Na segunda-feira, dia 20 de abril, foi notícia em todo o país e mundo a queda histórica no preço do petróleo. O excesso de ofertas no preço do barril devido a redução de circulação de pessoas na rua ameaça falir empresas nos EUA, e de acordo com a revista Veja, a Petrobrás sentirá baque.
O impacto para isto nas fabricantes de carros elétricos é reduzir a sua perspectiva de vendas em relação ao período anterior à crise devido a pandemia de coronavírus. De acordo com a Forbes, as ações das empresas Tesla, referência para carros elétricos no mundo, já teve uma perda de 9,33% do seu patrimônio, desde o início desta crise.
Assim como as empresas americanas estão sendo prejudicadas nesta transição para fabricação de carros à combustível para carros elétricos, as empresas chinesas também estão passando por esta crise.
A nível mundial, os fabricantes de automóveis procuram a independência em relação à atual predominância dos fabricantes chineses de baterias e procuram assegurar as suas cadeias de abastecimento de baterias. A dependência excessiva da indústria em relação à China foi recentemente demonstrada com o surto de coronavírus, que provocou perturbações no fornecimento de componentes. Espera-se que a própria China perceba uma redução na produção de cerca de um milhão de veículos. O país exporta cerca de 70 mil milhões de dólares de peças e acessórios para automóveis em todo o mundo, sendo que quase 20% se destinam aos EUA.
Estima-se a redução nas vendas dos veículos elétricos será em cerca de 45% em 2020, e ainda não existe um estudo de um impacto deste fator a longo prazo. Porém, sabe-se que esta transição terá um grande impacto ambiental, uma vez que será mais caro para o consumidor escolher por uma opção menos agressiva ao meio ambiente.
Como os veículos elétricos funcionam:
Sabe-se que os veículos elétricos, em sua maioria, são movidos à bateria de Hidrogênio. Este tipo de bateria tem alta duração, em comparação à outros tipos de bateria, como a de lítio. Uma das principais características da bateria de hidrogênio é que elas podem ser produzidas à partir de qualquer tipo de geração de energia elétrica, inclusive as energias renováveis, e transformadas em células de combustível.
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Como o hidrogênio é uma tecnologia cara, sua principal aplicação hoje é para transporte, incluindo navios e veículos elétricos e pequenos dispositivos eletrônicos. Para vocês terem uma noção maior sobre a potência da bateria, em 2015 foi feito um teste em que a bateria do iPhone teve duração de uma semana utilizando bateria de hidrogênio.
Fontes: Veja Abril, Forbes, Época Negócios, AP news, TecMundo
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Beatriz Zanut Barros
Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.