Começamos este texto do Engenharia 360 lembrando os leitores sobre o grande desafio atual da indústria da construção civil que é a produção do concreto. Esse é um processo que gera grandes quantidades de emissões de CO2 na atmosfera – resultado, em parte, das complexas reações químicas envolvidas. Então, fala-se em “cultivo de cimento” como alternativa para frear esse problema. Será possível algo assim? Continue lendo para saber mais!

Prometheus Materials
Imagem reproduzida de Prometheus Materials via ArchDaily

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O que é Prometheus Materials e qual é o seu objetivo?

Pensando na crescente demanda por cimento e concreto, a empresa Prometheus Materials desenvolveu uma solução de bio-cimento e bio-concreto de zero carbono com inspiração na natureza, especialmente nas microalgas. Seu objetivo é contribuir para mudar o cenário da construção civil global, começando por encontrar respostas para a pegada ambiental associada à produção de concreto tradicional.

cultivo de cimento
Imagem reproduzida de Prometheus Materials

O processo da Prometheus Materials para “cultivo de cimento” funciona assim: a empresa utiliza microalgas cultivadas em biorreatores cheios de água para produzir carbonato de cálcio através da biomineralização. Isso imita os processos naturais de criação de conchas e recifes de coral, acelerando-os para produzir materiais de construção sustentáveis.

cultivo de cimento
Imagem reproduzida de Prometheus Materials via ArchDaily
cultivo de cimento
Imagem reproduzida de Carbon Herald

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A fabricação do Bio-concreto

Já para a fabricação do bio-concreto, são utilizados materiais reciclados incorporados na massa. Assim, obtém-se um produto mais leve, resistente e sustentável do que o concreto tradicional, apresentando propriedades mecânicas, físicas e térmicas comparáveis ou superiores. E ainda é preciso destacar que, na produção, praticamente toda a água usada pode ser devolvida à terra.

Resumindo, seria uma significativa diminuição do impacto da indústria da construção civil sobre o meio ambiente, olhando para um futuro mais sustentável!

cultivo de cimento
Imagem reproduzida de Prometheus Materials via ArchDaily

Quais são as principais características do bio-concreto desenvolvido?

O bio-concreto de zero carbono da empresa Prometheus Materials é o resultado, portanto, de um desenvolvimento tecnológico em biomineralização, imitando processos naturais. Falando em termos de peso, esse material seria 15-20% mais leve. Além disso, apresentaria uma resistência 3-4 vezes maior e um Módulo de Ruptura (MOR) de 660-990 PSI em comparação com 200-325 PSI do concreto tradicional.

Vale destacar ainda que o concreto Prometheus atende ou até excede os requisitos de desempenho da ASTM. Possui um coeficiente de relação de ruído (NRC) de 0,60, destacando-se em propriedades acústicas. E oferece excelente isolamento térmico, reduzindo a transmissão térmica em 90% em comparação com o concreto tradicional, reduzindo o carbono operacional e incorporado.

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Quais são os benefícios ambientais e econômicos desse “cultivo de cimento”?

Já comentamos antes, neste texto, como o “cultivo de cimento” pode levar a um da diminuição de emissões de CO2 e uso de recursos naturais pela indústria da construção civil, bem como aumentar o uso de reciclados e isolamento térmico das obras erguidas. Mas também devemos destacar os benefícios econômicos, como, por exemplo, através da redução do uso de aço em algumas aplicações.

A boa notícia é que existem planos a longo prazo para a ampliação da fabricação de bio-cimentos e bio-concretos pelo mundo. O projeto de “cultivo de cimento” da Prometheus Materials vem recebendo financiamentos. Espera-se que a empresa consiga, em breve, expandir suas equipes e ativar instalações de fabricação piloto, diversificando sua linha de produtos e licenciar sua tecnologia para fabricantes existentes. Logo é provável que veremos o “cultivo de concreto” em grande escala!

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Fontes: ArchDaily.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Como explicar o que está acontecendo entre Israel e o povo da Faixa de Gaza? Certamente, não tem explicação, a não ser que o ser humano caminha para um abismo, encurralado pelo seu próprio ódio. Mas se temos ainda algum amor no coração, devemos trabalhar para ir contra esse mal. E, nesse cenário, a Engenharia tem obrigação de contribuir para solucionar os problemas do mundo. Neste texto do Engenharia 360 apresentamos os purificadores de água que o Brasil envia para a zona do conflito, na esperança de poder ajudar os civis inocentes.

purificadores de água
Imagem reprodução via CNN

A ajuda oferecida pelo governo brasileiro

Na última semana, o Brasil tem feito grandes esforços, por meio da sua representação na ONU, para frear a escalada dessa guerra. Ao mesmo tempo, a presidência brasileira trabalhou para encaminhar ajuda aos brasileiros em Israel e na Palestina. Uma das iniciativas foi encaminhar para a fronteira com o Egito, unidades de purificadores de água. A ideia é que, assim que aberto o corredor humanitário, esses portáteis cheguem àqueles mais necessitados, onde a água potável está mais escassa.

Os purificadores enviados pelo Brasil à Gaza são um excelente exemplo de como pequenos modelos de engenharia têm grande capacidade de ajuda para problemas urgentes. Neste momento, a atenção está muito concentrada em Gaza, uma região do mundo com grande dificuldade de acesso à água potável. A saber, mesmo antes do conflito, 95% dos habitantes dessa faixa já não tinham água limpa e segura para beber. Há problemas de extração excessiva do aquífero costeiro, infiltração da água do mar e poluição por esgotos. Então, viver em Gaza é um grande desafio!

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A engenharia dos purificadores de água

A solução tecnológica que chega agora à Gaza, pelas mãos dos brasileiros, é considerada inovadora. A mesma é o resultado de pesquisas em colaboração entre USP e UFSCar. Trata-se de equipamentos portáteis, pesando 10 kg cada, e com capacidade de tratar 5.760 litros de água por dia – o que equivale a quatro litros por minuto. Ou seja, seria água suficiente para atender inúmeras famílias.

Esses purificadores seriam alimentados pela energia de placas solares, considerada um fonte de energia alternativa e ideal nesse cenário, já que não há energia elétrica na maior parte de Gaza. Todavia, com as placas, esse tipo de engenharia sustentável e ecológica funcionaria mesmo onde a eletricidade é instável ou inexistente por completo.

purificadores de água
Imagem reprodução Governo Federal via Diário de Pernambuco
purificadores de água
Imagem reproduzida de PWTech

O único problema é que esses purificadores ainda não são baratos, por não serem produzidos em larga escala. O seu custo médio é de R$ 9,7 mil. E o Brasil está enviando 40 deles para a Faixa de Gaza; então, perceba a importância dessa ajuda oferecida. Mas valerá a pena, pois os benefícios que eles podem trazer para os civis na zona de conflito serão imensuráveis em termos de saúde pública e qualidade de vida.

purificadores de água
Imagem reprodução Governo Federal via Band
purificadores de água
Imagem reprodução Governo Federal via ClicRBS
purificadores de água
Imagem reprodução Governo Federal via EBC
purificadores de água
Imagem reprodução Governo Federal via IG

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A startup brasileira que trabalha com esses purificadores

Como já vimos, esse tipo de modelo de purificador saiu do papel e já é uma realidade. Aqui, no Brasil, a startup PWTech desenvolveu o equipamento PW 5660, referenciado pela ONU em missões humanitárias. O mesmo funciona de modo bem simples, com processo de purificação que envolve um clorador, três filtros e uma membrana de ultrafiltração. Esta membrana impede a passagem de vírus e bactérias, garantindo que a água tratada seja segura para consumo.

purificadores de água
Imagem de PWTech via NeoFeed

Esse tipo de engenharia pode ser usada em diversas situações de crises humanitárias. Mas também em diversos setores, incluindo a indústria de construção civil, onde a água limpa é essencial para a produção de concreto de alta qualidade.

Enfim, o tempo está correndo e o Brasil depende da abertura das fronteiras de Gaza com o Egito para que esses equipamentos cheguem aos civis palestinos. Infelizmente, a cooperação internacional tem falhado demais em promover o bem-estar desses seres humanos.

Na segunda semana do conflito, já tivemos dois textos da ONU vetados, o último deles escrito pelo Brasil. Agora, é esperar que logo o mundo encontre uma forma de frear essa guerra e levar conforto e segurança a todos que clamam pela paz e pelo amor entre os povos.

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Fontes: CNN Brasil, NeoFeed.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Desde o atentado ocorrido em Israel em outubro de 2023, o mundo acompanha com tristeza o conflito na Faixa de Gaza. Entre tantas desinformações e fake news, precisamos lembrar que existem civis inocentes dos dois lados. Sobretudo falando de Gaza, é essencial lembrar que organizações terroristas não representam o povo palestino. E é justamente sobre ele que queremos conversar neste texto do Engenharia 360.

Será que existe alguma produção significativa de Engenharia e Arquitetura na Palestina? A resposta é ‘sim’. Aliás, chega ser até ridículo como sabemos tão pouco sobre esse território, mas é justamente essa dificuldade de relações e conflitos constantes que não permitem que o mundo conheça bem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. E é triste para nós, pois os palestinos possuem uma grande paixão pela inovação com uma rica tradição de Engenharia, apesar dos seus desafios significativos. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Faixa de Gaza
Imagem de 2023, Al Araby, via Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Damage_in_Gaza_Strip_during_the_October_2023_-_49.jpg

O avanço da Engenharia dentro da Faixa de Gaza

Antes de tudo, vamos nos localizar. A Faixa de Gaza é um pequeno território densamente povoado no Oriente Médio, que faz fronteira com Israel e Egito, e integra o território da Palestina – ao qual faz parte também a Cisjordânia. É uma zona muito pobre do nosso planeta, com severos problemas estruturais e constantes conflitos. Há poucos hospitais (inclusive um deles foi bombardeado em 16 de outubro de 2023), poucas instituições de ensino, além de sistemas precários e dependentes de distribuição de água e luz. Ou seja, não é muito fácil viver em Gaza.

Faixa de Gaza
Imagem Indech, Lencer, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Faixa_de_Gaza#/media/Ficheiro:Mapa_da_Faixa_de_Gaza.svg
Faixa de Gaza
Imagem Muath Humaid, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:%D8%BA%D8%B2%D8%A9.jpg

Olhando para as boas notícias, podemos destacar que há investimento em fontes renováveis dentro da Palestina, como uso de placas solares; também planos para novos modelos de fornecimento de gás. A ideia é sanar ou mesmo reduzir no futuro os impactos desse gargalo em que está condicionado o povo de Gaza. Infelizmente, é o fornecimento de água que mais pesa para essa população, com a precariedade da infraestrutura. O normal é que muitos comprem água. E durante esse conflito, praticamente não há água potável disponível para beber, nem que se tente comprar. Triste demais!

Faixa de Gaza
Imagem Robin Drayton, via Wikipédia – https://www.middleeastmonitor.com/20221019-egypt-pa-and-israel-agree-to-develop-gaza-gas-field/

O povo palestino tem muita consciência dos seus problemas e luta constantemente para mudar sua realidade. São muitos os engenheiros e engenheiras que vivem na Faixa de Gaza, trabalhando pela inovação no campo da Engenharia, desenvolvendo soluções sustentáveis e resilientes, como a criação de tijolos a partir de materiais locais.

Faixa de Gaza
Imagem Template Wmcu, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:WMC_Gaza_City.jpg

O ensino científico na Faixa de Gaza

Existem universidades funcionando dentro da Faixa de Gaza. Podemos citar, como primeiro exemplo, o Instituto Superior Politécnico de Gaza, que possui em seu catálogo cursos como Engenharia Hidráulica Agrícola e Água Rural, Engenharia em Aquacultura, Engenharia Florestal e Engenharia Zootécnica. Também a Universidade Al-Aqsa, que oferece cursos como Ciências Aplicadas e Artes. E a Universidade Islâmica de Gaza, que possui (ou possuía, já explicaremos) um forte programa de Engenharia, além de ter cursos como Tecnologia da Informação, Ensaio de Solos e Materiais, e Análises de Alimentos.

Infelizmente, neste terrível outubro de 2023, a Universidade Islâmica de Gaza foi bombardeada pelas forças de Israel. A alegação é que a instituição estaria ligada ao grupo Hamas, funcionando como um importante centro operacional, político e militar do grupo dentro de Gaza. Aliás, parece que no campus haveria uma área de desenvolvimento de armas e inteligência militar. E se tudo isso é ou não verdade, não somos nós, do Engenharia 360, que poderemos confirmar.

As belezas da Engenharia e Arquitetura de Gaza

É difícil ter a dimensão da destruição de Gaza neste momento. E vale lembrar que, mesmo antes disso, sempre foi muito complicado obter informações completas da região. Enfim, sabemos bem pouco sobre Engenharia e Arquitetura de Gaza, e assim continuará.

Por hora, o que podemos dizer é que a cultura de Gaza se desenvolveu ao longo de milênios, conforme registros arqueológicos. Houve muita influência turca, otomana, e árabe. Também da religião islâmica – sendo que a maioria na região é sunita -, que impactou em costumes, traduzidos na arquitetura de muitos edifícios. Como exemplo, podemos citar o monastério de Santo Hilarion, o porto de Anthedon e os terraços costeiros de Wadi Gaza.

Faixa de Gaza
Imagem Ramez Habboub, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Khalidi_mosque_in_Gaza_City.jpg

No mais, tudo ao redor desses centros apresenta uma linguagem arquitetônica simples – talvez pudéssemos até traduzir como minimalista -, consequência da atual situação da região. Muitas casas antigas são de pedra calcária (abundante na região) e barro (misturado a troncos de árvores). Tradicionalmente a planta apresentava um pátio central, como o coração da habitação; aberturas externas limitadas; aberturas internas para iluminação e ventilação; telhados planos com abóbadas.

Faixa de Gaza
Imagem Mohammed Alafrangi, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Great_Mosque_of_Gaza_-_Alafrangi.jpg
Faixa de Gaza
Imagem Mo7aisen, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Islamic_Uni_Gaza.jpg

Já as novas construções são, na sua maioria, em concreto, combinando noções modernas com a tradição histórica e cultural. Os edifícios apresentam vários andares, mas com pouca identidade arquitetônica, que requerem mais energia para resfriamento devido à baixa resistência térmica das paredes. E são justamente muitos desses edifícios que assistimos pelas mídias sendo alvo dos bombardeios desse lamentável conflito. Que a paz reine em Gaza, em Israel e em todo o mundo!

Uma bibliografia interessante para você consultar é ‘The Architectural Heritage of Gaza‘.

Faixa de Gaza
Imagem Al Jazeera English, via Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:War_in_Gaza_023_-Flickr-_Al_Jazeera_English.jpg

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Fontes: UOL, Folha de São Paulo, El País, Athens Journal of Architecture.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Vamos abordar um assunto diferente e bem atual nesta matéria do Engenharia 360. Antes de tudo, é preciso esclarecer que a Engenharia de Prompt não tem necessariamente ligação com as engenharias tradicionais. Porém, como é uma área de conhecimento com ligação com a Inteligência Artificial (IA), é óbvio que deve impactar em algum momento as engenharias, sim. A perspectiva é que esse segmento tecnológico cresça e tranforme cada vez mais a nossa sociedade.

O que se sabe hoje ao certo é que a Engenharia de Prompt está em ascensão, sim, e que ela bem ilustra como a IA já é uma ferramenta poderosa, com capacidade de melhorar comunicação entre pessoas e sistemas de IA generativos, como ChatGPT. Confira mais informações no texto a seguir, do Engenharia 360!

engenharia de prompt
Imagem gerada em IA de Freepik

O que é uma persona da IA e por que é importante criar um prompt?

Vamos aqui ousar dizer que compreender a Engenharia de Prompt facilita o entendimento também dos resultados das IAs. Isso porque essa Engenharia ajuda a otimizar os resultados das inteligências, gerando comandos mais eficazes para os modelos de linguagem, direcionando chatbots a produzirem respostas mais precisas e úteis. Só assim as IAs poderão ser mesmo as poderosas aliadas dos mais diferentes setores da Engenharia como esperamos, e até de muitas profissões que surgirão a partir delas, impulsionando o progresso humano.

Também vale esclarecer o que é uma persona da IA. A tradução mais simples desse conceito é uma representação fictícia de um usuário ou entidade usada para contextualizar e direcionar as interações com sistemas de Inteligência Artificial. Pode-se treinar modelos de IAs para explicar diálogos como personas ou que respondam diálogos como personas, dando resultados mais personalizados ao que o usuário do sistema busca, com uma interação mais personalizada e eficaz.

Exemplo de prompt apresentado pelo ChatGPT: “Você é um bot de IA avançada, especializado em responder a perguntas e fornecer informações em uma ampla variedade de tópicos. Por favor, explique o conceito de Inteligência Artificial e forneça um exemplo de aplicação prática.”

Como o trabalho da Engenharia de Prompt pode interagir com as IAs?

É muito importante dizer que a qualidade de um prompt emitido pode afetar a resposta da IA “estimulada” por ele, gerando resultados que vão bem além daqueles desejados. Em contrapartida, comandos altamente formulados resultam em respostas mais precisas. Esse é o desafio e missão dos engenheiros de prompt!

Resumindo, sempre haverá campo profissional para esses engenheiros, já que cada vez mais, com a utilização das IAs no mercado, será preciso um maior detalhamento dos prompts. Isso porque, olhando até para a indústria das engenharias, a ideia é depender menos da interpretação de humanos, que são falhos, e mais de máquinas e computadores, algo mais preciso. E o trabalho desses novos engenheiros deve envolver criatividade, compreensão de linguagem natural e, obviamente, conhecimento de IA.

Observação: Mesmo hoje, praticamente no começo da exploração das IAs, já existem prompts prontos à venda na Internet. Mas se você quiser criar um, deve começar entendendo as especificidades da IA utilizada, depois definindo uma persona, mantendo o público-alvo em mente e fornecendo informações detalhadas.

engenharia de prompt
Imagem gerada em IA de Freepik

Veja Também: Explorando os algoritmos genéticos em Python: Tipos, Funções e Aplicações

Como os prompts dentro das IAs podem ser usados na prática?

Vamos apresentar para você neste momento as possibilidades de trabalho com Engenharia de Prompt! Esse conhecimento pode ser usado na criação de conteúdos de entretenimento, como jogos, histórias, e ilustrações – aposto que você já brincou com ferramentas como Midjourney. Mas também é possível usar prompts em IAs para obter respostas para áreas como saúde, finanças e atendimento ao cliente. Também encontrar soluções para segurança de software, criação de assistentes virtuais, combate a fake news, etc.

Observação: Empresas utilizam engenheiros de prompt para agilizar tarefas, melhorar atendimento ao cliente e criar soluções inovadoras em várias áreas.

engenharia de prompt
Imagem gerada em IA de Freepik

Quais são os requisitos para se tornar um engenheiro de prompt?

A Engenharia de Prompt é o tipo de conhecimento que será aplicado na prática de forma lúdica ou profissional. Você pode aprender algo assim por meio de cursos online, guias e documentação ou através da prática mesmo. Mas tenha em mente que terá de adquirir conhecimentos em linguística, análise de dados, programação e matemática – isso mesmo, matemática. Também ter criatividade, raciocínio lógico e pensamento crítico. Fora estar sempre por dentro dos últimos lançamentos em IA.

Nos próximos meses e anos, o campo da Engenharia de Prompt deve ficar ainda maior, com salários mais atrativos. Ao mesmo tempo, o futuro de muitas profissões – inclusive de Engenharia – acabará incerto por conta do aprimoramento das IAs. Então, adquirir conhecimento em prompt pode ser uma boa habilidade nos novos tempos!

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Fontes: Mundo Conectado, Draft.

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Engenharia 360

Redação 360

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Vamos começar este texto do Engenharia 360 já compartilhando uma notícia relacionada ao uso de Inteligência Artificial (IA) em Engenharia Urbana. É que, recentemente, o Google anunciou que está auxiliando o Rio de Janeiro – em parceria com a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro) – para implantar em seu sistema semáforos com a tecnologia visando melhorar o tráfego dentro do seu tecido urbano. Essa estratégia faria parte de um projeto da empresa, o Green Light, já desenvolvido em outras onze cidades aor redor do mundo, incluindo Abu Dhabi, Hamburgo, Calcutá, Manchester e Seattle.

Google semáforos Rio de Janeiro com IA
Imagem de LhcCoutinho por Pixabay

Os semáforos com IA da Google

O plano da Google é criar uma espécie de “ondas de sinais verdes” com semáforos utilizando Inteligência Artificial (IA) e dados do Google Maps. Isso permitiria uma melhor coordenação de cruzamentos viários adjacentes, o que levaria a uma redução de paragens e economia de combustível para os motoristas, e diminuição das emissões de gases poluentes na atmosfera das cidades.

A saber, em um teste realizado em Israel, se conseguiu reduzir de 10% a 20% no consumo de combustível e no tempo de espera nos cruzamentos.

Google semáforos Rio de Janeiro com IA
Imagem divulgação via UOL
Google semáforos Rio de Janeiro com IA
Imagem reproduzida de pplware, Sapo

Com relação ao Brasil, sabe-se que esta não é uma novidade. Já foram instalados dez semáforos desse tipo na Avenida Teotônio Segurado, em Palmas, no Tocantins. Esse mobiliário urbano tem recursos avançados, como captura de vídeo em tempo real. Eles são alimentados por um sistema de ‘Alimentação de Potência Ininterrupta’, garantindo o funcionamento contínuo mesmo em situações de falta de energia. E há planos da prefeitura para estender essa tecnologia para toda a avenida até 2024.

Mas voltando ao planejamento da Google, a empresa também vem desenvolvendo outras iniciativas relacionadas à sustentabilidade. Por exemplo, como a exibição de rotas ecológicas no Google Maps, informações sobre emissões de carbono associadas a pesquisas de voos e compras de produtos, e a identificação de práticas sustentáveis de empresas ao realizar buscas online.

Veja Também: O que é Urbanismo Tático que Transforma Ruas em Espaços de Convívio?

Outros modelos de semáforos com IA

Há outros modelos de semáforos com IA sendo testados no mundo. Podemos citar o sistema dinâmico e adaptativo desenvolvido pelos pesquisadores da Universidade de Aston, na Inglaterra. O mesmo foi testado em simulador de tráfego chamado Traffic 3D e poderá ser implantado, em breve, em ruas de cidades e também em estradas.

Nesse caso, tal mobiliário usaria de câmeras urbanas para adaptar a sequência das luzes de acordo com o tráfego em tempo real, ajustando-se conforme as condições do momento. A tecnologia de IA utilizada poderia ser configurada para diferentes interseções e aprender de forma autônoma.

Google semáforos Rio de Janeiro com IA
Imagem mrsiraphol em Freepik

Esforços como esses, de uso da Inteligência Artificial (IA) e até da tecnologia de mapeamento podem promover na Engenharia e Arquitetura escolhas mais sustentáveis.

A parceria entre o Google e a CET-Rio tem planos de implementação nos próximos meses, embora os detalhes precisos ainda não tenham sido revelados. Por enquanto, compartilhe esta importante notícia com aqueles que possam estar interessados!

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Fontes: UOL.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O alerta dos cientistas é assustador! O derretimento do gelo na Antártida está mais acelerado do que pensávamos em função das mudanças climáticas. A saber, em 25 anos, 40% das plataformas de gelo derreteram, liberando cerca de 67 bilhões de toneladas de gelo nos oceanos, sendo a parte ocidental do continente mais afetada. E nesse cenário, profissões voltadas ao combate das crises climáticas ganham mais importância no mercado de trabalho. Conheça exemplos na lista a seguir, produzida pelo Engenharia 360!

Profissões ligadas ao combate às crises climáticas

Existe hoje um alarmante aquecimento atmosférico e também da circulação oceânica global. Essa é a prova das mudanças sofridas pelo nosso planeta e que deve impactar diretamente a produção das engenharias.

Aliás, como já dissemos, existem profissões ligadas às engenharias que podem desempenhar um papel fundamental na mitigação e adaptação a essas crises. Isso porque elas estão totalmente relacionadas às atividades humanas que impactam o meio ambiente. Explicamos melhor a importância dessas carreiras. Confira!

1. Meteorologia

Como construir, produzir e cultivar qualquer coisa para as engenharias sem saber do tempo, não é mesmo? E é justamente a Meteorologia que deve estudar dados do tempo e apresentar um cenário que sirva de base para estudos e planos de investimentos de Engenharia de Infraestruturas mais resilientes a eventos climáticos extremos.

Engenharias no Combate às Crises Climáticas
Imagem de Freepik

2. Direito Ambiental

Alguns projetos de Engenharia dependem, para sair do papel, de mudanças nas regulamentações ambientais. E é aí que entra o Direito Ambiental, garantindo que as iniciativas estejam alinhadas com as leis, contribuindo para empreendimentos mais sustentáveis e ecologicamente corretos.

3. Administração Pública

Ainda desse segmento legal, nenhuma ação de Engenharia Pública também tem chances de ser praticada havendo barreiras governamentais. Ao mesmo ponto que as engenharias devem contribuir para o desenvolvimento e realização de ações de políticas públicas visando a implementação de soluções climáticas, como redução das emissões de carbono.

4. Geologia

O papel dos geólogos dentro dos planos das engenharias é desempenhar uma avaliação de riscos naturais, como deslizamentos de terra e erosão. Esse levantamento de informações é essencial para a execução de projetos, sobretudo de construção civil.

5. Ciências Biológicas

Biólogos também são profissionais que estudam os impactos das mudanças climáticas na biodiversidade. Eles fornecem dados e insights que auxiliam engenheiros na concepção de projetos que minimizem o impacto negativo nas espécies e ecossistemas.

6. Ecologia

E é claro que nesta lista não poderiam faltar os próprios profissionais, formados em diferentes áreas, que atuam como ecologistas. Sua tarefa é facilitar essa compreensão dos engenheiros sobre o atual desequilíbrio ambiental, na maioria consequência das ações humanas. Também orientando em como realizar uma melhor proteção dos recursos naturais.

Engenharias no Combate às Crises Climáticas
Imagem de prostooleh em Freepik

7. Arquitetura

Os arquitetos são grandes parceiros dos engenheiros, que, juntos, podem desenhar, idealizar, projetos ainda mais incríveis, ajudando nossa sociedade a trilhar uma jornada mais sustentável. Por exemplo, considerando usar métodos mais ecológicos e mais tecnologias ecoeficientes na criação das obras. Também maximizar a eficiência energética e reduzir as emissões de carbono.

8. Engenharia de Materiais

Enfim, vamos falar das linhas profissionais dentro da própria Engenharia, começando pela Engenharia de Materiais. Seu papel é crucial no desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, garantindo que a produção e o uso desses materiais tenham um impacto ambiental reduzido.

Engenharias no Combate às Crises Climáticas
Imagem de senivpetro em Freepik

9. Engenharia Ambiental

Também podemos citar os engenheiros ambientais, sempre muito dedicados à preservação ambiental e à mitigação de danos ambientais causados pela ação humana. Esses profissionais são os mais indicados para lançar soluções tecnológicas e práticas sustentáveis voltadas às reduções de gases de efeito estufa, sobretudo em áreas urbanas.

10. Engenharia Florestal

Por último, os engenheiros ambientais são aqueles que vão se dedicar ao trabalho de manejo de florestas, que precisa ser cada vez mais sustentável. Isso inclui elaboração de estratégias para captura de carbono e a conservação da biodiversidade, reduzindo o desmatamento e protegendo os ecossistemas.

Engenharias no Combate às Crises Climáticas
Imagem de Freepik

Claro que muitas outras profissões relacionadas à Engenharia devem atuar num esforço global para frear as mudanças climáticas; nossa lista só traz alguns exemplos. Que fique claro que só a colaboração entre esses profissionais é essencial para alcançar um futuro mais sustentável e resiliente!

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Fontes: Interesting Engineering, Terra.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Estamos atualmente presenciando duas corridas, a espacial em paralelo com a tecnológica. A Engenharia vem apresentando mês a mês novas soluções inovadoras para a construção de infraestruturas; e estamos sempre nos surpreendendo. Por exemplo, recentemente os cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) apresentaram a proposta de pavimentação da Lua. Calma, vamos explicar melhor neste texto do Engenharia 360!

Por que a ciência consideraria a pavimentação de estradas lunares? Bem, a ideia é encontrar respostas para alguns desafios relacionados à exploração espacial, mais precisamente aos riscos para os astronautas. Continue lendo para entender!

pavimentação da lua
O laser derrete um simulador de regolito lunar para criar ladrilhos. | Imagem ilustração reproduzida via Universo Racionalista

Qual é a motivação por trás da pavimentação da Lua?

Como já sabemos, neste momento, existem vários planos para a volta do homem à Lua – pode haver países e agentes da Índia, Coreia do Sul, Japão, Israel, China e Estados Unidos. Pavimentação da Lua, ou melhor, de regiões específicas e estratégicas da Lua, facilitaria algumas tarefas que precisam ser desenvolvidas no satélite natural. Sendo essa uma obra de infraestrutura duradoura, reduziria a necessidade de transporte de materiais da Terra e tornaria a exploração lunar mais sustentável.

Mas é importante esclarecer a verdadeira razão por trás dessas propostas. Seria a transformação da poeira lunar em materiais sólidos. Tal poeira, pegajosa e danosa, é bastante prejudicial para as explorações, danificando equipamentos e a saúde dos astronautas.

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Como esse método de pavimentação lunar utilizou recursos naturais da Lua?

Vale destacar como os cientistas da ESA propõem a pavimentação da Lua. Surpreendentemente, a ideia é que isso seja feito usando lasers que concentram raios solares. Nesse processo, os lasers seriam focados sobre a poeira lunar para a criação de materiais sólidos semelhantes a vidro, que poderiam ser moldados em ladrilhos triangulares robustos para pavimentar estradas e superfícies na Lua.

Os testes práticos realizados até agora envolveram a colaboração de cientistas da Universidade Técnica de Clausthal, do Instituto Federal de Pesquisa e Teste de Materiais (BAM) da Alemanha, do Liquifer Systems Group na Áustria e da Universidade de Aalen. Eles testaram o plano em solo terrestre cujas características seriam semelhantes às condições encontradas em certas áreas da Lua.

pavimentação da lua
A intenção inicial era gerar um asfalto contínuo, já no local, mas ele acaba rachando. | Imagem de Juan-Carlos Ginés-Palomares, via Inovação Tecnológica
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Técnica de processamento do regolito que se mostrou mais vantajosa. | Imagem de Juan-Carlos Ginés-Palomares, via Inovação Tecnológica
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A melhor opção parece ser fabricar ladrilhos e depois criar um pavimento. O design do ladrilho lunar se interliga para criar uma superfície. | Imagem de Juan-Carlos Ginés-Palomares, via Inovação Tecnológica
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Um dos ladrilhos sinterizadas embutidas no simulador de regolito. | Imagem de Jens Günster, BAM, reproduzida via Universo Racionalista

Quais são os possíveis benefícios desse método para futuras missões na Lua?

Vamos revisar algumas questões já citadas neste texto. O primeiro objetivo da pavimentação da Lua ou de regiões da Lua seria mitigar os perigos da poeira lunar. Depois, tornar as operações lunares mais sustentáveis; utilizar recursos disponíveis na Lua, como a poeira lunar, em vez de transportar materiais da Terra. Por último, facilitar a construção de infraestrutura lunar, incluindo trajetos de circulação de equipamentos, pistas de poucos e mais, que seriam essenciais para manter bases lunares permanentes.

Agora, é claro que realizar pavimentação da Lua em uma realidade de baixa gravidade é uma operação desafiadora, sim. Por isso, o plano dos cientistas é continuar testando a técnica, só que neste momento em condições lunares reais – onde não há atmosfera e a gravidade é significativamente menor do que na Terra. Isso requer adaptar a tecnologia para funcionar nas condições da Lua e garantir que seja eficaz na ausência de gravidade e atmosfera lunar. Além disso, a logística de transportar o equipamento necessário para a Lua é mais um desafio a ser enfrentado.

pavimentação da lua
Imagem ilustração reproduzida via Tudo Celular

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Fontes: Inovação Tecnológica, Tudo Celular.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Se quisermos frear as mudanças climáticas, precisamos controlar alguns efeitos nocivos da construção civil sobre o meio ambiente. Isso inclui especialmente reduzir as emissões de CO2 na atmosfera da Terra. E uma abordagem que está sendo considerada pelos engenheiros e arquitetos é apostar na introdução do cimento verde no mercado. Saiba mais sobre esse material no texto a seguir, do Engenharia 360!

cimento verde
Imagem Sublime Systems via Olhar Digital

O que é o “cimento verde” e como ele difere do cimento convencional?

Atualmente, a produção tradicional de cimento pela indústria representa 8% das emissões globais de CO2. Uma das alternativas, é o uso de geopolímeros, com bem menos impacto ambiental – hoje apenas enfrentando desafios de custos e regulações. Mas muitas outras iniciativas são testadas todos os dias para a criação de uma Engenharia e Arquitetura mais verde, mais sustentável.

O comprometimento dos cientistas em atingir as metas é notável. Um exemplo é a ideia do cimento verde, que partiu primeiramente dos pesquisadores Leah Ellis e Yet-Ming Chiang. Eles utilizaram, para a fabricação do material, a eletroquímica para conduzir reações químicas, eliminando a necessidade de altas temperaturas e combustíveis fósseis.

cimento verde
Imagem BOB O’CONNOR, Sublime Systems via NeoFeed
cimento verde
Imagem Sublime Systems via Olhar Digital

A boa notícia é que há outros tipos de cimento verde sendo desenvolvidos no mundo. Por exemplo, pela equipe do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), na Alemanha, usando hidrosilicatos de cálcio no lugar de clínquer do cimento – uma proposta com grande potencial de economia de energia. Também a equipe da Escola Politécnica da USP, substituindo o clínquer por pó de calcário cru superfino. E a equipe de parceiros IPT-Proguaru-InterCement, utilizando resíduos de construção e demolição (RCD) e processamento para reduzir emissões de CO2.

Observação: O cimento verde ainda não é uma realidade para produção em larga escala, que fique claro. Todas as propostas ainda estão em fase de pesquisa e testes. Portanto, sua adoção ainda deve levar tempo. O progresso no desenvolvimento e implementação dependerá até mesmo da aceitação no mercado.

Quais são as aplicações potenciais do cimento verde na indústria da construção?

Agora vamos olhar para as possibilidades do uso do cimento verde no futuro da Engenharia e Arquitetura. Bem, o material poderia ser aplicado na execução de projetos de edifícios residenciais, estradas, pontes, infraestruturas públicas, e mais. Estima-se que esse cimento poderia ser a resposta certa para a construção em regiões onde são aplicadas taxas sobre as emissões de dióxido de carbono. Ou seja, seria uma ideia muito atraente para diversas empresas, permitindo-lhes cumprir regulamentações e tarifas de carbono.

O que falta para a fabricação do cimento verde?

A primeira planta piloto para a fabricação do cimento verde foi elaborada pela empresa Sublime Systems, em 2022. Essa é hoje a melhor perspectiva para que esse produto comece a ser produzido e chegue ao mercado; sem contar o projeto KIT da Alemanha. Isso significa que existe, de fato, essa necessidade de resposta para reduzir as emissões de dióxido de carbono na indústria do cimento. Mas quando isso der certo poderemos repensar 100% a Engenharia e Arquitetura, adotando novas práticas.

cimento verde
Imagem de Yet-Ming Chiang, cofundador da Sublime Systems via NeoFeed

O que falta para concretizar o plano? Talvez a alteração das estruturas químicas para manter a resistência do material. Também criar uma padronização e normatização nos códigos de edificações dos países. Ainda criar um cenário de viabilidade econômica de produção em larga escala. Por fim, ultrapassar as barreiras de limitação dentro do ambiente acadêmico, que ainda não prevê disciplinas específicas cujo currículos abordem o tema.

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Fontes: Valor Globo.

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Olha que loucura essa notícia! Recentemente, cientistas desenvolveram um modelo de robô bem diferente que vem atraindo a atenção global. Trata-se de um robô de slime magnético. A inovação tecnológica apresentaria incríveis capacidades de movimento e com grandes possibilidades de aplicações, sobretudo na área da saúde. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

Como o robô de slime magnético é feito?

Esse robô de slime magnético seria feito de uma substância única, feita de uma mistura de álcool polivinílico, bórax e partículas de ímã de neodímio.

Fora essa mistura química diferente, precisamos destacar como esse novo robô se comporta. Conforme podemos ver nas imagens, ele age como “fluido não newtoniano”, ou seja, sendo sólido quando tocado rapidamente e líquido quando tocado suavemente. Especialmente as partículas de neodímio nessa mistura permitiriam os cientistas manipularem o slime, movendo-o e fazendo-o envolver objetos.

Peculiaridades do slime magnético

Então, pelo que explicamos antes, o diferencial desse robô de slime magnético é a sua viscosidade, que pode mudar a depender das condições. E apesar de ser chamado assim, ele nem mesmo possui os componentes robóticos tradicionais, mas partículas magnéticas que permitem essas mudanças de estado. Os cientistas garantem que é possível adicionar pigmentos coloridos nesse slime, necessidade que pode fazer mais sentido se analisarmos as suas aplicações.

Robô de Slime Magnético
Imagem de Sun, Tian, Zhang et. al., Chinese University of Hong Kong, New Scientist em YouTube, via Mundo Conectado
https://www.instagram.com/reel/CyJhe1MMeVH/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng%3D%3D

Veja Também: IA e Robótica para Todos: Como a Engenharia Melhora a Vida das Pessoas com Deficiência

Qual é a possível aplicação do slime magnético?

O novo robô de slime magnético teria maior potencial de aplicação na área da saúde de forma menos invasiva. Por exemplo, na remoção de objetos estranhos no trato digestivo.

O mesmo poderia facilmente se mover, aderir a objetos pequenos, incorporar-se a eles, se regenerar quando cortado e conduzir eletricidade. Contudo, parece que algumas questões de segurança ainda não foram bem testadas e superadas, como em relação à toxicidade. É essencial que o método seja aprimorado para ficar seguro para o uso em corpos humanos e de animais, evitando o vazamento de resíduos do próprio slime. A saber, uma possível solução seria revestir o robô com camada de sílica.

Robô de Slime Magnético
Imagem Universidade Chinesa de Hong Kong via BuzzFeed

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Fontes: Interesting Engineering.

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A escolha de aquisição de computador para a faculdade já é sempre bem difícil. Imagina, então, como é esse desafio para aqueles que vão ingressar na Engenharia da Computação. Nesse caso, toda decisão é crucial e precisa ser bem feita. Até porque o aluno ficará horas estudando, pesquisando, programando, simulando e mais nesta máquina. Pensando nisso, buscamos a referência de opinião de um profissional na área e resolvemos trazer para o Engenharia 360 um guia com informações a serem consideradas no momento da compra. Confira!

Desktop ou Notebook para Engenharia da Computação

A primeira questão é se, para um estudante de Engenharia da Computação, vale mais a pena um desktop ou um notebook. E a resposta de muitos especialistas é de que para um futuro engenheiro talvez a capacidade de um desktop seja mais vantajosa. Afinal, os desktops podem oferecer melhor desempenho pelo preço e são mais fáceis de atualizar, o que é crucial ao longo dos anos da faculdade e da carreira de Engenharia.

Engenharia da Computação
Imagem gerada em IA via Freepik

Considerando o Orçamento

Também vale dizer que, no período da faculdade, muitas pessoas podem preferir ainda o notebook pela questão da praticidade de mobilidade. Outra prioridade neste momento de carreira pode ser o limite de recursos financeiros. Daí, a solução é optar pelo modelo com a maior qualidade possível.

Se o seu orçamento é limitado, priorize o desempenho em relação ao design e a marca. Um desktop pode oferecer mais poder de processamento pelo mesmo dinheiro.

Memória e Armazenamento

Antes de tudo, analise a capacidade de memória RAM da máquina que você está considerando comprar. Pensando em Engenharia, não se pode admitir um computador com menos de 8GB de RAM. Seria ainda melhor um com 16GB, oferecendo mais espaço para acomodar projetos complexos.

Sim, um bom armazenamento é crucial! Por isso, invista em um SSD de qualidade como o seu disco principal para garantir que o sistema seja rápido. Sem contar que um HDD maior pode ser usado para armazenamento de dados secundários.

Processador

A escolha de uma solução adequada de processador também é crucial para haver uma boa eficiência do trabalho do estudante durante a faculdade de Engenharia da Computação. Em 2023, um modelo i5 oferece um custo-benefício aceitável. Já um i7 poderia acelerar consideravelmente o processamento em tarefas mais pesadas. E um i9, por incrível que pareça, é frequentemente considerado excessivo para a maioria das tarefas de Engenharia. Não recomendamos um i3, com tantas limitações, mesmo que seu custo seja atrativo.

Componentes e Qualidade

Nem precisa dizer que a qualidade dos componentes afeta a durabilidade e o desempenho do seu computador. Então, a melhor decisão é dar prioridade para marcas conhecidas e confiáveis. Preste atenção à placa-mãe, pois ela é o “coração do sistema”; evite placas-mãe de baixa qualidade a todo custo.

Placa de Vídeo

É simplesmente frustrante para estudantes de Engenharia da Computação – e outras engenharias em geral – usar computadores com placa de vídeo com baixa capacidade. Porém, aqui vai a nossa opinião: a menos que você planeje trabalhar com processamento gráfico intensivo ou simulações que requerem GPUs poderosas, economize dinheiro nesse componente. A GPU integrada da maioria dos processadores modernos será suficiente para a maioria das tarefas.

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Imagem gerada em IA via Freepik

Acessórios e Monitor

Por último, em relação aos acessórios, você deve investir em periféricos que atendam às suas necessidades. Começando por um teclado confortável e um mouse de qualidade, assim como um monitor grande e de alta resolução. Nosso conselho é que você invista em um monitor amplo para ajudar nas complexas atividades de Engenharia.

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Fontes: Quora.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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