A tecnologia dos robôs humanoides está ganhando “uma nova vida”! Graças aos últimos avanços tecnológicos, como de Inteligência Artificial, impressão 3D e design digital, os novos modelos não apenas se parecem mais com os humanos, expressando melhor as emoções, como também interagem melhor com os ambientes de maneiras surpreendentes. Como exemplo, podemos citar os robôs de empresas como Ex-Robots, que foram recentemente apresentados em um vídeo que viralizou e chocou a Internet. Confira mais detalhes no texto a seguir, do Engenharia 360!

A proposta audaciosa da empresa Ex-Robots

Neste momento, a empresa Ex-Robots, especializada em androides inteligentes, trabalha para transformar a robótica biônica (unindo princípios da robótica e biologia para imitar, aprimorar ou substituir funções biológicas) em uma realidade tangível e acessível. Isso é extremamente raro e complexo, sendo capaz de ganhar diversas aplicações, como para medicina, pesquisa científica, indústrias variadas e mais. Agora sendo só possível então por conta da digitalização e impressão 3D, que são capazes de criar componentes altamente realistas.

Aplicações dos robôs humanoides no cotidiano humano

Nos últimos tempos, a Ex-Robots tem se dedicado a aperfeiçoar a tecnologia que ela já inaugurou no seu próprio museu, EX Future Science and Technology Museum, o primeiro do gênero na China. É que, inicialmente, seus robôs humanoides foram mesmo criados para fins de exibições e exposições. Porém, seria possível integrar esses dispositivos em outros setores, como educação (inspirando gerações, inclusive sobre robótica e IA) e saúde (como em terapia e aconselhamento psicológico, podendo até auxiliar no diagnóstico preliminar de transtornos emocionais).

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Pele artificial e movimentos flexíveis que impressionam

A saber, o trabalho da Ex-Robots avançou mesmo quando a empresa conseguiu desenvolver seus próprios modelos de algoritmos, diferenciando-se dos modelos de código aberto disponíveis. Esse esforço foi para conseguir, de fato, aprimorar a capacidade de seus robôs em reconhecer e expressar emoções de maneira convincente. E deu certo! Agora seus modelos possuem até pele artificial altamente realista e realizam movimentos flexíveis.

O presidente-executivo da Ex-Robots, Li Boyang, enxerga um futuro onde robôs humanoides vão desempenhar papeis mais significativos na sociedade moderna, redefinindo interações e trabalhando lado a lado com os humanos. Será mesmo possível? Será que os robôs humanoides se tornarão parte do nosso cotidiano? Acompanhe os vídeos a seguir para descobrir!

O futuro dos robôs humanoides e as questões éticas

Uma das principais dúvidas que as pessoas têm com relação ao desenvolvimento de androides com expressões humanas realistas é sobre o futuro do trabalho e o impacto social dessa tecnologia. Já se discute como esses robôs impactarão normas culturais. Na Arábia Saudita, por exemplo, alguns robôs estão sendo adaptados às necessidades e normas locais. Estão sendo introduzidas versões femininas para alinhar com os valores do país. Isso mostra como a robótica está se tornando uma ferramenta global – adaptável.

robôs humanoides
Imagem reproduzida de Internacional Business Times

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Fontes: Sky News, Reuters.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Responda essa: por que a maior empresa de celulose do mundo iria investir seu capital não em matéria-prima para fabricação de papel, mas em fibras sustentáveis? A brasileira Suzano, por exemplo, se prepara para adquirir ações da austríaca Lenzing, especializada em fibras de celulose à base de viscose. É porque o setor, com um olhar no futuro, está se voltando para um novo nicho de mercado, que faz parte da Engenharia Têxtil.

Empresas como a Suzano se encaminham para desenvolver e comercializar tecidos ecológicos e inovadores, tendo como matéria-prima principal a celulose. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

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Imagem divulgação Suzano reproduzida de Campo Vivo

Celulose para fabricação têxtil

Existe hoje uma demanda maior por produtos sustentáveis. Principalmente por conta da crescente conscientização ambiental, dando preferência a produtos que oferecem uma pegada ecológica reduzida. Por isso, toda solução viável sustentável é mais valorizada.

Neste contexto, segundo especialistas, a celulose – proveniente de fontes renováveis, como o eucalipto -se apresenta como uma opção mais ecológica para a produção de fibras têxteis, mais precisamente para a criação de fios biodegradáveis, compostáveis e com menor impacto ambiental em comparação com as fibras sintéticas tradicionais, derivados de petróleo, como o poliéster. E sabendo disso, as fabricantes de celulose para papel estão diversificando suas operações e se posicionando na vanguarda da inovação ambiental em Engenharia Têxtil.

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Imagem reproduzida de LD Celulose

A saber, a celulose tem custo de produção relativamente baixo e é mais ecológica. Já a viscose é uma das fibras mais comuns produzidas a partir da celulose e tem sido altamente aplicada na indústria têxtil nos últimos anos – principalmente na região Ásia-Pacífico, em parte devido ao seu apelo ESG.

Sustentabilidade em foco

Os fabricantes de celulose destacam que, para uma correta expansão da cadeia produtiva da moda, não adianta trocar as fibras sintéticas pela celulose. Também é preciso investir em biotecnologia e adotar boas práticas florestais, respeitando o meio ambiente.

No caso da Suzano, a empresa é conhecida por seu modelo de manejo florestal, investe em inovação para desenvolver produtos a partir de celulose que substituam plásticos e outros materiais menos sustentáveis. A Lenzing, por sua vez, é líder global na produção de fibras têxteis sustentáveis, como TENCEL™ Lyocell e Modal, que são biodegradáveis e compostáveis. Assim sendo, pode vir a ser um casamento perfeito!

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Imagem divulgação Suzano reproduzida de Século Diário

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Desafios e oportunidades

A integração operacional e cultural entre diferentes sistemas de fabricação será um desafio a ser superado por fabricantes de celulose que adotem essa mudança de mercado. Também se deve esperar exigências globais quanto a essa adaptação.

O mercado têxtil é bastante dinâmico e competitivo, com uma concorrência intensa via milhares de empresas de renome já estabelecidas. Por que insistir então? Para transformar esse cenário, aproveitando as oportunidades de crescimento num contexto que demanda por artigos mais sustentáveis. Também é uma chance de diversificar a cartela de produtos, assegurando estabilidade mesmo numa economia global em constante oscilação.

Para o setor de celulose, essa movimentação pode reforçar a tendência de valorização da matéria-prima para produtos além do papel, especialmente em aplicações sustentáveis.

celulose
Imagem divulgação reproduzida de InfoMoney

Perspectivas futuras

Olhando para o futuro, o que podemos esperar? Bem, certamente uma redução da dependência de recursos não renováveis. Além disso, se abre espaço para uma produção mais limpa e responsável, beneficiando o meio ambiente e colocando a sustentabilidade como um diferencial competitivo. Deve haver uma aceleração notável no desenvolvimento de novas tecnologias têxteis, a criação de novas fibras e novos modelos de negócio para a indústria.

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Fontes: The News.

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Recentemente, os Estados Unidos revelaram sua mais nova arma secreta para dominar cenários de guerra, trata-se de uma arma de micro-ondas (sim, em processo semelhante aos fornos de casa, mas com tecnologia eletromagnética de última geração). Ela teria alta potência, sendo capaz de derrubar até drones e mísseis inimigos, permitindo neutralizar múltiplos alvos simultaneamente. Pode ser o símbolo de uma nova corrida armamentista, mudando o jogo estratégico do nosso planeta. Saiba mais neste artigo do Engenharia 360!

arma de micro-ondas
Imagem reproduzida de Epirus via The News

Da cozinha à Linha de Frente: O poder destrutivo das micro-ondas

Quem poderia imaginar que a engenharia de um aparelho que é tão nosso amigo do dia a dia poderia, de certo modo, inspirar a criação de uma arma devastadora. No micro-ondas, a energia gerada é usada para aquecer os alimentos. Do mesmo modo, essa arma, dentro de um canhão chamado magneton, pode gerar um campo eletromagnético (em torno de 2,45 GHz) capaz de desativar completamente os sistemas eletrônicos de enxames de drones e mísseis guiados.

Em resumo, essas ondas penetram e fazem as moléculas dos circuitos vibrarem intensamente, gerando calor e queimando os componentes.

Comparação com outras tecnologias de defesa

Lembrando que diferente disso, as armas a laser depender de um disparo mais preciso para destruir seus alvos. Já o canhão de micro-ondas pode simplesmente “cegar” uma área inteira, derrubando múltiplas aeronaves não tripuladas e mísseis de uma só vez, num raio de interferência amplo. Na prática, essa seria uma boa opção para uma linha de defesa aérea direcionada, combatendo ataques coordenados.

O Projeto Leonidas da Defesa Americana

A empresa Epirus assinou recentemente um contrato com os governos dos Estados Unidos no valor de US$ 66 milhões para a entrega de quatro modelos de canhão de micro-ondas (cada um valendo US$ 13 milhões) ainda para o ano de 2024. Logo os mesmos devem ser destinados para o Programa de Defesa americano, ampliando o arsenal de armas disponível para as suas Forças Armadas – ao mesmo tempo que a Marinha testa verões menores dessas armas.

arma de micro-ondas
Imagem reproduzida de Epirus via Blog TV WEB Sertão

O objetivo dos americanos é instalar essas armas de micro-ondas em veículos táticos leves para uso em operações de campo e neutralização de pequenas embarcações. O nome desse projeto foi batizado de ‘Leonidas’, em homenagem ao lendário rei de Esparta. E todos os testes realizados já demonstraram sucesso nas operações.

Por que essa pressa? Por que, neste momento, países como Rússia e China também investem alto em projetos de drones e outras tecnologias militares avançadas. Assim, os americanos se viram pressionados a encontrar uma solução eficaz para neutralizar possíveis ameaças, protegendo suas tropas e infraestruturas críticas.

Aplicações e implicações para o futuro dos Estados Unidos

Depois da aquisição de todas essas versões da arma de micro-ondas, os Estados Unidos será capaz de expandir o alcance e a versatilidade dessa tecnologia inovadora para diferentes cenários de combate. Mesmo na situação atual, esse canhão Leonidas já oferece diversas vantagens:

  • Maior eficácia para desativar sistema de navegação e ataque, neutralizando drones e mísseis.
  • Raio de interferência mais amplo, permitindo a neutralização de múltiplos alvos simultaneamente.
  • Custo relativamente baixo de produção e operação.
  • Direcionamento com mais precisão, minimizando o risco de danos colaterais.
arma de micro-ondas
Imagem reproduzida de Epirus via Terra Brasil Notícias

Só em 2024, os americanos devem investir 858 bilhões de dólares do seu orçamento em armas, refletindo sua intenção em se manter na liderança mundial por meio da inovação e superioridade tecnológica. O fato é que estamos em uma competição – e a coisa evolui rápido -, com o nosso futuro sendo alterado a partir do desenvolvimento de mais Engenharia de Guerra. Nesse processo, é fundamental levantarmos questões éticas importantes e considerar os impactos dessas armas sobre civis e o meio ambiente.

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Fontes: The News.

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Neste artigo do Engenharia 360 queremos falar especialmente sobre a transformação digital. A tecnologia está desempenhando um papel fundamental na Engenharia de Obras, redefinindo os métodos tradicionais e introduzindo inovações que estão revolucionando a forma como os projetos são concebidos, construídos e gerenciados.

Ferramentas como a modelagem da informação da construção (BIM), drones e impressoras 3D estão proporcionando uma nova abordagem ao planejamento, monitoramento e execução de obras, trazendo benefícios significativos para a eficiência, precisão e sustentabilidade dos projetos. Continue lendo para entender o caso!

Modelagem da Informação da Construção

A modelagem da informação da construção (BIM) tem se destacado como uma ferramenta essencial na Engenharia de Obras, permitindo aos profissionais visualizarem e simularem todo o projeto em um ambiente virtual antes da construção física começar. Isso possibilita um planejamento mais detalhado, identificação precoce de possíveis problemas e otimização do processo de construção.

engenharia de obras
Imagem gerada em Freepik

Além disso, o uso de drones para monitoramento em tempo real das obras está proporcionando uma visão abrangente e precisa do progresso do projeto, permitindo ajustes imediatos e garantindo a conformidade com as especificações.

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Fabricação de Componentes Complexos em Impressoras 3D

As impressoras 3D também estão desempenhando um papel cada vez mais importante na Engenharia de Obras, possibilitando a fabricação de componentes complexos de forma rápida e precisa. Essa tecnologia tem sido especialmente útil na construção de estruturas sustentáveis e eficientes, atendendo às demandas por projetos mais ecológicos e energeticamente eficientes.

Veja Também: O que é CAD e para que servem os softwares CAD?

Monitoramento em Tempo Real com Sensores e Dispositivos IoT

O uso de sensores e dispositivos IoT (Internet das Coisas) está proporcionando aos engenheiros dados contínuos sobre o progresso e condições das obras, permitindo uma monitorização em tempo real e a identificação de potenciais problemas antes mesmo que eles ocorram. Essa abordagem preventiva está sendo crucial para evitar atrasos e custos adicionais durante a execução dos projetos.

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Softwares de Simulação e Análise de Engenharia de Obras

Os softwares avançados de simulação e análise estão facilitando a criação de estruturas mais seguras e econômicas, atendendo às exigências modernas de sustentabilidade e eficiência energética. A capacidade de simular diferentes cenários e estudar o comportamento das estruturas antes da construção física permite aos engenheiros tomarem decisões mais informadas e garantirem a segurança e durabilidade dos projetos.

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A Nova Era da Engenharia de Obras

Em suma, a tecnologia está redefinindo a Engenharia de Obras, proporcionando uma abordagem mais integrada, eficiente e sustentável aos projetos de construção. Essas inovações não estão apenas transformando a forma como as obras são projetadas e construídas, mas também como são mantidas e gerenciadas ao longo do tempo.

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A Engenharia Genética tem sido cada vez mais utilizada em projetos de conservação de espécies em extinção. Essa abordagem tem o potencial de ajudar na preservação de animais e plantas que estão ameaçados de desaparecer do planeta. A manipulação genética pode ser usada para melhorar a saúde e a reprodução desses organismos, bem como para reintroduzi-los em seus habitats naturais.

Engenharia Genética
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Essa técnica que permite a alteração do DNA de um organismo. Isso pode ser feito de várias maneiras, como a inserção de genes de outras espécies ou a remoção de genes defeituosos. Essa tecnologia tem sido usada em projetos de conservação de espécies em extinção para aumentar a diversidade genética e melhorar a saúde e a capacidade de sobrevivência desses animais e plantas.

A Engenharia Genética é uma técnica que permite a alteração do DNA de um organismo. Isso pode ser feito de várias maneiras, como a inserção de genes de outras espécies ou a remoção de genes defeituosos. Essa tecnologia tem sido usada em projetos de conservação de espécies em extinção para aumentar a diversidade genética e melhorar a saúde e a capacidade de sobrevivência desses animais e plantas.

No entanto, é importante destacar que a Engenharia Genética enfrenta desafios técnicos significativos. Por exemplo, a aplicação de técnicas como a clonagem e a transferência de genes pode variar em eficácia dependendo do tipo de organismo e das condições ambientais. Além disso, a complexidade dos ecossistemas naturais muitas vezes torna difícil prever todos os efeitos de longo prazo das intervenções genéticas.

Embora a Engenharia Genética seja uma técnica promissora para a conservação de espécies em extinção, ela também é controversa. Alguns argumentam que a manipulação genética pode ter efeitos imprevisíveis no meio ambiente e na saúde dos organismos. No entanto, muitos especialistas acreditam que, quando usada com cuidado e responsabilidade, a Engenharia Genética pode ser uma ferramenta valiosa para a preservação da biodiversidade. Exploramos mais o tema no texto a seguir, do Engenharia 360!

Fundamentos da Engenharia Genética

Engenharia Genética
Imagem gerada em IA de Koala.sh

A Engenharia Genética é uma área da biotecnologia que tem como objetivo manipular o material genético de organismos vivos para criar novas formas de vida ou melhorar as existentes.

Lembrando que o trabalho com genética tem sido empregado na conservação de espécies (ameaçadas ou não) há várias décadas, com sucessos notáveis como a clonagem da ovelha Dolly e a introdução de genes de resistência a doenças em rinocerontes brancos.

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Técnicas e Métodos

Dentro desse campo, a Engenharia Genética se vale de diversas técnicas e métodos para manipular o material genético dos organismos vivos. Algumas delas incluem a clonagem, a transferência de genes, a edição de genes e a síntese de DNA. Cada uma dessas técnicas tem suas próprias aplicações e limitações.

  • Clonagem: Esta técnica permite a criação de um organismo geneticamente idêntico a outro. Na conservação de espécies em extinção, a clonagem tem sido utilizada para replicar animais ameaçados, como o boi-bumbá e a ararinha-azul, para posterior reintrodução na natureza.
  • Transferência de genes: Permite a inserção de genes de uma espécie em outra. É útil para conferir resistência a doenças ou outras ameaças a espécies em risco, como foi feito com o rinoceronte branco.
  • Edição de genes: Altera o DNA para corrigir mutações prejudiciais. Na conservação, essa técnica é empregada para eliminar condições genéticas danosas em populações ameaçadas.
  • Síntese de DNA: Cria novos genes ou sequências de DNA, essencial para reintroduzir espécies extintas ou ampliar a diversidade genética em populações reduzidas.

Engenharia Genética na Preservação de Espécies

Engenharia Genética
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Na preservação, técnicas como a clonagem e a transferência nuclear são cruciais. A clonagem permite a reprodução de indivíduos geneticamente idênticos, enquanto a transferência nuclear facilita a criação de híbridos viáveis que combinam material genético de espécies relacionadas.

Um case de sucesso é o do boi-bumbá, uma espécie de bovino ameaçada de extinção. A clonagem foi utilizada para reproduzir indivíduos geneticamente idênticos e, posteriormente, esses animais foram reintroduzidos na natureza. Outro caso de sucesso é o da ararinha-azul, uma espécie de ave que foi extinta na natureza; graças à Engenharia Genética, indivíduos foram clonados a partir de amostras de DNA e estão sendo criados em cativeiro para posterior reintrodução na natureza.

Desafios Éticos e Técnicos

Apesar dos avanços na Engenharia Genética, há desafios éticos e técnicos que precisam ser superados. Um dos principais desafios é garantir que a reintrodução de espécies clonadas na natureza não prejudique o equilíbrio ecológico.

Além disso, a clonagem pode levar à perda de diversidade genética, o que pode tornar as espécies mais vulneráveis a doenças e mudanças ambientais. É importante, portanto, que a Engenharia Genética seja utilizada de forma responsável e em conjunto com outras estratégias de conservação.

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A área médica tem sofrido uma grande transformação por conta da inovação tecnológica, isso inclui o lançamento e o aprimoramento das inteligências artificiais. Recentemente, a China surpreendeu a todos com uma notícia de que planeja para o segundo semestre de 2024 um novo hospital para Pequim que será o primeiro hospital com IA do mundo, ou seja, totalmente operacionalizado por IA. Seu projeto está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Tsinghua e poderá beneficiar cerca de 10 mil pacientes por dia. Saiba mais sobre essa iniciativa no texto a seguir, do Engenharia 360!

Estrutura e funcionamento do primeiro hospital com IA

O “Agent Hospital” pode revolucionar o atendimento médico, inspirando um novo modelo de trabalho, mais preciso e eficaz. A ideia da sua construção partiu anteriormente por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. Por lá, os cientistas criaram o conceito de “cidade de IA“, chamada Smallville, onde 25 bots programados com o modelo de linguagem GPT-3.5 da OpenAI interagiam autonomamente, vivendo e evoluindo em um ambiente virtual – semelhante ao popular jogo The Sims.

Foi esse projeto americano que inspirou a equipe de cientistas liderado por Liu Yang. Em Tsinghua, eles desenvolveram o plano para o hospital com IA de Pequim. Na simulação, médicos, enfermeiros e pacientes virtuais – todos operados por bots de IA – realizaram diagnósticos, tratamentos e acompanhamentos de diversas condições médicas.

hospital com IA
Imagem gerada em IA de Freepik

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Da simulação para prática

Agora a ideia é aplicar a tecnologia em casos reais, com foco em atendimento mais rápido e eficiente – a um nível hoje impossível para clínicas tradicionais. Na prática, isso reduziria drasticamente o tempo de espera e otimizaria o fluxo de consultas. O nível de precisão nos diagnósticos, via IA (com acesso a vasto banco de dados médicos e capacidade avançada de processamento de informações) poderia chegar a quase 95%.

O interessante é que dentro desse hospital com IA seria necessário o trabalho somente de 14 médicos e 4 enfermeiros virtuais, encarregados de diagnosticar doenças e formular planos de tratamento detalhados, além de fornecer suporte diário aos pacientes. Com as novas tecnologias, seria possível atingir em poucos dias um número de atendimentos que só conseguiria em anos.

hospital com IA
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Benefícios para profissionais e pacientes

O modelo de hospital com IA desenvolvido na China pode oferecer vários benefícios para profissionais da saúde e seus pacientes, incluindo:

  • Simulação ampliada de uma infinidade de sintomas e doenças, permitindo que os médicos em formação tenham oportunidade de aprimorar suas habilidades e desenvolver competências em um ambiente seguro.
  • Atendimento personalizado, com os pacientes recebendo um plano de tratamento individualizado, considerando suas necessidades específicas e histórico médico.
  • Rapidez nas triagens de pacientes em consultas virtuais, bem como em diagnósticos e tratamento de condições graves.
  • Saúde mais acessível à população via telemedicina, especialmente para aqueles que vivem em áreas remotas ou com acesso limitado a serviços médicos tradicionais.
  • Prevenção da propagação de doenças infecciosas e auxílio mais preciso do desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle, diminuindo a incidência de doenças e a promoção da saúde pública, em geral.
hospital com IA
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Desafios, legalidade e considerações éticas

Como era de se esperar, é claro que a notícia do lançamento do primeiro hospital com IA do mundo já gerou muitos debates, sobretudo com relação às questões éticas e legais. Por exemplo, em caso de erro médico, quem seria responsabilizado? O profissional ou a Inteligência Artificial? A IA ou seus desenvolvedores humanos? Lembrando que hoje ainda enfrentamos casos de “alucinações de IA”, onde os bots de IA geram informações incorretas ou enganosas, representa um risco significativo aos pacientes.

Agora, podemos olhar a situação por um ângulo mais positivo. Esse case pode ser a primeira de uma série de inovações importantes para a transformação da medicina no mundo. Já é uma realidade a IA, por exemplo, auxiliando no estudo de formulação de remédios, entrando em fase de testes clínicos. E a colaboração entre médicos humanos e robôs é o próximo passo, redefinindo os atendimentos.

Neste contexto, os “médicos de IA” poderão realizar tarefas rotineiras e repetitivas, liberando os profissionais humanos para focar em casos mais complexos e em aspectos de cuidado que requerem empatia e julgamento clínico.

hospital com IA
Imagem gerada em IA de Freepik

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Fontes: Terra, Extra Globo.

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Um dos maiores desafios que os engenheiros enfrentam no combate ao aquecimento global é diminuir as emissões de gases de efeito estufa provenientes do setor da aviação. Na mira da descarbonização, muitos passaram a desenvolver combustíveis alternativos. O SAF, produzido a partir de biogás e hidrogênio verde, é um exemplo. Ele é uma aposta promissora aos combustíveis fósseis tradicionais, reduzindo as emissões em até 80%.

petróleo sintético
Imagem reproduzida de Não Viu

Agora, o Brasil deu um passo significativo em direção a um futuro mais sustentável. A Itaipu Binacional está inaugurando a primeira fábrica de petróleo sintético para aviação no país. Ela está localizada em Foz do Iguaçu, no Paraná, e sua instalação representa um marco na busca por combustíveis renováveis e na redução das emissões de carbono na aviação. Mas o que é petróleo sintético? Descubra no texto a seguir, do Engenharia 360!

O que são combustíveis sintéticos e por que eles poderiam salvar o planeta?

No geral, os combustíveis sintéticos são bem parecidos com os combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, ambos são compostos de hidrocarbonetos (moléculas formadas por hidrogênio e carbono). Mas ao invés de serem extraídos da terra, são produzidos a partir de hidrogênio da água através da eletrólise e carbono de diversas fontes, como CO2 capturado da atmosfera.

Os combustíveis sintéticos podem ser utilizados em diversos setores, como:

  • Aviação
  • Transporte marítimo
  • Indústria
petróleo sintético
Imagem de vecstock em Freepik

Vale destacar que combustíveis sintéticos são considerados sustentáveis. Uma das principais razões é porque a eletricidade utilizada na sua produção pode vir de fontes renováveis. O processo é bem eficiente, minimizando perdas e otimizando o uso de recursos.

Depois, qualquer CO2 liberado de sua queima se torna neutro a partir do uso de carbono capturado diretamente do ar para fabricação. Neste processo, o CO2 emitido é o mesmo que foi previamente retirado do ambiente.

Como anda a produção e uso dos combustíveis sintéticos?

Em 2021, um marco histórico foi alcançado pela engenharia. O Guinness World Records registrou o primeiro voo com combustível sintético. Ele foi realizado no Reino Unido.

De fato, a aviação tem enxergado um grande potencial no petróleo sintético. É que, hoje, outros combustíveis não são a melhor solução para o setor, considerando o uso mais intensivo de terras agrícolas e os impactos ambientais negativos associados à produção em larga escala. Por isso, a fabricação desse novo combustível precisa aumentar, à medida que se investe mais energias renováveis e infraestrutura de eletrólise.

Algumas iniciativas para expansão da tecnologia já estão em prática ao redor do mundo, como das empresas Zero Petroleum, Fulcrum BioEnergy, HIF Global e Repsol.

petróleo sintético
Imagem Jane-Widdowson Airbus divulgação via Tribuna

Como é a primeira planta-piloto de produção de petróleo sintético no Brasil?

Antes de tudo, é importante explicar que petróleo sintético é um tipo específico de combustível sintético obtido através de síntese especial, que combina gás hidrogênio (H2) e dióxido de carbono (CO2) para formar hidrocarbonetos semelhantes aos encontrados no petróleo natural.

A primeira planta piloto de fabricação de petróleo sintético para aviões no Brasil é uma iniciativa pioneira e conta com uma parceria entre Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e o projeto H2Brasil, e entre o governo brasileiro e alemão (que já investiu 1,8 milhão de euros via Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha). A previsão é de que esse combustível seja produzido aqui a partir de biogás.

petróleo sintético
Imagem reproduzida de Rádio Jornal São Miguel

O foco principal será a geração de SAF (Sustainable Aviation Fuel) para aviação (compatível com as turbinas a jato e motores de aeronaves existentes), contribuindo para a descarbonização do setor de transporte aéreo. A capacidade de fábrica da Itaipu será de 6 kg de bio-syncrude por dia. Esse composto será depois enviado para refinamento na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Aliás, a expertise da UFPR foi fundamental para o projeto, desde o desenvolvimento de catalisadores até a criação de um mapa de áreas com potencial para produção de SAF no Paraná.

Enfim, o Brasil tem um enorme potencial para se tornar um grande produtor e exportador de SAF, impulsionando a economia verde e combatendo as mudanças climáticas. Espera-se que, com pesquisas e parcerias estabelecidas, o avanço na fabricação ocorra de maneira mais rápida. Isso combina com a promessa global de redução das emissões de carbono no transporte aéreo até 2050.

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Fontes: BBC, Tribuna.

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Quem usa celular Android geralmente opta pelo padrão de desbloqueio por desenho. No entanto, muitos não sabem que a maioria dos usuários cria padrões muito simples, facilmente descobertos em poucas tentativas. Um estudo realizado pelo Instituto Norueguês de Tecnologia ainda em 2015 revelou essa vulnerabilidade. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

padrões de desbloqueio celular android
Imagem de Daniel Romero em Unsplash

Por Que Seu Padrão de Desbloqueio Android Pode Ser Inseguro

Os testes conduzidos pela pesquisadora Marta Loge pediram aos voluntários que criassem três padrões diferentes para três situações distintas. A maioria dos usuários escolheu senhas com apenas 4 círculos, consideradas muito simples. “As pessoas usam o mesmo tipo de estratégia para lembrar um padrão como uma senha”, explicou Loge.

O estudo detectou que 44% dos usuários começa seu desenho no círculo do canto superior esquerdo. Os padrões de 77% das pessoas são iniciados por um dos quatro cantos da tela. Você, leitor, já deve ter começado a redesenhar seu padrão na cabeça. Mas não se preocupe. O estudo listou alguns dos desenhos mais comuns, dentre 4 mil combinações observadas.

padrões de desbloqueio celular android
Imagem divulgação

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Celular Seguro: proteja seu aparelho contra roubo e furto

Como Criar uma Senha Segura no Android

Para aumentar a segurança do seu Android, é essencial criar um padrão mais longo e complexo. Segundo Loge, quanto maior a sequência, mais difícil será adivinhar ou repetir seu desenho ao observá-lo. Veja a matemática por trás disso: senhas que utilizam 4 círculos têm 1.624 combinações diferentes, enquanto padrões com o máximo de 9 círculos permitem até 140 mil combinações diferentes.

Exemplos de Padrões Seguros

  • Padrão 1: Comece no centro, vá para o canto superior esquerdo, depois para o canto inferior direito, e assim por diante.
  • Padrão 2: Utilize uma forma em “Z”, começando do canto superior esquerdo, movendo-se em ziguezague.

Quanto mais longo o padrão, mais seguro ele será. O desafio, claro, é lembrar a sequência. Aqui está uma dica: logo após criar seu padrão, repita o desenho diversas vezes até conseguir desenhá-lo automaticamente.

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Engenharia 360

Felipe Junqueira

Jornalista por profissão e redator colaborador do Engenharia 360

Os Jogos Olímpicos não são “apenas” uma competição esportiva, mas também uma vitrine de cultura, inovação tecnológica, arquitetura e engenharia. Especialmente Paris 2024 promete ser tudo isso e muito mais, seus gestores garantem um nível de sustentabilidade sem precedentes. Bem, será mesmo? Claro que, como bons brasileiros, sempre ficamos com um “pé atrás” com falas como esta.

O que sabemos por certo é que, sim, esse tipo de evento tem sempre um grande impacto social, ambiental e econômico. E seria ótimo se pudéssemos somar adequadamente a sustentabilidade nesta equação. No discurso, os franceses parecem realmente muito esforçados em fazer de Paris 2024 os Jogos Olímpicos exemplo para o mundo, incorporando diversas iniciativas extraordinárias em seu plano. Vamos explorar isso melhor no texto a seguir, do Engenharia 360!

O legado no centro do projeto para Paris 2024

Começamos este artigo contando que desde a fase de licitação, o Comitê Organizador de Paris 2024 colocou o tema ‘sustentabilidade’ no centro do seu projeto para esta nova edição dos Jogos Olímpicos. Vale dizer que a questão do ‘Legado Olímpico’ é sempre um desafio no planejamento desse evento. E a cada quatro anos vemos coisas que deram super certo e outras que falharam miseravelmente. Podemos falar com propriedade, já que o próprio Brasil já foi sede dos Jogos em 2016 – e na mesma linha tivemos a Copa do Mundo de futebol dois anos antes.

Paris tem hoje a ambição de mostrar que essa história pode ser diferente, inspirando novos padrões de arquitetura e engenharia para futuros Jogos Olímpicos, deixando um legado duradouro para a França. E a sua obra como um todo já está gerando muitos debates e reflexões importantes.

Jogos Olímpicos Paris 2024
Imagem divulgação Paris 2024 via Casa Vogue

Desafios e polêmicas

Existe uma lista de desafios que o Comitê Olímpico precisa enfrentar, considerando que um evento deste porte deve reunir milhões de pessoas em um só local. Há uma necessidade de se repensar o modelo já aplicado em outras edições. O principal é pensar como evitar a grande geração de emissões de gases de efeito estufa, considerando especialmente os deslocamentos de transporte.

Ande tudo, vale utilizar mecanismos de compensação de carbono. Porém, aqueles já vistos, na prática, como o plantio de árvores, são questionados sobre a sua real efetividade na mitigação (volume) dessas emissões. Outra coisa que gera dúvidas neste momento é o fato dos franceses aceitarem o patrocínio de empresas de setores com alta emissão de carbono, como a indústria aérea e siderúrgica – incluindo Air France, a CMA CGM Group e a ArcelorMittal. Como era mesmo essa tal mensagem de sustentabilidade e eco-friendly?

Jogos Olímpicos Paris 2024
Imagem de Stade de France, Macary, Zublena y Regembal, Constantini-Architectes, via Um Só Planeta

O compromisso dos Jogos Olímpicos com o planeta

As metas de Paris 2024 são realmente muito ambiciosas – será que os franceses dão conta?

  • Redução de emissões: A meta é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% em comparação com os Jogos de Londres 2012.
  • Estruturas temporárias: 95% dos locais de competição já existem ou serão estruturas temporárias, minimizando a necessidade de novas construções.
  • Transporte verde: Priorização do transporte público, ciclovias e outras opções de baixo impacto ambiental para os atletas e torcedores.
  • Energia renovável: Abastecimento dos jogos com 100% de energia renovável, proveniente de fontes como solar e eólica.
  • Material reutilizado: Uso de materiais reciclados e de baixa pegada de carbono na construção das estruturas temporárias.
  • Legado duradouro: As estruturas temporárias serão desmontadas após os jogos e reutilizadas em outros projetos.

O que se pode concluir disso? Que, olhando para as novas necessidades do planeta, será fundamental os Jogos Olímpicos desde já adotem uma abordagem sistemática e multifacetada. E a arquitetura e engenharia podem contribuir muito para isso!

Há duas coisas que já desagradaram o povo parisiense. Primeiro o projeto do Tour Triangle, um arranha-céu triangular de 42 andares, que não faz parte da infraestrutura oficial dos Jogos, mas foi colocado no orçamento. Depois, a decisão da realização das competições de surfe no Taiti, a milhares de quilômetros da cidade. Os organizadores argumentam que essa escolha resultará em menos construções e emissões em comparação com a realização das competições em áreas metropolitanas.

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As estratégias-chave dos Jogos de Paris 2024

Construções temporárias

A utilização de estruturas temporárias é uma solução inteligente e sustentável que garante a reutilização de materiais e redução de custos. Podemos citar como exemplo as estruturas montadas perto de pontos turísticos da cidade, como Torre Eiffel, jardins do Trocadéro e Champ-de-Mars. Elas são fáceis e rápidas de serem erguidas e desmontadas, evitando que, após os jogos, fiquem aqueles “elefantes brancos” sem utilização.

Jogos Olímpicos Paris 2024
Imagem divulgação Paris 2024 via Casa Vogue
Jogos Olímpicos Paris 2024
Imagem divulgação Paris 2024 via Casa Vogue

Reaproveitamento de estruturas

Outra ação adotada é a reutilização de instalações existentes. Vamos aos dados: dos locais de competição, 95% já existiam ou serão construções temporárias.

A cerimônia de abertura ocorrerá no Rio Sena, marcando a primeira vez na história que este evento não será realizado em um estádio. Outros locais históricos, como o Grand Palais, a Ponte Alexandre III e o Hôtel National des Invalides servirão como arenas esportivas. Já novas construções permanentes serão depois convertidas para receber novas funções, como as da Vila Olímpica e Paralímpica (com 7 km de extensão, e ligada ao novo hub do metrô), que virarão residências e escritórios com praça internacional aberta ao Rio Sena, garantindo o uso contínuo da infraestrutura.

Jogos Olímpicos Paris 2024
Imagem divulgação Paris 2024 via Um Só Planeta

Redução de emissões

Para tornar as obras dos Jogos Olímpicos Paris 2024 mais sustentáveis, estão sendo utilizados materiais como madeira, cimento de baixa pegada de carbono e materiais recuperados, o que é algo, segundo os projetistas, que reduz as emissões em 30% em comparação aos métodos tradicionais de construção.

Outro aspecto inovador é a abordagem à alimentação. Paris 2024 pretende que 80% dos ingredientes utilizados nos Jogos sejam produzidos localmente; 60% dos alimentos oferecidos serão à base de plantas, alinhando-se às tendências globais de dietas e promovendo a agricultura francesa. E, com base no projeto arquitetônico, todos os atletas estarão a menos de 20 minutos de distância de suas áreas de treino e 85% a menos de 30 minutos dos locais de competição, reduzindo a necessidade de longos deslocamentos e diminuindo as emissões associadas ao transporte.

Alimentação ecológica

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 serão alimentados 100% por fontes de energia renováveis, incluindo parques solares e eólicos, além de paineis solares instalados em alguns locais de competição. Aliás, talvez esta seja a primeira vez que veremos por completo o potencial das energias renováveis em grandes eventos. Haverá a utilização de iluminação de LED e eliminação do uso de geradores a diesel, que emitem muito mais CO2. E será incentivado o uso de transporte público menos poluente, como metrô, trens, ônibus e ciclovias.

Jogos Olímpicos Paris 2024
Imagem divulgação Paris 2024 via Casa Vogue

Então, conta aí, está animado para os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Com o uso inteligente de infraestruturas existentes e temporárias, energia renovável, alimentação local e estratégias de mobilidade eficientes, essa edição poderá deixar um legado duradouro e positivo, inspiração para arquitetos e engenheiros.

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Fontes: Valor Globo, Surto Olímpico, Cimento Itambé.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Quando falamos em Engenharia Civil, o que vem à sua mente? Estradas, pontes, prédios imponentes? Realmente, essa é uma área vasta, abrangendo várias subdisciplinas que transformam ideias no papel em realizações concretas que moldam nossa paisagem. Entre essas subdisciplinas, uma se destaca pela sua importância fundamental: a topografia.

O que é topografia?

A palavra “topografia” vem do grego “topographía”, que significa “descrição de um lugar”. Em termos técnicos, a topografia é a ciência que estuda e descreve as características de um terreno. Isso inclui analisar e mensurar elevações, declividades, obstáculos e outros aspectos físicos de um local. Através dessa análise detalhada, é possível criar representações gráficas precisas, como mapas e plantas, que são essenciais para qualquer projeto de engenharia.

Topografia - Engenharia Civil
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Principais funções da topografia

A topografia desempenha várias funções cruciais na engenharia civil:

  • Medição e Análise de Terrenos: Avalia o relevo e os acidentes geográficos de um terreno.
  • Planejamento e Execução de Projetos: Determina os pontos de melhor aproveitamento do terreno.
  • Desenho Topográfico: Cria mapas e plantas detalhadas que servem como base para a construção.
  • Cálculos Precisos: Determina áreas, volumes e distâncias essenciais para a execução de projetos.
Topografia - Engenharia Civil
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Qual a importância da topografia na Engenharia Civil?

A topografia é uma ferramenta indispensável para engenheiros civis por várias razões. Ela fornece a base para o planejamento e a execução de projetos de construção civil, obras de infraestrutura, sistemas viários, redes de água e esgoto, e muito mais.

Precisão nos projetos

Com a topografia, é possível garantir que todos os elementos de um projeto estejam corretamente posicionados. Isso inclui desde a locação exata de estruturas até o planejamento de trajetos e a instalação de postes de transmissão de energia. Sem a topografia, seria impossível obter a precisão necessária para a construção de obras complexas.

Segurança e eficiência

A análise topográfica ajuda a identificar possíveis obstáculos e desafios no terreno, permitindo que engenheiros planejem soluções eficazes antes do início das obras. Isso não só aumenta a segurança do projeto, mas também otimiza o uso de recursos, reduzindo custos e prazos.

Aplicações diversas

Os serviços topográficos são utilizados em várias fases de um projeto de Engenharia Civil:

  • Levantamentos Topográficos: Coleta de dados precisos sobre o terreno.
  • Planejamento Urbano: Criação de mapas detalhados para urbanização e loteamentos.
  • Obras de Infraestrutura: Planejamento e execução de estradas, pontes e outras infraestruturas.
  • Estudos Ambientais: Delimitação de áreas para preservação e recuperação ambiental.
Topografia - Engenharia Civil
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Como são as aulas de topografia no curso de Engenharia Civil?

Nos cursos de Engenharia Civil, a topografia é uma disciplina fundamental que combina teoria e prática. Os estudantes aprendem a utilizar diversos equipamentos topográficos e a aplicar técnicas de planimetria e altimetria.

Equipamentos utilizados

Os equipamentos topográficos modernos incluem estações totais, GPS e drones (RPAs). Esses instrumentos permitem medições precisas e a criação de mapas detalhados do terreno.

Topografia - Engenharia Civil
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Conteúdos abordados

  • Planimetria: Medição de áreas e leitura de mapas topográficos.
  • Altimetria: Medição de alturas e criação de curvas de nível.
  • Desenho Topográfico: Representação gráfica do terreno.
  • Cálculos: Determinação de áreas, volumes e distâncias.

Trabalho de campo e laboratório

A prática em campo envolve a coleta de dados no terreno, como a medição de distâncias e a criação de croquis. Esses dados são posteriormente analisados em laboratório, onde os estudantes elaboram plantas topográficas e memoriais descritivos.

Qual a perspectiva de carreira em Engenharia Topográfica?

A Engenharia Topográfica, ou Engenharia de Agrimensura, é uma especialização dentro da engenharia que foca nos estudos topográficos. É uma profissão relativamente nova, mas de grande importância para a Engenharia Civil e outras áreas.

Papel do engenheiro topógrafo

O engenheiro topógrafo é responsável por planejar e executar levantamentos topográficos, analisar o relevo, calcular volumes e acompanhar obras de engenharia. Ele atua desde a fase inicial de um projeto até sua conclusão, garantindo a precisão e a eficiência de todas as etapas.

Topografia - Engenharia Civil
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Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para engenheiros topógrafos é promissor. Com a crescente demanda por grandes obras de infraestrutura e a necessidade de urbanização, esses profissionais são altamente procurados. Eles podem atuar em empresas de construção civil, órgãos governamentais, consultorias e até mesmo como profissionais liberais.

Formação e qualificação

Para se tornar um engenheiro topógrafo, é necessário completar um curso universitário específico, que geralmente dura cinco anos. Durante a formação, os estudantes estudam disciplinas teóricas e práticas, incluindo matemática, desenho topográfico, cartografia e fotogrametria.

Portanto, se você está pensando em seguir uma carreira em Engenharia, não subestime a importância da topografia. Ela não só abrirá portas para diversas oportunidades profissionais, mas também permitirá que você contribua significativamente para a construção de um futuro melhor e mais sustentável.

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Fontes: Guia das Profissões, Ambient, PUC-RS.

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