O urbanismo tático é um conceito bem moderno dentro do urbanismo. Trata-se, na verdade, de uma estratégia mais prática do que projetual, que usa intervenções temporárias e de baixo custo, como parklets e pinturas no asfalto, para readequar o espaço público urbano. E a coisa mais incrível é que isso pode inspirar ações, estimular novos projetos e criar cidades mais seguras e inclusivas. Afinal, as intervenções permitem testar soluções, envolver a comunidade e coletar dados. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!
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Quem são os agentes que lideram as iniciativas de urbanismo tático?
O urbanismo tático é uma estratégia para implementar projetos urbanos de forma rápida e temporária, utilizando materiais de baixo custo. Também conhecido como "urbanismo faça-você-mesmo" ou "acupuntura urbana", essa técnica busca testar soluções, interagir com as pessoas que utilizam o espaço e avaliar os impactos das medidas adotadas na dinâmica local.
Os projetos de urbanismo tático têm como objetivo principal a readequação do espaço viário e/ou a valorização dos espaços públicos, mas variam de acordo com as necessidades de cada local.
Os agentes que lideram as iniciativas de urbanismo tático podem ser o poder público, organizações da sociedade civil, iniciativa privada ou a própria população. Mas é claro que, independentemente de quem está à frente da ação, é essencial haver um diálogo com a comunidade que será afetada pela mudança!
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Quais são os objetivos principais dos projetos de urbanismo tático?
Os principais objetivos dos projetos de urbanismo tático incluem:
- Inspirar e estimular a implementação de novos projetos urbanos.
- Chamar a atenção para lacunas políticas ou de desenho urbano.
- Ampliar a participação social, permitindo que as pessoas expressem suas visões e preferências através da vivência prática dos espaços públicos.
- Aprofundar a compreensão das necessidades locais e coletar dados reais sobre o uso das vias e espaços públicos.
- Estimular a cooperação entre vizinhos, organizações, comércio local e poder público.
- Testar elementos de projetos ou planos antes de fazer investimentos políticos, ou financeiros em intervenções permanentes.
Qual é a importância da comunicação e do envolvimento da população no urbanismo tático?
Antes de tudo, vale destacar que o urbanismo tático oferece benefícios como a inspiração para novos projetos, o destaque de lacunas políticas ou de desenho urbano, ampliação da participação social e uma melhor compreensão das necessidades locais.
No urbanismo tático, podemos utilizar materiais como tinta, balizadores e tachões para implementar intervenções rápidas e temporárias no espaço urbano.
Nesse cenário, a comunicação e a participação social contribuem para a coleta de dados sobre o uso real dos espaços, além de fortalecer laços entre a comunidade, comerciantes locais e autoridades públicas. Contudo, é necessário um plano de manutenção para garantir que as intervenções temporárias continuem promovendo mudanças positivas e impactantes para a comunidade. Isso envolve a repintura do pavimento, a rega e poda da vegetação, a substituição de mobiliários e sinalizações danificadas, etc.
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Como o urbanismo tático contribui para a criação de cidades mais inclusivas e seguras?
As intervenções de urbanismo tático beneficiam principalmente os moradores das cidades e as pessoas que utilizam o espaço público. Elas tornam as cidades mais amigáveis, incentivando o uso de modos ativos de mobilidade, como caminhar e andar de bicicleta. Além disso, grupos mais vulneráveis, como crianças, pessoas com deficiência e idosos, são particularmente beneficiados com medidas que tornam o espaço urbano mais acessível e seguro para eles.
Resumindo, a técnica do urbanismo tático promove a reapropriação do espaço urbano pelas pessoas. É importante dizer que ela tem ganhado força em contextos urbanos em crise, onde governos enfrentam dificuldades em oferecer serviços básicos, como transporte de qualidade e espaços livres adequados para mobilidade ativa e segura.
Existem diversos exemplos de sucesso de urbanismo tático em cidades brasileiras, como Fortaleza, São Paulo, São José dos Campos, Campinas e Diadema, onde essas intervenções contribuíram para melhorar a qualidade de vida dos moradores e tornar as cidades mais inclusivas e seguras.
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Fontes: ArchDaily.
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Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.