O futuro da construção civil chegou, e ele atende por… Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção! No Brasil, desde 2021, o uso do BIM é obrigatório para projetos de obras públicas federais. Isso significa que engenheiros que trabalham na construção civil precisam ser hoje capacitados nesse conceito. E justamente o Revit, da Autodesk, é um dos softwares mais utilizados no mundo para projetos BIM. Quem não sabe mexer na ferramenta pode estar perdendo diversas oportunidades valiosas!

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Imagem reprodução Autodesk

O desafio para quem não domina Revit é que muitos cursos oferecidos na área são superficiais, desatualizados ou não preparam bem os alunos para o mercado real. Agora imagine poder aprender Revit do zero ao avançado com um método simples, eficaz e direto ao ponto. É possível e o Engenharia 360 te mostra como no artigo a seguir. Confira!

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Imagem divulgação Revit

O BIM não é uma opção!

Como explicamos antes, o BIM não é um software, mas uma metodologia que une todas as etapas de um projeto de engenharia em um único ambiente digital. O objetivo é permitir que vários profissionais envolvidos na obra – arquitetos, eletricistas e mais – colaborem de forma integrada, aumentando a produtividade, reduzindo retrabalhos e desperdícios, e otimizando custos. E se você estiver envolvido num serviço desses, o Revit poderá ser seu melhor aliado.

Quer saber como se destacar num mercado saturado e garantir resultados rápidos e lucrativos?

O que acha de fazer um curso de Revit para Engenheiros?

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Imagem de DC Studio em Freepik

Para quem é esse treinamento?

  • Quem nunca usou Revit e quer aprender do zero ao avançado.
  • Estudantes e profissionais de engenharia civil, arquitetura, elétrica, hidráulica ou design de interiores.
  • Quem busca recolocação profissional de forma rápida e eficiente.
  • Quem quer aumentar seus ganhos, ser mais valorizado e requisitado no mercado.
  • Quem deseja se atualizar com as tecnologias mais modernas da construção civil.
  • Quem precisa adaptar seu trabalho ao conceito BIM, presente e futuro da engenharia.
  • Quem precisa de horas complementares para a faculdade.

Estude onde e quando você quiser, no seu ritmo. Ganhe certificado reconhecido. E quando precisar tirar dúvidas, conte com o auxílio de especialistas.

O que você vai aprender?

No treinamento em Revit da Tesla Treinamentos, você aprende, do básico ao avançado, a desenvolver projetos completos em engenharia. O conteúdo abrange todas as disciplinas essenciais (arquitetura e interiores, estrutural, hidrossanitário e elétrico, aplicadas em cada projeto). E o mais legal é que o método sai da teoria para a prática, focando em experiências reais, preparando o aluno para projetar engenharia com qualidade, produtividade e precisão.

Bônus exclusivos

Ao se matricular no curso de Revit da Tesla Treinamentos – conferir planos -, você ainda pode receber outros cursos extras para turbinar seu currículo:

  • AutoCAD Básico (18h)
  • Lumion (9h)
  • Photoshop (24h)
  • SketchUp (42h)
  • Gestão do Tempo (15h)

Não fique para trás no mercado: Matricule-se no curso de Revit!

Já entendeu, não é? Saber Revit, assim como a metodologia BIM, não é mais opção. É uma exigência do mercado! Quanto antes você aprender essa ferramenta, maiores serão suas chances de crescer na profissão e garantir oportunidades em empresas de destaque.

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Imagem de Evgeniy Surzhan em Unsplash

A jornada de transformação da sua carreira começa AGORA! Um treinamento prático Revit para Engenheiros vai guiar você de iniciante a especialista em poucas semanas.

Veja Também: Diferenças entre Revit e BIM na Engenharia


Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Você é estudante ou profissional de engenharia e ainda não domina o AutoCAD? Como assim? Então, é provável que logo seja deixado para trás pelo mercado de trabalho – não tem jeito, é o que acontece com quem não se atualiza!

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Imagem de IndiaMART em Freepik

Por incrível que pareça, muitos saem da faculdade de arquitetura e engenharia desse jeito, sem entender nem mesmo os comandos básicos da ferramenta. O resultado? Perdem oportunidades valiosas de estágio, emprego e crescimento profissional.

Em verdade, saber elaborar projetos em CAD é hoje requisito básico para disputar vagas de trabalho e estágios na construção civil. Pensando nisso, nós, do Engenharia 360, trouxemos uma dica de curso – dica de ouro, viu? – para nossos leitores que desejam impulsionar sua carreira em 2025. Confira a seguir!

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Imagem de Grove Brands em Unsplash

Por que saber AutoCAD pode mudar sua trajetória profissional em 2025?

Vamos falar então das vagas de trabalho em engenharia? Sabia que 9 em cada 10 exigem conhecimento em AutoCAD? Então, se você aprender essa ferramenta, pode aumentar suas chances de achar um emprego ou ganhar uma promoção.

Quer saber de uma boa notícia? O Engenharia 360 tem uma parceira incrível, que é a Tesla Treinamentos – uma das melhores escolas online de educação voltada para estudantes e profissionais da área da engenharia -, e justamente um dos treinamentos que ela oferece é o de AutoCAD. 

O que acha de aprender mais sobre esse programa da Autodesk sem gastar fortunas com mensalidades do software, sem ter um computador superpotente ou perder horas em cursos teóricos que não ensinam na prática? Pois o curso da Tesla Treinamentos difere disso! Seu programa é bem estruturado para levar o aluno do zero ao nível profissional, com conteúdo alinhado às exigências reais do mercado de trabalho. Quer ser um especialista em projetos 2D e 3D, pronto para atender seus clientes com segurança e produtividade? Então, bora se matricular?!

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Imagem de Greg Rosenke em Unsplash

Para quem é esse treinamento?

  • Alunos de engenharia buscando estágio.
  • Profissionais procurando recolocação no mercado.
  • Interessados em aprender habilidades técnicas valorizadas.
  • Aspirantes a se tornarem referência em projetos.
  • Freelancers em busca de oportunidades autônomas.
  • Indivíduos necessitando atualizar e dominar ferramentas essenciais.

O que você vai encontrar no curso?

  • Aulas gravadas, online e no seu ritmo.
  • Método passo a passo, fácil de acompanhar.
  • Foco total em projetos práticos e reais.
  • Suporte direto com instrutores experientes.
  • Acesso gratuito ao AutoCAD para as aulas (sem custo adicional).
  • Certificado reconhecido no mercado.
  • Materiais extras para acelerar seu aprendizado.

Falando das aulas desse curso, são ensinados comandos básicos até técnicas avançadas para criar projetos profissionais de engenharia. O objetivo é, no final, você já estar dominando as ferramentas necessárias para desenhar, editar (incluindo hachuras, preenchimentos, escalas e layers), organizar e detalhar trabalhos (como em cortes, vistas e anotações), além de imprimir. Por fim, desenvolver modelos tridimensionais, aplicar renderização e preparar perspectivas e apresentações.

Bônus exclusivos

Ao se matricular no curso de AutoCAD da Tesla Treinamentos – conferir planos -, você ainda pode receber outros cursos extras para turbinar seu currículo:

  • Curso de Excel Básico (25h)
  • Curso de Oratória (15h)
  • Curso de PowerPoint (15h)
  • Curso de Gestão do Tempo (15h)
  • Curso de Word (15h)
  • Livro Digital
  • 1.000 Blocos Prontos de AutoCAD
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Imagem de Freepik

Pronto para dar o próximo passo na sua carreira?

Aproveite essa chance única! Faça um curso completo, prático e totalmente focado na engenharia. Garanta um currículo de peso, valorize sua carreira e transforme seu futuro profissional. O melhor momento para investir em você é AGORA!

Veja Também: Por que aprender AutoCAD em 2025 ainda é essencial


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A arquitetura e a engenharia têm grande poder de transformar espaços e também de transformar a vida das pessoas, isso inclui crianças em seu ambiente escolar. Imagine salas de aula que não apenas abrigam alunos, mas os conectam com a natureza e a cultura local. Esses ambientes teriam um design que se estenderia para jardins, pátios e até para telhados, funcionando como um grande parque de topografia operativa. Parece uma proposta muito ousada e futurista para você? Mas saiba que esta é a realidade da Canadian School, em Cholula, no México.

Essa linda escola tem o projeto assinado pelo renomado escritório mexicano Sordo Madaleno; ela está localizada próxima ao majestoso Vulcão Popocatépetl e a histórica Pirâmide de Cholula. Embarque numa viagem com o Engenharia 360 para conhecer esta instituição educacional e tudo o que de melhor sua engenharia moderna oferece em termos de estrutura orgânica, sustentabilidade e inspiração que pode ensinar a nova geração de engenheiros pelo mundo!

Localização estratégica e inspiração na natureza e cultura local

A região onde está inserida a edificação da Canadian School, no México, é realmente muito privilegiada. Seu contexto geográfico e histórico é bastante rico e certamente impactou todo o projeto arquitetônico proposto por Sordo Madaleno. Segundo o próprio escritório, a ideia central era criar um ambiente que respeitasse e integrasse esses elementos locais, aproveitando ao máximo as particularidades para formar um diálogo contínuo entre o construído e o natural.

De fato, esse pensamento tem tudo a ver com a contemporaneidade, onde a engenharia é pensada para conviver de forma harmônica com o meio ambiente.

Canadian School
Imagem de Instagram @sordo_madaleno, reprodução Casa e Jardim – Globo

Quando olhamos para as imagens distribuídas ao longo deste texto, percebemos que essa arquitetura rompe realmente com o modelo tradicional das escolas fechadas e isoladas do entorno. O ambiente da Canadian School foi moldado de forma orgânica e parece ser uma extensão do próprio terreno, numa estrutura que dialoga, de certo modo, com o passado pré-histórico e toda a paisagem ao redor. É bastante inspirador!

Principais destaques de arquitetura

O projeto idealizado por Sordo Madaleno para a Canadian School é organizado em sete volumes circulares que lembram colinas sobrepostas. Elas são o resultado de uma estratégia de enfrentar os próprios desníveis do sítio, sobretudo a elevação de 3 metros entre o nível da rua e o terreno da escola. Pode-se dizer então que essa condição topográfica foi transformada em uma oportunidade para inovar. Ao invés de isolar a escola do ambiente natural, o design incorpora a paisagem como elemento ativo da arquitetura – e consequentemente do aprendizado, estimulando a criatividade e o bem-estar dos alunos.

Canadian School
Imagem de Instagram @sordo_madaleno, reprodução Casa e Jardim – Globo
Canadian School
Imagem de Instagram @sordo_madaleno, reprodução Casa e Jardim – Globo

Design circular, sustentabilidade e integração vertical

O design circular imaginado por Sordo Madaleno pode ser entendido como uma metáfora das colinas ao redor da escola. Cada um dos anéis é dividido em 24 segmentos iguais, nos quais estão distribuídas salas de aula, escritórios administrativos, refeitório, jardins, pátios e instalações esportivas. Portanto, tal geometria não é apenas estética, mas funcional e simbólica! No total, são 9.300 m² de edificação.

Canadian School
Imagens reproduzidas de Sordo Madaleno
Canadian School
Imagens reproduzidas de Sordo Madaleno

Fora esses anéis, há um esquema radial que permite que os espaços comuns fiquem no centro, incentivando a socialização e o compartilhamento de recursos. Todos as áreas educacionais estão no nível inferior, enquanto a cobertura do edifício, acessível diretamente da rua, foi projetada para ser um tipo de parque, seguro e lúdico, ou playground elevado para os alunos. E ainda vale destacar que, para reduzir a “pegada construtiva”, os designers optaram por preservar como área aberta 62% do terreno da escola. Bom, não é?

Canadian School
Imagem de Instagram @sordo_madaleno, reprodução Casa e Jardim – Globo; e reproduzida de Sordo Madaleno

Principais destaques de engenharia

A integração da Canadian School também pode ser percebida nas escolhas de materiais e sistemas passivos de ventilação e iluminação feitas pelo escritório Sordo Madaleno. A própria organização modular e flexível da edificação foi combinada com tecnologias de baixo consumo energético, reforçando o papel da arquitetura como ferramenta de educação ambiental. E a cobertura – que é esse grande espaço de interação comunitária – serve de isolamento térmico natural, mitigador de efeito de ilha de calor urbana, além de captador e drenagem inteligente de águas pluviais.

Lições da Canadian School para a engenharia moderna

  • Aproveitar a topografia para reduzir custos e intervenções no terreno.
  • Criar superfícies multifuncionais que ampliam o uso dos espaços.
  • Aplicar estratégias passivas de conforto térmico e eficiência energética.
  • Priorizar espaços abertos, integrados e voltados para o bem-estar.
  • Usar geometrias inteligentes para otimizar fluxos e usos.
  • Apostar na modularidade e flexibilidade para adaptações futuras.
  • Integrar a obra ao meio ambiente, transformando desafios em soluções.
  • Adotar sustentabilidade como base e não como complemento.
Canadian School
Imagens reproduzidas de Sordo Madaleno
Canadian School
Imagens reproduzidas de Sordo Madaleno

Enfim, podemos concluir que a Canadian School é um modelo de engenharia que exemplifica bem, em primeiro lugar, que a separação entre arquitetura e engenharia ficou no passado. O presente e o futuro exigem profissionais que entendam de estruturas e de estética, de cálculos e de conforto humano, de materiais e de meio ambiente. A boa construção civil depende deste pacote completo! 

A obra de Sordo Madaleno é praticamente um laboratório vivo de como é possível integrar tecnologia, cultura, paisagem e bem-estar humano em um único espaço. E o que mais podemos desejar ao final deste texto é que os engenheiros possam sempre criar projetos que inspirem, eduquem e promovam o desenvolvimento sustentável; que as nossas escolas possam ser uma ferramenta para transformar o aprendizado, a convivência e o respeito ao planeta!

Veja Também: A Engenharia nas escolas: despertando nas crianças o interesse pelas Ciências Exatas


Fontes: Revista Casa e Jardim, Architizer.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Há mais de uma década, quando recém começamos as atividades aqui, no Engenharia 360, já se ouvia falar de um projeto audacioso e inovador da Microsoft para instalar data centers no fundo do mar. O projeto, batizado como ‘Natick’, tinha como objetivo explorar uma forma mais sustentável e eficiente para o crescente consumo energético e desafios de refrigeração enfrentados pelos próprios data centers tradicionais em terra firme. E depois de tantos testes promissores, a empresa simplesmente resolveu interromper os trabalhos. Mas por quê? Vamos analisar os motivos no artigo a seguir!

A origem do Projeto Natick

Ali pelos anos de 2012 e 2013, a Microsoft apresentou esse Projeto Natick com a proposta de posicionar, no solo marinho ou flutuando sob a superfície do oceano, diversos tubos de aços gigantes contendo servidores conectados por fibra óptica para garantir alta velocidade de transmissão de dados. Parece até roteiro de ficção futurista, não é mesmo? Tal conceito surgiu durante o evento ThinkWeek; e, na ocasião, foi destacado como a água do mar poderia ser a melhor solução natural de resfriamento para data centers, transmitindo Internet de altíssima velocidade para as cidades costeiras.

A saber, atualmente, a metade da população mundial vive até 190 km da costa. Por isso, a Microsoft apostava que levar os servidores para mais perto dessas pessoas poderia reduzir significativamente a latência dos serviços, além de economizar energia e otimizar espaço físico.

data centers subaquáticos da Microsoft
Imagem de Jonathan Banks reproduzida de Microsoft News

O funcionamento dos data centers subaquáticos

A primeira fase do Projeto Natick começou oficialmente no ano de 2015, com diversos testes sendo realizados no Oceano Pacífico. Depois, em 2018, um data center do tamanho de um contêiner foi instalado a 35 metros de profundidade nas Ilhas Órcades, na Escócia. 

A estrutura é hermeticamente fechada, preenchida com nitrogênio seco – mais estável para os servidores, diferente do tradicional oxigênio, geralmente utilizado em sistemas similares e que provoca corrosão e oxidação de componentes. Todos os equipamentos são protegidos contra a corrosão, flutuação de temperatura e interferências humanas. As conexões são feitas via fibra óptica. E a energia é fornecida por fontes renováveis locais, que podem ser turbinas de marés e geradores de ondas.

data centers subaquáticos da Microsoft
Imagem reproduzida de Microsoft News

Resultados do experimento

O grande experimento realizado pela Microsoft em 2018 provou que, ao utilizar data center no fundo do mar, a taxa de falhas cai para oito vezes menos em comparação com data center em terra. O resfriamento é altamente eficiente, com baixíssimo impacto energético e pouca ou quase nenhuma necessidade de manutenção durante o período submerso. Além disso, nenhum impacto ambiental foi perceptível no entorno, segundo medições acústicas e térmicas. Inclusive, depois de dois anos, quando o equipamento foi retirado d’água, tudo parecia estar bem preservado, com pouco acúmulo de vida marinha.

Segundo os cientistas, talvez o maior aprendizado tirado do experimento foi que é possível operar data centers sem usar água doce para resfriamento – um recurso vital para agricultura e a vida selvagem -, o que reforça o potencial sustentável da iniciativa.

Razões para a paralisação dos data centers subaquáticos

Parece estranho dizer, depois de listar tantas vantagens dos data centers subaquáticos que a Microsoft tenha desistido – por hora – de apostar em tal solução. Afinal, se deu tão certo, por que a empresa parou? Bem, esse anúncio foi dado em 2024 por seus gestores, mas enfatizando que a ideia não foi abandonada definitivamente.

Primeiro, eles esclareceram que o Projeto Natick era mesmo um projeto experimental, que serviu para gerar conhecimento, testar hipóteses e entender os desafios operacionais de ambientes externos. Então, em princípio, todos os objetivos foram alcançados. Mas agora, diante dos dados coletados, é preciso aprimorar a tecnologia e aplicar o aprendizado em outras áreas, inclusive para melhorar a confiabilidade e ciências dos data centers terrestres, como as unidades modulares.

data centers subaquáticos da Microsoft
Imagem reproduzida de Microsoft News

Embora eficientes, os data centers subaquáticos se mostraram muito caros quanto à sua implantação; a logística disso é bastante complexa e envolve guindastes, robôs subaquáticos e janelas climáticas favoráveis. E falando bem a verdade, os cientistas não têm 100% de certeza se grandes volumes de equipamentos submersos poderiam ou não afetar ecossistemas marinhos sensíveis.

data centers subaquáticos da Microsoft
Imagem reproduzida de Microsoft News
data centers subaquáticos da Microsoft
Imagem reproduzida de YouTube aTech PT

O futuro da Microsoft e os data centers subaquáticos

Em entrevistas recentes, os gestores da Microsoft deixaram bem claro que seu foco não está mais em tornar os data centers subaquáticos viáveis. Neste momento, a empresa tem metas mais ambiciosas, como zerar as emissões de carbono até 2030, desenvolver data centers autossuficientes e com manutenção mínima, e reduzir drasticamente o consumo de água e energia em suas operações. De todo modo, não se pode negar que a ideia de implantar data centers próximos a centros urbanos costeiros continua sendo uma visão bastante atraente para o futuro da computação.

O mercado ainda valoriza, sim, soluções mais tradicionais e escaláveis; isso talvez explique por que a Microsoft pode estar focando em outras inovações que atendam melhor às necessidades atuais. Mas vai saber do futuro… Fato é que a demanda por data centers continua crescendo, sobretudo impulsionada por Inteligência Artificial, computação em nuvem e dispositivos conectados.

Veja Também: China Instala Data Center Submarino: Avanço Tecnológico


Fontes: Pplware.sapo, Microsoft, Windows Central, Game Vicio.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Engenharia 360 tem uma excelente notícia para compartilhar com você! Sabia que já existe um sistema inovador de alta tecnologia capaz de detectar de forma precoce e em tempo real incêndios florestais? Estamos falando do ForestGuard 2.0, que funciona com auxílio de Internet das Coisas (IoT), comunicação via satélite e Inteligência Artificial (IA). O mesmo foi desenvolvido por Suat Batuhan Esirger e Rana Imam, inspirados em suas próprias experiências reais no campo, durante os incêndios florestais na Turquia em 2021.

Na ocasião, sua equipe percebeu que havia necessidade urgente de soluções mais ágeis e confiáveis para conter os danos causados pelos incêndios antes que eles se espalhassem. Assim nasceu a ideia de criar um dispositivo compacto, eficiente e extremamente eficaz. Continue lendo este artigo para saber mais!

dispositivo ForestGuard 2.0 que detecta incêndios florestais
Imagem reproduzida de Wordless Tech

A história por trás do desenvolvimento do ForestGuard 2.0

O mês de agosto de 2021 foi especialmente triste para a Turquia, que sofreu com grandes perdas florestais causadas por incêndios devastadores. Várias equipes participaram de ações de busca e salvamento com drones, enquanto outros ajudaram populações locais afetadas. Quando voltaram, se dedicaram a pesquisas para melhorar a detecção de incêndios, desenvolvendo protótipos usando comunicação LoRa e criando uma rede chamada “WoodWideWeb”. E logo perceberam que as limitações práticas exigiam mudança para comunicação via satélite.

Em fevereiro de 2022, os pesquisadores lançaram a sua própria placa-mãe, otimizada para baixo custo de energia e maior resistência ambiental. Depois de alguns testes, o ForestGuard 2.0 foi oficialmente lançado, com atualizações OTA (Over-The-Air), permitindo aprimoramentos constantes mesmo após a instalação. Hoje, já são mais de 250 módulos ativos só na Turquia, com planos em andamento para expansão na União Europeia. Dentre os clientes mais interessados na aquisição do dispositivo estão empresas de energia, ministérios florestais, hotéis, companhias de seguro e instituições ESG.

Desvendando o funcionamento do dispositivo ForestGuard 2.0

O ForestGuard 2.0 foi idealizado para ser instalado diretamente nas árvores, com tiras flexíveis que permitem o crescimento natural das espécies sem causar danos. A ideia é que seu sistema sensorial avançado possa monitorar gases, temperatura, umidade e pressão do ar ao redor para identificar a presença de fumaça e fogo ainda em sua fase inicial. Assim, seria possível às autoridades competentes darem uma resposta rápida e eficaz antes mesmo das chamas se alastrarem.

Tecnologia para transmissão de dados

Claro que, para que esse plano dê certo, cada módulo do ForrestGuard 2.0 é equipado com sensores de espectro amplo, capazes de analisar o ar para detectar sinais específicos de incêndio. Só para se ter uma ideia, eles conseguiriam diferenciar exatamente fumaça de incêndios ou outras emissões comuns, e tudo isso graças a um algoritmo de Machine Learning integrado diretamente no hardware (Edge AI).

dispositivo ForestGuard 2.0 que detecta incêndios florestais
Imagem reproduzida de The James Dyson Award

Em caso de alguma anomalia, os dados são enviados via comunicação direta com satélites geoestacionários, utilizando o canal de radiofrequência S-Band, para os servidores da empresa, onde é feita uma verificação final. Com confirmação de risco de incêndio, uma notificação é enviada automaticamente às autoridades responsáveis.

dispositivo ForestGuard 2.0 que detecta incêndios florestais
Imagem reproduzida de The James Dyson Award

E se você estiver se perguntando sobre a capacidade de operação dos módulos, vale destacar que eles possuem painéis solares e supercapacitores Li-Ion integrados; assim sendo, seriam autossuficientes por décadas, suportando mais de 100 mil ciclos de carga. Além disso, dentro deles, foram instalados sensores giroscópicos para detectar tentativas de violação ou roubo – lembrando que áreas de florestas são, infelizmente, vulneráveis a ações de garimpeiros e outros criminosos.

Diferença de soluções tradicionais

Tradicionalmente, as equipes de segurança florestal utilizam câmeras, drones ou satélites para detecção de incêndios já em estágio avançado. Mas, como já mencionamos, o ForestGuard 2.0 seria diferente, pois detectaria o fogo no estágio ainda da fumaça, sob diretamente a copa das árvores, onde os primeiros focos geralmente começam. E por usar uma comunicação via satélite, deve funcionar mesmo quando as infraestruturas terrestres, como redes GSM, estão comprometidas ou destruídas – o que normalmente acontece em grandes incêndios.

dispositivo ForestGuard 2.0 que detecta incêndios florestais
Imagem reproduzida de Wordless Tech

Segundo os idealizadores desta inovação, cada módulo do dispositivo seria capaz de cobrir uma área de aproximadamente 16 hectares, protegendo cerca de 500 árvores. Para a fabricação do Forest Guard 2.0 é prevista a utilização de plásticos reciclados coletados nas próprias florestas, reduzindo ainda mais o impacto ambiental e contribuindo para a sustentabilidade.

Possíveis aplicações de uso do ForrestGuard 2.0 na engenharia

O dispositivo ForestGuard 2.0 pode ser utilizado por diversas áreas da engenharia, desde o monitoramento ambiental até gestão de risco em projetos de infraestrutura. Estamos alguns exemplos:

  • Monitoramento contínuo de áreas florestais: Para vigilância ambiental e preservação de ecossistemas.
  • Integração com sistemas de resposta emergencial: Garante comunicação em caso de desastres, mesmo sem internet ou sinal móvel.
  • Prevenção preditiva com Inteligência Artificial: Usa IA para prever e prevenir incêndios com base em dados e padrões climáticos.
  • Solução modular e adaptável: Permite diferentes tipos de comunicação (GSM, Wi-Fi, LoRa, etc.) e sensores adicionais (vibração, pressão, etc.).
  • Proteção de zonas industriais em áreas florestais: Empresas de energia, mineração e turismo usam para proteção contra incêndios e ações de ESG.
  • Engenharia de segurança e gestão de riscos: Apoia na prevenção e mitigação de desastres naturais.
  • Construção civil em áreas próximas a florestas: Garante segurança de obras e comunidades vizinhas, com alerta antecipado de riscos.

Perspectivas para o futuro do sistema ForestGuard 2.0 

Até onde se sabe, já foram assinados vários contratos para utilização do sistema ForestGuard 2.0; sem contar parcerias com governos em andamento para criar redes de sensores livres de infraestrutura convencional, preparando cidades e regiões para eventos climáticos cada vez mais frequentes. Seus desenvolvedores agora têm planos para adaptar o sistema de monitoramento para outros tipos de desastres naturais, como terremotos e inundações. Se tudo der certo, essa inovação deve ter grande impacto na engenharia de segurança e gestão ambiental do planeta.

Veja Também:

Quais são as causas das queimadas florestais?

O que é a fumaça vermelha lançada por alguns aviões?


Fontes: James Dyson Award, wordlessTech.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Frequentemente trazemos para o Engenharia 360 alguns projetos inspiradores de arquitetura hoteleira. Dessa vez, gostaríamos de apresentar o Unique Garden Hotel & Spa, localizado a apenas 50 minutos de São Paulo, em uma região de Mata Atlântica. Trata-se de um espaço cuidadosamente projetado para ser um refúgio de luxo, sustentabilidade e experiências sensoriais inesquecíveis; um exemplo de soluções inovadoras em engenharia e paisagismo, podendo servir de referência para profissionais e entusiastas destas áreas. Explore ao máximo esse exemplar de design no artigo a seguir!

hotel Unique Garden
Imagem divulgação Andre Klotz via Forbes

Localização estratégica e integração com a natureza

É impossível não ficar encantado com o projeto do Unique Garden! Ele combina técnicas avançadas de construção, design biofílico e uma infraestrutura pensada para harmonia entre bem-estar, conforto e preservação ambiental. Ou seja, é um exemplo prático de tudo aquilo que desejamos para a engenharia moderna!

Esse lindo complexo foi implantado em uma encosta elevada de Mairiporã, região metropolitana de São Paulo, vizinha a uma área de proteção ambiental. São 700 mil metros quadrados, dos quais mais de 350.000 são de mata preservada. Desse jeito, os hóspedes conseguem ter contato com a natureza de modo muito especial, além de desfrutar de vistas exuberantes dos seus dormitórios e áreas comuns do hotel.

hotel Unique Garden
Imagem reprodução de Forbes

Vale destacar – antes de surgirem críticas – que, nesse caso, vem sendo realizado um trabalho periódico de manejo da vegetação nativa e a recuperação de áreas degradadas, com o plantio de mudas de espécies típicas da Mata Atlântica.

A topografia acidentada exigiu soluções bem criativas para garantir a acessibilidade, conforto e integração visual dos chalés com o entorno natural. E é neste ponto que devemos destacar a colaboração do renomado arquiteto Ruy Ohtake, imprimindo sua assinatura (com formas orgânicas, cores vibrantes e integração com paisagismo) em diversos espaços do empreendimento.

hotel Unique Garden
Imagem reproduzida de Lifestyle Brazil
hotel Unique Garden
Imagem reproduzida de Lifestyle Brazil

Principais destaques de arquitetura

Talvez o maior destaque estrutural do Unique Garden seja o Chalé Cristal, com impressionantes 600 metros quadrados, paredes de vidro e um terraço panorâmico que se abre para um lago e piscina aquecida privativa; o uso extensivo de vidro ajudou a valorizar a luz natural e reforçar a sensação de imersão na natureza. Além disso, os demais espaços do complexo são amplos, de circulação fluida, com materiais táteis e texturas variadas, mobiliário ergonômico e muitas obras de artes.

hotel Unique Garden
Imagem reproduzida por Tripadvisor

Engenharia sustentável e soluções ambientais

Falando especificamente de paisagístico, o projeto do Unique Garden envolveu o esforço de mais de uma dezena de profissionais. O mesmo foi desenhado para não só embelezar, mas também, como enfatizamos antes, para recuperar áreas degradadas, reforçando corredores ecológicos e promovendo biodiversidade. Em cada detalhe percebe-se a preocupação em aproveitar recursos naturais e materiais de baixo impacto ambiental, como madeira certificada e elementos recicláveis.

Segundo os idealizadores do Unique Garden, a sustentabilidade é o pilar central da proposta. Foram adotadas práticas inovadoras como uso de água nascente própria (devidamente tratada), sistema de estufas e canteiros ao ar livre para abastecer os restaurantes, captação de água da chuva para irrigação dos jardins, paineis solares para aquecimento de água, iluminação com LED de baixo custo, manejo adequado de resíduos, e transporte interno sustentável (incluindo carros elétricos e bicicletas disponíveis para os hóspedes).

hotel Unique Garden
Imagem reproduzida de Lifestyle Brazil
hotel Unique Garden
Imagem reproduzida de Lifestyle Brazil

Principais destaques de paisagismo

O trabalho de paisagismo local atua na regulação térmica dos ambientes, controle da erosão e do escoamento superficial, além da conservação da biodiversidade, atraindo polinizadores e promovendo o equilíbrio ecológico. Em algumas imagens é possível ver o uso massivo da lavanda. Sabe por quê? Para repulsão de insetos, contribuindo para o conforto dos hóspedes de forma natural. E além desses jardins aromáticos, as pessoas podem desfrutar de decks para meditação – uma atração de engenharia que praticamente não agride o ambiente.

hotel Unique Garden
Imagem reproduzida por Tripadvisor

Infraestrutura a serviço da conservação ambiental

É interessante como diversas ideias para o Unique Garden saíram do papel, deixaram de ser conceito e viraram uma postura ativa do empreendimento. Dentro do hotel, é realizado um trabalho de conservação da vida animal silvestre, abrigando mais de uma centena de animais vítimas de maus-tratos. Também há um programa de recuperação e plantio de árvores nativas dentro e fora do terreno. E uma ação focada no acolhimento de pets resgatados.

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Fontes: Forbes, Unique Brasil, LifeStyle Brasil.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Um dos materiais mais utilizados na engenharia é a borracha, desde a fabricação de pneus de carro a equipamentos médicos, passando por sistemas de vedação e componentes de máquinas. Mesmo assim, pouca gente sabe de onde vem a borracha ou como é seu processo de extração e fabricação. E é justamente sobre isso que queremos conversar neste artigo do Engenharia 360. 

Confira, a seguir, quais são os principais tipos de borrachas encontrados no mercado e outras ideias de aplicação em diferentes setores da engenharia moderna!

Por que a borracha é tão importante para a engenharia?

De maneira simplificada, podemos dizer que a borracha é um tipo de polímero, mais especificamente um poli-isopreno, formado por células ligadas quimicamente que conferem elasticidade, resistência e flexibilidade ao material.

Ainda ao longo deste texto, iremos detalhar melhor os diferentes tipos de borrachas que existem; contudo, já podemos adiantar por aqui que eles se dividem em dois grupos: borracha natural, extraída de fontes vegetais, e borracha sintética, produzida industrialmente a partir de derivados do petróleo. Ambas são muito exploradas pela engenharia, especialmente por conta da sua versatilidade e excelentes propriedades mecânicas.

Como é feita a extração da borracha natural?

A borracha natural é obtida principalmente da seringueira (Havea brasiliensis), uma árvore típica de regiões tropicais. O processo de extração começa com incisões no caule da árvore – método chamado de ‘sangria’ -, que provocam o escorrimento do látex, uma substância leitosa que contém o polímero natural.

borracha natural e sintética
Imagem de Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_da_borracha#/media/Ficheiro:Latex-production.jpg

Durante a coleta, o látex é acondicionado em recipientes e precisa ser monitorado para evitar contaminações ou apodrecimento. Depois, o material é levado para laboratório, onde passa por um processamento químico, coado e recebendo adição de amônia (NH3) para preservar sua qualidade, evitando que coagule antes da hora.

Na fase seguinte, o látex líquido é finalmente transformado em borracha através de um processo de coagulação química, utilizando sais e ácidos; então é realizada a separação do polímero do líquido, formando uma massa sólida. Para finalizar, essa borracha bruta é submetida a tratamentos adicionais para definir cor, resistência e odor, conforme a fórmula de cada fabricante.

Processo de vulcanização

Para que a borracha natural possa ser utilizada em larga escala, ela precisa passar por um processo chamado de vulcanização, que consiste na adição de enxofre ao polímero. Com isso, é possível criar uma rede de ligações cruzadas, reduzindo a histerese (ou seja, a perda de energia mecânica) e aumentando a durabilidade do elastômero. No fim das contas, a borracha fica muito mais resistente a variações de temperatura e desgaste, exposição de agentes químicos e esforços mecânicos sem perder suas propriedades.

Como é produzida a borracha sintética?

Embora a borracha natural apresente as melhores qualidades, ela depende do crescimento das árvores seringueiras, que leva em torno de sete anos para produzir látex de qualidade, limitando bastante seu uso na engenharia. Pensando nisso, os cientistas desenvolveram uma alternativa, que é a borracha sintética, capaz de replicar ou até superar algumas das características da borracha natural. O material é produzido por meio de reações químicas de polimerização que combinam compostos derivados do petróleo (como estireno, butadieno e outros) com aditivos (como minerais e plastificantes).

borracha natural e sintética
Imagem de Barbara Galante Jardim em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Borracha_sint%C3%A9tica#/media/
Ficheiro:Poliisopreno_sintese.png

Depois disso, o material também passa pela vulcanização para adquirir estabilidade. O resultado é uma borracha mais resistente ao frio, calor e contato com substâncias agressivas, como óleos e solventes. Sendo assim, essa acaba sendo uma alternativa mais vantajosa para setores industriais diversos.

borracha natural e sintética
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Quais as aplicações da borracha na engenharia?

Seja na forma natural ou na forma sintética, a borracha é indispensável na engenharia moderna. Ela é utilizada em diversos setores, como na indústria automobilística, engenharia mecânica e industrial, construção civil, setor petroquímico, área da saúde, indústria calçadista e eletrônica. E é a sua versatilidade que permite atender tantas demandas, desde o isolamento, vedação e absorção de impactos até resistência térmica e químicas específicas. Veja exemplos na lista a seguir:

Borracha natural (NR)

  • Usos: Pneus, luvas, preservativos, utensílios domésticos, amortecedores.
  • Características: Alta elasticidade, alongamento até 900%, excelente resiliência, porém sensível a óleos, ozônio e radiação UV.

Borracha sintética

Estireno-butadieno (SBR)

  • Usos: Pneus, calçados, peças automotivas, vedações.
  • Características: Boa resistência mecânica, custo acessível, menos elástico que a natural.

Polibutadieno (BR)

  • Usos: Pneus, componentes que exigem alta absorção de impacto, misturas com NR para melhorar desempenho.
  • Características: Alta resiliência, excelente resistência à abrasão.

Etileno-propileno-dieno (EPDM)

  • Usos: Vedações automotivas, mangueiras de radiadores, telhados, isolamentos elétricos.
  • Características: Excelente resistência ao intemperismo, ozônio, radiação UV e altas temperaturas (até 140°C).

Borracha de silicone

  • Usos: Componentes automotivos, aeroespaciais, médicos, selantes.
  • Características: Alta resistência a temperaturas extremas, estabilidade química e resistência à radiação UV.

Borracha fluorada (Viton)

  • Usos: Vedantes, tubos, o-rings, aplicações na indústria petroquímica e aeroespacial.
  • Características: Máxima resistência química e térmica, suporta ambientes extremamente agressivos.

Nitrílica (NBR)

  • Usos: Mangueiras hidráulicas, sistemas pneumáticos, vedações industriais, componentes automotivos.
  • Características: Resistência a óleos, combustíveis e solventes, além de boa performance em baixas temperaturas.

Acrilonitrila butadieno hidrogenado (HNBR)

  • Usos: Juntas de motores, sistemas de combustível, equipamentos industriais.
  • Características: Excelente resistência mecânica, térmica e química, além de suportar vapor e ácidos como sulfeto de hidrogênio.
borracha natural e sintética
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Veja Também: Borracha como material de cobertura para edificações


Fontes: Poleflex, Sovulbor.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Imagine um futuro onde toda a estrutura urbana não apenas sustenta sua função tradicional, mas também gera e armazena energia elétrica a partir do calor ambiente, de forma amigável e praticamente infinita. Essa é a promessa dos cientistas chineses da Universidade do Sudeste, na China, um cimento termoelétrico que pode revolucionar a construção civil e o conceito de edificações inteligentes. 

A saber, essa tecnologia teria sido bioinspirada nos caules das plantas e combina cimento com hidrogel em uma estrutura multicamada que maximiza a geração de energia por meio do efeito Seebeck, fenômeno que converte diferenças de temperatura em eletricidade. O material também ofereceria resistência mecânica superior, abrindo o caminho para construções autossuficientes em energia. Falamos mais sobre essa inovação no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Como funciona o novo cimento termoelétrico bioinspirado?

Como citamos no começo deste texto, o princípio por trás desse novo cimento termoelétrico é o efeito no qual uma diferença de temperatura entre duas faces de um material gera corrente elétrica. Mas vale destacar que, nesse caso em especial, os cientistas desenvolveram uma matriz que alterna camadas de cimento com camadas de hidrogel, criando canais para o transporte eficiente de íons. 

cimento termoelétrico
Compósito termoelétrico de cimento-hidrogel bioinspirado – Imagem de Yulin Wang reproduzida de Inovação Tecnológica

A explicação mais completa é que o hidrogel serve como uma via para difusão dos íons hidroxila, enquanto as interfaces entre o cimento e o hidrogel imobilizam seletivamente os íons cálcio por meio de ligações químicas específicas. Essa disparidade na mobilidade dos íons amplia o coeficiente de Seebeck para valores superiores a 40 mV/K, alcançando uma figura de mérito (ZT) de 6,6 x 10-2 – um desempenho até 10 vezes maior do que os materiais termoelétricos comentícios já conhecidos.

Quais as possíveis aplicações desse cimento termoelétrico na engenharia?

  • Pisos geradores de energia
  • Paredes que produzem eletricidade
  • Fachadas inteligentes para captação de energia térmica
  • Pontes com geração de energia para sensores de monitoramento
  • Estradas que alimentam sistemas de sinalização ou sensores
  • Alimentação de sensores estruturais embutidos
  • Suporte a sistemas de automação predial
  • Fornecimento de energia para iluminação de baixo consumo
  • Geração de energia para dispositivos de comunicação sem fio (IoT)
  • Funcionamento como bateria integrada para armazenamento de energia térmica convertida
cimento termoelétrico
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Quais as perspectivas de uso do cimento termoelétrico na engenharia civil?

Esse novo tipo de cimento poderia substituir parcialmente o cimento tradicional em obras de construção civil, diminuindo o consumo energético e as emissões associadas à geração de eletricidade convencional. O hidrogel, por sua vez, deve ajudar a reter água e facilitar a condução iônica, como explicamos antes, sem demandar processos complexos ou insumos tóxicos, o que reforça o caráter ambientalmente amigável da tecnologia.

No entanto, o cimento termoelétrico continua em fase de testes laboratoriais, precisando ainda passar por avaliações para comprovar sua durabilidade elétrica e resistência mecânica em condições externas. Entre os principais desafios estão a viabilização da produção em larga escala do hidrogel, sua adequação às normas técnicas da construção civil e setor energético. Por fim, é necessário ajustar os custos de fabricação para torná-lo comercialmente viável. Seguimos atentos aos próximos avanços dessa inovação!

cimento termoelétrico
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

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Concreto do MIT transforma casas em baterias


Fontes: Inovação Tecnológica, Click Petróleo e Gás, Synbiobeta.

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A darda de expansão ou darda hidráulica é um equipamento bastante conhecido na engenharia civil, utilizado no desmonte de rochas e concreto em processos de mineração e obras de infraestrutura. Seu funcionamento acontece por meio de um sistema de cunha hidráulica que exerce uma força significativa – que pode ultrapassar 400 toneladas – nas paredes internas de furos feitos nas rochas ou estruturas. Isso leva ao desmonte do material com bastante precisão, baixo ruído e praticamente sem vibrações, promovendo o ambiente de mais segurança, produtividade e controle nas operações.

darda de expansão
Imagem reproduzida de DirectIndustry

Em princípio, a darda de expansão é indicada especialmente para ambientes urbanos ou espaços confinados. Ela é perfeita para trabalhos em locais que exigem alta produtividade sem comprometer a segurança ou o meio ambiente. Te contamos mais sobre esse equipamento no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Como funciona a darda de expansão?

Antes de contarmos sobre o funcionamento da darda de expansão ou darda hidráulica, precisamos voltar um pouco no tempo. Lembramos que, num passado não muito distante, o método mais utilizado em qualquer desmonte de rochas e concreto era o uso de explosivos e argamassas expansivas. Porém, estas opções apresentam limitações como riscos elevados, necessidade de licenças, ruído intenso e vibrações prejudiciais. Então, a engenharia apresentou a solução da darda, prometendo mais eficiência e segurança.

Então, vamos falar mais sobre a darda de expansão! Seu princípio de funcionamento baseia-se no conceito milenar da cunha. Resumidamente, uma força é aplicada em um ponto pequeno e isso gera uma enorme pressão, que atua de dentro para fora, causando a fratura do material. Eis passo a passo:

  1. Primeiro, o profissional realiza diversos furos na rocha ou concreto, com diâmetro e profundidade compatíveis com o modelo da darda hidráulica que será utilizada.
  2. Na fase 2, ele insere o conjunto da cunha dentro do furo no local onde deseja iniciar a trinca.
  3. A bomba hidráulica do equipamento é então acionada por um motor elétrico, pneumático, diesel ou a gasolina, exercendo uma pressão de até 500 bar, fazendo a cunha avançar rapidamente e separar as paredes internas do furo, rompendo o material de modo controlado e preciso. Aliás, nesse momento, a expansão interna pode ultrapassar as 400 toneladas. 
  4. Caso necessário, o profissional instala novos conjuntos ou conjuntos maiores de cunhas, inserindo no mesmo furo para ampliar a trinca e facilitar o desmonte.
darda de expansão
Imagem reproduzida de DTH Drilling Tools
darda de expansão
Imagem reproduzida de MSG EQUIPAMENTOS

Quais são as principais vantagens da darda de expansão?

É claro que a maior vantagem oferecida pela darda de expansão é não precisar utilizar explosivos e argamassas expansivas para o desmonte de pedras e concreto; e justamente isso exige a obra de certas licenças ambientais e isolamento de grandes áreas – a fratura ocorre em segundos e de forma direcionada. Segundo especialistas, o processo tem baixo impacto ambiental e operacional, por isso ideal para locais sensíveis e urbanos. Portanto, pode ser aplicado em diversos tipos de obra, incluindo demolições em subsolos, ambientes subaquáticos e na produção de blocos ornamentais.

darda de expansão
Imagem reproduzida de YouTube MSG EQUIPAMENTOS

Quais as possíveis aplicações da darda de expansão no Engenharia?

Como vimos até aqui, a darda de expansão é uma solução versátil da engenharia e amplamente utilizada para diferentes tipos de demolições e desmontes. Confira as principais aplicações deste equipamento:

  • Desmonte de rochas a frio, sem uso de explosivos
  • Abertura de valas para saneamento e instalações
  • Rebaixamento de terrenos para obras civis
  • Retirada de rochas em áreas residenciais e urbanas
  • Construção, abertura e alargamento de túneis rodoviários e urbanos
  • Demolição controlada de concreto (pilares, vigas, sapatas, blocos e paredes)
  • Arrasamento de estacas e sapatas
  • Obras no agronegócio (remoção de rochas e preparo de terrenos)
  • Trabalhos em ambientes confinados (subsolos, túneis, etc.)
  • Desmonte e demolição subaquática
  • Remoção de matacões em subsolos
  • Fraturação secundária de blocos grandes
  • Produção de blocos ornamentais (mármore, granito e arenito)

Concluindo, se você busca um método de desmonte de rochas ou concreto que seja rápido, seguro, silencioso e sustentável, a darda de expansão é, sem dúvidas, a melhor escolha! E não esqueça que empresas especializadas oferecem não apenas o equipamento, mas também mão-de-obra qualificada e todos os acessórios necessários, como perfuratrizes, compressores e geradores.

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Fontes: Tecrochas, MSG Equipamentos.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

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O concreto translúcido, também conhecido como Light Transmitting Concrete, é um tipo de concreto capaz de transmitir luz natural ou artificial através dele. O material combina a força e a durabilidade do concreto tradicional com a funcionalidade da transmissão da luz graças à incorporação de elementos ópticos, geralmente fibras ópticas, distribuídos uniformemente em seu interior durante o processo de fabricação. 

concreto translúcido
Imagem reproduzida de Kerooya

A saber, essas fibras conduzem a luz de um lado para o outro do bloco ou painel de concreto, criando efeitos visuais únicos, como a projeção de sombras e silhuetas através do material. O efeito final parece mágico, deixando as obras de arquitetura e engenharia ainda mais surpreendentes! Confira mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Como funciona o concreto translúcido?

Antes de explicarmos o funcionamento do concreto translúcido, vale destacar que a primeira vez que o conceito foi mencionado foi em uma patente canadense do ano de 1935. Depois disso, ele ganhou força com o desenvolvimento das fibras ópticas de vidro e plástico na década de 1990.

Claro que, apesar de ser chamado de translúcido, esse concreto não é completamente transparente como vidro. Mas ele permite a passagem da luz, mantendo certo nível de difusão, o que oferece privacidade visual e um design sofisticado.

Pode-se dizer que todo o segredo do concreto translúcido, como bem explicamos antes, está na adição de fibras ópticas no concreto transparente durante a produção do concreto. Basicamente, essas fibras, dispostas paralelamente dentro da massa – ocupando cerca de 4% a 5% do volume total da mistura – atuam como guias de luz, permitindo que a luz entre por uma face da placa e saia pela outra. Esse efeito se baseia no princípio da reflexão interna, semelhante ao funcionamento das redes de telecomunicações. 

Ademais, a eficiência dessa transmissão depende da quantidade de fibras, do alinhamento e da ausência de dobras bruscas.

concreto translúcido
Imagem reproduzida de Kerooya
concreto translúcido
Imagem reproduzida de ResearchGate

Como funciona o processo de produção do concreto translúcido?

É muito importante dizer que a composição do concreto translúcido precisa ser cuidadosamente balanceada para garantir resistência e translucidez. Na mistura vai primeiro o cimento, que atua como aglutinante, que endurece e dá resistência ao concreto. Depois vão os agregados, finos e grossos, para preencher os espaços e aumentar a densidade e resistência. A água e o super plastificantes, que melhoram a trabalhabilidade do concreto. E por fim, as fibras ópticas, como componente chave para transmissão de luz, sendo estas fibras de vidro ou polímeros de alta capacidade de condução luminosa.

concreto translúcido
Imagem reproduzida de mdpi – Development of Optical Fiber Light-Transmitting Concrete
concreto translúcido
Imagem reproduzida de ResearchGate

Cada uma dessas fibras do concreto translúcido devem ser dividida em três partes essenciais. Primeiro, um núcleo fino por onde a luz é transmitida. Segundo, o revestimento do núcleo que reflete a luz de volta para dentro do núcleo, garantindo que a luz não escape. E finalmente o revestimento protetor externo, uma camada plástica que protege a fibra contra danos físicos e umidade.

concreto translúcido
Imagem reproduzida de Encyclopedia Britannica via Engineering Civil

Etapas da fabricação

  1. Uso de moldes de aço ou madeira com placas perfuradas, onde as fibras óticas são inseridas manual ou mecanicamente.
  2. Colocação das fibras – estas em tamanhos específicos -, encaixadas nos furos do molde.
  3. Aplicação da mistura do concreto – normalmente 95% de concreto fino e 5% de fibras ópticas. A mistura precisa ser bem homogênea e fluida para preencher todos os espaços sem danificar as fibras.
  4. Utilização de máquina vibradora ou mesa vibratória para evitar bolhas de ar e garantir a compactação ideal da peça em concreto.
  5. Endurecimento do material por 24 horas e cura em camada úmida por até 28 dias.
  6. Lixação ou polimento das superfícies para revelar extremidades das fibras e aumentar a eficiência na transmissão de luz.
  7. Corte e acabamento final das peças em blocos, placas ou paineis pré-fabricados prontos para uso final.

Quais as vantagens e desvantagens do concreto translúcido?

Vantagens

  • Design moderno e inovador
  • Redução do consumo de energia elétrica
  • Boa resistência para usos não estruturais
  • Isolamento térmico e baixa densidade
  • Versatilidade em aplicações internas e externas
  • Contribui para construções sustentáveis

Desvantagens

  • Alto custo de produção
  • Necessidade de mão de obra especializada
  • Limitações para uso em vigas e pilares
  • Depende da luz natural para efeito visual
  • Fragilidade das fibras no transporte e instalação

Quais as aplicações do concreto translúcido na engenharia?

Atualmente, por conta do custo elevado do material, ainda é muito difícil ver exemplos práticos do uso do concreto translúcido na arquitetura e engenharia. A maioria das obras já finalizada com o material é de alto padrão e sustentabilidade. 

A capacidade do concreto translúcido de integrar design, funcionalidade e economia de energia faz dele um dos materiais mais promissores da próxima geração de construções inteligentes.

Na prática, podemos encontrar aplicação de concreto translúcido em fachadas, com propósito de maximizar a luz natural e reduzir o consumo de energia elétrica; e também em revestimentos internos, conferindo elegância e leveza aos espaços. Esse concreto também seria uma boa opção para iluminação de setores de emergência, indicando rotas de evacuação; mobiliário e decoração de interiores; em infraestrutura urbana e projetos de paisagismo.

concreto translúcido
Imagem reproduzida de Engineering Civil
concreto translúcido
Imagens reproduzidas de Steps Material

Quais as perspectivas para o concreto translúcido na construção civil?

É provável que, quando os cientistas conseguirem desenvolver formas de produzir o concreto translúcido com menor custo, os arquitetos e engenheiros passem a utilizá-lo com mais frequência em seus projetos. Tudo vai depender dos avanços tecnológicos! Pesquisas mais recentes vêm propondo a substituição das fibras de vidro por alternativas mais econômicas, como as fibras plásticas, mantendo o equilíbrio entre o custo-benefício e a performance.

Empresas europeias já fabricam concreto translúcido em larga escala e trabalham para expandir a produção, tornando-o mais acessível. A meta é incentivar construções mais sustentáveis, com menor consumo de energia e mais qualidade de vida, ao permitir maior aproveitamento da luz natural, fundamental para a saúde.

concreto translúcido
Imagem reproduzida de Pinterest – httpsbr.pinterest.compin957155727028483224

Veja Também: O que é o tijolo solar e como ele funciona?


Fontes: Wikipédia, Fast Company, Gharpedia, Dreamplan Builder.

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