Com as recentes turbulências entre Israel e o Hamas, tem sido fundamental o uso do Domo de Ferro. Afinal, esse escudo protege Tel Aviv e outras cidades contra mísseis vindos da região de Gaza.
Após 11 dias seguidos de bombardeios entre Israel e o Hamas, o cessar-fogo foi instituído em 20 de maio de 2021. Contudo, os impactos deste pequeno e intenso período podem levar anos para serem reparados. Sobretudo nas comunidades mistas em Israel, onde árabes e judeus convivem, a situação ainda gera tensões.
A saber, em 06 de agosto de 2022 vemos mais uma vez os dois lados se enfrentando em nova disputa.

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Como funciona o aparato móvel de defesa?
O Iron Dome, como é chamado em inglês, é composto por radares que detectam mísseis vindos da faixa de Gaza. Em resposta, mísseis interceptores são enviados, voando em direção aos mísseis de ataque, inibindo o seu efeito.
O sistema, que é móvel, é composto por três partes estruturais: um radar, um sistema de controle de armas e munição e uma unidade de disparo. Assim, a soma destas três partes é chamada de bateria, de modo que Israel possui 10 delas funcionando atualmente.
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Segundo o exército israelense, “O radar detecta o lançamento de um foguete e transmite informações sobre sua trajetória para o centro de controle, que calcula o ponto de impacto esperado. (…) Se este local justifica uma interceptação, um míssil é disparado para interceptar o foguete. A carga útil do míssil interceptor explode perto do foguete, em um local que não deve causar ferimentos.”

Os mísseis de Israel têm alcance de 4 a 70 quilômetros, sendo que cada um mede aproximadamente 3 metros de comprimento e 15 centímetros de diâmetro, pesando 90 quilos. Embora o Domo de Ferro tenha tais medidas, se trata de uma estrutura portátil, que pode ser instalada sob qualquer condição climática.
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Como o Domo de Ferro se desenvolveu?
O sistema de defesa de Israel é desenvolvido desde 2007, e está em operação desde 2011. A princípio, segundo declaração da própria Força Aérea do país, no mesmo ano de início das operações, o sistema teria uma taxa de interceptação de 70%.
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No entanto, durante a Operação Pilar de Defesa, em 2012, o Domo de Ferro interceptou 85% dos mísseis disparados de Gaza em fase de conflito. em seguida, já em maio de 2019, o sistema obteve 86% de sucesso na interceptação de foguetes disparados em áreas urbanas.


Durante os confrontos recentes, palestinos dispararam mais de 1.600 foguetes. Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), relata à CNN: “Aproximadamente 400 ficaram aquém da Faixa de Gaza e a taxa de interceptação continua em uma média de 90%”.
Além disso, a evolução do projeto contou com extensa ajuda financeira dos Estados Unidos. Em uma de suas ações para seu desenvolvimento, em 2012, Barack Obama encaminhou um fundo de US$ 70 milhões para o sistema. “Este é um programa que tem sido crítico em termos de fornecer segurança e proteção às famílias israelenses”, relatou o presidente na época. “É um programa que foi revisado e evitou ataques de mísseis em Israel”.
Ademais, até recentemente, os EUA concederam a Israel um total de US$ 1,6 bilhão para investimentos no Iron Dome, segundo relatório do Congressional Research Service. De acordo com autoridades israelenses, o Iron Dome tem valor de US$ 50 milhões, sendo que cada míssil custa a partir de US$ 62.000.
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Fonte: CNN, Deutsche Welle.
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Joachim Emidio Ribeiro Silva
Pesquisador, professor e artista. Colaborador do E360, difunde notícias e atualidades da Engenharia e todos os seus desdobramentos. É especialmente curioso sobre os campos de intersecção entre Engenharia e Música, como a Acústica e a Organologia. Atualmente é pós-graduando em Performance Musical pelo Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo, SP.