Boa notícia para o meio ambiente! A Petrobras lançou recentemente a plataforma digital GIS CCUS Brasil como parte de uma iniciativa em favor da contra as mudanças climáticas e promoção da sustentabilidade no setor energético.
Esse é um passo importante e audacioso rumo à descarbonização, colocando a empresa na vanguarda da inovação tecnológica, além de reforçar seu compromisso com a sustentabilidade e a transição energética. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360, o impacto de tudo isso no combate às emissões de carbono (CO2)!
O que é o GIS CCUS Brasil
Antes de explicar o que é o GIS CCUS Brasil, gostaríamos de lembrar que, nos últimos anos, o mundo tem sofrido demais com as alterações climáticas, em parte causadas pelas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Por isso mesmo, a engenharia vem trabalhando de modo acelerado para encontrar formas de mitigar os impactos. Uma solução promissora é a captura e armazenamento de carbono (CCUS).
Acontece que a implementação eficaz de projetos CCUS na indústria enfrenta desafios, sobretudo pela falta de dados acessíveis e integrados sobre fontes de emissão, infraestrutura existente e potenciais locais de armazenamento.
Construção de uma base de dados
A Petrobras, reconhecendo esse problema, decidiu desenvolver o GIS CCUS. Para isso ela contou com a parceria do Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) da PUCRS. Foram cerca de R$ 2 milhões de investimentos (financiados através de recursos destinados à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da ANP) para o desenvolvimento da plataforma que, agora, será ofertada como ferramenta gratuita de dados de georreferenciados, cruciais para a captura e armazenamento de carbono, organizados em Sistema de Informações Geográficas (GIS).
Atualmente, o sistema se vale de dados de programas como a Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate) e o Promar, além de fontes internacionais como o IPCC e o GHG Protocol, garantindo uma visão abrangente e integrada dos desafios e oportunidades no setor de CCUS.
Como funciona a plataforma digital da Petrobras
A plataforma digital GIS CCUS Brasil, da Petrobras, apresenta uma interface amigável e acessível, permitindo que usuários de diferentes setores acessem dados diversos, incluindo:
- Localização e quantidade de emissões de mais de 15k fontes de CO2 - abrangendo setores de difícil abatimento e geração de energia.
- Informações de 18 mil elementos de infraestrutura e logística que podem ser acionadas para a implementação de projetos de CCUS.
- Dados de potencial de armazenamento geológico de CO2 nas bacias sedimentares brasileiras, incluindo dados sobre 30.621 poços exploratórios e 14.900 levantamentos geofísicos.
- E identificação de mais de 370 mil áreas que podem ser restritas ou protegidas socioambientalmente, ajudando a garantir que os projetos de CCUS respeitem as normas ambientais.
Além disso, vale destacar que a plataforma é alimentada por uma base de dados própria, que inclui informações geológicas de 72 bacias sedimentares terrestres e marítimas brasileiras, análise do potencial de armazenamento geológico de CO2, e distribuição e espessura dos sistemas de armazenamento. O GIS CCUS Brasil oferece quatro painéis interativos específicos para a visualização espacial de fontes emissoras quantificadas, infraestrutura e logística, dados de subsuperfície e recursos de armazenamento.
O impacto esperado no mercado com o uso do GIS CCUS
A Petrobras e seus parceiros têm se esforçado em aprimorar o modelo da plataforma digital GIS CCUS Brasil para que ele atenda sempre às necessidades da indústria nacional, alinhado às melhores práticas internacionais em captura de carbono. A expectativa é que, a partir de agora, surjam novas parcerias para a implementação de projetos CCUS e a elaboração de regulamentações que incentivem a descarbonização do setor.
Nos planos da Petrobras está ainda lançar, em breve, um novo atlas de CCUS, bilíngue, reunindo o máximo de conteúdo técnico científico relacionado ao tema 'emissões de carbono'. Este deverá ser uma referência importante para pesquisadores, profissionais da indústria, investidores de projetos de descarbonização e formuladores de políticas, embasando discussões, impulsionando inovações tecnológicas, acelerando transição para economia de baixo carbono e encorajando o desenvolvimento sustentável do nosso país.
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