A Engenharia de Software é uma área profissional em ascensão no Brasil e internacionalmente. Inclusive, com investimentos, por exemplo, de cerca de 2,3% do PIB em 2019, o Brasil respondeu por 1,8% do mercado global e lidera na América Latina, representando 40,7% do setor. Já o crescimento interno foi de 10,5%, sendo também responsável por movimentar R$ 161,7 bilhões (US$ 44,3 bilhões) na economia. 

No entanto, a Associação para a Promoção da Excelência do Software (Softex) apontou recentemente que o país poderia ter carência de mais de 400 mil profissionais de TI em 2020, incluindo profissionais que trabalham com Engenharia de Software. Leia mais sobre o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O que faz um engenheiro de software?

Engenheiro de Software
Imagem de ThisIsEngineering em Pexels

O engenheiro de software é o profissional responsável por projetar, desenvolver, testar e manter programas, aplicativos, sites e sistemas de software. Entre suas atribuições mais comuns estão:

  • análise de requisitos para atender o cliente,
  • planejamento de arquitetura do site,
  • escrita de código-fonte,
  • identificação e correção de bugs,
  • entre outras atividades da área.

Formação para atuar em Engenharia de Software

A formação mais tradicional para os profissionais desse setor é o diploma universitário em Ciências da Computação ou Engenharia de Software. Ambos os cursos têm duração de 4 anos e estão presente no catálogo de universidades públicas e privadas de todo o país. No entanto, nem todos os profissionais da Engenharia de Software possuem formação superior, e estima-se que 86% deles sejam formados na área. Investir em especializações pode ser uma forma eficiente de se destacar no mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

Salário de um engenheiro de software

Engenheiro de Software
Imagem de Mikhail Nilov em Pexels

De acordo com o site Vagas, o salário médio para um engenheiro de software é de R$6.303,00 (dados de 2023). Já segundo o Glassdoor, a remuneração desse profissional pode atingir até R$16.125 para os engenheiros mais requisitados. Um profissional júnior inicia na área ganhando em média R$4.356,00, e pode chegar a receber até R$8.594,00 quando bem estabelecido no mercado. 

Vale destacar que, além da experiência, fatores como o porte da empresa contratante, região e habilidades extras do candidato podem pesar nessa equação.

O futuro do engenheiro de software

A Engenharia de Software é uma profissão em ascensão, visto que a vida cotidiana é cada vez mais dependente da tecnologia e o profissional é necessário para o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas.

Apenas em 2021, esse mercado movimentou US$11,3 bilhões em terras brasileiras, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES). Inovações tecnológicas como IA, automação, Low-code e Machine Learning estarão cada vez mais presentes, criando novas oportunidades de trabalho.

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6 melhores linguagens de programação para engenheiros(as)

Desenvolvimento de baixo código

Engenheiro de Software
Imagem de pressfoto em Freepik

Um assunto muito importante para profissionais da área, mas que não é dito é a forma como o desenvolvimento de baixo código ou low-code está mudando a profissão. Trata-se de uma solução inovadora que permite que pessoas com pouco ou praticamente nenhum conhecimento em codificação criem softwares para usos diversos.

O low-code não põe em risco a profissão de engenheiro de software, visto que os sistemas criados por essa ferramenta são mais simples. No entanto, atividades comuns da profissão que vão além da programação, como análise de dados e testes de sistemas, ainda precisam ser feitas por profissionais.

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Fontes: Na Prática, Educa Mais Brasil, Quero Bolsa.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Prepare-se para ser surpreendido! Recentemente, a Comissão Francesa de Energia Atômica e Energia Alternativa (CEA) revelou à imprensa o que seriam as primeiras imagens de um cérebro humano. As mesmas foram capturadas por um scanner de ressonância magnética (RM) de 11,7 Teslas, o mais potente do mundo, lançando luz sobre a anatomia e função do órgão.

O gigante tecnológico, apelidado de Iseult, foi desenvolvido ao por duas engenheiros e físicos franceses e alemães. Ele apresenta capacidade de revolucionar o diagnóstico e tratamento de doenças como e supera em potência e precisão todos os seus predecessores. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

ressonância
Imagem de Comissão de Energia Atômica da França reproduzida de G1

Detalhes do scanner de ressonância magnética

O scanner Iseult está hoje instalado em um endereço de Saclay, ao sul de Paris. Ele tem um ímã de 132 toneladas e uma bobina de 1.500 amperes, alojados em um cilindro de cinco metros de largura e altura. Necessita de 7.500 litros de hélio líquido para funcionar. E sua abertura de 90 centímetros oferece espaço suficiente para acomodar o paciente.

Vale destacar que esta máquina pode captar imagens com resolução 10 vezes maior do que os scanners de ressonância tradicionais, chegando a registar microscópicos do cérebro humano em apenas 4 minutos, ou minúsculos vasos sanguíneos que irrigam o córtex cerebral. O nível de precisão é sem precedentes! Impressionante, não?

Só para se ter uma ideia, com os resultados de informações obtidos desse modelo de ressonância, os cientistas podem simular estruturas e funções cerebrais com uma clareza sem precedentes. Pense nas possibilidades de pesquisa!

Salto quântico na luta contra doenças

Com auxílio de máquinas de ressonância como Iseult, os médicos poderão identificar mais facilmente em seus pacientes as causas de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, transtornos psicológicos, incluindo depressão e esquizofrenia, e até mesmo o desenvolvimento cerebral em crianças. Também mapear a distribuição de substâncias químicas vitais, como o lítio, em tratamentos para transtorno bipolar. Isso levaria a diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.

ressonância
Imagem de Comissão de Energia Atômica da França reproduzida de Correio Braziliense
ressonância
Imagem de Comissão de Energia Atômica da França reproduzida de G1
https://www.youtube.com/watch?v=DjyJn5qvTtI

Veja Também: Engenharia Biomédica: A Convergência da Engenharia e Medicina numa Profissão

Futuro da pesquisa cerebral com Iseult

Por hora, os desenvolvedores do scanner de ressonância Iseult afirmam que a máquina ainda não está pronta para uso clínico direto. Mas, quando isso for possível, veremos avanços significativos nos métodos de diagnóstico e tratamentos hospitalares. Será uma nova era para a exploração do cérebro humano.

Através da investigação dos diferentes estados cerebrais, estrutura e cognição, será possível compreender melhor o cérebro humano, desenvolver novas soluções e salvar milhões de vidas!

Depois dessas imagens incrivelmente nítidas, são aguardadas muitas inovações no campo da neurociência para os próximos anos. Fique ligado!

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Fontes: Correio Braziliense.

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Engenharia 360

Redação 360

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Casas com telhado de telhas de barro é o maior charme, não é mesmo? Construções assim costumam apresentar uma beleza atemporal. Mas, com o tempo, a sujeira se acumula, musgo e mofo tomam conta, e a estética se perde. Enfim, chegou a hora de fazer aquela limpeza!

Neste artigo do Engenharia, compartilhamos dicas de como limpar telhados com telhas de barro de maneira segura e eficaz, sem se arriscar ou danificar a estrutura. Confira!

1. Precauções importantes para a limpeza

Segurança em primeiro lugar! Antes de tudo, certifique-se de seguir medidas de segurança rigorosas, como não trabalhar sob condições climáticas adversas (como sol intenso e ventos fortes) e evitar áreas com risco elétrico.

Não esqueça de adquirir e usar equipamentos de proteção individual (EPIs), incluindo:

  • capacete,
  • calçados adequados,
  • luvas antiderrapantes,
  • cintos de segurança,
  • óculos de proteção contra respingos e sujeira,
  • e cordas, para se prender em pontos seguros.

Para completar sua lista de compras, não esqueça de uma escada estável. E lembre-se: evite improvisações perigosas que possam resultar em acidentes graves!

2. Produtos específicos para telhas de barro

Para limpar telhas de barro, opte por produtos específicos, como “limpa telhas” à base de lixívia de cloro. Esses produtos são eficazes na remoção de mofo e manchas.

3. Cuidado com o posicionamento das telhas

Antes de subir no telhado da casa, estude bem a estrutura do imóvel. Identifique os pontos em que é mais seguro caminhar, evitando acidentes durante a limpeza. Algumas telhas de barro, sobretudo mais antigas, são sensíveis e podem ou quebrar, ou se mover facilmente. Cuidado! O uso de equipamentos, como lavadora de pressão (lava-jato) pode fazer deslocar as peças, causando mais danos.

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4. Preparação do telhado

Na dúvida, retire ou cubra todos os objetos que possam ser danificados pela água. Substitua antes da limpeza as telhas quebradas ou rachadas – já evitando problemas futuros. Ademais, remova folhas, galhos e outros detritos de sobre as telhas e principalmente de dentro das calhas ao redor.

5. Limpeza em fases

Depois que você vestiu seus EPIs, subiu no telhado com segurança, retirou detritos e substituiu as telhas de barro danificadas, está tudo certo para a limpeza do telhado!

Comece usando a lavadora de alta pressão apenas com água, para remover as sujeiras superficiais. Esfregue as telhas enquanto a água remove a sujeira. Direcione a água para a calha e limpe-a em seguida – se não houver calha, acumule a sujeira em uma área e, mais tarde, jogue-a no chão.

Depois, vá aplicando os produtos químicos para remover as sujeiras mais persistentes (deixe agir por alguns segundos e esfregue com uma vassoura), sempre seguindo as instruções dos fabricantes. Pode ser 2L de água sanitária para 10L de água; mas, claro, dê preferência aos materiais menos prejudiciais ao meio ambiente. Por fim, enxágue as telhas de barro com água limpa até remover todo o produto.

telhas de barro
Imagem reproduzida de Hard Clean

6. Manutenção regular

Infelizmente, será preciso, de tempos em tempos, realizar uma nova limpeza no telhado. Se você não quiser se estressar, a melhor alternativa é contratar uma equipe especializada em estruturas para fazer o monitoramento periódico e realizar as manutenções preventivas conforme o necessário. De todo modo, ter ajuda aumenta a eficiência e garante a segurança e qualidade do processo.

A manutenção adequada de telhados (e até impermeabilização ou pintura) prolonga a vida útil das telhas de barro, além de proteger sua propriedade contra danos futuros.

telhas de barro
Imagem reproduzida de Shopping das Telhas

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Fontes: Distel Telhas.

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Engenharia 360

Redação 360

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Imagine um computador de 2000 anos atrás! Você pode não acreditar, mas a Antikythera é uma engenhoca que já foi muito usada para observar a Lua. Esse mecanismo (ou máquina) é o primeiro computador analógico do mundo.

Elaborado em bronze, o artefato foi descoberto em Anticítera, uma ilha grega que emprestou seu nome, por volta do ano de 1902 (embora alguns argumentem que a data não é precisa, podendo ser entre 1900 e 1902). Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Mecanismo de Antikythera
Imagem: bbc.com

Estrutura do Mecanismo de Antikythera

Levou muitos anos para entender algumas funções do mecanismo. A máquina possui várias engrenagens e, em algumas delas, os cientistas encontraram dois números de dentes que fazem sentido para a astronomia: 235 (número de meses nos 19 anos solares – ciclo metônico) e 223 (ciclo de periodicidade dos eclipses – ciclo de Saros).

De frente, o mecanismo de Antikythera representa a forma como os gregos viam o mundo: a Terra no centro, com cinco planetas ao redor (os cinco vistos a olho nu: Mercúrio, Vênus, Júpiter, Marte e Saturno). A Lua, com órbita elíptica, viaja mais rápido quando está mais perto da Terra e, para simular isso, a máquina possui uma pinça em uma das engrenagens menores para controlar a velocidade de rotação.

Mecanismo de Antikythera
Imagem: thehistoryblog.com

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Funcionalidades do Mecanismo de Antikythera

Inicialmente, determinou-se que a engenhoca era usada pelos gregos para traçar o movimento do Sol, da Lua e dos planetas, prever eclipses e sinalizar os jogos olímpicos. Além disso, permitia realizar contas de adição, subtração, multiplicação e divisão.

Porém, alguns pesquisadores acreditam que o mecanismo de Antikythera é um tipo de guia de filosofia da galáxia, não algo para fazer cálculos. Tal descoberta surgiu depois que os textos inscritos em partes do objeto começaram a ser desvendados.

Mecanismo de Antikythera
Imagem: thehistoryblog.com

Acredita-se que o mecanismo de Antikythera pertenceu a Arquimedes, um engenheiro, matemático, físico, astrônomo e inventor grego, mas não é possível garantir, visto que alguns outros gregos também são cogitados na lista de inventores. Nós, engenheiros/futuros engenheiros, sabemos o quanto as descobertas de Arquimedes são importantes para a engenharia.

Mecanismo de Antikythera
Imagem: antikythera-mechanism1900.blogspot.com.br

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Enfim, independentemente do inventor, o mecanismo de Antikythera é uma ferramenta brilhante que poderia ter revolucionado a ciência de sua época, mas que se perdeu no caminho e ficou soterrada por muito tempo. Os pesquisadores trabalham até hoje para desvendar seu verdadeiro significado e a tecnologia por trás do seu funcionamento.

Conexão com eventos atuais

Para concluir este texto, queremos destacar que, no final de setembro de 2023, houve a última Superlua do ano, com a lua cheia próxima da Terra.

Este fenômeno, não científico, mas fascinante para observadores experientes, resulta em uma luminosidade 30% maior e uma aparência 14% maior em relação às luas cheias normais.

A saber, o momento de maior proximidade da lua com a Terra é chamado de perigeu e causa a Superlua durante uma lua cheia. Para observá-la, é preciso encontrar um local escuro e silencioso, livre de luzes urbanas, e usar binóculos ou telescópio para detalhes da superfície lunar.

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Fontes: Telegraph; MentalFloss; BBC, The New York Times.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Você já parou para pensar na posição das letras no teclado de muitos dispositivos eletrônicos que utilizamos? Saiba que as letras são dispostas dessa maneira não é por acaso. O objetivo é que possamos digitar mais facilmente as palavras no alfabeto adotado em nosso idioma. Um exemplo é a expressão “QWERTY”, que também é o nome de um modelo de teclado, o teclado QWERTY. Mesmo que lento e desajeitado, ele é bastante utilizado nos dias de hoje. Saiba por que no texto a seguir, do Engenharia 360!

Teclado QWERTY
Imagem de Clay Banks em Unsplash

Conhecendo o teclado QWERTY

Antes de tudo, vale dizer que, contrariando toda a lógica, o teclado QWERTY não é alfabético e nem o mais eficiente para digitação, mesmo que configurado para o padrão português. Porém, é interessante que seja tão adotado desde a sua criação, sendo usado primeiro em máquinas de escrever. Tal modelo nem é o mais eficiente já inventado.

Um iniciante pode demorar mais tempo para se acostumar a digitar em um teclado QWERTY, e sem algum tipo de treinamento específico, muitas pessoas acabam digitando usando apenas um dedo de cada mão.

Teclado QWERTY
Exemplo de teclado QWERTY em computadores. | Imagem KB Germany em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/QWERTZ#/media/Ficheiro:KB_Germany.svg
Teclado QWERTY
Exemplo de teclado QWERTY em smpartphones. | Imagem reproduzida de G1 – Globo

A ideia para o teclado QWERTY surgiu no ano de 1873. Na época, as máquinas de escrever existentes possuíam teclas que se prendiam facilmente se digitadas em rápida sucessão. Pensando nisso, o inventor estadunidense Christopher Latham Sholes desenhou um modelo com letras mais espaçadas, o que minimizou o problema, trazendo mais conveniência especialmente para os operadores de telégrafo, que realizavam transcrições em código Morse. Nesse caso, as alavancas se erguiam por trás do teclado e atingiam uma fita com tinta, gerando uma marca na folha de papel.

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O layout do teclado QWERTY

Em resumo, o teclado QWERTY era o layout padrão nas máquinas de escrever e hoje é layout padrão em muitos dispositivos eletrônicos, como tablets. Ao passar dos anos, com as pessoas já familiarizadas com o modelo e o custo de produção, manteve-se o mesmo na fabricação de outros aparelhos. Atualmente, empresas como Apple, Facebook e Microsoft entendem que o esforço de migrar para outro layout, mesmo que mais eficiente, não compensaria.

Com a transição das máquinas de escrever para os modernos computadores, os datilógrafos treinados encontraram maior facilidade em se adaptar ao layout ao qual já estavam habituados.

Teclado QWERTY
Imagem de Monica Sauro em Unsplash

Como se pode entender, o QWERTY ganhou a batalha por ter o domínio de mercado! Inclusive, o design feito por Sholes chegou a ser incorporado pelos vendedores de armas E Remington and Sons, que também fabricavam máquinas de escrever, e colocado à venda por $125. Desde então, passou a se tornar o layout de teclado universal.

Outros layouts de teclado

Em 1932, o psicólogo August Dvorak propôs outro layout para teclados, chamado posteriormente de Dvorak. Conforme a sua ideia, as letras mais frequentemente usadas seriam posicionadas sob os dedos mais fortes e ágeis (com prioridade para a mão dominante do usuário), aumentando a velocidade e a ergonomia da digitação.

Teclado Dvorak
Exemplo de teclado Dvorak em computadores. | Imagem KB United States Dvorak em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Teclado_Simplificado_Dvorak#/media/Ficheiro:KB_United_States_Dvorak.svg

A saber, em diversos estudos científicos, como alguns conduzidos pela Marinha americana, ficou provada a superioridade do Dvorak em relação ao QWERTY. Mas anos depois, dois economistas, Stan Liebowitz e Stephen Margolis, colocaram os resultados à prova, questionando os métodos aplicados pelos especialistas.

Com o avanço da Internet e acesso a layouts alternativos via personalização de sistemas (como em dispositivos touch screen), finalmente o Dvorak começou a ganhar popularidade. Os mais jovens, sobretudo as crianças, costumam ser mais receptivos a aceitá-lo, com sua mente aberta e facilidade de aprendizado digital. Mas educar toda a sociedade para uma mudança de teclado QWERTY para Dvorak deve exigir um esforço coletivo.

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Fontes: Wikipédia, BBC.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

No último levantamento divulgado por John Ioannidis da Universidade Stanford e Elsevier, o número de cientistas brasileiros de destaque global triplicou em cinco anos, alcançando 1.294 pesquisadores em 2022, um aumento de 278%. Esse crescimento reflete a qualidade e o impacto crescente da pesquisa científica nacional. No artigo a seguir, do Engenharia 360, vamos explorar quais universidades brasileiras têm se destacado na formação desses influentes cientistas.

O Crescimento da Influência Científica Brasileira

Nos últimos anos, o Brasil viu um aumento notável no número de cientistas altamente influentes em escala global. Uma lista divulgada em 2022 inclui 1.294 pesquisadores do país, um crescimento significativo em comparação com os 342 cientistas listados em 2017. Esse salto impressionante de 278% demonstra o avanço e a expansão da ciência brasileira no cenário internacional.

A Metodologia por Trás do Reconhecimento

Os pesquisadores são selecionados com base em um índice composto de citações (c-score), que considera diversos parâmetros, incluindo índice H de citação, índice Hm de citação em coautoria, e número de artigos com citação como autor único, primeiro autor ou último autor. Esse método padronizado permite avaliar o verdadeiro impacto de cada cientista, indo além do simples número de citações.

cientistas brasileiros
Imagem de Trust “Tru” Katsande em Unsplash

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12 Importantes Descobertas de Cientistas Brasileiros

As Principais Universidades Brasileiras Formadoras de Cientistas Influentes

Ao analisar as instituições que mais contribuem para a formação desses cientistas de destaque, destacam-se:

1. Universidade de São Paulo (USP)

Com 244 cientistas listados, a USP lidera o ranking das instituições brasileiras com maior impacto científico. Sua forte presença evidencia o papel central da USP na formação de pesquisadores influentes.

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Imagem de Edsonaoki em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_S%C3%A3o_Paulo#/media/
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2. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

A Unicamp também se destaca, com 89 pesquisadores listados, consolidando sua posição como uma das principais universidades formadoras de cientistas brasileiros influentes.

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Imagem de Fasouzafreitas em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Estadual_de_Campinas#/media/
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3. Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Com 67 cientistas reconhecidos, a Unesp contribui significativamente para a produção científica de alto impacto no Brasil.

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Imagem de Zekialves em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Estadual_Paulista#/media/
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4. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

A UFMG figura entre as principais universidades federais, com 64 cientistas na lista dos mais influentes, demonstrando sua excelência na pesquisa.

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Imagem de Andrevruas em Wikipédia – https://ast.wikipedia.org/wiki/Universidade_Federal_de_Minas_Gerais#/media/
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5. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Ambas com 54 cientistas destacados, a UFRGS e a UFRJ também desempenham um papel fundamental na formação e desenvolvimento de talentos científicos no Brasil.

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Áreas de Maior Impacto e Diferenças entre os Campos do Conhecimento

É notável que áreas como ciências médicas, engenharia e tecnologia tenham maior representatividade nesse ranking, refletindo as métricas bibliográficas específicas desses campos. Por outro lado, áreas como ciências humanas e saúde pública têm menor visibilidade devido à natureza de suas publicações, que muitas vezes são em formato de livros, com autoria única, reduzindo o número de citações.

O Reconhecimento dos Cientistas Brasileiros no Contexto Global

Nomes como Paulo Lotufo, Ludhmila Hajjar, e Ester Sabino, que se destacaram no combate à Covid-19, estão entre os cientistas brasileiros reconhecidos globalmente por sua contribuição à ciência e à saúde pública. Esse reconhecimento destaca não apenas a qualidade da pesquisa realizada no Brasil, mas também a importância da colaboração multidisciplinar entre os pesquisadores.

Em resumo, o Brasil está ganhando destaque globalmente por meio de seus cientistas mais influentes, e as principais universidades brasileiras desempenham um papel crucial na formação desses talentos. Esse crescimento é uma prova do potencial da ciência brasileira e da sua capacidade de enfrentar desafios globais com inovação e excelência.

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Fontes: O Globo, Folha de São Paulo.

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Engenharia 360

Redação 360

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Certamente você já viu ou usou diversos objetos produzidos por meio deste processo industrial. A fundição de metais é um processo industrial que consiste em derreter um metal e despejá-lo em um molde para criar uma peça com a forma desejada. O método é utilizado para produzir uma grande variedade de peças, desde pequenas peças de precisão até grandes componentes estruturais. Veja mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

Fundição de metais
Imagem de Enlightening Images em Pixabay

Como funciona o processo de fundição de metais?

Para entender melhor: o processo de fundição é, de forma vulgar, semelhante ao processo de fazer ovos de chocolate: você eleva o metal a temperatura de fusão (derrete o metal), coloca em um molde (joga na forma) e, depois que ele solidifica, a peça está pronta.

Claro que a facilidade de derreter chocolate não pode ser aplicada ao derretimento de metais, que é bem mais complexo. Por exemplo, as temperaturas devem ser extremamente elevadas e claro, não dá para jogar o metal derretido em uma forma de plástico, né?

Fundição de metais
Imagem de Ludomił Sawicki em Unsplash

Como se faz para fundição metais?

Antes de explicar mais sobre o processo de fundição, vamos entender sua importância. O setor das indústrias de fundição é caracterizado pela produção de bens intermediários e fornece produtos para os mais diversos segmentos. Por meio da fundição é possível fazer peças de tamanhos e formatos variados, pesando gramas ou toneladas.

Para fundir o metal é necessário utilizar fornos especiais. No entanto, antes de fundir é necessário preparar o modelo (moldagem). O modelo deve ser ligeiramente maior que a peça original devido à contração durante a solidificação. O molde é feito de um material refratário composto de areia e aglomerante. Com o modelo pronto, pode-se partir para a confecção dos machos, que são dispositivos feitos do mesmo material do molde e que serão utilizados para formar os furos e reentrâncias da peça (moldagem e macharia). Aí, sim, ocorre a fusão do metal, que consiste em levar a um forno até atingir a temperatura de fusão e o metal derreter.

Fundição de metais
Imagem reproduzida de UNESP

Qual a função dos moldes na fundição?

Após a fusão os moldes são preenchidos com o metal líquido (vazamento). Com o metal já solidificado, é necessário retirar do molde (desmoldagem) e retirar as rebarbas e os canais de alimentação (rebarbação). Por último, é feita a limpeza das incrustações da peça. A imagem abaixo resume o processo de fundição.

Imagem: arquivo pessoal  | fundição
Imagem reproduzida de arquivo pessoal

Parece fácil, mas não é. Existem processos variados de fundição e diversas técnicas para fundir um metal e colocar em um molde (não é simples como o chocolate!). O material que será usado nos moldes depende do processo que será utilizado. Normalmente, são utilizadas areias com características refratárias com alguns aditivos químicos. Quando acontece a desmoldagem, a areia pode ser reutilizada para confecção de outros moldes.

Fundição de metais
Imagem de Wikimedia reproduzida de Medium

Por fim, vale ressaltar que areia utilizada no processo de fundição também pode passar por um processo de regeneração para ser reaproveitada no próprio processo ou receber outro fim. Aliás, essa é uma prática recorrente, visto que os produtos químicos adicionados à areia são um grande problema ambiental quando o descarte é feito de forma incorreta.

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Fontes:
OKIDA, J. R. Estudo para minimização e reaproveitamento de resíduos sólidos de fundição. Dissertação de Mestrado. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Ponta Grossa, 2006. 137 p.
PENKAITIS, G. Impacto ambiental gerado pela disposição de areias de fundição: Estudo de caso. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo – São Paulo, 2012. 92p.
SHEUNEMANN, R. Regeneração de areia de fundição através de tratamento químico via processo fenton. Dissertação de Mestrado. Universidade de Santa Catarina – Florianópolis, 2005. 71p.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

O setor da construção civil está em constante evolução, buscando soluções que combinem funcionalidade e estética. Um material que se destaca nesse cenário é o concreto branco, que oferece diversas vantagens e permite a criação de projetos arquitetônicos únicos e marcantes.

A saber, o concreto branco é pouco comum no Brasil, mas bastante difundido na Europa. Ele pode ser visto em obras de grande porte e até em pequenas peças pré-moldadas. E a sua maior excelência deve-se ao fato do acabamento da edificação ser a própria superfície concretada. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

aplicação de concreto branco
Projeto de autor e localização desconhecidas. | Imagem de Pexels

Características do concreto branco

Embora existam poucas publicações explicando as propriedades do concreto branco, o projetista brasileiro pode consultar a NBR 12989. Nela pode-se entender quais são as regulamentações para o Cimento Portland Branco, estrutural e não estrutural. No geral, vê-se que muitas das características do concreto branco se assemelham às do concreto convencional. Sua resistência, por exemplo, pode ser igual ou até superior ao concreto cinza. Isso permite a criação de grandes vãos.

O concreto branco é feito, portanto, a partir do cimento branco estrutural. Na sua composição, também estão presentes o calcário e a areia, que precisa ser naturalmente clara. E os agregados, como argila e rocha – inertes de mármore, granito e outros. Cada um desses componentes influenciará nas propriedades do concreto. O importante é que não haja matérias-primas contendo óxidos de ferro e manganês, pois eles são, justamente, os elementos responsáveis pela cor cinza do cimento convencional.

Casa da Música - projeto de Rem Koolhaas com Office for Metropolitan Architecture , em Portugal.
Casa da Música – projeto de Rem Koolhaas com Office for Metropolitan Architecture , em Portugal. | Imagem de Marinhopaiva em Wikipedia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Casamusicaexterior.jpg

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Principais vantagens do concreto branco

Existem muitas vantagens no uso do concreto branco, incluindo:

  • Alta durabilidade e baixa manutenção.
  • Dispensa pinturas ou outros tipos de revestimentos.
  • Permite que a estrutura permaneça na sua tonalidade mais clara.
  • E a manutenção pode ser realizada apenas com água e sabão neutro.

Observação: Em alguns casos, é necessária maior proteção contra a entrada de agentes agressivos ou impregnação de sujeiras. Então, recomenda-se o uso de resinas ou hidrofungantes. Os materiais fotocatalíticos possuem propriedades autolimpantes, que eliminam possíveis resíduos aderidos à superfície.

aplicação de concreto branco
Galmuri Office Building – projeto de The Plus, em Coréia do Sul. | Imagem reproduzida de The Plus
aplicação de concreto branco
Capela de Maria Madalena – projeto de Sacher LoCicero Arquitetos, em Áustria. | Imagem reproduzida de Dezeen

O concreto na tonalidade branca tem aspecto mais higiênico e agradável. Por isso é muito empregado em obras públicas, ambientes médicos, museus e outros. Ele tem a capacidade de refletir melhor a luz solar. Portanto, manterá a temperatura adequada nos interiores das edificações. E se a ideia é tingir de outra cor, a base branca garante melhor pureza e homogeneidade de textura e pigmentos. O branco, combinado com outras cores, gera combinações estéticas ainda mais impactantes.

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Desvantagens

Agora, como desvantagem, o preço da matéria-prima e da moagem, para a fabricação do concreto branco, costuma ser mais caro do que do concreto cinza. Além disso, alterações ou reparações são mais complicadas. Mesmo buscando soluções para a proteção da fachada, o meio ambiente afetará de alguma forma a estrutura. E sem o devido cuidado, logo surgirão manchas, alterando definitivamente a sua aparência.

aplicação de concreto branco
Loja da marca Dior – projeto de Barbari to Bancel Architectes, em Miami. | Imagem reproduzida de Barbari to Bancel

Para obter uma qualidade satisfatória do concreto branco aparente, é necessário que se tenha cuidados redobrados com a execução da obra. O profissional precisa entender, completamente, todos os possíveis comportamentos do material. Principalmente perante os agentes agressivos. Os aspectos mais críticos são em relação à mistura dos agregados, à moldagem e ao controle de temperatura – para evitar fissuras com a perda de água na cura.

As fôrmas devem ser em compensado naval, com pouco ou nenhum uso anterior e de preferência sem parafusos ou tarugos de madeira – trocando pela fixação em colagem. E elas devem impedir, ao máximo, a permeabilidade de qualquer coisa que possa comprometer a massa e corroer a armadura.

aplicação de concreto branco
Breakwater Beacon – projeto de UAP Design Studio, em Arábia Saudita. | Imagem reproduzida de Archdaily

Exemplo de uso do concreto branco: A Fundação Iberê Camargo

A ponte Irineu Bornhausen, em Santa Catarina, é a primeira grande obra construída em concreto branco no Brasil. Porém, a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, possui maior relevância para a arquitetura. Isso porque o seu projeto é assinado pelo arquiteto português, mundialmente conhecido, Álvaro Siza. A edificação, que ficou pronta em 2008, é a primeira erguida totalmente em concreto armado branco e aparente no país.

Visando uma melhor trabalhabilidade do material, na composição do concreto, foram utilizadas rochas calcárias. Isso tanto para agregados graúdos quanto para miúdos. Houve um controle técnico muito rigoroso. A produção da massa foi realizada in loco. Aditivos retardadores de pega foram acrescentados como solução para evitar a ascensão de nata, que causaria manchas nas superfícies aparentes das peças. E para eliminar quaisquer possíveis fissuras, geradas pela perda de água na cura, foi montado um sistema de irrigação, em funcionamento durante dez dias ininterruptos.

Museu Iberê Camargo
Museu Iberê Camargo | Imagem de Eugenio Hansen, OFS em Wikimedia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Museu_Ibere_Camargo_0005.JPG

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Fontes: Casa Claudia, Cimento Itambe, Dissertação de Ana Paula Kirchheim em UFRGS.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Taipei 101, projeto do arquiteto taiwanês C.Y. Lee, é um dos arranha-céus mais altos do mundo, com 101 andares ou 508 metros. Recentemente, a torre ganhou mais uma vez destaque nos noticiários após Taiwan sofrer um terremoto de magnitude 7,4 na escala Richter. Pode-se dizer que essa estrutura só resistiu graças a uma tecnologia secreta no seu interior, um grande pêndulo antiterremoto em forma de bola. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Taipei 101
Imagem de Yichen em Pexels

A bola dourada do Taipei 101

No coração do edifício Taipei 101, o gigante de aço e vidro localizado em Taipei, Taiwan, encontra-se um dos elementos de engenharia moderna mais revolucionários. A bola dourada, pêndulo antiterremoto, parece desafiar as leis naturais. Ela foi projetada especialmente para que o arranha-céu possa, com sucesso, desafiar os desafios sísmicos, como os frequentes terremotos que assolam a região. Ela pesa 660 toneladas e fica suspensa entre o 87º e o 92º andar. Sem essa peça fundamental, a estrutura poderia ter sido seriamente abalada no último dia 2 de abril.

Em resumo, pode-se afirmar que esse gigante de aço é o maior destaque da arquitetura do Taipei 101, o segredo por trás da sua resistência a terremotos; não uma peça de arte, como muitos pensam, mas um amortecedor de massa projetado para contrabalançar movimentos sísmicos.

Taipei 101
Imagem reproduzida de O Globo
Taipei 101
Imagem de Someformofhuman em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Taipei_101_Tuned_Mass_Damper.png

Reforço estrutural

Vale destacar que a cidade de Taipei está justamente em uma zona sísmica ativa no mundo, e os construtores não podem negar este fato. Todas as engenharias erguidas na região precisam contar com estruturas mais robustas que o tradicional, e melhor ainda se puderem se valer das tecnologias mais modernas e inovadoras. Só isso poderá mitigar os efeitos devastadores dos terremotos. Nesse contexto, o pêndulo do Taipei 101 é um ótimo exemplo de Engenharia de Segurança.

Além da bola dourada, o arranha-céu também conta com colunas de sustentação numa estrutura reforçada com concreto e aço de alta resistência, além de sistemas de amortecimento nas fundações. Até seus elevadores foram projetados para parar automaticamente em caso de terremoto. Cada detalhe foi projetado para garantir a segurança dos ocupantes em condições extremas.

Taipei 101
Imagem de Philipp por Pixabay

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Funcionamento do pêndulo antiterremoto

Para resumir, o pêndulo antiterremoto do Taipei 101 funciona como um contrapeso dinâmico. Quando um terremoto faz o prédio balançar, a bola gigante se move em sentido contrário às vibrações, dissipando a energia do tremor e reduzindo a oscilação da estrutura, estabilizando o prédio. É como se a bola estivesse “empurrando” o prédio de volta à sua posição original, minimizando o impacto do terremoto. Desse jeito, o Taipei consegue se manter firme mesmo com tudo tremendo ao seu redor.

Infelizmente, a eficácia desse pêndulo já pôde ser testada. Por exemplo, no ano de 2004, quando diversos edifícios de Taipei sofreram danos consideráveis em terremoto de magnitude 6,8. Agora, em 2024, o arranha-céu permanece inabalável. E esperamos que essa tecnologia de amortecimento não precise ser novamente desafiada!

Taipei 101
Imagem reproduzida de O Globo
Taipei 101
Imagem reproduzida de LA CASA SOLARE
Taipei 101
Imagem de Armand du Plessis em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Taipei_101_Tuned_Mass_Damper_2010.jpg

Símbolo de resistência para Taiwan

O Taipei 101 sempre será um modelo exemplar de Engenharia, servindo de referência para o desenvolvimento de outros projetos arquitetônicos para estruturas seguras e imponentes em áreas geologicamente instáveis. Para os taiwaneses, ele é um símbolo de resistência e da capacidade humana de superar desafios. E para os turistas, é uma das mais lindas atrações do país, oferecendo vistas espetaculares da cidade de Taipei.

Taipei 101
Imagem de Timo Volz em Unsplash

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Fontes: Olhar Digital, G1 – Globo.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Recentemente, o governo brasileiro anunciou a chegada da tecnologia de TV 3.0 ao país, prometendo uma mudança radical na maneira como assistimos televisão. Mas, na prática, o que isso representa? Por que devemos nos preparar – inclusive no bolso – para essa evolução?

Após conhecermos a TV digital, chegou a vez de experimentarmos uma nova geração de TV, muito melhor em termos de qualidade de imagem, som e interatividade para os telespectadores. Estamos falando de uma integração da TV aberta com a Internet, ampliando as possibilidades de apresentação de conteúdo. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

TV 3.0
Imagem de Freepik

O que é Televisão 3.0?

A nova geração de TV 3.0 oferece uma série de vantagens em relação à TV digital tradicional. Entre as principais, destacamos:

  • Qualidade de imagem superior, 4K e 8K.
  • Som imersivo, que proporciona uma experiência de áudio mais realista e envolvente.
  • Sistema para interação com os programas de TV, permitindo até responder perguntas escolhendo entre câmeras via controle remoto, o que torna a experiência de assistir TV mais dinâmica e envolvente.
  • Sistema para personalização de visualização, permitindo escolha de temas e propagandas que se deseja ver.
  • Acesso a uma gama mais ampla de conteúdos, como streaming e jogos, além de serviços públicos essenciais.

Observação: A publicidade interativa abre novas oportunidades de receita para emissoras e anunciantes, aproveitando a interatividade oferecida pela nova tecnologia.

TV 3.0
Imagem de lookstudio em Freepik

Como funciona a TV 3.0?

Assim como citado antes, estamos diante de um salto de resolução de TV, do Full HD para o 4K e 8K. Isso significa imagens mais nítidas, cores vibrantes e suporte para HDR. Poderemos participar de enquetes, escolher ângulos de câmera em eventos ao vivo e até mesmo realizar compras diretamente pelo televisor. Essa nova dinâmica só será possível por meio do acesso à Internet, que fique claro.

Então, o aparelho precisará estar logado a uma rede para que o sistema 3.0 funcione corretamente. E os telespectadores precisarão de um conversor ou de uma TV compatível com o novo padrão.

Por tudo isso, podemos esperar que o brasileiro enfrente alguns desafios para se adaptar à TV 3.0 neste primeiro momento, sobretudo porque nossa sociedade apresenta baixo nível de alfabetização digital. W, sim, dependeremos da Internet para aproveitar suas funcionalidades, o que não será viável em áreas de cobertura precária. Ademais, o custo dos equipamentos compatíveis com a TV 3.0 poderá ser um impeditivo para muitas famílias.

O que é, como funciona e as vantagens da TV 3.0?
Imagem reproduzida de RNP

Perguntas frequentes

Quando a TV 3.0 estará disponível no Brasil?

A TV 3.0 está programada para ser implantada no Brasil a partir de 2025. A migração para o novo padrão será gradual, começando pelas grandes cidades.

Quanto custará a TV 3.0?

A transição para a TV 3.0 será gradual, começando pelas grandes cidades brasileiras. O acesso à TV 3.0 será gratuito, mas a interatividade completa exigirá conexão com a Internet.

O custo da TV 3.0 dependerá do modelo da TV ou do conversor que o telespectador escolher. O governo ainda não definiu se oferecerá conversores gratuitos para as famílias de baixa renda.

A TV 3.0 será obrigatória?

A TV 3.0 não será obrigatória, mas a TV digital tradicional deixará de ser transmitida em 2027**. Portanto, os telespectadores que desejarem continuar assistindo televisão precisarão migrar para a TV 3.0 ou para outro serviço de TV por assinatura.

** Nossas pesquisas levaram a esta informação. Contudo, as fontes podem estar erradas. Segundo um de nossos seguidores, Secretário de Comunicação Social Eletrônica (antiga Secretaria de Radiodifusão) do Ministério das Comunicações, não há previsão para descontinuarmos a TV Digital no Brasil.

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O que esperar do futuro da TV no Brasil?

Enfim, a TV 3.0 está chegando com um super potencial de revolucionar a maneira como assistimos televisão no Brasil, tornando a experiência de visualização mais imersiva, interativa e personalizada.

No discurso do governo e das emissoras brasileiras está a promessa da democratização do acesso à informação e ao entretenimento justamente pela oferta de uma experiência de visualização superior a um custo mais acessível. Será mesmo? Estamos torcendo que, de fato, isso seja verdade, trazendo mais inclusão digital, estimulando a indústria criativa do nosso país e abrindo portas para o aprimoramento de tecnologias de engenharia.

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Fontes: Valor Globo.

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