Bateria de flúor promete revolucionar o setor de energia, apresentando uma densidade de energia superior e menor impacto ambiental em comparação com as tecnologias atuais que utilizam lítio.
O Instituto de Pesquisa da Honda, em parceria com cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech) e do renomado Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, está desenvolvendo novas baterias químicas que oferecem uma alternativa ecologicamente amigável e energeticamente eficiente às baterias de íons de lítio. Leia mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
A necessidade de inovação nas baterias
Atualmente, a maior parte dos carros elétricos é movido por baterias de lítio. Os íons de lítio apresentam muitas vantagens em comparação a outros tipos mais antigos de baterias, devido às suas taxas de carga e descarga mais favoráveis. Além disso, tem uma tendência menor a desenvolver uma “memória” e viciar se não for consistentemente descarregada por completo antes de ser recarregada.
Entretanto, existe um lado negativo (trocadilho intencional) nas baterias de lítio, que se refere principalmente ao dano ambiental na mineração do lítio e cobalto. Além disso, é necessária uma temperatura de aproximadamente 150 °C para a bateria de lítio operar, mantendo a conectividade.
Vantagens e potencial das baterias de íons de flúor
Com o objetivo de resolver a demanda, a equipe dos três centros de pesquisa dissolveu sais de flúor e amônio em um éter e criaram um novo tipo de cátodo de cobre, lantânio e flúor, que gera corrente à temperatura ambiente.
Dentre os fatores positivos da bateria a base de flúor, um dos mais empolgantes é seu potencial em termos de densidade de energia, que é dez vezes maior do que a de lítio. Isso significaria que um carro elétrico equipado com essa nova tecnologia de bateria poderia ir mais longe em um pacote do mesmo tamanho físico que uma bateria de lítio, ou percorrer a mesma distância com uma bateria muito menor.
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Segurança e futuro das baterias de flúor
Além disso, ao contrário das baterias de íon de lítio, que podem apresentar risco de incêndio por superaquecimento, as baterias de flúor são consideradas muito mais seguras. No entanto, é essencial lembrar que, como toda nova tecnologia, a implementação prática pode enfrentar desafios e imprevistos. Por enquanto, as pesquisas continuam em fase de laboratório.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.