orcamentor

8. Distribuidor de agregados 

Em obras de infraestrutura, o distribuidor de agregados recebe a função de espalhar uniformemente pedras e outros agregados sob o solo antes da pavimentação propriamente dita. Esse passo é essencial para formar uma camada de base estável e resistente, ajudando na drenagem e no suporte do peso dos veículos. Então, basicamente, ele garante que a estrada receba a quantidade certa de material, promovendo estabilidade e aderência ao asfalto.

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Imagem reproduzida de Assistec Manutenções

9. Reciclador de asfalto

Essa máquina é bastante semelhante à fresador, mas com a diferença de que consegue raspar o asfalto velho, triturar e adicionar aditivos, preparando o material para poder ser reutilizado num segundo momento. Isso torna todo o processo de engenharia mais sustentável e econômico. Pense bem: a reciclagem reduz demais o desperdício e o impacto ambiental das obras de manutenção de vias urbanas e estradas.

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Imagem reproduzida de Tratores YTO

10. Trator de esteiras

Para finalizar, essa máquina cuja função é preparar e nivelar o terreno antes da pavimentação. Ela vem equipada com lâminas robustas. Pode realizar grandes movimentações de terra, corrigir desníveis e criar a base ideal para camadas seguintes.

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Imagem reproduzida de Tratores YTO

Bônus – Mini carregadeira

Uma dica bônus! Queremos falar desta máquina compacta capaz de realizar pequenas cargas (através “concha” acessório) e limpeza (via vassoura hidráulica), além de dar apoio logístico para acabamento e manutenção da obra. Perfeita para operações em espaços menores ou delicados, onde máquinas maiores não cabem.

Máquinas de Pavimentação
Imagem reproduzida de Primos Terraplenagem

Em resumo, uma boa pavimentação exige aplicação de tecnologia, domínio técnico e operação adequada dos equipamentos.

Como orientação final, além de selecionar as máquinas ideais para seu projeto, é fundamental priorizar a manutenção preventiva e optar por componentes de excelência. Equipamentos conservados minimizam riscos, elevam a eficiência e garantem maior durabilidade dos recursos, evitando gastos extras e possíveis atrasos nas atividades de engenharia.

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Fontes: Armac, Andaluga, CGT Seguros, Hunter Seguros.

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Os revestimentos da fachada da sua casa ou edifícios estão se soltando? Vamos falar sobre isso? Na engenharia, tal acontecimento é chamado de desplacamento e é um dos problemas mais comuns e preocupantes da construção civil; compromete demais a estética das obras, gera despesas e também coloca em risco a segurança dos moradores e transeuntes. É um pesadelo! E a pior parte é pensar que muitos desses casos poderiam ser evitados com projetos bem planejados, execução adequada e uso correto dos materiais.

Neste artigo, do Engenharia 360, vamos explorar as principais causas do desplacamento de fachadas, explicando como essas falhas ocorrem e como evitá-las. Acompanhe!

Entendendo o conceito de desplacamento de fachadas

Chamamos de desplacamento de fachadas, portanto, o desprendimento parcial ou total de placas de revestimento – sejam elas cerâmica, porcelanato, pedras, entre outros. É um problema quase sempre silencioso, mas extremamente prejudicial!

Essas placas se desprendem da superfície de uma construção, se soltam e caem, e podem gerar danos visuais, além de comprometer a funcionalidade da própria fachada e até colocar em risco a segurança de pedestres e moradores. É considerada, sim, uma patologia de engenharia. E a explicação mais simples é quando não há mais aderência suficiente entre o substrato (a base da parede), a argamassa colante e o próprio revestimento.

Motivos mais comuns para desplacamento de fachadas

1. Pulverulência do substrato

Ocorre quando a superfície da alvenaria ou concreto está fraca, arenosa ou se esfarelando. Isso impede que a argamassa colante tenha aderência suficiente, causando o descolamento dos revestimentos. Geralmente a causa é um erro de “receita” da argamassa, falta de cimento no traço (traço pobre) ou carbonatação insuficiente da cal.

Qual a solução? Realizar testes de “arrancamento” antes da aplicação e garantir que o substrato esteja dentro das condições exigidas pelas normas.

A saber, a NBR 13749 diz que a camada de regularização de parede precisa estar coesa, limpa, livre de partículas soltas e perfeitamente aderida, garantindo o suporte adequado ao sistema de revestimento. Do contrário, já sabe…

desplacamento de fachadas
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

2. Especificação incorreta da argamassa colante

Para cada tipo de revestimento de parede ou condição de ambiente, existe a indicação de uma argamassa colante adequada, cada uma com características específicas.

  • AC I: indicada para locais internos, pequenos e com pouca movimentação, pois exige alta porosidade do revestimento e depende da ancoragem mecânica.
  •  AC II e AC III: possuem polímeros que aumentam a flexibilidade e a aderência química, sendo ideais para áreas externas, peças maiores ou locais com maior variação térmica.

É preciso escolher o tipo certo de argamassa colante e também seguir as orientações do fabricante quanto ao tempo de cura, proporções e condições de aplicação. Se isso for ignorado na obra, é provável que haja depois deslocamento precoce de revestimento, fissuras ou até mesmo infiltrações na fachada. Uma dica importante é sempre aplicar argamassa tanto no substrato quanto no verso da placa de revestimento (dupla cola) para colagem, garantindo maior adesão física e química.

desplacamento de fachadas
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

3. Movimentação estrutural

Antes de tudo, precisamos esclarecer que toda a estrutura de engenharia sofre movimentações naturais ao longo de sua vida útil por conta de variações térmicas, vibrações, retração e expansão dos materiais, assentamento do solo e ventos fortes. Acontece que um bom projeto deve prever todas essas movimentações e, assim, estabelecer quais os materiais corretos – como impermeabilizantes e argamassas – a serem utilizados. Eles precisam ser flexíveis e resistentes o suficiente para aguentar todas as situações previstas. 

Se o projeto de engenharia não prever a movimentação estrutural, o revestimento de fachada pode acabar sofrendo tensões além da sua capacidade e logo serão identificadas fissuras e, posteriormente, o desplacamento. Para evitar, é necessário realizar um estudo prévio do tipo de estrutura (concreto armado, metal, etc.) e prever pontos estratégicos para as juntas de movimentação, ajudando a dissipar justamente essas tensões.

desplacamento de fachadas
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

4. Má execução das juntas de movimentação

Voltamos a falar delas, das juntas de movimentação. Esses são, portanto, elementos essenciais para permitir a dilatação e retração dos materiais de revestimento de fachadas, evitando tensões que levam ao desplacamento. De acordo com as normas, juntas horizontais devem estar a cada pé direito ou no máximo a cada 3 m; já as juntas verticais devem estar posicionadas a cada 6 m. A execução correta inclui rasgo no reboco com desempenadeira específica, aplicação de material delimitador e selagem com mastique de poliuretano.

desplacamento de fachadas
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

5. Escolha errada de impermeabilizante

A impermeabilização é uma etapa importante do acabamento de fachadas – especialmente aquelas expostas às intempéries. Quando mal feita ou omitida, permite que a água penetre nas juntas e chegue ao substrato, causando queda de aderência, inchaço do material e danos estruturais progressivos. Esteja sempre atento ao arremate das esquadrias, peitoris, tubulações e outros elementos de passagem que precisam estar bem definidos no projeto e perfeitamente executados na obra. É que muitos casos de desplacamento começam por essas falhas em pontos críticos.

Agora é claro que não basta impermeabilizar, é preciso escolher o produto correto para cada situação. Existem opções líquidas, mantas, pastas e sistemas combinados; cada um tem suas vantagens e limitações. Se a escolha do impermeabilizante não for adequada, pode ocorrer a perda da resistência aos raios UV; o surgimento de fissuras na camada de impermeabilização; e a ocorrência de manchas, fungos e, óbvio, o desplacamento. Verifique se o produto disponível na loja é compatível com um tipo de substrato utilizado na obra, se suporta movimentações e se tem durabilidade compatível com a vida útil do projeto da edificação.

desplacamento de fachadas
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Bônus | Dicas para recuperar fachadas com desplacamento

  • Avaliar a extensão dos danos. Identificar as causas (umidade, infiltrações, má execução, etc.).
  • Remover todo o revestimento solto ou comprometido.
  • Tratar as causas da umidade ou infiltração antes da recuperação.
  • Limpar bem a superfície (retirar pó, sujeira e resíduos).
  • Aplicar ponte de aderência, se necessário.
  • Utilizar argamassa adequada para a fachada (preferencialmente específica para áreas externas).
  • Fazer o rejuntamento correto, com materiais resistentes à água.
  • Aplicar impermeabilização, se possível, para evitar novos problemas.
  • Realizar manutenção periódica na fachada.

Veja Também: Reforma de Fachadas: Dicas para Valorizar seu Imóvel


Fontes: Quartzolit, Olimpico Serviços, Alme, Prudente Comercial.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Imagine um navio gigante, carregado de contêineres e tentando entrar em um porto raso ou uma cidade à beira de um rio ameaçada por enchentes. Como resolver este desafio de Engenharia?

Pois bem, existe uma técnica antiga e absolutamente eficaz, chamada de dragagem essencial para a manutenção de portos, canais, rios e até para a proteção do meio ambiente. Trata-se do processo de remover sedimentos, lodo, areia, cascalho e até rochas no fundo de corpos d’água como rios, lagos, mares, bacias e canais. O objetivo é manter, restaurar ou ampliar a profundidade e largura desses ambientes, garantindo a navegabilidade, prevenindo enchentes e até recuperando áreas contaminadas.

No artigo a seguir, do Engenharia 360, vamos descobrir mais sobre o funcionamento da dragagem, seus tipos e por que é tão importante para a infraestrutura moderna. Confira!

Por que dragagem é tão importante?

Enfrentamos hoje o desafio das mudanças climáticas e com ele os eventos extremos climáticos. Apesar de o ser humano estar contribuindo para a aceleração desse processo, trata-se de algo natural da natureza que está em constante movimento. Correntes, ondas, chuvas e rios transportam partículas de solo, areia e matéria orgânica, que acabam se depositando no fundo dos corpos d’água. Isso é o que chamamos na engenharia de sedimentação – é inevitável e cumulativo. Mas esse efeito não pode ser ignorado, pois representa um grande desafio ambiental e econômico para os governos.

Vamos usar o exemplo de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para explicar melhor este caso. Após as grandes enchentes de 2024, o Lago Guaíba ficou com grande depósito de sedimento, diminuindo em certas regiões a sua profundidade de 6 m para 60 cm. O que isso significa?

Bom, sem uma dragagem desse lago, é provável que a cidade fique mais vulnerável ao risco de enchentes. O tratamento de água também ficou comprometido por conta das camadas superficiais de sedimentos poluídos, afetando não só a qualidade da água como a saúde dos ecossistemas. Para completar, sendo uma cidade portuária, o trânsito na região também ficou interrompido para certos navios e outras embarcações, já que não conseguem acessar pontos estratégicos; isso quebrou a cadeia logística e o ritmo de desenvolvimento econômico do estado.

Como funciona a dragagem?

O processo de dragagem é realizado com auxílio de embarcações e máquinas especializadas, chamadas de dragas. Sua função é escavar, sugar, cortar, filtrar e transportar toneladas de material submerso com precisão e eficiência. O funcionamento básico é dividido em três etapas:

  1. Remoção dos sedimentos.
  2. Deslocamento do material dragado até o local de descarte ou reaproveitamento.
  3. E disposição final em aterros, áreas de contenção, obras de engenharia ou até na recuperação ambiental.
dragagem
Imagem reproduzida de Allonda

Quais são os principais tipos de dragas?

Existem diversos tipos de dragas, cada uma adequada a um tipo de sedimento, profundidade e objetivo. Eis as principais:

  • Mecânicas: Ideais para remover cascalho, argila, turfa e sedimentos coesivos. Utilizam caçambas, garras ou escavadeiras montadas em barcaças.
  • Hidráulicas: Utilizam bombas centrífugas para sugar sedimentos misturados à água, formando uma lama que é transportada por tubulações. Muito usadas para areia e silte pouco consolidado.
  • Sucção: Equipadas com bocais de aspiração e, às vezes, cortadores rotativos para desagregar o material antes de sugar. São as mais versáteis, podendo atuar em diferentes tipos de solo submerso.

Quais são os principais métodos de dragagem?

  • Implantação ou aprofundamento: Amplia portos e canais para permitir a navegação de embarcações maiores.
  • Manutenção: Combate o assoreamento natural para manter a profundidade de canais e portos.
  • Mineração: Extrai minerais como areia e cascalho para uso na construção civil e indústria.
  • Recuperação ambiental: Remove sedimentos contaminados para restaurar a qualidade da água e dos habitats aquáticos.
dragagem
Imagem de Claudio Neves, Gcom Portos do Paraná, reproduzida de Portos do Paraná

Quais as vantagens e desvantagens da dragagem?

Como citamos no começo deste texto, se utiliza a técnica de dragagem para manter canais e portos acessíveis à embarcação de todos os portes. Também aumentar a capacidade de escoamento dos rios, protegendo áreas urbanas e rurais. E, por fim, remover poluentes e restaurar habitats aquáticos. Permitir a expansão de portos e o acesso a recursos minerais. Lembrando que o material dragado pode ser aproveitado em outras obras, promovendo a sustentabilidade.

Por outro lado, uma dragagem mal feita pode agravar problemas ambientais, como espalhar ainda mais os poluentes arrastados por enchentes, afetando a qualidade da água. Consequentemente, vemos aumentar a mortalidade de peixes, além de outros animais.

dragagem
Imagem reproduzida de CTC INFRA

Aspectos legais e licenciamento

No Brasil, temos alguns problemas relacionados ao assunto. Primeiro, os governos alegam que não possuem capital suficiente para adquirir os maquinários mais modernos e potentes. Outra questão importante é o cumprimento do licenciamento ambiental. Lembrando que dragagem é uma atividade altamente regulamentada em nosso país e que exige aprovação de órgãos ambientais competentes, como o IBAMA, variando conforme a localização (federal, estadual ou municipal).

A saber, o processo inclui estudos de impacto ambiental, definição de métodos e destinação dos resíduos, além do monitoramento constante das operações.

Não podemos esperar por milagres! Os desafios ambientais estão cada dias mais complexos e as cidades ao redor do mundo não param de crescer. Ao mesmo tempo, a dragagem se consolida como uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento sustentável.

Devemos nos valer das novas tecnologias, como dragas elétricas e sistemas inteligentes de monitoramento, para tornar as operações mais eficientes e menos impactantes ao meio ambiente. E, ao mesmo tempo, investir mais em bons projetos de proteção ambiental e planejamento urbano, garantindo que possamos crescer, mas em harmonia com a natureza, até mesmo restaurando ecossistemas.

Veja Também: Conheça os 7 Tipos de Máquinas de Pavimentação e Seus Usos na Engenharia


Fontes: Amb Science, Etesco, Itubombas, OUCO.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Uma das etapas mais importantes das obras de construção civil é a preparação do solo que irá receber obras de prédios, estradas ou até plantações agrícolas. Isso na engenharia é chamado de terraplanagem ou terraplenagem. Já conversamos anteriormente sobre isso aqui, no Engenharia 360. O que não esclarecemos é quais são os principais tipos de máquinas utilizados para movimentação de terra e para que serve cada uma. 

No texto a seguir, você poderá conferir alguns desses equipamentos que vêm revolucionando a engenharia se valendo de recursos que possibilitam transformar qualquer terreno em uma base sólida para o futuro. Acompanhe!

A importância das máquinas de terraplanagem na engenharia civil

No passado, tarefas como escavar, nivelar e compactar terrenos levavam bastante tempo e dependiam exclusivamente do esforço humano. Então, os engenheiros projetaram máquinas especiais para realizar o serviço de terraplanagem e tudo ficou mais simples, seguro e econômico. Agora, as obras de construção civil apresentam níveis de qualidade mais altos – o que certamente seria impossível de atingir manualmente. 

Vale destacar que agora o solo é mais bem preparado de maneira homogênea, evitando falhas estruturais. Também pode-se fazer um controle mais rigoroso de áreas de difícil acesso. Sem contar que se tem uma economia absurda por conta da diminuição de retrabalhos e desperdícios, além do melhor aproveitamento dos recursos.

As principais máquinas utilizadas em serviços de terraplanagem

1. Escavadeira hidráulica 

Possui braço articulado com caçamba que permite escavar, remover materiais (transportando terra, rochas e entulhos), abrir valas, cavar fundações profundas e até realizar demolições quando equipado com acessórios especiais, como martelo hidráulico. Realiza movimentos com precisão. E é perfeita para terrenos desafiadores, como áreas inclinadas, rochosas ou até de difícil acesso.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de CASE Construction Equipment

2. Pá Carregadeira

É utilizada para movimentar grandes volumes de materiais soltos, como areia, terra ou cascalho. Possui uma caçamba frontal robusta que ajuda no carregamento (em caminhões), transporte e despejo de materiais com extrema rapidez. E pode ser utilizada na nivelação de áreas rebaixadas (planas ou levemente irregulares) e desobstrução de terrenos com entulhos.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de Brasif Máquinas

3. Retroescavadeira

Uma máquina bastante versátil que combina uma caçamba frontal para carregamento e um braço escavador traseiro para escavação. É indicada para obras de pequeno a médio porte, onde espaço e flexibilidade são essenciais. Na prática, pode ser utilizada para abertura de valas e buracos, movimentação de materiais leves, nivelamento de terrenos, pequenas demolições e como auxiliar em obras de ruas estreitas e propriedades rurais.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de Brasif Máquinas

4. Motoniveladora

Modelo de máquina de grande precisão que é utilizada para criar superfícies perfeitamente planas. Possui uma lâmina central ajustável que ajuda a corrigir desníveis, espalhar materiais e realizar o acabamento do solo como em estradas, aeroportos e loteamentos. Sendo assim, é vista com frequência em obras de infraestrutura.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de John Deere

5. Rolo compactador

É utilizado quando se deseja garantir que o solo preparado para obra de construção civil seja firme, estável e resistente a deformações. Tal máquina consegue compactar camadas de terra (até as mais profundas), asfalto ou cascalho, tornando o terreno apto para receber edificações ou pavimentações. E vale destacar que os modelos com pés de carneiro são ideais para solos arenosos ou argilosos.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de Tractorbel equipamentos

6. Caminhão basculante

Essa talvez seja a máquina mais eficiente no transporte de materiais, uma grande aliada da logística em obras de terraplanagem; ideal em situações em que se é preciso percorrer longas distâncias. Sua caçamba é inclinável e permite carregar e descarregar rapidamente grandes volumes de terra, areia, brita e entulho. O despejo é bastante controlado, depositando os materiais de forma precisa e, assim, facilitando o nivelamento. Além disso, é possível fazer a integração deste equipamento com outras máquinas, como escavadeiras e pás carregadeiras, para otimizar o fluxo da obra.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de ETS Equipamentos

7. Trator agrícola

Embora seja mais conhecido pelo uso no campo, também pode ser um bom aliado em projetos de terraplanagem, especialmente em áreas rurais ou obras de menor porte. É equipado com implementos como lâminas, arados ou grades, podendo nivelar, preparar o solo e transportar materiais leves. Um exemplo prático seria a abertura de estradas rurais, criando caminhos de acesso em fazendas e silos.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de John Deere

8. Mini carregadeira e Mini escavadeira

Essa dupla compacta é perfeita para projetos menores e espaços reduzidos. A primeira para movimentar diversos materiais, nivelar o solo e desagregar a terra. Já a segunda é excelente para terrenos acidentados, projetada especialmente para retirada de entulhos e desagregação de terra com agilidade.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de Brasif Máquinas

9. Empilhadeira

Mais uma vez, citamos um modelo de máquina que não foi diretamente desenvolvido para a construção civil. Que fique claro que ela não serve para a movimentação de grandes volumes de terra. Contudo, ela pode ser bastante útil na organização do canteiro de obras, ajudando a carregar e descarregar materiais em paletes, otimizando o fluxo de trabalho e garantindo que os itens estejam sempre no lugar.

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de Toyota Empilhadeiras

10. Scraper

Para finalizar, citamos uma máquina especializada na extração de terra em camadas. Sua grande vantagem é a versatilidade, permitindo que operações de carga, transporte e descarga sejam realizadas por um único equipamento, muitas vezes com o auxílio de um trator de esteira para o empurrar. É uma opção valiosa que contribui na otimização do processo de remoção de certas quantidades de solo de forma eficiente. Sendo assim, mais uma excelente indicação nesta lista!

tipos de máquinas de terraplanagem
Imagem reproduzida de Tamiya Brasil

Dicas de manutenção para máquinas de terraplanagem

  • Faça inspeções diárias antes do uso para verificar óleo, filtros, pneus e esteiras.
  • Troque óleo e filtros regularmente para prevenir falhas e aumentar a durabilidade.
  • Verifique pneus e esteiras como parte da manutenção regular.
  • Armazene os equipamentos em locais cobertos para protegê-los das intempéries e evitar corrosão.
  • Garanta treinamento adequado para os operadores, assegurando que saibam operar e cuidar dos equipamentos corretamente.

Veja Também: Conheça os 7 Tipos de Máquinas de Pavimentação e Seus Usos na Engenharia


Fontes: Armac, HR Camargo, Blog Super Bid.

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Engenharia 360

Redação 360

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O mundo moderno é guiado por vontades e decisões tomadas de modo acelerado, em grande parte impulsionadas pelas descobertas tecnológicas. Os jovens de hoje mal conseguem esperar o tempo de conclusão de uma faculdade para exercer a profissão de Engenharia. Então imagine se eles seriam capazes de aguardar durante semanas, meses, anos ou décadas pelo resultado de um experimento científico. Bem provável que não conseguiriam, concorda?

Essa história parece realmente impossível. Mas no passado, talvez as pessoas fossem mais determinadas nos seus ideais. Tanto é que dois cientistas do laboratório da Universidade de Queensland, na Austrália, John Mainstone e Thomas Parnell, passaram a vida inteira acompanhando um experimento em um funil de vidro com uma substância preta e aparentemente imóvel que desafia a pressa do mundo moderno. O lendário ‘Experimento da Gota de Piche’ já dura quase 100 anos e continua em andamento.

Quer entender o que está sendo testado durante todo esse tempo? Qual a importância para a ciência dos materiais deste experimento? E como ele se tornou um símbolo de paciência, persistência e curiosidade? Então leia o artigo a seguir, do Engenharia 360!

O que é o Experimento da Gota de Piche?

O Experimento da Gota de Piche (Pitch Drop Experiment) é considerado pelo Guinness World Records como o experimento mais longo já realizado pelos cientistas. Ele foi idealizado pelo físico Thomas Parnell no ano de 1927. Sua intenção era provar para seus alunos em conceito contra-intuitivo de que materiais aparentemente sólidos poderiam ser líquidos viscosos dependendo da escala temporal em que são observados. Basicamente uma demonstração de que “nem tudo é o que parece”, entende?

Thomas escolheu para o teste o piche ou betume, que é um material derivado do petróleo ou da madeira e usado tradicionalmente como impermeabilizante ou pavimento. À temperatura ambiente, o material parece realmente bastante sólido – aliás, ele pode ser até quebrado com o martelo; mas, na verdade, é um líquido com viscosidade absurdamente alta. Então, apesar da sua aparência, o material pode fluir lentamente ao longo dos anos, formando gotas que caem para baixo. Pelo menos é isso que se observa por décadas, aproximadamente, quando uma nova gota se desprende do seu funil de vidro.

Como funciona o experimento de Thomas Parnell?

Em 1927, Thomas aqueceu e colocou uma amostra de piche em um funil de vidro, permitindo que o material se assentasse completamente por três anos. Isso ajudou a eliminar suas bolhas de ar e garantir a compactação. Em 1930, ele cortou o selo no pescoço do funil, iniciando assim o famoso Experimento da Gota de Piche.

Desde então, o piche escorre lentamente, formando gotas que levam anos, às vezes décadas, para se desprenderem do funil. Segundo o próprio cientista, cada gota representa uma vitória silenciosa da paciência científica sobre a pressa do tempo – algo que, como destacamos no início deste texto, muitas vezes falta na sociedade moderna.

Experimento da Gota de Piche
Imagem de University of Queensland em Wikipédia – httpspt.wikipedia.orgwiki
FicheiroUniversity_of_Queensland_Pitch_drop_experiment-white_bg.jpg

Vale destacar que o experimento não foi realizado sob condições controladas de temperatura até a década de 1980, o que significa que variações sazonais influenciaram a viscosidade do piche e a frequência das gotas.

Características da amostra

O pinscher utilizado no experimento é uma substância altamente viscosa, mas com fluidez praticamente imperceptível a olho nu. Segundo consta, sua viscosidade é estimada em cerca de 230 bilhões de vezes maior do que a da água – o que bem explica por que o fluxo do material é tão lento. Tal comportamento é explicado na engenharia e física como sendo de um “fluido não-neutôniano”.

Contagem das gotas lendárias

Após a morte de Thomas Parnell em 1948, o experimento foi assumido por John Mainstone, que dedicou décadas da sua carreira ao serviço. Ele também faleceu no ano de 2013, e assim o legado foi passado adiante.

Experimento da Gota de Piche
O físico John Mainstone, que tinha a “custódia” do experimento, segurando o funil de piche em 1990.  – Imagem de domínio público reproduzida de Revista Forum

Desde o início do experimento, apenas 9 gotas caíram. Primeira gota em 1938, oito anos após o início do experimento. As gotas seguintes caíram no intervalo de 7 a 13 anos cada, sempre sob observação atenta, mas quase nunca registradas ao vivo. A oitava gota caiu no ano de 2000, pouco antes da instalação da webcam que hoje grava o experimento. Já a nona gota, em 2014, durante uma manutenção no recipiente coletor, quando o curador Andrew White tentava substituir o becker – mas, devido a um problema técnico, não foi registrada em vídeo. Os cientistas aguardam com expectativa pela décima gota.

Monitoramento moderno

Até onde se sabe, o experimento de Thomas Parnell está hoje protegido por uma redoma de vidro e monitorado por uma webcam 24 horas por dia. A próxima gota é aguardada para cair, segundo cálculos dos cientistas, por volta da década de 2030. Caso tudo dê certo, os testes devem ultrapassar o século de duração em breve, algo raro na história da ciência moderna.

Qual a importância desse experimento para a engenharia?

É claro que a importância do Experimento da Gota de Piche vai muito além da curiosidade. Em 2005, Thomas Parnell e John Mainstone foram agraciados com o prêmio Ig Nobel de Física, destacando o esforço incansável de quem dedica décadas a observar algo tão aparentemente simples, mas que desafia a compreensão dos materiais e os limites da percepção humana. E o Guinness World Records também consagrou o experimento como sendo o experimento científico contínuo mais longo do mundo. 

Esses episódios provam que, mesmo na era da tecnologia, podemos admirar a imprevisibilidade da natureza. Certamente essa é uma ciência que exige, além de engenhosidade, uma boa dose de sorte e persistência!

O Experimento da Gota de Piche é uma poderosa lição sobre o comportamento dos materiais. Lembrando que na engenharia, compreender as propriedades físicas – como viscosidade, fluidez e resistência – é fundamental para projetar estruturas, desenvolver novos materiais e prever o desempenho de sistemas ao longo do tempo. Pode até não parecer, mas materiais como polímeros, borrachas e alguns tipos de concreto apresentam propriedades similares ao piche sob certas condições.

Bônus | Outras duas experiências científicas mais longas do mundo

Segunda Experiência da gota de piche – Trinity College (Irlanda)

  • Início: 1944
  • Objetivo: Medir a viscosidade do piche.
  • Curiosidade: Cada gota leva cerca de 10 anos para se formar.
  • Primeira queda registrada em vídeo: 2013.

Experimento das sementes – Michigan State University (EUA)

  • Início: 1879
  • Objetivo: Descobrir por quanto tempo sementes permanecem viáveis quando enterradas.
  • 20 garrafas com sementes enterradas; uma é desenterrada a cada 20 anos.
  • Previsão de término: 2100.

Veja Também: A Importância da Iniciação Científica em Engenharia


Fontes: Revista Forum, Tribuna de Minas, Gizmodo, Superinteressante.

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Engenharia 360

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A revolução da tecnologia esportiva está prestes a chegar até você! Imagine poder criar, no conforto da sua casa, um tênis esportivo totalmente sob medida para os seus pés e isso usando apenas seu smartphone e uma impressora 3D. Esqueça a busca interminável pelo modelo perfeito, na numeração exata, com o conforto ideal e um design que combine com seu estilo. Parece algo saído de um filme de ficção científica, mas essa inovação está cada vez mais próxima da nossa realidade.

Com o avanço da Inteligência Artificial, da digitalização 3D e da impressão 3D, o universo dos calçados esportivos está prestes a passar por uma transformação sem precedentes. Aquilo que antes era um segredo tecnológico restrito às grandes indústrias, em breve estará acessível a qualquer pessoa, seja em casa ou em pequenos centros de fabricação local.

Na prática, isso significa que os consumidores poderão projetar seus próprios calçados, feitos sob medida, unindo conforto, desempenho, personalização e sustentabilidade – tudo isso sem depender dos modelos padronizados da produção em massa. Descubra mais sobre essa inovação no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O tênis esportivo que sai de uma impressora

O Stride 2, por exemplo, é um modelo de tênis esportivo desenvolvido especialmente para ser impresso em 3D. Seu design foi projetado para ajudar as pessoas a se locomoverem melhor, caminhando, correndo ou superando seus limites ao praticar esportes intensos. É claro que seu grande diferencial está na personalização.

tênis Stride 2
Imagem reproduzida de Fitasy
tênis Stride 2
Imagem reproduzida de Fitasy
tênis Stride 2
Imagem reproduzida de Fitasy

A proposta é utilizar um escaneamento 3D dos pés, feito diretamente pelo smartphone, para coletar o máximo de informações (levando em conta assimetrias entre um pé e outro – algo mais comum do que imaginamos) e, assim, personalizar o tênis de forma que ele se ajuste perfeitamente, proporcionando um encaixe preciso e muito mais conforto. O modelo final deve ser leve e oferecer alta responsividade, ou seja, ajudar a otimizar cada movimento, seja no treino, na recuperação de uma lesão ou nas atividades normais do dia a dia.

Como a inteligência está ajudando na personalização do tênis

Já citamos algumas vezes aqui em nosso portal sobre como a tecnologia de Inteligência Artificial está contribuindo para esclarecer algumas questões e incentivar os clientes a tomarem uma decisão mais acertada baseada em dados. Comprar uma roupa ou um calçado é sempre uma tarefa difícil. Isso acaba se revertendo quando, mesmo na distância, podemos entender como a peça ficará no nosso corpo. Ainda bem que temos hoje tecnologias como de realidade virtual e aumentada que podem ser associadas com aplicativos e outros acessórios para visualização de produtos em smartphones e até headsets.

Outra coisa que incomoda os consumidores, mais do que não poder ver os produtos ao vivo – quando se trata de compras online -, é não encontrar opções – mesmo em lojas físicas – que se encaixem perfeitamente aos seus corpos. Lembrando que os pés de uma pessoa podem ter tamanhos diferentes! Pensando nisso, a empresa americana Fitasy resolveu trazer para o mercado a IA junto da impressão 3D para criar calçados totalmente personalizados.

Então, os dados coletados pelo usuário via câmera do celular são transmitidos via aplicativo, encaminhados para o servidor da empresa, onde um sistema de inteligência analisa as informações, incluindo detalhes anatômicos (como curvatura, largura, altura e até deformações, como joanetes ou pés chatos). Depois disso, é desenvolvido um modelo digital ideal. No futuro, o mesmo poderá ser repassado para o cliente e o tênis pode ser então fabricado através de uma simples impressora 3D utilizando termoplástico, um material leve e resistente.

tênis Stride 2
Imagem reproduzida de Fitasy

Na prática, quer dizer que a pessoa compraria um projeto de design de tênis que não só se adaptaria perfeitamente à sua anatomia, mas que também incorporaria tecnologias específicas para melhorar sua performance esportiva e prevenir lesões.

Razões para comprar um design de tênis 3D

  • Ajuste perfeito ao formato dos pés
  • Adaptação para necessidades ortopédicas
  • Perspectiva de produção sustentável e com menos desperdício
  • Mais conforto, leveza e desempenho
  • Produção rápida e sob demanda
  • Design inovador e tecnológico
  • Suporte para correções ortopédicas

A Fitasy deve disponibilizar em breve no mercado modelos de tênis esportivos e casuais impressos em 3D prontos em todos os tamanhos padrões. Os preços – já contando com a impressão e entrega por parte da empresa – devem variar em torno de 85 euros para calçados casuais e até 315 euros para tênis esportivos personalizados. Será que vale a pena? Bem, talvez, pensando naqueles que desejam uma experiência completa, com o escaneamento 3D e design assistido por IA. A previsão é de que os modelos comecem a ser criados e entregues a partir do segundo trimestre de 2025, inclusive para os brasileiros.

Perspectivas para o futuro da tecnologia esportiva

Atualmente, temos visto uma popularização das impressoras 3D domésticas e um avanço das ferramentas de Inteligência Artificial. Então, é possível que em breve qualquer pessoa possa ter seu próprio laboratório de fabricação de calçados em casa. Isso talvez leve à democratização do acesso a produtos de alta tecnologia e também à transformação do conceito de consumo, que passaria a ser mais sustentável e personalizado. Essa é a visão mais otimista que podemos dar para o futuro da tecnologia esportiva!

Tal revolução impacta várias áreas da engenharia: o desenvolvimento de novos materiais na Engenharia de Materiais, o aprimoramento das impressoras na Engenharia Mecânica, a transformação da produção na Engenharia de Produção e soluções personalizadas na Engenharia Biomédica.

Hoje, essas impressoras domésticas já conseguem produzir peças em plástico, resina e até alguns materiais compostos. Contudo, ainda é necessário que a indústria adapte os materiais específicos utilizados nos calçados, como os termoplásticos de alta resistência, para o uso doméstico. Também é preciso que os softwares desenvolvidos para esse setor sejam mais intuitivos e baseados em IA, permitindo que qualquer pessoa faça o escaneamento 3D com o celular. Pelo menos, empresas como Fitasy mostram que o modelo de fabricação descentralizada é totalmente viável!

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Fontes: Fitasy.

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Durante o mês de maio de 2025, uma notícia já antiga voltou às redes sociais e resgatou a polêmica do assento vertical na aviação comercial. Muitos questionam: qual a razão por trás disso? Seria a busca por reduzir custos e aumentar a capacidade de passageiros em aviões? Bem, certamente! Contudo, ainda podemos admirar este caso da Indústria Aeronáutica; é sempre bom ver a engenharia pensar um pouco fora da caixa – neste caso, fora do assento tradicional.

Estamos falando do conceito inovador e controverso Skyrider 2.0, apresentado pela empresa italiana Aviointeriors, especializada no design de interiores para aeronaves. Trata-se de um assento que permitiria aos passageiros viajarem praticamente em pé, com apoio para pernas, braços e costas, mas sem a possibilidade de sentar-se confortavelmente.

O que parecia apenas um conceito, depois um experimento distante, já está próximo de ser implementado em voos de curta distância, principalmente por companhias aéreas low cost na Europa. Confira mais sobre essa história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Aspectos técnicos e de engenharia do Skyrider 2.0

A ideia do Skyrider surgiu ainda nos anos de 2010 como protótipo, retornando agora na versão 2.0 com melhorias, prometendo aumentar a capacidade dos aviões em até 20%, sem alterar o tamanho das aeronaves. A proposta nasceu da necessidade de reduzir custos operacionais de companhias que voam na Europa e América Latina, tendo o modelo número um apresentado na Feira Aircraft Interior Expo, realizada em Hamburgo, na Alemanha.

Em princípio, a intenção é utilizar esses assentos, muito mais leves (50% menos que os convencionais), que ocupam muito menos espaço e têm menor custo de manutenção. Para os passageiros, a única vantagem é que isso também reduziria o valor das passagens.

Skyrider 2.0
Imagem Twitter @thatjon via El País

É claro que, do ponto de vista da engenharia, o Skyrider 2.0 representa uma grande inovação, mas um baita desafio. Afinal, como ficaria o cálculo de peso e combustível das aeronaves? Será que o design seria ergonômico o suficiente para suportar o passageiro em posição vertical? Quais soluções extras precisariam ser desenvolvidas pela engenharia para adaptar tal ideia àquilo que já está em funcionamento? São várias incógnitas!

Funcionamento do assento vertical Skyrider 2.0

Talvez faça mais sentido para você se, antes de tudo, nós esclarecermos que o Skyrider 2.0 teve seu design inspirado no formato de selas de equitação, com base estreita e rígida. Os passageiros ficariam numa posição semirreta, levemente inclinados para frente, afivelados parcialmente no assento com cintos de segurança. A distância entre as poltronas seria realmente bastante reduzida, algo como 58 cm – significativamente menor que os 71 cm tradicionais em aeronaves como Airbus 321, utilizados por companhias como a Latam.

Skyrider 2.0
Imagem reprodução X via GQ – Globo
Skyrider 2.0
Imagem Twitter @thatjon via El País 2

Até onde se sabe, esse assento seria acolchoado, com um desenho de inclinação próprio para ajustar o passageiro em postura estável durante o voo. A estrutura lateral que prenderia essa poltrona ao teto também ajudaria a distribuir a carga e a garantir a segurança em caso de turbulências. 

Segundo a Aviointeriors, nenhuma norma vigente seria descumprida e qualquer desconforto seria minimizado pela curta exposição, já que o uso do modelo seria limitado apenas para voos de curta duração.

Vantagens para passageiros e companhias aéreas

Talvez, com a utilização do Skyrider 2.0, seja possível aumentar a densidade de passageiros em um voo sem aumentar o tamanho da aeronave. A perspectiva é uma nova configuração que possa acomodar até 20% mais passageiros, o que significaria um aumento considerável na receita das companhias aéreas –  por exemplo, um Airbus 321, que normalmente transporta 240 pessoas, levaria até 288. Sem contar que a redução do peso dos acentos impactaria diretamente no consumo de combustível, o que, como já comentamos antes, resultaria em passagens mais baratas para os consumidores. 

Agora, diga aí: até onde será que estamos dispostos a abrir mão do conforto para pagar passagens aéreas mais baratas? Apesar de os assentos Skyrider 2.0 serem descritos como “confortáveis” por alguns engenheiros da Aviointeriors, aqueles que já testaram protótipos garantem que a experiência não é tão positiva assim. Especialistas em ergonomia questionam a viabilidade de um assento que compromete o conforto físico e emocional durante voos.

O que não se sabe:

  • Como seria feita a evacuação em caso de emergência com tantos passageiros tão próximos?
  • Onde os passageiros poderiam armazenar mochilas e bolsas com menos espaço disponível?
  • O desconforto, como joelhos encostando no banco da frente, seria suportável durante o voo?
  • Ficar em pé ou quase em pé por duas ou três horas pode causar dores e problemas circulatórios?
  • A proximidade dos assentos e a posição vertical comprometem a segurança em emergências?
  • Esse tipo de assento pode aumentar a desigualdade de conforto dentro da mesma aeronave?

O futuro das viagens aéreas com assentos verticais

A empresa Aviointeriors realmente acredita que o Skyrider 2.0 será a próxima fronteira para passagens aéreas de baixo custo, democratizando o acesso ao transporte aéreo. Mas será mesmo? 

É difícil responder essa pergunta. Recentemente, uma pesquisa realizada revelou que 42% dos entrevistados aceitavam voar dessa maneira em troca de uma redução no valor da passagem. Isso demonstra que, a depender da situação, as pessoas estão dispostas a colocar o custo-benefício acima do conforto. Realmente, podemos considerar que estamos diante do início de uma nova era na aviação comercial; uma era em que menos espaço e mais pessoas definem um novo padrão da classe econômica.

Fato é que o custo dos combustíveis está cada vez mais alto, ainda há as questões ambientais e econômicas em jogo, sem contar o aumento do preço das operações das companhias e a demanda por viagens econômicas. Caso a ideia do assento vertical seja aprovada pelas autoridades aeronáuticas, será que as companhias vão se importar com o aceite ou recusa do público em geral? Fica a reflexão!

Veja Também: Assentos em aviões de 2 andares


Fontes: VEJA, El País, IstoÉ Dinheiro, InfoMoney.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Você é engenheiro ou estagiário, estudante de engenharia, e ainda não domina o Excel? Olha, então você está muito por fora do que é preciso para estar bem colocado no mercado de trabalho. Saiba que esse software da Microsoft deixou há muito tempo de ser apenas uma ferramenta de contabilidade. Na verdade, hoje ele é essencial para qualquer modalidade profissional, inclusive de engenharia. 

E não estamos falando de preencher células ou somar números, mas sim de automatizar processos, criar dashboards inteligentes, moldar tabelas dinâmicas complexas, programar macros em VBA, integrar dados, controlar custos, gerenciar cronogramas e muito mais.

Então diga aí: está afim de se destacar do mercado, aumentar seu salário, melhorar seu currículo e ganhar mais confiança nas suas entregas? Então, descubra o curso perfeito para dominar essa ferramenta poderosa que é o Excel!

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Imagem de rawpixel.com em Freepik

Por que os engenheiros devem aprender Excel?

Você sabia que hoje mais de 90% das empresas brasileiras utilizam o Excel em seus processos internos? Aliás, na engenharia esse número é praticamente 100%. Seja para controle de materiais, cálculos estruturais, análise de custos, gestão de obras, planejamento de projetos ou mesmo para apresentações técnicas, o Excel é sempre muito requisitado. 

Agora imagine que o seu chefe lhe pede para fazer uma análise rápida de custos ou organizar dados de um projeto. Você conseguiria se virar bem ou ficaria perdido? Pense em quantas horas você já perdeu digitando manualmente informações que poderiam ser automatizadas, como com uma fórmula ou macro? E mais ainda, quantas oportunidades de emprego ou promoções já perdeu por não saber extrair relatórios completos e profissionais a partir de uma base de dados?

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Imagem divulgação Excel

Temos uma dica incrível para você: a parceira do Engenharia 360, a Tesla Treinamentos, oferece um curso completo de Excel para você aprender do básico ao avançado de uma vez e alcançar um nível profissional e altamente valorizado no mercado.

Para quem é este curso?

Este curso foi criado especificamente para:

  • Estudantes de engenharia que querem sair na frente dos colegas.
  • Profissionais atuantes que buscam atualização e diferenciação.
  • Engenheiros que estão em busca de recolocação no mercado.
  • Empreendedores e autônomos que querem otimizar seus processos.
  • Profissionais liberais que lidam com controle financeiro, orçamentos e gestão de projetos.
  • Pessoas que nunca usaram o Excel e têm medo de começar.

Se você deseja…

  • Obter um currículo competitivo, impressionando os seus recrutadores e garantindo as melhores vagas de trabalho.
  • Ter o melhor salário, conseguindo negociar sua remuneração com mais confiança.
  • Se diferenciar dos candidatos concorrentes e ser o profissional que as empresas disputam.
  • Aumentar a produtividade do seu trabalho.

Diferenciais que fazem esse curso ser a melhor escolha para você

Queremos muito que você aproveite este curso da Tesla Treinamentos. Ele foi desenvolvido com o método simples, eficaz e focado em resultados reais para o mercado da engenharia. Todo o material é atualizado e produzido para um aprendizado 100% online, com aulas gravadas (disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana) para você estudar onde e quando quiser, inclusive pelo aplicativo para Android e iOS. 

Que tal aproveitar aquele tempo livre na sua casa, escritório ou até mesmo no intervalo do trabalho? E se tiver dúvidas, não se preocupe! A equipe da Tesla Treinamentos é composta por especialistas que realmente entendem do assunto e vivem a realidade da engenharia.

E o melhor: você não precisa pagar pelo software para!

Sim, os alunos da Tesla Treinamentos não precisarão se preocupar em pagar a mensalidade do software. Durante as aulas, você tem acesso ao programa sem nenhum custo adicional. Esse é o método de ensino mais realista e aplicável ao dia a dia profissional!

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Imagem de Freepik

O que você vai aprender no curso?

O curso da Tesla Treinamentos oferece uma imersão completa no Excel, desde conceitos básicos até automação. Aprenda funções, fórmulas, gráficos, tratamento de dados, validação, tabelas dinâmicas, suplementos, macros e VBA. No final, domine também a criação de dashboards dinâmicos e profissionais.

O objetivo é que, no final deste treinamento, você esteja capacitado para criar, gerenciar, formatar, calcular em qualquer planilha dentro do software Excel.

Além do conteúdo principal, você ganha bônus exclusivos:

  • Curso de Apresentações Incríveis no PowerPoint (15h)
  • Curso de Word Profissional (15h)
  • Curso de Gestão do Tempo (15h)
  • Curso de Oratória para Engenheiros (15h)
  • Curso de Dashboard no Excel (15h)

Todos com certificado reconhecido e válido para seu currículo!

Como se inscrever e começar agora mesmo?

Não perca mais tempo! Matricule-se já no curso de Excel da Tesla Treinamentos e transforme sua carreira. O acesso é imediato, com garantia de satisfação e suporte para que você não fique com dúvidas. 

Veja Também: Excel na Engenharia: Por Que é Indispensável?


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nos últimos anos, cresceu o número de construções de parques eólicos offshore ao redor do mundo –  que são aquelas estações de geração de energia localizadas no meio do mar, onde os ventos são mais constantes e intensos. Ao mesmo tempo, cientistas, governos e investidores de negócios também começaram a observar o surgimento de um fenômeno bastante curioso, o que eles apelidaram de “roubo de vento”. Antes que você possa imaginar que trata de um crime, esclarecemos que isso tem mais a ver com o efeito físico conhecido como efeito esteira.

Acontece que o roubo de vento pode causar um impacto desastroso no planejamento e eficiência dos sistemas de energia eólica global. Esclarecemos melhor o assunto no artigo a seguir, no Engenharia 360!

O que é roubo de vento?

Atualmente, a engenharia está correndo contra o tempo para realizar a descarbonização do setor energético global. É claro que isso tem impulsionado mais o crescimento acelerado da energia eólica offshore. Porém, alguns parques eólicos vêm sendo afetados pelo chamado roubo de vento. Na prática, tem a ver com o fato dessa extração de energia cinética do vento pelas turbinas afetar, de algum modo, outros parques localizados na mesma direção do fluxo de vento. Isso reduz a velocidade das turbinas, criando o que os cientistas chamam de efeito esteira.

A saber, um rastro como esse de vento pode se estender por dezenas de quilômetros ou até chegar a 100 km de distância, a depender da densidade e do tamanho do parque eólico. E se o outro parque concorrente estiver localizado a favor do vento, o primeiro sofre uma redução significativa de eficiência. Inclusive, pesquisas indicam perdas de até 10% ou mais na produção de energia.

Resumindo, quando dois ou mais parques estão posicionados de forma que suas esteiras se sobrepõem, o resultado é uma redução acumulativa na produção total de energia.

energia eólica - roub de vento
Imagem reproduzida de Wind-Turbine and Wind-Farm Flows A Review via USP
energia eólica - roub de vento
Imagem reproduzida de Port´e-Agel via SBA – Sociedade Brasileira de Automática

Como ocorre o efeito esteira e quais as suas consequências?

Efeito esteira é quando turbinas eólicas retiram energia do vento ao girarem, criando uma região atrás delas onde o ar move-se com menor velocidade e maior turbulência. 

Já reparou, ao observar um parque eólico, que as torres eólicas não ficam uma em frente à outra, mas sim em posições intercaladas? Também já reparou que essas torres são voltadas para um determinado sentido, na direção do vento predominante? Então, um segundo parque eólico precisaria estar mais distante do primeiro, para não sofrer perdas significativas em sua geração de energia. Mas, especialmente na região entre Reino Unido e países nórdicos, os projetos vêm sendo implantados muito próximos uns aos outros, dada a pressão por atingir metas climáticas ambiciosas.

Nessa região, entre o mar do Norte e o mar Báltico são instaladas turbinas modernas e gigantes, com paz que ultrapassam os 100 metros, criando rastros mais longos e impactantes. O que acontece quando um parque cheio dessas torres está muito próximo do outro é que toda a zona de vento fica enfraquecida – aí está o problema, como bem sabemos a energia eólica é literalmente extraída do vento. A consequência é a menor produção de energia, a diminuição do retorno financeiro dos projetos e o comprometimento da estabilidade da rede energética.

energia eólica - roub de vento
Imagem de Enrique em Pexels

Por que o roubo de vento preocupa os governos?

A situação dos roubos de vento está tão crítica em algumas partes do mundo que já virou motivo para disputas legais e diplomáticas. Podemos citar o governo norueguês, que vem questionando o regulamento dos direitos de uso de áreas marítimas para geração de energia por concessões. Também os casos de disputas judiciais entre operadores de parques eólicos no Reino Unido, Dinamarca, Holanda e mais por conta de ocorrências de efeito e esteira. 

Do ponto de vista da engenharia, o efeito esteira representa hoje um obstáculo significativo para a maximização da capacidade instalada de geração eólica. Acontece que, em determinado momento, nos comprometemos como comunidade a atingir as emissões zero e, diante disso, vários governos optaram por investir ao máximo em sua capacidade eólica offshore. A perspectiva era de que, até 2030, já tivéssemos o triplo da capacidade que temos agora. No entanto, o espaço marítimo é limitado e o risco de interferências entre parques é considerável.

O único jeito de evitar esse tipo de problema é a engenharia realizar antes simulações mais precisas, detalhar modelos atmosféricos avançados e desenvolver estratégias de posicionamento inteligentes.

Infelizmente, como bem sabemos, às vezes, na pressa de cumprir uma promessa, o ser humano age com desrespeito às boas práticas de planejamento, colocando em risco a proteção ambiental e a viabilidade financeira dos empreendimentos.

energia eólica - roub de vento
Imagem de Kindel Media em Pexels

Como a engenharia pode evitar o colapso energético renovável?

É claro que a engenharia pode desempenhar um papel crucial na mitigação dos efeitos do roubo de vento, que tanto vem afetando a eficiência dos parques eólicos e, consequentemente, levando ao colapso energético renovável. Podemos citar algumas ideias:

  • Aprimoramento das simulações atmosféricas que possam ajudar a prever e otimizar o impacto das esteiras desde a fase de planejamento dos projetos de parques eólicos. Como exemplo, os modelos desenvolvidos pela Universidade de Manchester e Universidade de Tecnologia de Delfi. 
  • Criação de regulamentações mais claras sobre o uso compartilhado do recurso eólico, semelhantes às normas para recursos como pesca em águas internacionais, garantindo uma utilização sustentável e equitativa.
  • Inovação no design de turbinas com controle dinâmico de orientação e ajuste de pitch, que ajudam a minimizar a formação de esteiras ou a redirecioná-las, aumentando eficiência operacional dos parques.
  • Lançamento de novas tecnologias avançadas de simulação climática em alta resolução para prever com precisão os impactos de novos projetos sobre os parques eólicos existentes, facilitando o planejamento de expansões futuras.

Claro que todas essas abordagens de engenharia podem garantir a sustentabilidade e a estabilidade dos sistemas energéticos renováveis frente aos desafios ambientais e operacionais complexos. Porém, nada disso adiantará se não houver cooperação internacional no planejamento dos parques eólicos, evitando que turbinas posicionadas muito próximas uma das outras aumentem um efeito esteira, comprometendo a eficiência energética.

Veja Também: Energia Eólica: Impactos Ambientais Desconhecidos


Fontes: BBC, Tempo – METEORED.

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