Um dos grandes vilões do meio ambiente é o plástico. Sua poluição tem sido um grande pesadelo para os cientistas, que têm corrido contra o tempo para encontrar soluções inovadoras para mitigar os danos causados no meio ambiente. A boa notícia é que, recentemente, foi descoberto que uma espécie de larva seria capaz de digerir plástico, podendo transformar radicalmente a reciclagem global. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!
O desafio da reciclagem do plástico
O plástico é um material amplamente utilizado pela indústria, sobretudo por conta de sua resistência e durabilidade. Sua estrutura química é um polímero sintético formado por longas cadeias de moléculas que não reagem facilmente com o ambiente. E a cada dia surgem novas fórmulas que tornam esse material mais resistente e longevo.
A questão é que o plástico pode levar décadas ou séculos para se degradar, liberando toxinas e poluindo rios, oceanos e ecossistemas terrestres, afetando negativamente a vida selvagem. Infelizmente, todos os métodos de reciclagem hoje adotados são suficientes para lidar com tamanha quantidade de resíduos produzidos anualmente. Ou seja, vivemos uma crise!
A descoberta inusitada em colmeia
Uma bióloga molecular italiana, Federica Bertocchini, fez uma descoberta acidental bem no quintal da sua casa que pode ter grandes implicações no futuro da reciclagem, um dos maiores desafios ambientais contemporâneos. Por conta do seu hobby de apicultura, ela observou uma larva enquanto cuidava de suas colmeias. A pequenina estava consumindo estruturas de cera, mas... também estava fazendo furos em um plástico. Isso parecia minimamente intrigante!
Federica decidiu investigar o que estava acontecendo. Ela descobriu que a tal larva, conhecida como Galleria mellonella - ou uma praga pelos apicultores -, e que se alimenta das larvas de abelha e do mel, possui em sua saliva uma enzima capaz de degradar o plástico ou polímeros. Essa capacidade poderia ser replicada em processos de reciclagem - que hoje são resolvidos pela engenharia, de como muito complexo e caro.
O papel da larva na biodegradação do plástico
A larva descoberta por Federica Bertocchini mostrou-se capaz não apenas de mastigar o plástico, mas de efetivamente quebrá-lo em fragmentos menores (até o reduzir ao máximo), acelerando o processo de biodegradação.
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Esse processo pode inspirar outros cientistas em como mitigar os impactos ambientais causados pelo seu descarte na natureza - uma hipótese é a introdução de oxigênio, elemento essencial para a manipulação biológica, transformando o material sintético em orgânico não tóxico. A enzima da larva poderia ser aplicada em larga escala. Em testes iniciais - bastante promissores, aliás -, a degradação aconteceu em um período de 5 a 10 horas, dependendo do tipo de plástico e da quantidade de enzima utilizada.
O futuro da biotecnologia e a reciclagem
A pesquisa de Federica Bertocchini realmente traz grande esperança ao mundo científico. É realmente empolgante saber que podemos utilizar organismos vivos para resolver problemas ambientais! Porém, o processo de biodegradação e a viabilidade econômica da produção em massa dessa tecnologia ainda podem demorar bastante; vai depender, sem dúvidas, de muito apoio financeiro.
Por outro lado, os resultados dos testes já realizados podem dar base ao desenvolvimento de novas técnicas de reciclagem que utilizam enzimas de outros organismos, por exemplo. Ou ainda, é possível que logo sejam construídas "fazendas de larvas" (com uma dieta bem balanceada, claro) com o propósito de degradar plásticos em grande escala. Assim, teríamos um mundo com muito menos plástico em aterros e oceanos.
Sonhar não custa nada, não é mesmo? De todo modo, é importante sermos mais conscientes sobre a poluição plástica e a necessidade de soluções sustentáveis. A abordagem mais ecológica que podemos adotar é mesmo consumir menos plástico!
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Fontes: R7, Fatos Desconhecidos.
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Eduardo Mikail
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