Em meio à corrida pela vacina contra o novo coronavírus, outros meios de combatê-lo estão sendo desenvolvidos. Um deles foi elaborado pelo ITA, e promete deixar identificar o vírus no ar.

Como funciona esse aparelho?

O protótipo de baixo custo e fácil acesso que está sendo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Bioengenharia do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), tem previsão para ser finalizado em sete semanas e visa identificar a presença de partículas da Covid-19 no ar.

frente do instituto tecnológico de aeronáutica ITA
O ITA é localizado em São José dos Campos, São Paulo. Foto: Flickr

A partir da tecnologia utilizada em aparelhos que detectam radiação em áreas determinadas (por meio do monitoramento de nuvens radiológicas), o novo projeto foi idealizado e poderá monitorar regiões com 50 metros quadrados de extensão e apontar se há riscos de contaminação do vírus nessas áreas com grande circulação de pessoas, como hospitais, indústrias, aeroportos e comércios. Segundo o ITA, essa medida de cautela é capaz de prever possíveis futuras retransmissões e contágios consequentes de novas mutações do vírus, além de permitir a liberação de espaços que não estão com partículas virais infectantes.

O protótipo em construção recebeu uma contribuição de R$ 250 mil do Ministério Público do Trabalho (MPT) e tem a colaboração do Laboratório de Genoma Médica do Hospital A. C. Camargo Cancer Center. Essa verba, destinada pelo MPT, será aplicada na aquisição de equipamentos, serviços, equipe técnica, insumos e outras despesas do projeto.

Outras ações do ITA contra o coronavírus

A instituição de ensino superior contribuiu com a fabricação de equipamentos de proteção individual, oferecendo um guia, produzido no seu Centro de Competência em Manufatura (CCM), para quem tem interesse em produzi-los e doar esses materiais para quem precisa. Esse manual disponibiliza dicas e regulamentação de processo de impressão 3D.

Máscaras de proteção com injeção e produção 3D também são produzidas atualmente pelo CCM do ITA, juntamente com peças para respiradores – utilizadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O professor da área de mecatrônica da instituição, Carlos César Eguti, afirma que as peças, produzidas para o Hospital da Aeronáutica de São José do Campos, foram testadas com sucesso e que a produção permanecerá.

Além disso, uma iniciativa do pró-reitor de administração do ITA deu origem ao projeto Lavatório Autônomo de uso Compartilhado (Lavac). Esse projeto, que propicia a higienização das mãos em locais públicos, consiste em um lavatório móvel sem fonte de energia e conexão a outros equipamentos. Sua criação foi destinada a regiões com pouca ou nenhuma infraestrutura. Para facilitar o transporte do Lavac e dificultar o contágio, rodas foram compactadas na estrutura, a torneira é acionada no pedal (evitando o uso das mãos) e o dispenser do sabão é ligado pelo cotovelo.

Lavatório portátil desenvolvido pelo ITA
Lavatório portátil desenvolvido pelo ITA. Foto: Divulgação Aeronáutica

Embora seja um projeto para prevenir a contaminação no ITA, a Assessoria de Comunicação do instituto afirma que a sociedade e outras organizações podem adotar a iniciativa, uma vez que o protótipo é portátil, reduz o consumo de água e pode ser aprimorado para aumentar sua capacidade.

O que você achou dessas iniciativas? Compartilhe sua opinião nos comentários, engenheiro (a)!

Leia também: Engenheiros remodelam máscara de proteção contra o coronavírus

Fontes: Governo Federal; O Vale.

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

No dia 19 de maio, a Câmara aprovou como obrigatória a utilização de máscaras em todo o Brasil. As máscaras cirúrgicas ou as N95 são exclusivas a profissionais da saúde, ou àqueles que estejam trabalhando em locais com alto risco biológico. Isso incentiva o uso de máscaras de pano pela população. Porém, será que é possível ter a mesma segurança com a utilização de máscaras feitas em casa?

Mulher usando máscara
Câmara aprova a utilização obrigatória de máscaras (Fonte: Assembleia Legislativa)

A American Chemical Society realizou o experimento para entender a eficácia dessas máscaras, e o efeito da utilização de diferentes mecanismos de filtragem que cada tipo de tecido traria. Para os testes, foram selecionados os seguintes materiais e suas combinações: algodão, chiffon, seda, flanela e sintéticos.

Durante o experimento, partículas aerossóis em uma escala de 10nm a 6µm de diâmetro eram direcionadas aos tecidos. A velocidade destas e a frequência eram similares a da respiração humana. A equipe mediu o número de partículas no ar e seus tamanhos e comparou com os números obtidos antes da passagem delas pelas amostras.

Equipamento utilizado pela American Chemical Society
Equipamento utilizado para a testagem do material (Fonte: ACS Nano)

O melhor resultado foi obtido no algodão com 600 fios por polegada (Cotton 600 TPI), um tecido mais rígido. Ele foi comparado com outras duas categorias: uma amostra de 80 fios por polegada (Q Cotton 80 TPI) e duas amostras de 120 fios envolvendo uma camada de 0,5 cm de algodão (Cotton Quilt).

Eficácia de filtragem em amostras de algodão
Diferentes amostras de algodão e seus resultados quanto à eficácia na filtragem. (Fonte: ACS Nano)

Além disso, sabendo que interações eletrostáticas podem filtrar partículas aerossóis, foram selecionados tecidos sintéticos e naturais específicos para passarem pelos testes. Para esta etapa foram escolhidas: a seda natural, o poliéster-spandex (chiffon) e o algodão-poliéster (flanela).

Os resultados mostraram que a seda com quatro camadas apresentou melhor resultado, sendo seu pior resultado para 80% de eficácia. O gráfico ainda aponta para a seda com uma camada, flanela e chiffon.

Eficácia de tecidos em filtragem
Eficácia da filtragem eletrostática para diferentes amostras de tecido (Fonte: ACS Nano)

Concluindo essas duas partes de testes, os pesquisadores começaram a analisar a eficácia das máscaras que possuíssem dois tecidos diferentes. Isto é, dois materiais trabalhando em conjunto para a filtragem do ar, por meio de dois processos de filtragem: uma mecânica e outra eletrostática. Todas as amostras são um conjunto de algodão 600 TPI com: duas camadas de seda, duas camadas de chiffon, ou uma camada de flanela.

Filtragem mecânica e eletrostática em máscaras
Filtragem mecânica e eletrostática de aerossóis (Fonte: ACS Nano)

Todas os conjuntos obtiveram ótimos resultados de eficácia quando e comparados com os da N95. Elas obtiveram 80% de eficiência para partículas menores do que 300nm, e 90% para partículas maiores do que 300nm. Enquanto, a N95 absorve cerca de 95% das partículas acima de 300nm.

Eficácia da utilização de dois tecidos em máscara
Comparação da eficiência entre amostras de materiais atuando juntos e N95 (Fonte: ACS Nano)

Assim, a pesquisa conclui que a melhor máscara feita em casa é a combinação de algodão e chiffon. Mas finaliza afirmando sobre a importância de fazer o ajuste correto dela, para que não comprometa sua eficácia.

De qual material são suas máscaras? Conta para a gente!

Fonte:  Science Daily, Aerosol filtration efficiency of common fabrics used in respiratory cloth masks.

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Engenharia 360

Letícia Nogueira Marques

Estudante de Engenharia de Materiais e Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC e mecânica de produção veicular pelo SENAI Mercedes-Benz; já atuou na área de Facilities com foco em projetos de sustentabilidade para redução de impacto ambiental.

Os carros elétricos estão cada vez mais próximos da popularização no mercado mundial. De acordo com a Bloomberg New Energy Finance (BNEF), os elétricos devem passar de 2 milhões para 56 milhões de unidades até 2040, o que constituirá mais da metade da frota de veículos no mundo. Já no Brasil, a projeção da BNEF é que em duas décadas os carros elétricos representam 57% dos veículos em circulação no cenário nacional. 

Em conjunto com esse crescimento, percebemos o desenvolvimento de carros fotovoltaicos que já são realidades em alguns países. Com os avanços das tecnologias ligadas a energia solar, startups e grandes marcas automotivas estão na corrida de desenvolvimento destes veículos. E hoje vamos ver modelos já existentes no mundo dos fotovoltaicos que já estão em desenvolvimento!

Sion

Já em circulação na Alemanha, o Sion é um dos protagonistas no segmento de carros fotovoltaicos. Produzido pela startup Sono Motors, o automóvel chega a 140 km/h, com autonomia de 250 km com apenas a energia gerada pelas suas 330 células fotovoltaicas, expostas em sua lataria. Seu preço gira em torno de 25 mil euros.

Stella

O primeiro carro projetado no segmento foi pela equipe holandesa Eindhoven, denominado Stella.  o carro solar da marca  tem um design  peculiar, mas com capacidade de até cinco pessoas e uma velocidade de 69 km/h. Após o Stella, a empresa projetou três outras versões do carro solar, sendo o Stella Lux e o Stella Vie, com objetivo de cada vez melhorar o desempenho do seu predecessor. 

Lightyear One

Desenvolvido pela startup holandesa Lightyear, o modelo divide opiniões sobre sua aparência “futurista”. Sua autonomia é bem superior a do Sion, sendo 725 km, com um preço de 119 mil euros. A empresa promete células 20% mais eficientes que as células fotovoltaicas convencionais. O carro tem início de sua produção só em 2021, mas já conta com pré-vendas sendo realizadas.  

Acreditamos que este segmento automotivo tende a crescer e muito ainda nos próximos anos. E você, compraria um carro fotovoltaico para que nunca mais tivesse que se preocupar com combustível? Conta pra gente!

Leia também:  Toyota testa teto solar eficiente para seus carros híbridos

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Engenharia 360

João Paulo Pinzon

Engenharia de Produção na UFRGS em formação e Técnico em Automação Industrial. Não sou inteligente, mas sou disciplinado e acredito que unicamente a disciplina é o que leva-nos ao sucesso. Para mim, a base da sociedade moderna é a conjuntura da educação e inovação.

Na engenharia, a gente sabe que quase sempre é necessário um computador mais potente para rodar os programas que trabalhamos diariamente. É aí que surge a pergunta: será que vale a pena comprar uma workstation? Neste texto, nós vamos explicar o que é essa máquina e mostrar como ela pode ser essencial em alguns casos.

Quando um computador comum não é suficiente?

Não é só quem é da área de civil ou da arquitetura que usa programas como os de CAD, CAD 3D, renderização e semelhantes. Alguns exemplos são: quem trabalha com modelagem de produtos (como na mecânica, controle e automação e outras); quem faz simulações de diferentes modelos (como nas engenharias de computação, de software, etc.); quem usa programas de GIS (muito usados na ambiental, florestal e mais algumas) e dentre outros exemplos.

Nesse sentido, nem sempre um computador comum (notebook ou desktop) pode dar conta do recado. Talvez, se for um programa só, ele até aguente por um tempo, mas quando o uso é sobreposto, nem sempre a máquina entrega o desempenho desejado. É nessas horas que você deseja ter um computador mais poderoso, seja em casa ou no escritório.

thinkstation P330 lenovo workstation em cima de mesa com software para engenharia

O que é uma workstation?

Uma workstation (estação de trabalho, em português), é um computador com desempenho acima do normal. Ao contrário do que muitos pensam, não é uma CPU com peças poderosas, as workstations têm uma tecnologia diferenciada que permite que a máquina tenha uma alta capacidade de processamento (incluindo parte gráfica) e trabalhe dias seguidos sem necessitar ser desligada.

O uso dessas máquinas é normalmente feito por profissionais como engenheiros, arquitetos, físicos, matemáticos, projetistas industriais e outros. Mas isso não significa que você só vai ter uma workstation no escritório, principalmente com o grande número de pessoas trabalhando de casa (seja pela pandemia ou não). É um uso diferente de quem gosta de jogar, por exemplo, que procuraria um computador gamer específico para atender suas necessidades nos jogos.

Quais os diferenciais de uma workstation?

Como nós já citamos, as workstations são desenvolvidas para entregar mais desempenho em diversos usos e sua tecnologia é diferenciada. Elas também possuem construção modular, na qual cada um dos componentes é projetado já levando em consideração a expansão dos elementos. Isso permite a configuração independente de cada parte da workstation.

Para começar, a placa-mãe normalmente é feita com materiais que são mais resistentes e de melhor qualidade. Ainda, ela tem mais slots para memória RAM, bem como soquetes para processadores que possuem alta potência.

thinkstation P330 lenovo workstation em cima de mesa mulher usando olhando para tela

Por falar em memória RAM, ela é bem maior em workstations. Ela pode variar entre 16 e chegar até a impressionantes 1.5TB. As memórias também costumam ter a tecnologia Error Correcting Code (ECC, ou Código de Correção de Erros, em português), a qual, como o nome já diz, corrige os erros e melhora a estabilidade do computador (e evitando aqueles erros ou travamentos que te deixam desesperado quando você não salvou o projeto ou quando a simulação estava no final, por exemplo).

No quesito processador, uma workstation pode ter mais de 36 núcleos. Eles costumam ser processadores de servidor. Para aguentar tudo isso, o sistema de refrigeração também é mais potente, reduzindo o aquecimento de forma ideal para o funcionamento da máquina.

Ainda, há uma questão muito importante: a certificação Independent Software Vendors (ISV – Fornecedores Independentes de Softwares, em português). Elas garantem que os softwares sejam executados de forma confiável naquele hardware, e dão respaldo quando você precisa de ajuda do suporte do software.

workstation lenovo

E o preço?

Com tanto poder, obviamente uma máquina como uma workstation tem um preço mais elevado. Porém, dependendo da finalidade, acaba se tornando um investimento. É preciso colocar no papel a questão custo x benefício ao analisar a compra de uma workstation.

Vale lembrar que o investimento não é só na máquina em si. Você vai precisar de equipamentos adequados, como talvez um sistema de refrigeração do ambiente (se forem muitas máquinas trabalhando em um local só, por exemplo), um nobreak para que a máquina continue executando no caso de falha de energia (quando ela precisa ficar ligada 24 horas), instalação elétrica adequada, etc.

Conhecendo uma workstation: o exemplo da Thinkstation P330

A ThinkStation P330 é uma workstation da Lenovo com fabricação nacional (o que significa que você não precisa importar a máquina). Ela possui certificação ISV para os principais fabricantes de software (como Altair HyperWorks; Autodesk Alias; Autodesk AutoCAD; Autodesk Inventor; Autodesk Revit; AVEVA PDMS; Bentley MicroStation; Dassault Catia; Dassault SOLIDWORKS; Nemetschek Vectorworks PTC Creo; Siemens NX, Teamcenter, Tecnomatix; Siemens Solid Edge).

workstation lenovo

A ThinkStation P330 é compatível com até a NVIDIA® Quadro RTX™ 4000, capacidade VR-Ready (compatibilidade com realidade virtual) e para tecnologias de armazenamento de ponta. Há suporte de armazenamento M.2 direto na placa de sistema (o que pode proporcionar mais velocidade) e memória Intel Optane™.

Os processadores são da mais recente geração de Intel Xeon ou Intel Core, com velocidades de até 5GHz. Tudo isso proporciona um desempenho muito maior para execução de tarefas de engenharia e arquitetura, softwares considerados “mais pesados”, simulações que demandam muito da máquina, edição de áudio e vídeo, etc.

banner thinkstation P330 lenovo workstation

Ficou curioso? Você pode acessar o site da Lenovo para conferir as demais especificações técnicas da máquina.

E você, já pensou em investir em uma workstation? Conta para a gente nos comentários!

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Em um mundo cada vez mais acelerado, as redes sociais têm se tornado uma importante ferramenta de entretenimento e conexão. De vídeos engraçados a receitas de comida, essas plataformas “roubam” o tempo e a atenção dos usuários. No entanto, além do entretenimento, algumas redes sociais oferecem oportunidades valiosas para o desenvolvimento profissional.

redes sociais
Imagem de pch.vetor em Freepik

As pessoas estão cada vez mais conectadas umas com as outras e dessa forma utilizam as mais diversas redes sociais para interagirem, depende do foco de cada um e o que realmente elas procuram. E acredite, no meio de tantas opções de redes sociais, existem aquelas que contribuem para o engajamento profissional, interação com empresas, network e até vagas de empregos.

A maioria das pessoas conhecessem bem e estão bastante familiarizadas com WhatsApp, Instagram e Facebook. Contudo, neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar três redes sociais profissionais que podem contribuir melhor para o seu desenvolvimento profissional e destaque no mercado de trabalho. Confira!

LinkedIn

O LinkedIn é a principal rede social para profissionais, tanto no Brasil quanto globalmente. Essa plataforma possui grande influência no quesito contratação. Inclusive, numa pesquisa feita e divulgada pela Jobvite, em 2014, revelou que cerca de 79% dos recrutadores consultados no levantamento já contrataram candidatos através do LinkedIn.

redes sociais
Imagem reproduzida de Área de trabalho Linkedin

O LinkedIn possibilita entre outras coisas:

  • Crescer o Networking: visto que a interação com profissionais do mundo todo permite trocar informações, vagas de emprego, dicas e experiências obtidas no mercado de trabalho;
  • Visibilidade profissional: nela você coloca todas as suas qualificações e conquistas seja no mercado de trabalho ou também no meio acadêmico. É possível também recomendar competências dos colegas de trabalho para que as conexões da sua rede saibam as pessoas capacitadas que trabalham com você, publicar artigos e materiais elaborados, como e-book.
  • Vagas de emprego: Algumas oportunidades das melhores empresas são compartilhadas dentro do LinkedIn, permitindo que você possa se candidatar para as mais variadas vagas espalhadas pelo país, além de compartilhas vagas da empresa que você trabalha.

Para completar, essa plataforma é gratuita e também possui uma versão paga que, entre outras coisas, permite que você envie mensagens para pessoas que não façam parte da sua rede com a finalidade de construir novas conexões e também a possibilidade de fazer alguns cursos disponíveis na plataforma.

Xing

O Xing, uma rede social alemã, ainda pouco disseminada no Brasil, tendo como premissa a conexão entre pessoas que possuem os mesmos interesses profissionais – isso inclui desde a procura de emprego até o recrutamento, funcionalidades muito semelhantes às ofertadas no LinkedIn. Essa rede social também permite ao usuário a fazer parte de projetos de curta duração, principalmente projetos em solo alemão.

redes sociais
Imagem reproduzida de www.xing.com

A saber, a sua versão gratuita possui um pouco menos funcionalidades se comparada com outras redes sociais. Já na versão paga, é possui enviar arquivos, enviar mensagens a desconhecidos e inserção de filtros de pesquisa em buscas profissionais.

Veja Também: Se expor em redes sociais pode afetar no seu trabalho?

Viadeo

Por fim, no Viadeo, uma rede social francesa, você encontra basicamente todas as funcionalidades das demais redes sociais profissionais. Porém, com um diferencial: nela é possível realizar ligações para os contatos profissionais da sua rede, além de compartilhas notícias da sua área de atuação.

Essa rede social é muito utilizada pelos profissionais da TI, mas isso não impede a criação de conta de profissionais de outras áreas. E possui uma versão paga que permite ao usuário a ver o perfil que o visitou além de fazer buscas exclusivas na rede de contatos.

redes sociais
Imagem reproduzida de br.viadeo.com

Ter um perfil em pelo menos uma dessas redes sociais pode aumentar sua visibilidade no mercado de trabalho e destacar suas qualificações e conquistas. Essas plataformas funcionam como uma “vitrine” para empresas e profissionais que buscam novas oportunidades.


Fontes: Unimonte, CCM

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Kaíque Moura

Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.

Com certeza essa é uma dúvida recorrente entre os estudantes de engenharia, por isso estamos aqui pra explicar certinho a diferença e as funções de cada uma! Vem comigo!

Construtora

Como o nome já sugere, a construtora é a responsável pela construção civil da edificação, ou seja, pela execução física.

São funções das construtoras:

  • Contratar mão-de-obra, máquinas, equipamentos e tecnologia construtiva;
  • Garantir os prazos da execução dentro do cronograma estipulado;
  • Assegurar que a edificação não tenha instabilidade, rachaduras, infiltrações, divergências em relação ao projeto, material inferior ao contratado, etc;
  • Fazer testes de qualidade e ensaios tecnológicos para a execução;
  • Manter a segurança dos trabalhadores, garantindo a utilização dos EPIs e um ambiente de trabalho seguro, por meio de um técnico de segurança do trabalho.
homens em obra de construtora
Imagem: segs.com.br

Incorporadora

Uma incorporadora é a empresa empreendedora, tendo como responsabilidade a articulação de um empreendimento como um todo!

São funções das incorporadoras:

  • Estudos de viabilidade;
  • Planejamento imobiliário;
  • Desenvolvimento dos projetos;
  • Formalização junto ao cartório de imóveis;
  • Adquirir o terreno;
  • Contratação da construtora;
  • Divulgação do empreendimento;
  • Financiamento;
  • Comercialização das unidades.

Agora ficou mais claro né? Por isso, com todas essas funções, as incorporadoras precisam dos seguintes fornecedores:

  • Um financiador, em geral instituições financeiras;
  • A construtora, para a execução;
  • Consultoria de planejamento imobiliário, para que se coloque um produto adequado no mercado;
  • Escritórios de engenharia/arquitetura, que farão os projetos, orçamentos, cronogramas e memoriais descritivos;
  • Consultorias especializadas, para a obtenção de licenças ambientais, aprovações em órgãos públicos, etc;
  • Empresas de pesquisa de mercado e avaliação imobiliária, para a determinação do valor de mercado;
  • Agências de marketing, publicidade e propaganda.
incorporadora ilustração mão usando celular e mexendo em computador
Imagem: sienge.com.br

Exemplo prático

A empresa W vai incorporar um empreendimento de 5 andares com 20 apartamentos. Ela então contratou a empresa X para o desenvolvimento dos projetos arquitetônicos, a empresa Y para a comercialização das unidades habitacionais e a empresa Z para fazer a execução da obra. Assim, podemos entender que:

A Empresa W é a incorporadora.

A Empresa X é um escritório de engenharia/arquitetura.

A Empresa Y pode ser uma imobiliária.

E a Empresa Z, uma construtora.

Conclusão

Então o que acontece é a construtora ser contratada pela incorporadora para a execução da obra, ou a construtora ser sua própria incorporadora, exercendo ambas as funções ao mesmo tempo!

Muitas empresas que conhecemos como construtoras acabam fazendo o serviço de incorporadoras e então, para executar obra, contratam um engenheiro responsável por subcontratar empresas especializadas para cada serviço (fundações, estruturas, pinturas, etc).

Ficou alguma dúvida? Manda aqui nos comentários ou no Instagram do Engenharia360! Até a próxima engenheiros!

Confira também:

Conheça a Cidade de Seattle nos Estados Unidos
Qual a diferença entre empresário e empreendedor

Fontes: Pedreirão; Fórum da Construção;

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Engenharia 360

Júlia Sott

Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.

A companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) lança edital para construção da maior usina de dessalinização do Brasil que será construída em Fortaleza -CE

A usina de dessalinização terá o papel de diversificar a matriz hídrica de Fortaleza e da Região Metropolitana. O projeto tem objetivo de produzir cerca de um metro cúbico de água potável por segundo, o que pode atender aproximadamente 300 mil pessoas.

O lançamento do edital para construção, operação e manutenção da Planta de Dessalinização de Água Marinha na Região Metropolitana de Fortaleza estava previsto para ser lançado no final de janeiro de 2020, mas ocorreu somente no dia 28 de abril. O contrato é de R$ 3,2 bilhões durante 30 anos de concessão.

O local escolhido para sua construção é no bairro Praia do Futuro, em Fortaleza, que terá investimento de cerca de R$500 milhões. O edital seguirá aberto à propostas e documentos de habilitação até 1° de setembro.

Croqui Projeto da Usina de Dessalinização no Ceará
Croqui Projeto da Usina de Dessalinização no Ceará

Diversificação da matriz hídrica

Por ser uma região onde a escassez de chuva é algo frequente, acaba por interromper o abastecimento dos mananciais, principais fontes de fornecimento de água. Assim, o processo de dessalinização da água marinha se apresenta como excelente solução alternativa para o abastecimento humano.

No Ceará mesmo essa alternativa já é utilizada – através de estruturas pequenas – em cerca de 34 municípios do interior do estado. No Brasil, a usina de Fenando de Noronha se destaca por fornecer cerca de 40% da água utilizada no arquipélago, com produção de 18 m³/h.

Como funciona o processo de dessalinização da água?

Basicamente, as técnicas de dessalinização da água: destilação, dessalinização multiestágios, congelamento e osmose reversa. Na usina que será construída no Ceará, a tecnologia implementada será a de osmose reversa. Ela é o inverso da osmose, na qual ocorreria a passagem de um solvente por uma membrana semipermeável para uma solução concentrada. Na osmose reversa, esse transporte de solvente vai para a solução menos concentrada, por meio da aplicação de uma pressão elevada.

Traduzindo, ao colocar água do mar de um lado da membrana semipermeável e água pura de outro, com aplicação de uma pressão elevada (acima de 30 atm.) sobre a água do mar, o  resultado será a osmose reversa: as moléculas da água salgada irão em direção à água pura, afastando-se dos seus sais. Essa técnica costuma ser cara, pois necessita de motores elétricos para fornecer a pressões elevadas.

Processo de Dessalinização da água por Osmose Reversa
Processo de Dessalinização da água por Osmose Reversa

Um grande projeto que envolve diversas engenharias, o que achou? Conhece alguma outra alternativa para o abastecimento de água em regiões semelhantes ao Ceará? Compartilhe conosco.

Segue abaixo outras de nossas matérias relacionadas para vocês:

Fontes: Governo do Ceará, Portal Tratamento de Água, G1.

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Engenharia 360

Luana Espindola Ribeiro Aguiar

Engenheira Civil; formada pela Universidade La Salle; trabalha como coordenadora de planejamento e controle de custos, com foco em gestão corporativa, construção civil e engenharia de custos.

Como dizem em tempos de quarentena saudades de ir ao teatro né minha filha?!”. É uma brincadeira, mas que bate aquela saudade de assistir uma peça de teatro, um show, ou apenas assistir algo que não estejam nos catálogos de Streaming, isso é verdade, não é?!

Mas calma, sabemos que nesse período de quarentena muitos já estão cansados de assistir à filmes, séries e documentários e que estão com saudades das tradicionais peças de teatro. Com base nisso, trouxemos para vocês 20 peças de teatro disponíveis no YouTube e vamos deixar o acesso à cada uma aqui embaixo. Aproveitem!

1- Cócegas – Heloisa Périssé &Ingrid Guimarães

2 – Paulo Gustavo – Hiperativo

3 – O Musical

4 – A Bela e a Fera

5 – A Noviça Rebelde

6 – Avenida Q

7 – Beatles num Céu de Diamantes

https://www.youtube.com/watch?v=7EU59AYUmv8&feature=youtu.be

8 – The Book of Mormon – Primeiro Ato

https://www.youtube.com/watch?v=Odo7NNbxwDE&feature=youtu.be

9 – The Book of Mormon – Segundo Ato

https://www.youtube.com/watch?v=kKVx1zP7vGA&feature=youtu.be

10 – Diogo Almeida – Vida de Professor

11 – Floribella: O Espetáculo Musical

12 – Gypsy – O Musical

13 – O Despertar da Primavera

14 – O Fantasma da Ópera

15 – O Mágico de Oz

16 – Ópera do Malandro – Musical 

17 – Os Miseráveis

18 – Rent – Musical

19 – Vingança – O musical

20 – Hair – O musical

O que acharam? Maravilhosa essa oportunidade que a internet nos possibilita de assistir, de casa, grandes peças de teatro, não é?! Mas sabemos que nada se compara a assistir uma peça presencialmente.

Por hora, esperamos que tenham gostado e que talvez, essa seja uma oportunidade de conhecer peças que não conhecia e quando tudo isso passar vocês possam assisti-las presencialmente.

Outras de nossas matérias relacionadas ao tema e que possam lhe interessar:

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Engenharia 360

Luana Espindola Ribeiro Aguiar

Engenheira Civil; formada pela Universidade La Salle; trabalha como coordenadora de planejamento e controle de custos, com foco em gestão corporativa, construção civil e engenharia de custos.

A tarde de sábado (30/05/2020) foi marcada por um evento que pode mudar o futuro das viagens espaciais: o primeiro lançamento tripulado da SpaceX, em parceria com a NASA. Foi a primeira vez que astronautas foram enviados ao espaço por uma companhia privada e, além disso, depois de muitos anos saindo de solo estadunidense.

Lançamento Crew Dragon.
Lançamento Crew Dragon. Imagem: Screenshot NASA TV via Engenharia 360.

Demo-2

O lançamento estava previsto inicialmente para dia 27, última quinta, mas as condições meteorológicas não permitiram que os astronautas Bob Behnken e Doug Hurley voassem em segurança. O lançamento foi interrompido e a gente, em meio à frustração, contou sobre isso aqui.

Vale citar que essa sensação claramente não era apenas nossa: os astronautas haviam se sujeitado a mais um longo ensaio realista, os Estados Unidos não deram largada no #launchamerica para promover sua soberania espacial e o polêmico Elon Musk não provou seu ponto nessa viagem de demonstração da cápsula Crew Dragon, finalmente tripulada.

Mas o tempo mudou e o cenário também.

5, 4, 3, 2, 1… Liftoff!

Neste sábado (30), felizmente, tudo correu conforme o esperado e o lançamento foi concluído com sucesso – e, convenhamos, bastante emoção de nós, espectadores. A cápsula Crew Dragon da SpaceX foi devidamente lançada pelo foguete Falcon 9 e encontra-se a caminho da Estação Espacial Internacional – a ISS, tendo entrado em órbita 12 minutos depois do lançamento, conforme esperado. Agora, a viagem está prevista para durar 19 horas.

Astronautas Bob e Doug dentro da capsula Crew Dragon. Imagem: SpaceX.
Astronautas Bob e Doug dentro da capsula Crew Dragon. Imagem: SpaceX.

Of course I Still Love You

Sucesso extra foi a recuperação do Falcon 9, o famoso foguete da SpaceX para lançamentos de baixa órbita. Ele pousou no navio à sua espera no Oceano Atlântico e a gente conta que ele que esteja pronto para outra. O nome do navio é “Of Course I Still Love You”. E, vamos convir, com tanta ousadia da SpaceX, é claro que a gente ainda a ama, não é?

Os foguetes da família Falcon são muito particulares para a empresa de Elon Musk, por terem revolucionado a ideia de foguetes reaproveitáveis. Um deles chegou a ser lançado cinco vezes antes de perder a possibilidade de recuperação.

E se você quiser conhecer um pouco das instalações da NASA que deixaram a gente animado nesta semana, não deixe de conferir os 8 tours virtuais disponíveis. Lá você encontra até uma opção de conhecer a ISS, onde os astronautas Bob e Doug estarão em breve!

E você, assistiu ao lançamento? Conta para a gente o que achou!

Fonte: NASA.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Saúde 4.0 se refere à 4ª Revolução de Serviços (acelerada pelo isolamento social). Como o próprio nome indica, Saúde 4.0 está totalmente relacionado com a Indústria 4.0.

De acordo com a Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, o termo Saúde 4.0 destaca a importância da integração da tecnologia da informação (TI) com a manufatura e o setor de serviços (atendimento online e logística) no setor da saúde.

Basicamente, as quatro fases das revoluções industriais, e seus impactos tanto no mercado quanto na sociedade, se deram da seguinte forma:

  • 1ª Revolução Industrial: foi marcada pela mecanização da produção através de água e vapor. Aconteceu entre 1760 e 1830.
  • 2ª Revolução Industrial: quando começou a produção em massa e linhas de montagem com ajuda de energia elétrica. Ocorreu por volta de 1850.
  • 3ª Revolução Industrial: trouxe a revolução digital com uso da eletrônica, das tecnologias de informação e da automação. Aconteceu em meados do século XX.
  • 4ª Revolução Industrial: engloba tecnologias e conceitos de organização da cadeia de valor. Ela se caracteriza por um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico. É a que vivemos atualmente.
mulher de jaleco tocando tela saúde 4.0
Imagem: proxis.com.br

Afinal, o que é Saúde 4.0 então?

Inovações com Machine learning, Internet das coisas, Big Data e Inteligência artificial são algumas das tecnologias emergentes que embasam o conceito de Saúde 4.0. Elas podem ser usadas para gerenciar processos médicos de forma mais efetiva e personalizada. Assim, a Saúde 4.0 prevê a interconectividade entre máquinas, bancos de dados mais eficientes e maior autonomia do paciente em relação à própria saúde.

A indústria 4.0 impacta diretamente no desenvolvimento de novos tratamentos, no monitoramento do paciente e na gestão dos recursos das unidades de saúde. Com os novos recursos, é possível trabalhar em prol da prevenção de doenças e cuidados com a saúde.

Segundo a Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em saúde, a expansão do recurso móvel de saúde poderia contribuir significativamente para melhorar a atenção básica e reduzir os deslocamentos e o uso intensivo de médicos. Também poderia economizar recursos públicos e, principalmente, melhorar a qualidade e expectativa de vida da população.

Ao mesmo tempo, o monitoramento e o gerenciamento da saúde se tornarão mais pessoais e oportunos à medida que as novas tecnologias capacitarão os indivíduos a realizar o monitoramento da saúde e as atividades de gerenciamento usando ferramentas virtuais e sistemas cyber-físicos baseados nos princípios do design da indústria 4.0 que conectam o físico e o virtual em tempo real” afirma Christoph Thuemmler, autor do livro “Healthy 4.0: How Virtualization and Big Data are Revolutionizing Healthcare”.

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Engenharia 360

Lippel Junior

Comunicador, trabalha na área de comunicação. Esteve a frente da direção de produção de conteúdo de algumas produtoras e emissoras no Brasil. Atualmente é sócio da Bronks Content, respondendo pela direção de produção da produtora e do portal Central Crafts.