Engenharia 360

Cientistas brasileiros estão desenvolvendo testes rápidos para detectar coronavírus

Engenharia 360
por Kamila Jessie
| 26/03/2020 2 min

Cientistas brasileiros estão desenvolvendo testes rápidos para detectar coronavírus

por Kamila Jessie | 26/03/2020
Engenharia 360

A rapidez para diagnosticar o novo coronavírus é crucial para conter a expansão acelerada da pandemia. Nesse sentido, cientistas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) e do Instituto de Biologia, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estão desenvolvendo testes de para a detecção rápida e facilitada do COVID-19.

Laboratórios de pesquisa brasileiros em ação

Mesmo em quarentena, as atividades essenciais seguem, inclusive laboratórios de pesquisa em universidades. Dentre eles, o Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC), coordenado pela professora Leda Castilho, que trabalha em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação de tecnologias para a produção de anticorpos monoclonais e outros biofármacos e vacina, está a todo vapor. No momento, os esforços estão voltados para a demanda da pandemia de COVID-19.

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Mas vale lembrar que ciência não é feita da noite para o
dia. A equipe de pesquisadores vem trabalhando nisso desde fevereiro e,
atualmente, está na etapa de “ajuste fino”. Depois disso, os testes precisam
ser validados, o que indica que o processo seja concluído em até 40 dias.

Como funcionam os testes rápidos

Os testes em desenvolvimento se baseiam em identificar
anticorpos em pessoas com suspeita de coronavírus. Alguns tipos de anticorpos
são detectados depois de sete dias de contágio, enquanto outros podem demorar
até duas semanas para serem produzidos pelo corpo do infectado.

A pesquisadora Leda Castilho explicou que “a proposta é detectar os dois tipos de anticorpos, possibilitando tanto determinar se uma pessoa com sintomas respiratórios é positiva para COVID-19 quanto, por exemplo, mapear pessoas que já tenham sido infectadas anteriormente, mesmo assintomáticas”.

Cientistas brasileiros estão desenvolvendo testes mais rápidos para detecção de coronavírus - Leda Castilho UFRJ
A pesquisadora Leda Castilho. Foto: Coppe UFRJ

Os testes propostos pela UFRJ

Uma das formas previstas para o teste rápido é um ensaio Elisa, sigla para Enzyme-Linked Immunosorbent Assay, que permite detecção em algumas horas. A outra, chamada de teste rápido, se assemelha ao exame de gravidez, em que se utiliza um papel cromatográfico específico para reconhecer a proteína do vírus em poucos minutos.

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Estes testes não requerem infraestrutura sofisticada e se fundamentam em uma técnica cerca de quatro vezes mais barata do que quantificação de proteína C-reativa, que é utilizada nos testes atuais. A detecção rápida é importante nesse cenário, pois pode direcionar ao isolamento imediato e facilitar a contenção da pandemia.

Leia mais: Efeitos de segunda ordem do coronavírus na engenharia.

Fontes: G1. Indian Journal of Pediatrics. Ministério da Educação. UFRJ. Valor.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

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