Engenharia 360

Cientistas da UFRN criam novo dispositivo para zerar a poluição industrial

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por Redação 360
| 14/04/2025 4 min
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Cientistas da UFRN criam novo dispositivo para zerar a poluição industrial

por Redação 360 | 14/04/2025
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O mundo sofre hoje consideravelmente por conta das mudanças climáticas, que exigem cada vez mais soluções criativas por parte da engenharia, soluções estas que possam, principalmente, reduzir ao máximo as emissões de gases de efeito estufa. Vale destacar que essa é uma missão de todos, inclusive dos cientistas brasileiros. E a boa notícia que trazemos para o Engenharia 360 é que pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram uma tecnologia revolucionária capaz de realizar captura de CO2 de forma eficiente, barata e sustentável. Falamos mais sobre ela no artigo a seguir. Confira!

Mudanças climáticas e importância da captura de CO2

Definitivamente, as mudanças climáticas são um dos maiores desafios da engenharia atual. A indústria é uma das maiores fontes de emissões de capturar dióxido de carbono (CO2), especialmente em setores como refinaria de petróleo, usinas termelétricas e plantas químicas. Os cientistas enfatizam a importância de se trabalhar - urgente - com tecnologias que possam capturar e gerenciar essas emissões.

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Essa ideia é o que inspirou recentemente a dissertação de mestrado no programa de pós-graduação em engenharia química da UFRN. O resultado foi a criação de um dispositivo inovador - cuja patente já foi solicitada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Sob o título, "Formulações à base de solução de tensoativo amina graxa etoxilada e óleo e seu uso para captura de CO₂", está em fase de avaliação, com resultados promissores em testes laboratoriais. Aliás, seu financiamento acontece pelo Programa de Recursos Humanos da ANP (PRH-ANP 26).

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A tecnologia inovadora desenvolvida pela UFRN

A tecnologia desenvolvida pela equipe brasileira representa um avanço significativo na busca por soluções tecnológicas que contribuem para uma transição energética e redução da pegada de carbono na indústria da engenharia. A mesma se vale de uma formulação química baseada em surfactantes aminados. Esses compostos são capazes de capturar CO2 em diferentes ambientes desafiadores, como em presença de óleos e sais, onde as soluções convencionais geralmente falham. Sem contar que permitem o armazenamento seguro do dióxido de carbono.

A saber, a combinação é compatível com os processos industriais existentes, facilitando sua implementação em diversos contextos. Além disso, a formulação poderia ser reutilizada, reduzindo o consumo energético necessário para a captura de CO2, o que torna a solução ainda mais sustentável e econômica. Claro que ainda é preciso realizar mais estudos e testes para comprovar a viabilidade da aplicação comercial dessa tecnologia. Mas se tudo der certo, os cientistas garantem que podemos estar diante de uma grande inovação.

captura de CO2
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Veja Também: Cimento que Absorve CO2: A Revolução na Engenharia

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Possíveis aplicações práticas

A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte tem, em princípio, várias aplicações práticas que podem impactar significativamente a redução das emissões de CO2:

  • Refinarias de petróleo: Pode ser aplicada para reduzir as emissões de CO₂ na produção de combustíveis.
  • Plantas químicas: Permite um controle mais eficiente das emissões geradas por reações industriais.
  • Usinas termelétricas: Facilita a captura e o armazenamento de carbono.
  • Armazenamento em poços de petróleo: O CO₂ capturado pode ser transformado em rocha e armazenado em poços vazios de petróleo, reduzindo a liberação de gases na atmosfera.

Próximos passos e desenvolvimentos futuros

Neste momento, a equipe da UFRN está investigando como aplicar a formulação - futuramente patenteada - na separação de outros gases e uso em sistemas híbridos que combinam a captura de CO2 com tecnologias de purificação de água e tratamento de efluentes. Essa possibilidade deixaria a tecnologia ainda mais atraente para os investidores, além de gerar novas patentes e impulsionar outras inovações derivadas. Quando o protótipo laboratorial estiver avançado, o próximo passo será a transição para testes em escala piloto em ambientes industriais simulados, algo necessário para ajustar a solução às demandas do mercado.

E não poderíamos terminar este artigo sem destacar o importante papel das universidades como motores de inovação na engenharia, aproximando a academia - com todos os seus estudantes, professores e pesquisadores - da indústria, e promovendo a transformação do conhecimento teórico em soluções práticas para problemas reais.

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Fontes: Agência Brasil, UFRN.

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