Ao longo do tempo prestando consultoria em micro e pequenas empresas, encontrei uma grande dificuldade destas empresas em apurar seus custos, rentabilidade do negócio e até aferir seus lucros, onde muitos apenas movimentam recursos financeiros para manter seu negócio. Atualmente, micro e pequenas empresas representam 27% do PIB brasileiro, 52% dos empregos com carteira assinada (fonte: Sebrae MT).

Muitas destas empresas iniciam suas atividades (ou estão há um bom tempo no mercado) e não sabem o valor dos seus custos hora máquina/homem, com isso acabam se baseando em seus concorrentes “meu concorrente vende a R$ 80,00 a hora, vou vender a R$ 75,00”. Por isso, 60% das empresas fecham as portas até o segundo ano de existência (fonte: Sebrae). Os custos de uma empresa não são iguais as outras, por isso é errado adotar os custos de seus concorrentes. Isso não significa que os gastos não podem ser minimizados, as empresas brasileiras têm muito a ser melhoradas em relação as empresas do resto do mundo.

lápis, calculadora e planilha de custos
Imagem: noblue.co.uk

Mas como descobrir os custos hora máquina e/ou homem? O primeiro passo é identificar e classificar todos os gastos de sua empresa, classificando em custos fixos, custos variáveis, despesas fixas e despesas variáveis. Caso esqueça de algum gasto, o mesmo irá ser pago através da margem de lucro, que por ser baixo para competir com seus concorrentes poderá tornar a saúde financeira da empresa prejudicada.

Pensando nisso, preparei alguns passos para apurar o custo hora maquina.

Custo fixo

Custo fixo é todo aquele que é menos suscetível a apresentar variações em relação à produção. Não é que ele não varia de acordo com o que a empresa produz, apenas é menos impactado pela atividade-fim da organização.

Em resumo: custo fixo dificilmente sofre alteração em função do volume de produção. Exemplos: salários, aluguel, despesas com contador e advogados, impostos, encargos sociais, materiais de limpeza, materiais de escritório, etc.

Custo Variável

Trata-se da soma dos fatores variáveis da produção. Ou seja, esse custo é absolutamente sensível ao aumento da força produtiva. A matéria-prima, por exemplo: quanto mais a empresa produzir, mais necessitará gastar com ela. Outros exemplos de custo variável são as comissões, mão de obra e fretes de vendas.

Calcule a depreciação das máquinas

depreciação da máquina é calculada de acordo com o tempo de vida útil dela. Os aspectos a serem considerados no cálculo da depreciação são:

  • Vida útil.
  • Método de depreciação.
  • Base de cálculo da depreciação.

Exemplo

Um CNC foi adquirido com vida útil estimada de 10.000 horas (= 5 anos x 2000 h/ano) pelo valor de R$ 200.000,00, com valor residual estimado de 10%. Qual será a depreciação?

 Depreciação = (V0 – Vr) ÷ Vida útil

Depreciação = (R$ 200.000 – R$ 20.000) ÷ 5 anos

Depreciação = R$ 36.000,00/ano ou R$ 18,00/h

O CNC então valerá contabilmente R$ 200.000,00 – R$ 36.000,00 = R$ 164.000,00 ao final do primeiro ano, R$ 128.000,00 ao final do segundo ano e assim sucessivamente.

Em termos contábeis, a depreciação da máquina é a mesma ano a ano:

Note que se ao final do 4º ano o proprietário vender o CNC por mais de R$ 56.000,00 ele terá lucro. Pelo mesmo raciocínio, ele também terá um ganho extra se a máquina estiver em boas condições e ele a vender por mais de R$ 20.000,00 ao final da vida útil. E a vida útil, de onde se tira essa informação? Geralmente do catálogo do fabricante. A vida útil depende do tipo de equipamento, das condições de trabalho e da qualidade da manutenção.

A Receita Federal estabelece limites para a vida útil de cada tipo de máquina. Pode-se depreciar em menos tempo, porém não em mais tempo.

Calcule o custo da área ocupada pelas máquinas

O espaço que a máquina ocupa dentro do pavilhão deve ser considerado como um custo e a máquina deve ajudar a pagar esse custo. Independente se você paga aluguel ou tem um prédio próprio, o custo deve ser considerado.

Para executar esse cálculo é preciso definir a área que a máquina ocupa e saber qual o custo do m² do seu prédio.

Custo Área Ocupada (por hora) = ( metro quadrado utilizado x valor por metro quadrado) / (total de horas uteis no mês)

Estime o custo da energia utilizada pelas máquinas

Primeiro, veja na sua conta de luz o valor do kW/h. Depois, verifique a potencia nominal da sua máquina. Sendo assim, custo hora com energia = potencia da maquina x valor do kW/h. Lembrando que a potência da sua máquina deve estar em kW, caso não esteja, segue algumas conversões de unidade de medida que podem ajudá-lo no cálculo:

Exemplo:

  • Valor kW/h na conta de luz R$ 0,8422
  • Potencia do Máquina: 8,5 kW
  • Custo hora com energia = Potencia da maquina x valor do kW/h
  • Custo hora com energia = 8,5 x 0,8422 = R$ 7,15

Meça os consumíveis utilizados pelas máquinas

Para apurar o custo com consumíveis, é preciso saber se sua máquina consome esse insumo de forma direta ou indireta, pois normalmente utilizamos um rateio quando a relação de consumo não é direta (grande maioria dos casos).

Por exemplo: Em um centro de usinagem um dos consumíveis são as pastilhas de metal duro utilizadas no corte. Muitas vezes não é possível mensurar esse custo como custo direto, então fazemos o rateio de um determinado período.

mãos usando calculadora e escrevendo em planilha de custos
Imagem: business2community.com

Por exemplo: Levantamos que a empresa gasta R$ 30.000,00 por ano num centro de trabalho com consumíveis.

  • (Valor gasto em consumíveis) / (horas úteis por ano)

Cálculo:

  • Custo com consumíveis por hora = R$ 30.000,00 / 2024 = R$ 14,82

Calcule o custo da manutenção das máquinas

Idealmente suas máquinas deveriam ter um plano de manutenção anual, assim fica fácil de estimar o custo com a manutenção e formar o custo da máquina. Porém, caso você não tenha esse grau de controle e faz apenas manutenções corretivas na máquina, o custo hora máquina fica poluído e muito mais caro.

Então vamos considerar a situação não ideal, que provavelmente pode ser a realidade da grande maioria das indústrias brasileiras. O fato de não ter o plano de manutenção que definiria o custo anual ou mensal da máquina com manutenção nos deixaria sem um norte, então, precisamos olhar para o passado e levantar o custo gasto com a máquina no ano anterior.

Logo, levantamos que nossa máquina gastou R$ 23.000,00 no ano de 2018. Dividindo por 2048 quantidade de horas úteis em 2018 chegamos no valor = R$ 11,23

Some os passos anteriores para obter o custo total

Então, somando todos os resultados obtidos acima, é possível ter o seguinte resultado final para apurar o custo hora máquina de uma indústria:

  • Custo Hora do centro de trabalho = Depreciação hora + Custo com a Área + Custo Energia + Custo consumíveis + Custo Manutenção
  • Custo total= Soma de todos!

Ao levantar o custo hora total do seu centro de trabalho, é possível ter uma noção se o seu processo produtivo está caro ou barato. Caso esteja caro, você poderá tomar decisões para diminuir custos, como o de manutenção ou adotar novos métodos produtivos mais baratos para aumentar sua margem de lucro na fabricação e venda do seu produto/serviço.

Custos são todos os gastos diretamente ligados ao processo industrial. Em relação a sua empresa, há perguntas que você ainda está tentando responder?

  • Vale a pena comprar mais máquinas ou abrir um novo turno?
  • Qual é o custo real de um funcionário? Como calcular?
  • Quanto de desconto eu posso dar ao meu cliente?
  • Qual é o menor preço de venda?
  • Em quais situações vender sem ter lucro é vantajoso?
  • Qual é a margem de contribuição do projeto?
  • Qual é a diferença entre lucro no projeto e lucro da empresa?
  • Qual é a rentabilidade da minha empresa?
  • Onde alocar os custos de inspeção, almoxarifado e qualidade?
  • Como alocar meu custo financeiro na venda?
  • Até que desconto eu posso dar a meu cliente?

ANÁLISE DE CUSTOS

Um sistema de custeio eficiente revela, além de ineficiências no processo, o custo real dos produtos, observando tanto custos diretos, como o de matéria-prima, quanto custos indiretos, como os administrativos.

A Análise de Custos é um suporte gerencial e estratégico que analisa como os custos da organização se comportam, de modo a identificar e corrigir ineficiências

5 vantagens diretas

  • Identifica e controla gastos que podem ser reduzidos ou eliminados;
  • Auxilia diretamente na tomada de decisões estratégicas, tornando a empresa mais competitiva;
  • Determina o ponto de equilíbrio;
  • Fornece parâmetros para a fixação do preço de venda;
  • Analisa o desempenho dos diversos setores da empresa.

O diagnóstico de custos tem como objetivo levantar, analisar e demonstrar, os custos atuais da sua empresa e baseado nele sugerir melhorias para um plano de ação. Margens de contribuições, lucro, rentabilidade, índice de despesas fixas e muitos outros dados são fundamentais para extração de informações gerenciais para desenvolvimento de um plano de redução de custos e também para aumento da lucratividade e rentabilidade da sua empresa.

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Engenharia 360

Pamela Matias

Engenheira de Produção, consultora e treinadora da metodologia 5s e gestão industrial. Sua especialidade é ajudar pequenas e médias empresas produzirem mais utilizando menos recursos e sem grandes investimentos! Acredita que o segredo é fazer o básico bem feito!

Pesquisadores brasileiros não estão medindo esforços para auxiliar nas medidas de controle ao coronavírus e seus efeitos. O avanço recente trata-se de ventilador pulmonar para uso em emergências, cuja produção pode ser feita em até duas horas e custa 15 vezes menos do que os aparelhos convencionais. O desenvolvimento é por parte de Engenheiros da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Inspire - Ventilador pulmonar aberto proposto pela Poli-USP.
Ventilador pulmonar aberto proposto por engenheiros e estudantes da Poli-USP. Imagem: Poli-USP,

Projeto “Inspire”

O equipamento, nomeado “Inspire” é resultado de uma parceria de aproximadamente 40 pesquisadores, dentre eles profissionais das engenharias biomédica, mecânica, mecatrônica, eletrônica e de produção. Além disso, o grupo responsável pelo Inspire inclui estudantes e representantes da iniciativa privada, todos voltados para suprir a provável alta demanda do equipamento no cenário da pandemia de COVID-19.

Um dos coordenadores do projeto, o professor González Lima, especialista em Engenharia Biomédica, explicou que o grupo tinha como objetivo projetar um equipamento que fosse capaz de aproveitar ao máximo os componentes disponíveis no mercado brasileiro, evitando depender de importações. Além disso, esse tipo de iniciativa poderia fomentar fabricantes locais a aumentar sua produção. O resultado disso é um equipamento de custo reduzido e produção mais rápida.

Aos curiosos ou dispostos a melhorar o projeto, o “Inspire” está disponível no repositório GitHub, sob a licença CERN-OH-V2 (Cern Open Hardware V2).

Ventilador pulmonar aberto. Foto: professor Raul Gonzalez Lima via saopaulo.sp.gov.br
Ventilador pulmonar aberto. Foto: professor Raul Gonzalez Lima via saopaulo.sp.gov.br

Fabricação do ventilador pulmonar aberto “Inspire”

Vale colocar que, apesar de a Poli-USP ser responsável pelo projeto, a fabricação em maior escala deverá ser feita por empresas com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O projeto tem licença aberta para os interessados em produzir o ventilador. Espera-se que os aparelhos estejam disponíveis nos hospitais em meados de abril, quando deve ser atingido o pico de casos de COVID-19 no estado de São Paulo, segundo as estimativas derivadas de modelagem epidemiológica.

O ventilador pulmonar mecânico “Inspire”, que já está pronto e sendo testado em laboratório, custa aproximadamente R$ 1 mil reais, de acordo com a estimativa dos pesquisadores. Por mais que possa parecer alarmante a princípio, o ventilador mais acessível no nosso mercado custa em torno de R$ 15 mil.

Os cientistas brasileiros, mesmo em meio a represálias e cortes orçamentários, não estão parados. Similarmente, a UFRJ, outra universidade pública do país, também está trabalhando em protótipos de ventiladores pulmonares para auxílio emergencial a hospitais. Esta matéria, você pode conferir aqui.

Fontes: G1. Governo de São Paulo. Poli-USP.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Se o seu semestre na engenharia não começou nada bem no cálculo ou na física, calma que ainda dá tempo de se salvar. Você pode aproveitar a quarentena para colocar a matéria em dia e arrasar nas aulas (seja agora de forma online ou quando elas retornarem).

folha repleta de cálculo
Imagem: pxhere.com

Separamos alguns cursos de cálculo e física ofertados pela USP e pela UNICAMP que você pode fazer de forma online e gratuita pelo YouTube:

USP – Cálculo I, II e III

Cálculo I: 34 aulas completas (divididas em 102 vídeos) com professores da USP. Os conteúdos principais são limites, derivadas e integrais. Há aulas com exercícios e aplicações, para você reforçar o aprendizado. Acesse o conteúdo.

Cálculo II: São 25 aulas divididas em 70 vídeos que abordam conteúdos como polinômios de Taylor, funções de uma variável real, cálculo de limites de funções de duas variáveis, derivadas parciais, regra da cadeia gradiente, vetor gradiente e derivada direcional de uma função de duas variáveis, método dos multiplicadores de Lagrange, exercícios e muito mais. Acesse as aulas.

Cálculo III: 16 tópicos divididos em 90 vídeos. Alguns desses tópicos são integrais duplas, teorema de Fubini, integrais iteradas, integrais triplas, mudança de variáveis na integral dupla e tripla, integrais de linha, campos vetoriais, teorema de Green, integrais de superfícies de campos vetoriais, teorema de Strokes, exercícios e mais. Confira as aulas.

UNICAMP– Cálculo I, II e III

Cálculo I: São 55 aulas completas com o professor Renato Pedrosa. As aulas passam por funções, limites, derivadas e vão até integrais, é um material bem completo e ideal para quem quer aprender cálculo. Acesse as aulas.

Cálculo II: As aulas envolvem funções de várias variáveis, limites e continuidade, derivadas parciais e outros assuntos. Elas também estão no Youtube, mas não estão em uma playlist. Você também pode buscar todas no perfil da UNIVESP.

Cálculo III: são 58 aulas que abordam de equações diferenciais,Wronksiano, Delta de Dirac, autovalores e autovetores, séries de potências, equação de onda e de Laplace e mais. Também tem aula de resolução de exercício. Acesse o conteúdo.

integral e gráfico
Imagem: khanacademy.org

UNICAMP – Física I, II e III

Física Geral I: São 26 aulas com o professor Luiz Marco Brescansin da UNICAMP. Os assuntos envolvem força e movimento, energia potencial e conservação de energia, sistema de partículas, cinemática de rotação, momento angular e mais. Acesse as aulas.

Física Geral II: O curso contém 25 aulas. Os temas são: gravitação, massa, gravimetria, matéria escura, fluidos, equilíbrio e elasticidade, entropia, gases ideias e teoria cinética, oscilações, ondas e mais. Confira as aulas.

Física III: As aulas de Física II são 28 e têm foco em eletromagnetismo, como carga elétrica, campo elétrico, lei de Gauss, potencial elétrico, capacitores dielétricos, resistência, circuitos, campos magnéticos, lei de Faraday, indução, oscilações eletromagnéticas, magnetismo e mais. Acesse o curso.

Já que ninguém é de ferro e para você se inspirar a estudar, confira também nossa listinha de filmes e séries de matemática na Netflix.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Em parceria com universidades, a Microsoft vem trabalhando em treinar algoritmos para facilitar a ação de robôs autônomos para resgates em situações de risco.

Perceber, pensar e agir

Os seres humanos inconscientemente usam circuitos de percepção-ação para fazer quase tudo, desde caminhar por uma calçada lotada até fazer um gol em um jogo de futebol. Isso é obtido usando informações sensoriais para decidir a ação apropriada em um loop contínuo em tempo real. Isso é também o coração dos sistemas autônomos.

pesquisadores analisando DARPA em ação
Imagem: subtchallenge.com

Embora essa tecnologia tenha avançado bastante na capacidade de usar sensores e câmeras para decidir sobre as ações, a atual geração de sistemas autônomos ainda não está nem perto da habilidade humana em tomar essas decisões diretamente a partir de dados visuais. Há um grande esforço relacionado a isso, principalmente em veículos autônomos, mas a gente ainda está acompanhando os passos.

Nesse sentido, a Microsoft vem trabalhando em um projeto de machine learning, que fundamenta as ações a serem tomadas imediatamente a partir de imagens coletadas por câmeras. O sistema é treinado por meio de simulações e aprende a navegar independentemente em ambientes e condições desafiadores no mundo real, incluindo situações invisíveis.

O desafio DARPA

Implementado em robôs, esses sistemas estão sendo treinados para encontrar sobreviventes em situações desafiadoras e de alto risco. Por isso o cenário que parece ter saído de um videogame. O vídeo abaixo mostra o Desafio Subterrâneo da DARPA, uma das maneiras pelas quais a Microsoft está avançando no estado da arte na área de sistemas autônomos, apoiando pesquisas focadas na solução de desafios do mundo real.

No desafio DARPA, o robô da Microsoft, representado pelo Team Explorer, derivou de uma colaboração entre duas universidades: Carnegie Mellon University and Oregon State University. O desafio da DARPA se concentra em ajudar os socorristas e aqueles que lideram missões de busca e resgate, especialmente em ambientes físicos perigosos, para identificar mais rapidamente as pessoas que precisam de ajuda.

DARPA entrando em túnel durante treinamento
Imagem: subtchallenge.com

No site da Microsoft Research, foram disponibilizados tanto o artigo científico referente a esses avanços, quanto o código para download. Esses esforços são centrados para implementação em robôs terrestres, equipados com câmeras, mas também drones, que nós sabemos que podem ter um papel crucial em resgates.

Fonte: Microsoft Research Blog.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Cansou da tela do computador? Nós separamos algumas sugestões de autores que tratam de ficção científica e cenários distópicos, além de um extra que questiona o amanhã, com base no nosso modus operandi atual como sociedade. Nada como a companhia de um livro.

Aldous Huxley (1894-1963)

Na distopia clássica “Admirável Mundo Novo”, o mundo imaginado por Aldous Huxley se baseia em futuro onde os seres humanos são gerados em laboratórios e condicionados a seguir as normais sociais pré-estabelecidas pelo Estado.

O autor Aldous Huxley e a capa da obra "Admirável Mundo Novo". Imagens: researchgate.net e wikipedia.com
Aldous Huxley e a capa da obra “Admirável Mundo Novo”, em inglês. Imagens: researchgate.net e wikipedia.com

George Orwell (1903-1950)

Este é o autor de títulos famosos como “A Revolução dos Bichos” e “1984”. A leitura não é muito densa e passa rapidamente. O que pode incomodar em ficções deste estilo é a sensação de opressão que a gente pode absorver.

Em “A Revolução dos Bichos”, os animais de uma fazenda resolvem se rebelar contra a exploração que sofrem dos seres humanos. Entretanto, acabam reproduzindo os mesmos comportamentos corruptos e autoritários.

Já no ilustre “1984”, Orwell criou um mundo centrado no “Big Brother”, um autocrata onipresente que lidera o regime político e o estilo de vida nessa distopia. A “teoria das guerras” apresentada nessa distopia põe em questionamento muito do que a gente vive atualmente, bem como o conceito da “novafala” ou “novilíngua”. Para quem ainda não leu, adiantamos que a sensação de confinamento pode abalar o emocional.

O autor George Orwell e coleção de edições da obra 1984, em inglês.
George Orwell e coleção de edições do livro 1984, em inglês. Fotos: revistabula.com e pngitem.com

Isaac Asimov (1920-1992)

Isaac Asimov fez algumas previsões interessantes do futuro, que é nosso presente. Isso incluía coisas como informatização em massa, cooperação global e robótica.

Dentre as obras de Asimov, há “Eu, Robô”, que é uma coletânea de contos abordando a evolução robótica em uma sociedade futurística. Mas, claro, devemos citar a premiada trilogia “A Fundação”, que é série futurística, que conta a história de um cientista que vê indícios de da destruição da humanidade e de todo o conhecimento por ela produzido. A partir disso, ele faz um plano que prevê as decisões que levarão a esse desfecho, tentando evitar que isso aconteça.

O autorIsaac Asimov e a trilogia "Fundação". Imagens: brasil.elpais.com e palavracabalistica.com.br
Isaac Asimov e a trilogia “Fundação”. Imagens: brasil.elpais.com e palavracabalistica.com.br

Douglas Adams (1952-2011)

“Não entre em pânico”, em letras garrafais no “Guia do Mochileiro das Galáxias” é definitivamente a frase que nós precisamos ler para fugir da angústia das distopias citadas anteriormente. A ficção de Douglas Adams, repleta do característico humor inglês, foi preditiva sobre muita coisa que vivemos no cenário atual, com um tom irônico e engraçado.

A série que é uma “trilogia de cinco” livros curtinhos de Adams é uma sugestão para quem gosta de ciência e uma boa risada. E, claro, é uma indicação para quem está em busca da resposta para a vida, o universo e tudo o mais.

O autor Douglas Adams e a coleção de livros  "Guia do Mochileiro das Galáxias". Imagens: revistagalileu.globo.com e acervo pessoal.
Douglas Adams e a coleção de livros “Guia do Mochileiro das Galáxias”. Imagens: revistagalileu.globo.com e acervo pessoal.

Yuval Noah Hahari (1976 – )

Este autor aqui deixa a gente um pouco confuso sobre o enquadramento em ficção ou não, afinal, Yuval combina história, ciência e filosofia.

Uma de suas obras “Sapiens: uma breve história da humanidade” descreve a história humana, mas não apenas fazendo um inventário histórico, mas questionando o que é a tal “sapiência”.

Entretanto, “Homo deus: uma breve história do amanhã”, outro título famoso do autor, projeta o futuro da espécie humana em um cenário em que a guerra se tornou obsoleta, a fome não existe mais e a morte é apenas um problema técnico. Nesse cenário, Yuval lança importantes questões, principalmente morais, em função do nosso avanço tecnológico e o que devemos esperar a nível de espécie.

Yuval Harari e a obra Homo Deus
Yuval Hahari e a obra “Homo Deus”. Imagens: g1.globo.com e amazon.com.br

Veja também: 7 museus de tecnologia para visitar virtualmente

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Alerta! Esta matéria contém doses de realidade que irão te fazer refletir…

Nós não temos uma bola de cristal para saber o que vai acontecer daqui uns meses, nada está garantido. Justamente por isto, é o momento de lutar por tudo o que você já conquistou até agora. Você pode e deve se destacar entre os demais na empresa em que trabalha e existem muitas formas de fazer isto. Mas antes, é necessário entender um conceito muito importante.

Você já parou para pensar no que realmente te dá poder no trabalho? O motivo pelo qual vale muito a pena uma empresa te manter no cargo? É o seu nível de raridade. Quanto mais raro, mais valorizado você será. E ser raro é fazer diferente da maioria, é entregar resultados acima da média e cultivar relacionamentos estratégicos. Afinal, são as pessoas que irão te ajudar e te promover.

Sabendo disto, gaste a sua energia e o seu tempo mirando em atitudes que irão aumentar o seu nível de raridade, seja preciso e estratégico. É fundamental que as pessoas notem e entendam o seu valor. Agora é o momento de você pensar em como é possível potencializar o seu poder dentro da empresa. Porém, os dois pilares deste conceito precisam andar juntos. Não adianta você começar agregar mais valor para empresa se as pessoas certas não estão sabendo disto. Não adianta investir no networking e continuar dentro da média, você não será notado o quanto gostaria.

dardo atingindo o alvo demonstrando todo o potencial

Entregar resultados acima da média significa trabalhar mais? Sim, mas não é a quantidade que importa, é a qualidade envolvida. Você precisa saber quais são as iniciativas corretas que irão agregar mais valor para o projeto que você está envolvido. O foco agora é otimizar processos e reduzir custos. A responsabilidade de fazer isto também é sua. Entenda que a micro gestão não mais uma opção viável, realizar apenas o que foi pedido não irá te levar adiante.

Você vai adiante assumindo também a responsabilidade pelo sucesso da empresa em que trabalha. Fazer apenas a sua parte não é algo mais interessante para o cargo que você ocupa e nem para o momento que estamos passando. 

Uma dica de ouro é prestar atenção em tudo o que está acontecendo. Permanecer no modo automático nas reuniões não irá te ajudar. Entenda as necessidades das pessoas e do projeto que você está envolvido. Então, comece a pensar em como você pode agregar. Estar atento é ficar aberto para encontrar novas possibilidades para se destacar. Assim, você será capaz de encontrar vários problemas…e resolver estes problemas significa aumentar o seu poder dentro da empresa.

placa com diferentes caminhos para possibilidades de demonstrar seu valor

Por último, não se limite pelo cargo que possui. A sua função não define o seu nível de raridade,  é a qualidade das iniciativas que você toma que irão definir. Focar no que você não pode fazer irá apenas te deixar de mãos atadas. Vá além, entregue a mais do que foi pedido, ajude seus colegas, leve novas ferramentas, agregue em outros setores. Agora é a hora de mostrar para empresa todo o seu valor.

Leia também: O Engenheiro Líder em época de crise

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Engenharia 360

Dayra Liz Kwitko

Engenheira Mecânica, consultora e treinadora de Liderança. Além de ser apaixonada por carros, poker e xadrez, tem loucura pelo desenvolvimento humano. Acredita que a força motriz de uma empresa são seus colaboradores e que os engenheiros possuem um grande potencial para alcançar altos cargos e fazer a diferença como líderes. Sua especialidade é ajudar os engenheiros a ficarem em destaque em seus trabalhos.

Em tempos de quarentena, vale ouvir vozes diferentes e opiniões também. Nesse sentido, TED talks são uma ferramenta edificante. Pensando nisso, a gente selecionou algumas TEDs que não são necessariamente motivacionais, mas que podem ajudar a encontrar propósito individual para investir no nosso tempo, lembrando sempre de tomar o cuidado com o que nos inspira de verdade.

1 – Competitividade reinventada | Mauricio Benvenutti

Mauricio Benvenutti é escritor de um best-seller de negócios, empreendedor, mentor e cidadão emérito pelo seu município. Nessa TED, ele trata de competitividade e soft skills que interessam de verdade, lembrando sempre que algo importantíssimo na hora de investir em si próprio é ter propósito e reconhecer o que você faz, para obter a versão melhorada de si mesmo.

2 – Qual o seu real tamanho? | Marcio Libar

Marcio Libar é ator, diretor e palhaço. Seu trabalho como artista vai além dessa cena e entra em filosofia de vida, inspirada no “perdedor”. Essa TED faz a gente questionar o que é sucesso e as dimensões das nossas emoções, o que é fundamental de ser entendido para que a gente se aceite e, nesse escopo, se baste.

3 – O manual anti-CEO | Hamdi Ulukaya

Acrescentamos essa TED de Hamdi Ulukaya para praticar o inglês e reforçar a ideia de que muitas figuras inspiradores são controversas. Elon Musk é exemplo desse tipo de pôster-boy.

Em um apelo aos líderes corporativos em todo o mundo, o fundador da Chobani, Hamdi Ulukaya, pede o fim do protocolo de negócios e compartilha sua visão de um novo “manual de instruções anti-CEO” que prioriza as pessoas. É um lembrete para quando a gente idealizar CEOs por aí, de que por trás desses impérios, há pessoas, que precisam de dignidade e gratidão.

4 – “Team Human” no futuro digital | Douglas Rushkoff

Por último, mas não menos importante, selecionamos outra TED Talk clássica para colocar o inglês em dia e reforçar que tecnologia precisa ser desenvolvida para os humanos e não o contrário. Essa ideia está no nosso juramento de formatura na Engenharia.

Douglas Rushkoff é um teórico de mídia que, em “Como ser do ‘time dos humanos’ na era da tecnologia digital” promove um desabafo sobre como precisamos pensar primeiro nas pessoas para lidar com os desafios do futuro e do presente. Aqui, criatividade é colocada como crucial para reconhecer o nosso valor e uma balança é colocada entre tecnologia e humanidade.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

A Engenharia de Produção é uma área da engenharia que se concentra na eficiência e produtividade dos processos produtivos. Aliás, basicamente quase tudo que consumimos hoje foi feito em fábricas. Seja o celular que você usa para as mais variadas atividades, seja o carro que você utiliza para se locomover, praticamente tudo ao nosso redor passou por um processo de transformação, onde uma quantidade de matéria-prima foi empregada, transformada e por fim virou um produto final.

Engenheiro de Produção
Imagem de Kateryna Babaieva em Pexels

Os processos produtivos são complexos, exigindo grande expertise e dedicação dos profissionais que atuam diariamente nas linhas de produção e gestão de processos. E esse profissional deve ter uma visão ampla do processo, entendendo desde gestão de pessoas até elementos mecânicos/elétricos. 

E no mercado exige uma formação que atrela os conhecimentos da engenharia a práticas de gestão. Essa formação é a Engenharia de Produção, engenharia essa que possui grande versatilidade e gama de conhecimentos desde os cálculos até a psicologia nas organizações. Hoje vamos entender quais são as atribuições do engenheiro de produção no mercado de trabalho.

O que compete ao Engenheiro de Produção?

Segundo a ABEPRO (Assosiação Brasileira de Engenharia de Produção) “compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia.”

De acordo com o Guia de Carreira, o engenheiro de produção é responsável por garantir a eficiência dos processos produtivos, além de manter baixos os custos de produção de uma empresa ou indústria. Ou seja, a Engenharia de Produção se diferencia das demais engenharias no aspecto ciências humanas e sociais. Na própria grade curricular isso é facilmente notado, visto que o acadêmico de engenharia de produção cursa disciplinas relacionadas a gestão de pessoas, gestão de inovação, consultoria empresarial, etc.

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Atribuições específicas

Os engenheiros de produção desempenham um papel central na eficiência dos processos industriais e de serviços. Suas atribuições abrangem desde o projeto de sistemas produtivos até a implementação de inovações tecnológicas. Eles otimizam operações, gerenciam estoques, controlam custos, aprimoram a qualidade e introduzem melhorias nos processos existentes. Além disso, aplicam conhecimentos em ciências humanas e sociais para gerir equipes, inovar e implementar estratégias de gestão.

Em síntese, sua versatilidade os permite integrar aspectos técnicos, tecnológicos e de gestão, sendo essenciais em áreas como logística, pesquisa operacional, qualidade, desenvolvimento de produtos, gestão organizacional, economia, sustentabilidade, entre outras.

Quais as áreas o engenheiro de produção pode atuar?

Engenheiro de Produção
Imagem de Anamul Rezwan em Pexels

Logística

Além da preocupação com custos, disponibilidade de produtos e atendimento ao cliente, os engenheiros de produção nesta área também lidam com a otimização de rotas, análise de demanda sazonal e desenvolvimento de estratégias de cadeia de suprimentos para minimizar desperdícios e aprimorar a eficiência global.

Pesquisa Operacional

Os profissionais dessa área utilizam modelos matemáticos complexos para aprimorar processos de produção, otimizar a alocação de recursos, realizar previsões de demanda e encontrar soluções para problemas logísticos, financeiros e de produção.

Engenharia da Qualidade

Além do planejamento e controle dos sistemas de qualidade, esses engenheiros estão constantemente envolvidos na identificação proativa de possíveis falhas nos processos de produção, garantindo não apenas a qualidade do produto final, mas também a melhoria contínua dos processos.

Engenharia do Produto

Os profissionais dessa área não apenas participam das etapas de processamento do produto, mas também focam na inovação e no aprimoramento de produtos existentes, incorporando feedback do mercado e garantindo a viabilidade técnica e econômica de novos produtos.

Engenharia Organizacional

Além de gestão e planejamento estratégico, os engenheiros de produção nesta área estão constantemente buscando aprimorar a eficiência organizacional, reestruturando processos internos, implementando sistemas de gestão da qualidade e liderando equipes multidisciplinares.

Engenharia Econômica

Além das comparações e análises financeiras, esses engenheiros estão envolvidos na avaliação de investimentos em novas tecnologias, no cálculo de retornos sobre investimentos em processos de produção e na gestão de riscos financeiros associados a diferentes estratégias empresariais.

Engenharia do Trabalho

Esses profissionais não apenas se concentram na interação entre máquinas e humanos, mas também na ergonomia do local de trabalho, na análise de riscos ocupacionais e no desenvolvimento de políticas que visam a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.

Engenharia da Sustentabilidade

Além da gestão ambiental, os engenheiros de produção nessa área se envolvem na busca por processos produtivos mais ecoeficientes, na implementação de práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor e na análise de impactos socioambientais das operações.

Educação em Engenharia de Produção

Os engenheiros nessa área não apenas se dedicam ao ensino, mas também à pesquisa de novas metodologias educacionais, à criação de currículos alinhados às demandas do mercado e à formação de profissionais aptos a enfrentar os desafios da indústria.

Quanto ganha um Engenheiro de Produção?

Segundo a Lei 4.950-A/66, de 1966, que diz respeito a remuneração dos profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária, a tabela salarial do profissional do engenheiro de produção está vinculada ao valor do salário mínimo vigente e à jornada diária do profissional, independentemente do seu local de atuação.

Grande EmpresaR$ 4.772,88R$ 11.652,55
Média EmpresaR$ 3.671,45R$ 8.963,50
Pequena EmpresaR$ 2.824,19R$ 6.895,00

*Dados de 2023 da Educa Mais Brasil.

Então a Engenharia de Produção é a melhor engenharia que existe?

Isso é muito subjetivo. A Engenharia de Produção, por exemplo, é uma área versátil e promissora com uma ampla gama de possibilidades de atuação. No final das contas, você que pretende cursar engenharia, deve escolher aquela que mais te agrada. Aquela em que você se veja atuando no futuro, que proporcione a você a realização profissional que você busca. Mas uma coisa é certa: de alguma forma todas as engenharias são importantes nas nossas vidas.

Engenheiro de Produção
Imagem de RAJESH KUMAR VERMA em Pexels

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Fontes: ABEPRO, Casa Civil, Catho, Guia de Carreira, Voitto.

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Engenharia 360

Kaíque Moura

Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.

Você já reparou que todo mundo parece ter um melhor horário para estudar? Há os que estão mais dispostos pela manhã e os que preferem a tarde ou a noite (nenhum horário não é uma opção). Mas, qual deles é melhor?

Antes de ir para o texto, a gente preparou um vídeo especial que vai te ajudar a encontrar o seu melhor horário para estudar. Vem conferir nossas dicas:

Confira também a versão podcast:

Além da falta de concentração, quando pensamos nos problemas relacionados à dificuldade de sentar e estudar, volta e meia caímos no sono. Não importa o quanto você durma, é bem provável que sempre vai bater aquele soninho em alguma hora do dia.

Esse sono vem em horários diferentes, dependendo do seu perfil. Se excluirmos o grupo de pessoas que têm o sono desregulado por causa de exigências da rotina e pensarmos em quem dorme o suficiente ou bem perto disso, sempre encontramos diferenças entre grupos.

Há pessoas que são matutinas, que levantam cedo sorrindo e cantando e normalmente dormem cedo. Por outro lado, há os que preferem acordar tarde (e talvez levantem rabugentos pela manhã) e que durante a noite parecem ligados na potência máxima, conseguindo permanecer acordados até de madrugada. Há, ainda, o curioso caso das pessoas que conseguem acordar bem depois de pouquíssimas horas de sono e as que permanecem com sono após muitas horas de descanso.

É claro que, se você dorme o insuficiente para o seu perfil, a tendência é de que fique cansado durante o dia e o rendimento não é o mesmo. Mas sabemos que isso é difícil, principalmente para quem concilia estudos e trabalho (#agentequelute).

Quando pensamos nessa busca pelo melhor horário para estudar, normalmente nos deparamos com o termo “ritmo circadiano”, que é o período de 24 horas que regula seu ciclo biológico. Há, inclusive, vários distúrbios do sono que podem estar relacionados ao ritmo circadiano.

imagem de ritmo circadiano com os horários de cada item relacionado que ocorre no organismo
Ritmo circadiano. Imagem: biohackerway.com.br

Modo zumbi off

Não adianta tentar virar zumbi e dizer que dormir é para os fracos: todo mundo precisa dormir. Se você não dorme o quanto seu corpo precisa, vai precisar de um milagre bem grande para te deixar acordado e bem disposto no dia seguinte. Afinal, ficar sem dormir acarreta consequências como falta de concentração, cansaço, dor de cabeça e outros.

O que é melhor para você: passar a noite estudando e no dia seguinte não conseguir fazer uma prova importante ou descansar (pelo menos algumas horas) e depois estudar/fazer a prova com a cabeça fresca? Obviamente, isso depende, já que há pessoas que conseguem passar a noite em claro e estar bem no dia seguinte (mas não conseguem repetir isso por muitos dias seguidos) e há os que se arrastam por aí se tiveram uma noite ruim.

Já deve ter ficado claro, depois de tudo isso que falamos, que o melhor horário para dormir depende de você, certo? Então, o jeito de descobrir qual o melhor horário para você estudar é, infelizmente, o bom e velho empirismo, ou seja, a experiência. Você precisa testar diferentes horários até encontrar o que seu rendimento é melhor (além de ter um ambiente ideal de estudo).

homem jovem dormindo em sua mesa enquanto estuda
Imagem: myperfectfit.tempur.com

O relato de um estudante de engenharia

Fomos lá no Quora descobrir o que os próprios estudantes pensam sobre o assunto. Curiosamente, encontramos uma resposta de um estudante de engenharia. Ele compartilha sua experiência frustrante na tentativa de encontrar um horário para estudar e também como encontrou uma solução.

Para começo de conversa, ele admite a verdade que define vários estudantes atualmente: eu estudo porque eu tenho que estudar. A seguir, ele relata que já leu muita coisa sobre o assunto e nada ajudou realmente. O que realmente fez efeito foi a experiência (e o famoso método das tentativas).

Segundo esse estudante, há quem diga que a manhã é melhor por pegar o seu cérebro recém-descansado (se você tiver dormido, é claro) e os que afirmam que a noite é melhor (por haver menos distrações). Ele tentou de tudo e observou que sempre sentia sono pela manhã e conseguia, no máximo, estudar por uma hora/ uma hora e meia. Além disso, não conseguia acordar no horário que gostaria quando dormia mal.

Nas tentativas durante a noite, percebeu que seguia firme durante até uma hora da manhã e que era mais fácil estudar o almejado. Ele conseguia estudar por cerca de duas horas. O problema é que isso atrapalhava o rendimento no dia seguinte.

No final, ele não conseguiu balancear os prós e os contras de cada método e nenhum deles trouxe o resultado que ele desejava, que era estudar por períodos mais longos. A solução, então, foi adaptar o sistema de acordo com o que era melhor para ele. Assim, identificou os horários que conseguia estudar melhor durante a noite e alterna com dias que dorme bem e estuda pela manhã.

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Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão desenvolvendo um ventilador pulmonar mecânico que poderá ser produzido de forma rápida e barata, em larga escala, com recursos disponíveis do mercado nacional. É mais uma ação de uma universidade pública para auxiliar no controle à pandemia de COVID-19 e seus efeitos sobre a população.

Engenharia e pesquisa na área de saúde

O protótipo desse ventilador pulmonar está sendo desenvolvido pelo Programa de Engenharia Biomédica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) no Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular da Coppe, UFRJ. O equipamento poderá contribuir para suprir, de forma emergencial, a demanda crescente dos hospitais por esses aparelhos, devido à pandemia de coronavírus.

Uma versão preliminar do ventilador, construída com recursos disponíveis no laboratório da universidade, apresentou bom resultado em um modelo físico de pulmão, configurado em condições semelhantes aos pacientes acometidos de insuficiência respiratória. Por enquanto, os cientistas estão fazendo adaptações para a elaboração de um protótipo mais adequado à produção em larga escala, que está programado para ser testado em pacientes na próxima semana, de acordo com a aprovação prévia de um comitê de ética em pesquisa com seres humanos.

Diagrama do projeto de ventilador pulmonar da UFRJ.
Diagrama do projeto de ventilador pulmonar da UFRJ. Fonte Coppe/UFRJ

Sem medir esforços, os pesquisadores e pesquisadoras da Coppe iniciaram uma campanha para obter financiamento e parcerias com empresas, instituições privadas e públicas. O objetivo disso é tornar viável a replicação rápida e em escala industrial do protótipo.

Detalhes do ventilador pulmonar da UFRJ

A Universidade Federal do Rio de Janeiro disponibilizou um site com informações detalhadas sobre as especificações técnicas do projeto e as demandas que o justificam, bem como os devidos créditos à equipe de trabalho. Com bastante responsabilidade, os pesquisadores mencionam que ainda não se trata de dispositivo certificado para uso, mas, eventualmente, pode ser utilizado em pacientes com COVID-19, como última opção de respirador.

respirador para coronavírus ufrj
Respirador produzido pelos pesquisadores. Imagem: UFRJ/COPPE

Leia mais: Cientistas brasileiros estão desenvolvendo testes rápidos para detectar coronavírus.

Fonte: Estadão. UFRJ.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.