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Retrospectiva 2022: os maiores destaques da Ciência

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por Redação 360
| 27/12/2022 | Atualizado em 27/01/2023 5 min
Imagem reproduzida de The Standard CIO

Retrospectiva 2022: os maiores destaques da Ciência

por Redação 360 | 27/12/2022 | Atualizado em 27/01/2023
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O ano de 2022 foi muito bom para a exploração espacial. Para começar, finalmente demos o primeiro passo de volta para a Lua com a missão Artemis I; e a ciência ainda trabalha, a partir disso, para levar o homem à Marte, uma ideia que há anos temos sonhado. Mas antes dos eventos futuros, olhamos para o passado e tivemos grandes revelações. Através de equipamentos especiais, voltamos nosso olhar para o céu e para a Terra e ficamos maravilhados com o que vimos. Sabe o que foi? Veja no texto a seguir!

O que foi destaque na Ciência em 2022?

1. O enigma da Voyager 1

As sondas Voyager 1 e Voyager 2 foram pioneiras na ciência da exploração espacial, sendo parte de um programa norte-americano de 1977, por parte da NASA, voltado à investigação dos planetas Júpiter e Saturno, bem como as suas respectivas luas, fora a órbita de Plutão. De acordo com as últimas divulgações da NASA sobre as sondas, a Voyager 1 estaria há mais de 20 bilhões de quilômetros da Terra, viajando a uma viagem de 17 km/s. Mas, recentemente, os cientistas perceberam que as leituras do sistema de articulação e controle de atitude (AACS), que orientam a espaçonave no espaço, mantendo a sua antena voltada para Terra, não combinam com o que a Voyager está realmente fazendo. Parece que os dados de telemetria que ele está retornando são inválidos. Mas parece que que a antena de alto ganho permanece em sua orientação prescrita com a Terra.

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2. A Tarântula Cósmica

A Tarântula Cósmica nada mais é do que um grande e maravilhoso berçário de estrelas há mais de 160 mil anos-luz de nós. Uma nebulosa repleta de gás e poeira carregada por ventos quentes e poderosos; localizada bem “pertinho” da Via Láctea – dentro da zona chamada de ‘Grupo Local’; e que conseguiu ser registrada em imagens pela ciência através do super telescópio James Webb. Seria a primeira vez que se conseguirá ver imagens super detalhadas da estrutura, tendo como pano de fundo milhares de estrelas jovens nunca vistas.

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3. A Super Terra vizinha

A NASA e a Universidade de Liège, na Bélgica, por meio dos telescópios Search for habitable Planets EClipsing ULtra-cOOl Stars (SPECULLOS), instalados no Chile e no arquipélago de Tenerife, na Espanha, conseguiram identificar dois novos planetas. Ambos estariam orbitando a a estrela anã LP890-9, a cem anos-luz da Terra. E teriam, de um modo geral, características bem semelhantes. Um deles pelo menos as condições propícias ao desenvolvimento de vida – pelo menos a vida como a conhecemos -, e até mesmo água em sua superfície, sendo como uma 'Super Terra'.

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4. A serpente de plasma no Sol

A ciência, através da sonda Solar Orbiter (satélite de observação, de 2020), conseguiu filmar o que parece ser uma ‘serpente de plasma’ atravessando a atmosfera do Sol. Outros instrumentos e satélites também conseguiram captar as partículas energéticas emitidas, como a sonda Parker Solar Probe. Este fenômeno aconteceu no meio do ano, mas só recentemente foi divulgado pela Agência Espacial Europeia (ESA) e pela agência norte-americana (NASA). E isso aconteceu em razão da deformação do campo magnético, por conta da sua interação com um fluxo de plasma frio ao longo da superfície solar. Aliás, a saber, esse fluxo viajou com velocidade de 170 quilômetros por segundo e aconteceu em uma região de intensa atividade.

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5. O exoplaneta TOI-1452 b

A ciência, por meio de dados captados por telescópios, nos revela a existência de um exoplaneta TOI-1452 b formado por oceanos. O que se sabe até agora é que o mesmo parece orbitar duas pequenas estrelas de um sistema localizado na constelação de Draco, a cerca de 100 anos-luz aqui da Terra. E justamente por esta sua localização, mais a sua densidade, é que é provável a existência de água líquida em sua superfície. Isso quer dizer que ele pode ser um “planeta oceânico” ou todo coberto de água, semelhante ao que acontece em algumas luas de Júpiter e Saturno.

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6. As antigas pirâmides na Amazônia

Cientistas da Alemanha descobriram vestígios de cidades da era pré-colonial na Amazônia boliviana. Inclusive, acredita-se que, nesses locais, pelo que as análises de mapeamento apontaram, existiram pirâmides construídas de até 22 metros de altura. Essas pirâmides teriam sido erguidas entre os anos de 500 a 1400 d.C por povos da cultura Casarabe. Foi preciso sobrevoar a área com um avião equipado com sistema de laser aéreo, disparando feixes infravermelhos e captando os sinais refletidos. E o que se viu nas imagens foi uma arquitetura bastante completa, com plataformas, canais de água, reservatórios, calçadas e até pirâmides cônicas.

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7. A colisão de espaçonave com asteroide

 A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) colocou recentemente em operação o seu satélite denominado Light Italian Cubesat for Imaging of Asteroids (LICIACube). Ele é muito poderoso nos registros fotográficos e, por isso, foi responsável por documentar um evento histórico para ciência da missão Double Asteroid Redirection Test (DART), para testar como é, com a tecnologia de hoje, tentar desviar asteroides potencialmente perigosos que estejam em rota de colisão com a Terra. Para isso foi lançada uma espaçonave não tripulada em rota de colisão, a 24 mil km/h, com o sistema binário composto pelo asteroide Didymos, de 780 metros de diâmetro e que está a 11 milhões de quilômetros da Terra.

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Bônus | Câmera mais potente do mundo

Não podemos falar de Ciência 2022 sem citar também a super câmera digital, capaz de captar o deslocamento de poeira sobre a superfície da Lua e cuja lente está sendo desenvolvida no Centro de Aceleração Linear da Universidade de Stanford. Ela fará parte do Large Synoptic Survey Telescope (LSST) – em tradução direta, Telescópio Grande para Pesquisa Sinóptica. A ideia é utilizar o “poder” dela para registrar e catalogar devidamente, em uma década, cerca de 20 bilhões de galáxias espalhadas pelo universo, com foto no surgimento da substância conhecida como “matéria escura”.

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Eduardo Mikail

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