Engenharia 360

Esta bateria pode ser uma alternativa dez vezes mais potente do que a de lítio

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por Kamila Jessie
| 02/07/2019 | Atualizado em 15/06/2022 2 min

Esta bateria pode ser uma alternativa dez vezes mais potente do que a de lítio

por Kamila Jessie | 02/07/2019 | Atualizado em 15/06/2022
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Essa nova bateria se baseia em flúor e teria maior densidade de energia, sendo menos prejudicial ao meio ambiente do que a atual tecnologia a base de lítio.

bateria flúor
Imagem: cnet.com

O Instituto de Pesquisa da Honda, trabalhando em conjunto com cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech) e nada menos do que o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, vem estudando novas baterias químicas que poderiam apresentar uma alternativa mais densa e ecologicamente amigável, em comparação às baterias de íons de lítio.

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Por que essa demanda?

Atualmente, a maior parte dos carros elétricos é movido por baterias de lítio. Os íons de lítio apresentam muitas vantagens em comparação a outros tipos mais antigos de baterias, devido às suas taxas de carga e descarga mais favoráveis. Além disso, tem uma tendência menor a desenvolver uma “memória” e viciar se não for consistentemente descarregada por completo antes de ser recarregada.

bateria lítio
Imagem: extremetech.com

Entretanto, existe um lado negativo (trocadilho intencional) nas baterias de lítio, que se refere principalmente ao dano ambiental na mineração do lítio e cobalto. Além disso, é necessária uma temperatura de aproximadamente 150 °C para a bateria de lítio operar, mantendo a conectividade.

Bateria a base de íons de flúor:

Com o objetivo de resolver a demanda, a equipe dos três centros de pesquisa dissolveu sais de flúor e amônio em um éter e criaram um novo tipo de cátodo de cobre, lantânio e flúor, que gera corrente à temperatura ambiente.

bateria
Imagem: science.sciencemag.org

Dentre os fatores positivos da bateria a base de flúor, um dos mais empolgantes é seu potencial em termos de densidade de energia, que é dez vezes maior do que a de lítio. Isso significaria que um carro elétrico equipado com essa nova tecnologia de bateria poderia ir mais longe em um pacote do mesmo tamanho físico que uma bateria de lítio, ou percorrer a mesma distância com uma bateria muito menor.

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Bônus:

Ao contrário das baterias de íon de lítio que podem pegar fogo pelo superaquecimento, isso é improvável nas de flúor.

Mas é importante ter em mente que apesar da hype, como acontece com toda a nova tecnologia, pode haver obstáculos e imprevistos para aplicações práticas. Por enquanto, a novidade segue em laboratório.


Fontes: Science. CNET.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

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