Engenharia 360

Falcon 9 foi lançado pela quinta vez, mas não deve ser recuperado

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por Kamila Jessie
| 23/03/2020 | Atualizado em 12/05/2022 2 min

Falcon 9 foi lançado pela quinta vez, mas não deve ser recuperado

por Kamila Jessie | 23/03/2020 | Atualizado em 12/05/2022
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Mais 60 satélites do projeto Starlink foram lançados em órbita e o disparo foi realizado pelo Falcon 9, o principal modelo da empresa de Elon Musk. Entretanto, desta vez o projétil não conseguiu pousar no navio localizado no Atlântico para sua coleta e recuperação completa.

SpaceX Falcon 9 lançamento
Foto: digitaltrends

Os foguetes da família Falcon são bastante famosos e, desde junho de 2010, foram lançados 86 vezes, com 84 sucessos completos da missão, uma falha parcial e uma perda total de naves espaciais (números atuais em 18 de março de 2020). Além disso, um foguete e sua carga útil foram destruídos na plataforma de lançamento no processo de abastecimento antes de um teste estático de incêndio. Acompanhar os lançamentos virou rotina dos fãs aqui.

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Nesse sentido, vimos o último, cujo objetivo era o lançamento de satélites Starlink, mas que levou a crer de que um booster do Falcon 9 já lançado quatro vezes antes, pode ter vivido sua última missão.

Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, confirmou que um dos motores do Falcon 9 desligou no processo de subida e que será conduzida uma investigação completa para entender o motivo. O que ocorreu foi que um dos nove motores do primeiro estágio do foguete foi desligado prematuramente por cerca de 2 minutos e 22 segundos, após a decolagem.

Elon confirmou em um
tweet que o Falcon 9 sofreu um "desligamento antecipado do motor em
subida, mas não afetou a inserção da órbita, o que indica o valor de ter nove
motores”.

A SpaceX foi capaz de capturar ambas as partes do cone do foguete depois do lançamento, e foi a primeira vez que as duas partes foram pegas em uma única missão. Mais tarde, a SpaceX divulgou que o booster não foi recuperado.

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Reutilização de foguetes
de classe orbital

A SpaceX é a única
empresa que atualmente recupera e reutiliza boosters de foguetes da classe
orbital. Embora a recuperação do booster ajude a reduzir custos e manter uma
cadência rápida de lançamento, o pouso no primeiro estágio é sempre um objetivo
secundário nas missões da SpaceX.

Isso porque o Falcon 9
foi concebido desde o início para máxima confiabilidade. A configuração simples
de dois estágios do Falcon 9 minimiza o número de eventos de separação - e com
nove mecanismos de primeiro estágio, ele pode concluir com segurança sua
missão, mesmo no caso de um desligamento do motor, justamente o que ocorreu
neste último evento.

É um pássaro? É um avião?
É um satélite Starlink?

Apesar do inconveniente
com o viajado Falcon 9, a missão foi dada como cumprida, pois o Falcon 9
conseguiu colocar em órbita todos os 60 satélites da empresa. Esses 60
satélites referem-se ao projeto Starlink, que promete cobrir o planeta com
internet de qualidade, extremamente necessária nessa época de demanda em função
da quarentena por causa do COVID-19.

Muito porém, não podemos esquecer dos problemas associados a essa megaconstelação de satélites de comunicação, que vem preocupando profissionais da astronomia.  Esta parte da história você pode acompanhar aqui.

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Fonte: Space Flight Now. The Verge.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

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