Engenharia 360

O que causa os terremotos e como medir sua intensidade?

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por Rafael Panteri
| 01/06/2021 | Atualizado em 28/03/2025 4 min
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

O que causa os terremotos e como medir sua intensidade?

por Rafael Panteri | 01/06/2021 | Atualizado em 28/03/2025
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini
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Os terremotos são eventos naturais impressionantes e, muitas vezes, devastadores. Um dos mais marcantes da história recente foi o Grande Terremoto de Tohoku, ocorrido no Japão em 11 de março de 2011. Com magnitude de 9.1 na escala Richter, esse tremor foi o mais intenso já registrado no país e um dos maiores do mundo.

terremotos
Imagem da cidade de Fukushima após terremoto | Imagem reproduzida de Revista Exame

Veja Também: Engenharia anti-sísmica do Japão

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Consequências devastadoras do terremoto de Fukushima:

  • Mais de 18 mil mortos e desaparecidos;
  • Deslocamento da costa japonesa;
  • Mudança no eixo de rotação da Terra, entre 10 e 25 centímetros, encurtando o dia em 1,8 microssegundos;
  • Tsunami e acidente nuclear causados pelo tremor.
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Imagem da cidade de Fukushima após terremoto | Imagem reproduzida de MDig

O que causa os terremotos?

Para entender a origem desses fenômenos da natureza, é preciso compreender a crosta terrestre!

A Teoria das Placas Tectônicas, sucessora da Teoria da Deriva Continental, afirma que a crosta terrestre não é uma placa imóvel, mas sim blocos rochosos semirrígidos que se movimentam sobre o manto de forma lenta e contínua, podendo se afastar ou se aproximar umas da outras.

placas tecntônicas
Representação das placas tectônicas | Imagem reproduzida de Eric Gaba via Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nica#/media/Ficheiro:Tectonic_plates_boundaries_detailed-en.svg

A Terra é dividida em 52 placas tectônicas, sendo 14 maiores e principais e 38 menores. A partir da movimentação do magma abaixo da crosta terrestre, as placas tectônicas se deslocam e podem acabar se encontrando. Esse movimento é lento e gradual, por isso é que as tensões entre as placas se acumulam durante anos até atingirem o limite de resistência das rochas. Quando isso ocorre, há o rompimento - em questão de segundos -, liberando toda energia acumulada; e as ondas sísmicas se espalham, atingindo regiões próximas.

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A saber, abalos sísmicos que ocorrem em áreas continentais, ou seja, em terra firme, são chamados de terremotos. Já os abalos ocorridos nos oceanos são chamados de maremotos. E o ponto onde começa o tremor é o epicentro!

Tipos de abalos sísmicos

  • Terremotos: Tremores que ocorrem em terra firme.
  • Maremotos: Tremores que acontecem nos oceanos e podem gerar tsunamis.
  • Epicentro: Ponto onde o tremor se inicia e de onde as ondas sísmicas se espalham.

Como a intensidade dos terremotos é medida?

A intensidade dos terremotos é medida pelo sismógrafo. Esse aparelho é capaz de analisar o movimento do solo na direção norte-sul, leste-oeste ou cima-baixo utilizando a Escala Richter como unidade de medida. Observe as imagens a seguir!

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Representação de um sismógrafo | Imagem extraída de Wikiciencias - https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Sism%C3%B3grafo
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Sismógrafo real | Imagem reproduzida de InfoEscola, via Yamaguchi先生 em Wikipédia - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kinemetrics_seismograph.jpg

Escala Richter

Elaborada por Charles Richter, em 1935, essa escala mostra o quão forte pode ser um tremor. Seus valores vão de 1 a 10 – aliás, quanto mais alto esse valor, mais forte é o terremoto. Esses valores se comportam de forma exponencial (10^n), ou seja, terremotos de escala 2 são 10 vezes mais forte do que terremotos de escala 1 e assim por diante.

Escala Mercalli

Outra escala muito utilizada é a Mercalli, que mede o poder de destruição de um terremoto na sociedade. Ela varia de I a XII - onde I é o mais fraco e XII é o mais forte. E essa forma de medição é interessante quando relacionada com a Richter, pois, muitas vezes, os abalos podem ocorrer em áreas desérticas, causando pouco dano à população.

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O impacto dos terremotos recentes

O terremoto de Fukushima foi um dos mais devastadores do século XXI. Mas outros tremores também marcaram a história recente.

Em 8 de setembro de 2023, um sismo de magnitude 6.8 atingiu o Marrocos, sendo o mais forte da história moderna do país. O tremor afetou gravemente Marraquexe, destruiu vilarejos e deixou milhares de mortos e desaparecidos. As buscas por sobreviventes foram dificultadas pela infraestrutura local.

Veja o impacto do terremoto de 2011 no Japão

Assista a um vídeo impressionante sobre esse evento catastrófico:

Veja Também:

Segurança Sísmica: Por Que Devemos Priorizar a Construção à Prova de Terremotos

O Que São os Terremotos Lentos e Como Eles Ajudam a Prever Grandes Abalos Sísmicos?


Fontes: Brasil Escola, UFMS.

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

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