Atualmente, nas Estações de Tratamento de Esgotos (ETE), uma das etapas de trabalho é a remoção de remoção de fósforo dos esgotos. O mesmo se baseia na absorção biológica por bactérias, que são posteriormente removidas junto ao lodo. Contudo, esse método enfrenta desafios devido justamente aos índices cada vez mais altos de fósforo na água.
A boa notícia é que, recentemente, uma pesquisa revelou uma abordagem promissora para aprimorar esse processo. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!
Qual é o principal dano ambiental causado pelo fósforo nos rios?
Antes de tudo, precisamos fazer um alerta sobre o fósforo presente nos esgotos. Ele tem sua origem na decomposição de matéria orgânica, principalmente de alimentos gordurosos e detergentes presentes no esgoto sanitário. Só que ele pode causar danos ao meio ambiente.

O principal dano ambiental causado pelo fósforo é a eutrofização. O elemento é essencial para o crescimento de plantas e algas aquáticas. Contudo, quando há um excesso dele na água, isso estimula o crescimento descontrolado de plantas, o que pode levar à formação de grandes "massas de algas". Por isso algumas vezes vemos a água dos rios turva, indicando menor oxigênio. É claro que o resultado prejudica demais a vida aquática, matando peixes e outros organismos, perturbando o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.
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Qual a proposta da USO para o processo de remoção de fósforo no tratamento de esgoto?
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) lançaram uma proposta para o processo de remoção biológica do fósforo dos esgotos, que hoje é feito por bactérias que absorvem o fósforo na água e são removidas junto com o lodo nas Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) localizadas em Embu das Artes e Mogi das Cruzes. A ideia é aprimorar esse processo ao estudar a interação das bactérias com os próprios nutrientes presentes nos resíduos do esgoto, buscando estratégias mais eficazes de remoção.
A intenção dos pesquisadores, sob coordenação de Welington Luiz de Araújo, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), é reduzir os danos causados por esse elemento no meio ambiente. Além disso, conseguir estimar com mais precisão as condições ideais para a remoção do fósforo, tornando o processo mais eficiente.

Quais são os benefícios esperados da combinação das estratégias propostas pela pesquisa da USP?
Vamos recapitular! Essa pesquisa demonstra que o tratamento atual é realizado por um sistema físico-químico, enquanto a abordagem proposta leva em consideração a interação do fósforo com as bactérias no lodo e outros nutrientes presentes no esgoto. Nesse caso, o pH da água é ajustado para promover a ligação do fósforo em flocos, que são posteriormente removidos.
A saber, todos os testes realizados pela equipe da USP foram em condições reais de ETEs e sugere que a combinação dessas estratégias pode reduzir ainda mais os impactos do fósforo no meio ambiente. Foram utilizadas técnicas de sequenciamento de DNA para analisar a interação das bactérias
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Dito isso, os resultados da pesquisa da USP têm o potencial de serem aplicados em outras estações de tratamento. Isso significa que a pesquisa pode contribuir para melhorar o tratamento de esgoto em várias regiões, reduzindo os impactos negativos do fósforo no meio ambiente através de um método mais eficaz e sustentável para proteger nossos recursos hídricos.

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Fontes: Olhar Digital.
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Redação 360
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