Por certo, já segurou um cristal em suas mãos! Duvida? Na natureza, há cristais de neve, sal e outros. E não podemos nos esquecer da água, que, quando congelada, se transforma em cristal. Viu só? E você aí pensando que cristais eram coisas de filmes, onde “joias do infinito” são utilizadas para se ter controle do tempo, não é mesmo? Não, isso são ideias de filmes e livros de ficção. Bem, será?

Na verdade, cientistas têm tentado durante anos desenvolver cristais de tempo em microescala. Bem, isso é tão difícil de entender quanto é de explicar. Mas, na tentativa, especialistas dizem que é como uma máquina de movimento perpétuo, adicionando uma ressalva à segunda lei da termodinâmica, que afirma que qualquer sistema isolado se degenerará em um estado mais desordenado ou de entropia. E sua existência também mina a primeira lei de Newton, detalhando como um objeto deve reagir ao movimento.

“Cristais do tempo são como uma parada de descanso no caminho para a construção de um computador quântico.” – físico Norman Yao, Universidade da Califórnia, em reportagem de Terra.

A história por trás do conceito de cristal do tempo

A primeira vez que alguém citou esse conceito de cristal do tempo foi em 2012, pelo físico e ganhador do prêmio Nobel, Frank Wilczek. Na época, ele questionou se os átomos poderiam ser dispostos no tempo de maneira semelhante a como são organizados em cristais comuns. Explicando melhor, ele queria saber se um sistema fechado poderia girar, oscilar ou se mover de maneira repetitiva.

“A definição é de certa forma flexível. Mas se você quiser chamá-la de um novo estado da matéria, você quer que seja autônoma e sem agitação.” – disse Wilczek.

A conclusão foi de que cristais do tempo são um estranho estado científico da matéria feito de átomos dispostos em um padrão repetido no espaço. Essa configuração permite que eles mudem de forma com o tempo, sem perder energia ou superaquecer. Eles seriam úteis para computadores quânticos, que dependem de qubits extremamente frágeis que são propensos a se deteriorar. Sem dúvidas, nesse caso, a sobrecarregada por qubits faria o equipamento errar e até “morrer”.

cristal do tempo
Imagem reproduzida de FOLETO

A nova descoberta da empresa Google

A plataforma de compartilhamento de pré-publicações de artigos científicos Arxviv.org publicou, no mês passado, a descoberta da Google na área científica dos cristais de tempo. Foi narrado que físicos das universidades Stanford e Princeton alegaram terem recentemente desenvolvido uma “solução adaptável” para a criação de cristais do tempo usando o computador quântico da empresa, chamado de Sycamore. Claro que os detalhes disso não foram compartilhados, alegando que o estudo ainda está sob revisão de pares. No entanto, conforme o que foi dito na matéria, o trabalho desses especialistas aborda uma área onde os físicos há muito esperavam por um avanço.

“A consequência é incrível: você escapa da segunda lei da termodinâmica”. – Roderich Moessner, coautor do artigo do Google, em reportagem de Quanta Magazine.

“Há boas razões para pensarmos que nenhum desses experimentos foi completamente bem-sucedido, e um computador quântico assim (como o do Google) estaria particularmente bem posicionado para fazer muito melhor que essas experiências anteriores.” – físico John Chalker, em reportagem de Época Negócios

cristal do tempo
Imagem reproduzida de TecMundo

Testes já realizados

No passado, os primeiros experimentos realizados nessa linha bombeavam íons com lasers para que eles pulsassem artificialmente. Mas a Google fez diferente! Seus cientistas configuraram uma matriz de 20 bits quânticos, ou qubits, para servir como um cristal do tempo. Repetindo um trecho do artigo da Arxviv.org, eles aplicaram algoritmos que giravam os qubits para cima e para baixo, gerando uma reação controlável que poderia ser sustentada por períodos infinitamente longos.

O resultado disso tudo foi um cristal do tempo que funcionou por milissegundos. Acredita-se que, no futuro, quando as pesquisas estejam avançadas, os cristais de tempo resultantes vão durar mais – o que vai ser ótimo para os computadores quânticos, se supõe. Por hora, essa demonstração já deixou os especialistas na área bem animados. É provável que ainda iremos ouvir falar muito dessa tecnologia inovadora nos próximos anos.

cristal do tempo
Imagem reproduzida de Computerworld

Na prática, esses cristais nos permitiriam medir tempo e distâncias com extrema precisão. Também poderiam revolucionar a tecnologia quântica, as telecomunicações, a mineração e até a compreensão do universo. Mas, por hora, com o que se tem até agora, só se pode mostrar o potencial do material do que sua aplicação. No mais, vamos ter calma e ver o que o futuro nos aguarda!


Fontes: Terra, UOL, Época Negócios, Olhar Digital.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Certamente você já ouviu falar da escrita Braile. Trata-se de um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. Dito isto, cada vez mais a sociedade se conscientiza de que TODAS as pessoas merecem o mesmo respeito e as mesmas oportunidades. Em diversos espaços públicos, especialmente de grandes cidades, já é possível ver placas indicativas escritas também em braile. E o mesmo também pode ser observado em edifícios, públicos e privados, como indicadores do início e fim de escadas, ou do andar em que a pessoa está. Para isso, são colocadas placas em braile no corrimão da escada – como nas imagens a seguir!

corrimãos e escadas
Imagem reproduzida de Soluciona Síndico
corrimãos e escadas
Imagem reproduzida de Mover Acessibilidade

Pontos turísticos mais acessíveis

Dar a uma pessoa a autonomia de se locomover em segurança faz parte do processo de inclusão, inclusive quando falamos em proporcionar-lhes experiências mais prazerosas, como visitar um mirante, por exemplo. Em cidades turísticas, uma pessoa com deficiência visual poderá ter dificuldades em “apreciar a paisagem”. Mesmo usando a imaginação, ela precisará que alguém  narre o que está a sua frente.

Precisamos admitir! Muitos destinos turísticos do Brasil privam seus visitantes deficientes visuais de ter uma experiência completa, pois ainda não estão preparados para receber todos os públicos.

Exemplo de sucesso

Em Nápoles, no sul da Itália, as pessoas com deficiência visual foram incluídas no plano de turismo. No Castelo de Santo Elmo, fortaleza da Idade Média situada no topo de uma colina, foi instalado um corrimão metálico com inscrições em Braile.

corrimãos e escadas
Imagem reproduzida de Razões para Acreditar

Esse trabalho, chamado “Follow the Shape”, foi um trabalho realizado pelo italiano Paolo Puddu, da Academia de Belas Artes de Nápoles. O artista aproveitou a visão de 360 graus oferecida pelo mirante, onde se pode observar toda a cidade e seu entorno. Ele ajudou a planejar um sistema de “legenda” para descrever a paisagem. E deixou escrito no corrimão de todos os caminhos e escadarias da Praça das Armas frases do livro “A Terra e o Homem”, lançado em 1919 pelo escritor napolitano Giuseppe De Lorenzo.

corrimãos e escadas
Imagem reproduzida de Razões para Acreditar

Placas em braile

Confira, a seguir, mais exemplos de aplicações de placas com escritos em braile em corrimãos:

corrimãos e escadas
Imagem reproduzida de TOTAL Acessibilidade
corrimãos e escadas
Imagem reproduzida de TB Soluções

Então, o que achou da escrita em Braile em corrimãos! Concorda que esse é um belo exemplo a ser seguido por muitas cidades, no Brasil e no mundo? Escreva nos comentários!


Fontes: Razões para Acreditar, O Globo, Paraíba WEB, Wikipedia.

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Engenharia 360

Redação 360

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Uma equipe de engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu um novo dispositivo para dispositivos portáteis capaz de completar tarefas computacionais tão complexas que hoje apenas supercomputadores dão conta. Batizado de “cérebro-no-chip”, a tecnologia é formada por dezenas de milhares de sinapses cerebrais artificiais chamadas de ‘memristors’.

Hoje a Inteligência Artificial existe como um software, em forma de programa. Com instrumentos como o “cérebro-no-chip” seria possível transformar esse tipo de tecnologia em hardware para Sistemas de Inteligência Artificial Portáteis.

O desenvolvimento e teste do chip

Os pesquisadores do MIT utilizaram uma liga de prata e cobre sobre silício para construir os ‘memristors’. Essa composição permite que o chip grave imagens com grande nível de detalhes e às acesse quando for desejado, praticamente “lembrando” dos objetos.

Nos testes, o chip surpreendeu os desenvolvedores. Primeiro conseguiu lembrar e recriar uma imagem do escudo do Capitão América, personagem das histórias em quadrinho. Em um segundo teste, a Corte Killian, do MIT, foi borrada e desfocada pelo chip que, posteriormente, corrigiu a imagem. Esse processo foi realizado diversas vezes e as imagens eram ‘lembradas’ cada vez com mais quantidade de detalhes.

sinapses cerebrais artificiais em um único chip
Imagem reproduzida de Fcb981via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Tecnologia_de_
Massachusetts#/media/Ficheiro:MIT_Dome_night1_Edit.jpg

As possíveis aplicações para o futuro

Para Jeehwan Kim, professor de Engenharia Mecânica no MIT, o futuro começa agora!

“(…) imagine conectar esse tipo de dispositivo (chip) em uma câmera no seu carro; e, assim, reconhecer semáforos e objetos e tomar uma decisão imediatamente, sem conectar na internet”,

“(…) esse dispositivo trará diversos avanços em dispositivos portáteis de inteligência artificial”

– acrescentou Kim, em artigo na Revista Nature.


Fontes: Nature.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Quando ouvimos falar de um “robô”, geralmente nos vem à cabeça a imagem de um mecanismo capaz de agir de maneira automática numa dada função para a qual ele foi programado, como os robôs feitos para as linhas de produção de fábricas, por exemplo. Mas e quando nos falam sobre um robô “vivo”?

A experiência com células embrionárias

Imagino que você também pensou em um humanoide, ou seja, um ser que tem aparência semelhante a um humano ou que lembra um humano, mas que não é um ser humano. Exato, alguns até são fabricados com matéria orgânica sintética para terem uma aparência mais “tipo vivo”. Porém, ainda assim, são “programáveis” através de sistema computadorizado.

Agora os cientistas deram um passo além e criaram um robô “vivo” usando células-tronco de um ser realmente vivo. O material usado foi de um sapo da espécie Xenopus laevis.Eles utilizaram suas células embrionárias e as reprogramaram de forma diferente da original, criando um “organismo”. E o mesmo foi chamado de “Xenobot” – termo junção de ‘xeno’, por causa do anfíbio doador das células, e ‘bot’, que, na tradução, significa ‘robô’. 

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Imagem reproduzida de G1 – Globo

Resultados

Usando um microscópio, os cientistas conseguiram separar as células-tronco embrionárias do pequeno sapo. Também incubá-las e uni-las novamente no formato desejado, partindo de células de pele e de músculos cardíacos para produzirem tecidos originais. E, quando reunidas na forma desejada, as células começaram a trabalhar sozinhas.

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Imagem reproduzida de Newshub

As células de pele e de coração, uma vez unidas, foram combinadas com robótica. Então, se fez uma espécie de “cérebro” programado em computador, resultando em um robô capaz de se movimentar por conta própria. Foi usado também um supercomputador para desenvolver e programar o “novo organismo”, através de um “algoritmo evolutivo” e outros métodos científicos mais avançados. 

animais
Imagem reproduzida de G1 – Globo

Impressões

Esta experiência com o robô foi realizada por pesquisadores da Universidade de Vermont, localizada no Estado de Vermont, e da Universidade Tufts, instituição privada localizada no Estado de Massachusetts, ambas nos EUA. Segundo Joshua Bongard, cientista de computação e especialista em robótica da Universidade de Vermont, “Eles (os Xenobots) não são (como) um robô tradicional e nem uma espécie conhecida de animal”, “É uma nova classe de artefato: um organismo vivo e programável.”.

Para entender melhor, os Xenobots têm o formato de bolhas de cerca de um milímetro de largura, e são capazes de caminhar, nadar, trabalhar em cooperação; e, com a capacidade regenerativa, até curar a si mesmos quando sofrerem algum ferimento. Já seus movimentos são criados através de pulsos gerados pelo tecido muscular do coração.

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Imagem reproduzida de Mundo Conectado

Aplicações

A saber, os cientistas pretendem utilizar os Xenobots no futuro para:

  • transportar medicamentos pela corrente sanguínea,
  • desobstruir artérias,
  • coletar partículas de plásticos em suspensão nos oceanos, e
  • reparar derramamentos tóxicos ou contaminação radioativa.

Claro que, apesar dos “possíveis” benefícios da utilização deste robô “vivo”, na Ciência e até mesmo na Medicina, sempre há a preocupação do experimento sair do controle. Sabe-se que, enquanto os pesquisadores trabalham a ideia, não se consegue entender bem ainda se as futuras consequências serão totalmente benéficas, ou não.  Enfim, para se ter total controle da nova tecnologia, é exigido pelo meio acadêmico que se realizem muitos outros estudos e muitas outras experiências.

Veja Também: Robô cirúrgico de última geração chega ao Brasil


Fontes: G1, Mundo Conectado, Tecmundo, Universo Racionalista.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

E lá vamos nós, amantes de filmes de ficção científica, ver mais um eVTOL (veículo elétrico de decolagem e aterrissagem vertical). Desta vez é o ALI Technologies Xturismo, veículo desenvolvido pela ALI Technologies, pequena empresa fundada em 2016 por um grupo de estudantes da Universidade de Tóquio. A empresa sempre desenvolveu as suas próprias tecnologias avançadas, como drones e AI (inteligência artificial). Agora, traz mais essa incrível novidade! Saiba tudo no texto a seguir!

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Imagem reproduzida de SHOUTS

As principais características desta moto voadora

O ALI Technologies Xturismo possui sistema de propulsão híbrido, que utiliza tanto eletricidade quanto gasolina. Ele conta com 2 motores equipados com hélices de 3 pás, além de 4 motores elétricos auxiliares usados para propulsão e direcionamento. Seu sistema de estabilização é autônomo; resumindo, o piloto só precisaria apenas pilotar, simples assim. Hoje, a velocidade alcançada seria de, no máximo, 200 Km/h, a uma altura de 50 cm do solo e com autonomia de voo esperada de 3 horas. Contudo, a empresa disse que já estuda a ampliação da altitude de voo.

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Imagem reproduzida de UOL

O planejamento para lançamento do produto

Para tornar possível que, no futuro, seja comum a utilização de moto voadora nas áreas urbanas das cidades, é necessário que mais empresas se interessem na produção dessas aeronaves. Também que exista algum tipo de controle dessas aeronaves. E que se estabeleça uma regulamentação de rotas aéreas para que não ocorram acidentes.

Pensando nisso, a empresa ALI Technologies está desenvolvendo drones e aeronaves com sistemas de localização e mapeamento de rotas aéreas que permitiriam que as aeronaves voem com segurança em voos urbanos de baixa altitude. Inclusive, a própria ALI Technologies Xturismo terá também vários sensores para controle da estabilidade no ar.

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Imagem reproduzida de Storm Informática

A empresa planeja ter seu veículo ALI Technologies Xturismo licenciado no Japão até 2023 para voar em estradas e no espaço aéreo urbano. A partir disso, será possível voar com a aeronave em estradas, campos abertos, pântanos,  lagos, desertos e outras áreas perfeitas para um veículo do tipo exclusivamente esportivo voar. Infelizmente, a estimativa inicial de preço do veículo é de 300 a 500 mil dólares (mais de 2.600mi de reais), podendo baixar, na melhor das hipóteses, para o patamar de 80 a 120 mil dólares (um pouco menos de 700 mil reais), assim que aumentar a produção.

Veja Também: Conheça a incrível moto voadora testada pela Polícia de Dubai


Fontes: UOL, EVTOL NEWS, ALI.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Como nós, do Engenharia 360, já dissemos em outra oportunidade, a forma como utilizamos a Internet vai sofrer, em breve, uma transformação que jamais poderíamos ter imaginado anos atrás. Inúmeras aplicações devem surgir e as experiências que já temos serão aprimoradas! E, neste post, iremos discutir: “O que irá mudar através do 5G?”; “Como isso irá impactar na vida de cada um de nós?”; “O que podemos esperar e em quais aspectos devemos estar preparados para estas mudanças?”.

Antes de tudo, podemos dividir as aplicações em três grandes grupos:

  1. eMBB (Enhanced Mobile Broadband – Banda larga móvel aprimorada).
  2. mMTC (Massive Machine Type Communications – Comunicação massiva de máquinas).
  3. URLLC (Ultra Reliable Low Latency Communications).
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Imagem reproduzida de eldorado.org.br

Veja Também: 5G para leigos: saiba TUDO sobre esta tecnologia que irá expandir a Internet das Coisas

Uma vida mais conectada

A banda larga móvel aprimorada eMBB terá como foco: dispositivos móveis com ultra velocidade e ampla cobertura. Isso quer dizer que os jogos em telefones não vão mais travar como acontece no 4G. A experiência com streaming de músicas e vídeos serão como nunca vistas. E não será preciso mais esperar um longo tempo para conseguir assistir sua série ou ouvir o álbum do seu artista favorito.

Mais outro ponto que vai chegar com tudo será a realidade aumentada – a estabilidade de comunicação e as altas taxas de dados (quantidade de bits por unidade de tempo) transferidas vão deixar a experiência do usuário mais real e emocionante.

Em paralelo a isto, teremos uma quantidade jamais imaginada de dispositivos conectados ao mesmo tempo. Esta parte contempla a mMTC. Ou seja, a vida longa das baterias e as antenas com capacidade de suportar um número maior de objetos conectados irá permitir a tão falada Internet das Coisas (IoT). E, então, as smartcities começam a dar passos largos rumo à sua implementação!

Por fim, com as URLLC, teremos finalmente o futuro que víamos em filmes de ficção, em que carros autônomos tomam as ruas das cidades e a Medicina salva vidas com as cirurgias remotas – e tudo isso graças a confiabilidade da rede e a baixa latência da conexão

5G nas tarefas diárias

Porém, o 5G irá mudar muito mais que as áreas que já trabalham em torno da tecnologia. Nossas vidas serão impactadas nos mínimos detalhes, desde móveis das casas com objetos inteligentes; geladeiras fazendo compras; banheiras que esquentam a água quando os moradores estão se aproximando da casa; ou aplicativos avisam sobre vazamentos; erros de construção; e mais.

Agronegócio

O agronegócio, um dos mais antigos modelos de trabalho do mundo, já vem se modernizando frente aos avanços tecnológicos que concebemos. Todavia, essa característica irá crescer exponencialmente com a implementação do 5G. Imagine só ter dados em tempo real das condições de solo, umidade, fertilizantes e pragas que acometem o campo! E mais, ter todas as possibilidades de tomada de decisão em tempo recorde!

Recentemente a Vodafone fez uma reportagem sobre a criação de vacas que possuem coleiras conectadas ao 5G, com as quais os nutricionistas e veterinários têm informações em tempo real sobre a alimentação e comportamento dos animais. Além disso, com informações de temperatura e solo, as máquinas de irrigação poderão escolher qual a melhor hora do dia para molhar a plantação, de forma que consigam mais aproveitamento e economia. Serão milhares de sensores conectados à rede enviando e recebendo informações, tomando decisões e alimentando o banco de dados.

Construção Civil

A construção civil também irá aproveitar o “gancho” da tecnologia 5G para conseguir maior produtividade em suas obras. Para começar, na rápida conferência de materiais que chegam no canteiro; e com a utilização de sensores e drones para verificar possíveis falhas no concreto (utilizando reconhecimento de imagem e sensores de oscilação). Sem dúvidas, a economia será enorme, pois será possível também verificar vazamentos e desperdícios nos imóveis e uma reparação mais precisa. Enfim, os drones terão um alcance muito maior em altitude, mais confiança na conexão e menor tempo de resposta.

Medicina

Mas engana-se quem acredita que somente os setores privados vão recorrer à quinta geração. Essa tecnologia já está, hoje, ajudando na mobilização de combate ao vírus da COVID-19 na China. Por exemplo, a Huawei, maior empresa de telecomunicações da atualidade, instalou no Hospital Wuhan Vulcan uma infraestrutura para que médicos e equipe médica possam ter internet ultra rápida para acesso e coleta a banco de dados. Com as redes 5G, a região, durante o tempo de quarentena, não ficou isolada do mundo, e as consultas e monitoramento de pacientes puderam ser feitas de forma remota.

Gestão urbana

Outros exemplos que devem ser utilizados por órgãos governamentais é o controle de tráfego e a iluminação inteligente para cidades, onde os postes de luz só acendem quando percebem que existem pessoas passando. Na China, smartcities já são uma realidade. Os postes dessas cidades monitoram a qualidade do ar, enviando dados em tempo real para as autoridades, para auxiliar nas tomadas de decisões. Além disso, fazem a verificação das infrações de trânsito, não deixando para trás, é claro, a transmissão do 5G.

Também se tornará comum, em alguns anos, a utilização de reconhecimento facial da população através de câmeras de segurança, com a qual o governo poderá criar um banco de dados. O aeroporto de Pequim é um exemplo. Autoridades locais já não utilizam mais documentos e passagens para os procedimentos de Check-in, todos os trâmites são feitos por reconhecimento facial sendo transmitidos via 5G.

Sistemas de Big Data

Outro campo que será beneficiado é o Big Data. Todos os setores que utilizam dados na tomada de decisões (medicina, finanças, marketing entre outros) terão um número inimaginável de dados para analisar e utilizar em suas estratégias de atuação.

A Ericsson lançou, recentemente, um estudo que estima que até 2023 teremos cerca de um bilhão de conexões 5G com tráfego de 107 exabytes (EB) por mês. Essa quantidade de dados representa todos os assinantes móveis do mundo transmitindo vídeos em full HD por 10 horas.  É muito dado, é muita informação, é muita coisa para fazer com essas informações; para o marketing é um “oceano de possibilidades”!

Design de produtos

Diversas empresas estão desenvolvendo, agora, produtos e soluções baseados nos padrões de consumo de seus clientes. Um exemplo clássico desse modelo de negócios é a Target, que descobriu a gravidez de uma adolescente antes mesmo de sua família apenas analisar o perfil de compras dela. Agora, imaginem todos os seus móveis conectados na internet enviando milhares de dados a cada segundo, sobre o que você gosta de comer, com qual frequência consome, o que assiste e que horas chega em casa. É muita informação! E, com ela, infinitas possibilidades de campanhas de marketing direcionadas e mais precisas, o que irá aumentar – e muito – as chances de sucesso das vendas.


Como vemos, o 5G nem começou e já existem diversos campos a serem explorados. Existem ainda opções que sequer pensamos ainda e vão surgir com o tempo. Profissões que vão surgir e outras que vão deixar de existir em um curto período.

Concluindo, o leque é muito grande, sendo preciso estar atento a todas as mudanças que permeiam essa tecnologia, seja qualquer a área que você se especializou!


Fontes: VodaFone, KR-ASIA.

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Engenharia 360

Daiane J. Silva

Engenheira eletrônica e de telecomunicação formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Feminista, Geek. Fala sobre tecnologia, acessibilidade, empoderamento, educação, negócios e diversidade.

Recentemente, a Volkswagen lançou o VW e-Delivery, o primeiro caminhão 100% elétrico desenvolvido, testado e fabricado no Brasil. A empresa é uma das marcas de fabricantes de automóveis mais preocupadas hoje em dia com a redução do Dióxido de Carbono (CO2). Esse é o gás emitido em abundância pelos veículos movidos à combustão e que causa sérios problemas a saúde do planeta, principalmente através do efeito estufa. Saiba mais no texto a seguir!

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Imagem reproduzida de Auto Papo – UOL

A venda de veículos elétricos

O mercado de veículos sustentáveis e ecologicamente “corretos” está crescendo muito em todo o mundo.  O VW e-Delivery promete zero emissões de CO2 e outros poluentes. Por certo, a responsabilidade pelo meio ambiente vai mais além, o usuário do veículo tem que fazer parte do processo também!

Além da redução de poluentes, os veículos movidos à propulsão elétrica garantem a economia de combustíveis fósseis – algo cada vez mais escasso. Um ciclo de testes de 45.000 quilômetros da Volkswagen demonstrou que caminhões a diesel chegam a consumir 10.000 litros de combustível para rodar o mesmo trajeto e emitindo mais de 34 toneladas de CO2. Então, ao todo, foram mais de 400.000 quilômetros de testes, com a participação de cerca de 150 engenheiros e técnicos brasileiros. 

Concluiu-se que, na compra do VW e-Delivery, o usuário poderá optar por serviços próprios para modelos elétricos. Por exemplo, como o e-Fleet (plataforma de tecnologia em gestão de frotas), que permite a gestão e monitoramento da frota em tempo real, disponibilizando informações do veículo e da sua operação. A saber, o serviço pode informar, também, quanto de CO2 o próprio caminhão deixou de emitir!

Antônio Roberto Cortes, CEO da Volkswagem Caminhões e Ônibus, disse que o propósito da empresa é unir o transporte de pessoas e bens ao uso de energias cada vez mais renováveis e limpas. Aliás, o programa ambiental da sua empresa, o Zero Impact Factory, tem como meta a redução do uso de recursos nas fábricas e a neutralidade climática até 2030. Já a meta no Brasil é reduzir o impacto ambiental na produção em 30% até 2025 (com base nos dados de 2010).

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Imagem reproduzida de CBN Curitiba

A fabricação do VW e-Delivery

A fabricação do VW e-Delivery contou com uma automação de 60% na armação da cabine. Também com uma tecnologia de reconhecimento automático, usando um chip embutido para a programação dos robôs. O motor elétrico utilizado é fabricado no Brasil pela Weg. E, por fim, os componentes das baterias são trazidos pela VW Caminhões e finalizados aqui no país pela CALT e pela Moura.

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Imagem reproduzida de Estradão – Estadão
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Imagem reproduzida de Quatro Rodas

As versões do VW e-Delivery

O VW e-Delivery é fabricado em duas versões, uma com 11 e outra com 14 toneladas de peso bruto total. Assim:

  • O VW e-Delivery 11 tem toneladas 4×2; pesa 10.700 kg; e carrega até 6.320 kg de carga útil somada à carroceria.
  • O VW e-Delivery tem 14 toneladas 6×2; pesa 14.300 kg; e, somada à carroceria, carrega até 9.055 kg, sendo a recordista de carga entre os elétricos do Brasil. Ele possui uma suspensão pneumática que permite suspender um dos eixos gerando mais economia no dia a dia. 
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Imagem reproduzida de Quatro Rodas

Os dois modelos vêm com motor síncrono (motor elétrico cuja velocidade de rotação é proporcional à frequência da sua alimentação) e corrente alternada. Isso é colocado na parte traseira do caminhão, alcançando 300 kW – equivalente a 408 cv – e com torque imediato de 219 kgfm. Além do mais, permite que o veículo arranque de forma tranquila e que tenha 96% de eficiência energética.

Uma das vantagens do uso de motor elétrico é escapar das restrições de rodagem de caminhões, que já está valendo em muitas cidades do país devido aos níveis de poluição gerados pelos motores a combustão. Fora que o motor do VW e-Delivery é bem mais silencioso, ideal para trabalhos noturnos e também diurnos, onde os ruídos são indesejáveis ou proibidos.

As baterias do VW e-Delivery

O usuário poderá adquirir o VW e-Delivery equipado com um conjunto de baterias de 600 V, com três ou seis módulos. Dependendo da autonomia necessária e a recarga de 80%, poderá ser realizada em até 45 minutos em uma conexão de recarga de alta capacidade. E ainda é preciso ressaltar que as baterias desses veículos são de íon lítio e têm autonomia de até 250 quilômetros. Detalhando melhor, sempre que o motorista pisar no freio, ou quando ocorrer uma desaceleração, as baterias serão recarregadas automaticamente. 

Observação: a Volkswagen também deve oferecer ao usuário uma consultoria para adequação e customização da infraestrutura elétrica; e dimensionamento do sistema que será utilizado para o recarregamento do VW e-Delivery.

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Imagem reproduzida de SEGS

Assim que o motor é acionado, a bateria recebe o comando da central de controle e compartilha com o sistema de gerenciamento (responsável por acionar o inversor de tração do motor elétrico). A força do motor é enviada ao cardan, que a distribui para o eixo trativo do VW e-Delivery. E, sem uso de transmissão, as rodas giram com a força do motor.

São outros sistemas elétricos e eletrônicos do veículo: de ar-condicionado, multimídia e tomadas de força, que também são acionados pela bateria que fica posicionada no centro do chassi.

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Imagem reproduzida de BLOG DA DISCASA
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Eixo Trativo – Imagem reproduzida de Meritor Brasil

O VW e-Delivery no mercado brasileiro

A Volkswagem está apostando na boa aceitação do VW e- Delivery no mercado brasileiro, já que alguns frentistas anunciaram suas compras. Empresas, principalmente do ramo alimentício, como, por exemplo, a distribuidora de bebidas Coca-Cola FEMSA Brasil, o frigorífico JBS e a Ambev estão interessadas nas vantagens de investir na renovação de suas frotas por veículos movidos a bateria, tornando-se clientes da VWCO. O preço do produto ainda é alto – 2,5 a três vezes mais do que o modelo diesel -, e varia conforme as configurações e autonomia. Mas a tendência é uma queda nos preços com o aumento da produção; a manutenção mais simples, com menor desgaste natural, também reflete no momento da decisão pela compra.

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Imagem reproduzida de Auto Indústria
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Imagem reproduzida de Estradão – Estadão

Veja Também: Veículos elétricos em um mundo pós-pandemia


Fontes: Revista Exame, Canal Solar, Auto Esporte, SEGS, Quatro Rodas, Auto Data.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nas últimas décadas, a indústria cinematográfica apresentou vários filmes diferentes com histórias onde os protagonistas eram robôs parecidos com humanos. Para alguns, essa ideia assusta; já para outros, encanta! É fascinante mesmo pensar que robôs possam fazer parte das nossas vidas, nos auxiliando nas tarefas mais complexas. Isso não é novidade, claro. Já temos conhecimentos de robô atuando em várias áreas da indústria e também dentro de ambientes médicos.

De fato, as possibilidades parecem aumentar a cada dia. As aplicações da robótica estão sendo testadas, neste momento, por várias empresas. E a Inteligência Artificial (AI) está garantindo que este avanço aconteça mais rapidamente do que esperávamos. Dentro de casa, já podemos contar com os pequenos robôs de limpeza, por exemplo. Contudo, será mesmo que, em breve, iremos ter o nosso próprio robô humanoide, nos ajudando em tarefas básicas em ambientes simples, como vimos em tantos filmes desde os anos sessenta – afinal, lembra-se dos Jatsons?

Esta semana, tivemos uma agradável surpresa! A montadora Tesla, fruto do trabalho do inovador empresário Elon Musk fez uma apresentação durante um evento sobre AI. Trata-se do Tesla Bot ou Robot, chamado de Optimus, uma espécie de assistente pessoal para ser usado em fábricas, escritórios ou residências. Saiba mais no texto a seguir!

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Imagem reproduzida de TechTudo

Qual o objetivo da Tesla com o lançamento do Optimus?

O que será que as pessoas da Tesla têm em mente desta vez? Consegue imaginar? Bem, estamos acostumados a ouvir notícias sobre suas conquistas na área aeroespacial e de comunicações, com a SpaceX. Mas o que nos foi apresentado agora é um robô humanoide capaz de realizar tarefas cotidianas no lugar de humanos. Por exemplo, carregar mercadorias em uma fábrica ou aspirar autonomamente uma casa; “tarefas chatas, repetitivas ou perigosas”, como trabalhos de esforço manual repetitivo; ou ir às compras na mercearia próxima.

“O que estamos tentando fazer aqui na Tesla é criar uma IA útil, que as pessoas amem e que seja inequivocamente boa.”,

“Você pode falar com ele e dizer ‘por favor, pegue esse parafuso e prenda-o a um carro com essa chave’, e ele deve ser capaz de fazer isso.”,

“‘Por favor, vá até a loja e compre os seguintes mantimentos.’ Esse tipo de coisa. Acho que podemos fazer isso.”

– Elon Musk, em reportagem de CNN.

Na verdade, pode ser que Musk esteja tentando que a Tesla seja mais que uma empresa de carros elétricos. E quando questionado pela imprensa sobre as suas intenções de usar o Robot Optimus em parte de seus negócios, ele respondeu: “Eu simplesmente não vejo como reproduzir, começando com um supercarro e entrando no segmento inferior do mercado.”, “Como você faz isso por um humanoide robô?”, “Bem, acho que você apenas terá que ver.”.

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Imagem reproduzida de New Scientist

Quais as características de design do robô da Tesla?

Será mesmo que o Tesla Bot existe? Bem, porque, na verdade, tudo o que a mídia republicou foram imagens renderizadas do robô, acompanhadas de especificações técnicas. E dizem que talvez isso nem mesmo corresponda ao visual final do mesmo.

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Imagem reproduzida de Replicario

Mais detalhes técnicos

Por hora, tudo o que sabemos é que o tal Robot terá 1,72 m de altura e 55 kg. Que se projeta que ele irá conseguir carregar 45 libras – ou um terço do próprio peso – e se mover a uma velocidade de 5 milhas por hora. No seu rosto haverá uma tela embutida exibindo informações que facilitem a configuração por humanos. E nas mãos – lembrando aos humanos, com cinco dedos – 40 atuadores eletromecânicos, motorzinhos elétricos para se movimentar.

De acordo com a Tesla, é possível que Optimus usará o mesmo chip de computador e navegará com oito câmeras para navegação autônoma, não diferente dos veículos da própria empresa. Além disso, sensores que alimentam uma rede neural estão sempre em desenvolvimento.

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Imagem reproduzida de Planet Concerns
https://www.instagram.com/p/CSy3Lc4I6_T/

Quais os resultados obtidos nos primeiros testes?

Talvez, por todos os questionamentos que Elon Musk levantou nos últimos anos, sobre os riscos da Inteligência Artificial, é normal que o público esteja curioso sobre o robô da Tesla. E mais, sobre a opinião de Musk sobre os eventuais perigos de construir um robô humanoide aparentemente bastante inteligente.

Na verdade, não tivemos resposta até agora. Isso porque Optimus simplesmente parece não existir ainda. Durante a apresentação, uma pessoa vestida de robô subiu ao lado de Musk para demonstrar algumas danças. E também não foi feita nenhuma previsão de lançamento ou mesmo exibição prática do projeto.

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Imagem reproduzida de InsideEVs

Veja Também: Robô cirúrgico de última geração chega ao Brasil


Fontes: CNN, G1, Tecmundo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Acredite! Depois que Cristóvão Colombo chegou à América, em 1492, o Haiti se tornou o primeiro país do continente a conquistar a sua independência e a primeira república a ser liderada por negros, quando derrubou o domínio francês no começo do século XIX. Portanto, é uma terra de muitas histórias de sacrifícios, mas bonitas também. Infelizmente, o sofrimento chegou em diversos momentos para esse povo.

O Haiti foi invadido diversas vezes e sofreu intervenção dos EUA no século XX. Além disso, tem um longo histórico de ditadores, como François “Papa Doc” Duvalier e seu filho, Jean-Claude “Baby Doc”. A primeira eleição livre do país só ocorreu em 1990, mas o eleito, Jean-Bertrand Aristide, foi deposto por um golpe no ano seguinte. Depois disso, o país empobreceu mais ainda. Hoje enfrenta infraestrutura e economia enfraquecidas. E para completar, está constantemente sob ameaça de terremotos e furacões.

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Imagem reproduzida de RFI

Os últimos acontecimentos no Haiti

Terremotos

Terremotos são recorrentes no território do Haiti – há registros de 1887, 1842, 1770 e 1751. Isso porque existe uma falha geológica na linha leste-oeste – zona de falha Enriquillo-Plantain Garden -, e o país se encontra na convergência de duas placas tectônicas, a placa do Caribe e a placa da América do Norte, que se movem cerca de um quarto de polegada por ano.

Em 2010, o Haiti foi atingido por um grande sismo, que deixou 300.000 mortos. Em 2016, passou pelo país o furacão Matthew, que matou mais de 850 pessoas e deixou dezenas de milhares de desabrigados. Agora, em 2021, a região sul sentiu um tremor de magnitude 7,2 – considerado um dos dez mais letais dos últimos 25 anos. Seu epicentro foi a 10 quilômetros de profundidade no mar, por isso também foi necessário fazer o alerta de um possível tsunami. Nesta ocasião, centenas de pessoas morreram, embora as autoridades temiam por um número mais alto de vítimas, já que há centenas de desaparecidos.

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Imagem reproduzida de Agência Brasil – EBC
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Imagem reproduzida de VEJA

Conflitos

Milhares de pessoas tiveram que sair de suas casas. Mas não foi só devido aos últimos acontecimentos. É que, desde o ano passado, a capital, Porto Príncipe, e cidades do entorno sofrem com confrontos entre gangues. Os rivais tentam controlar as regiões mais populosas da cidade, como Martissant, Cité-Soleil e Bel Air. E, enquanto todos tentavam enfrentar a Covid-19, seu então presidente, Jovenel Moise, foi assassinado.

Ciclone

Agora, o golpe final. Chegou no Haiti, nesta última semana, a tempestade tropical Grace, que se formou na região leste do Caribe carregando chuvas fortes e provocando enchentes e deslizamentos. É muita, muita, muita tristeza para o povo haitiano!

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Imagem reproduzida de REUTERS

Consequências na infraestrutura do país

De fato, o Haiti precisa, hoje, de muita assistência humanitária. Infelizmente, todos os esforços para reconstruir sua infraestrutura, depois do ocorrido em 2010, foram prejudicados por um sistema de ajuda internacional ineficiente, por corrupção e turbulência política, segundo os especialistas. E é óbvio que o que houve entre 2020 e 2021 só piorou demais a situação que já estava complicada!

Arquitetura

Foi noticiado recentemente pela mídia que cidades como Jérémie e Los Cayos tiveram o colapso de construções. E nestas e em muitas outras localidades, os habitantes viram suas moradias desmoronarem. Mas a maior perda para o patrimônio arquitetônico do país foi os estragos irreparáveis na Igreja dos Anjos, a 200 quilômetros a oeste de Porto Príncipe. E também os consecutivos impactos – em 2010 e 2021 – sobre a catedral de Nossa Senhora de Assunção, em Porto Príncipe. A construção foi erguida entre 1884 e 1914, e se tornou a catedral da Arquidiocese. E antes da sua destruição, a cúpula da torre norte servia como o farol frontal de um par que guiava navegantes para o porto local.

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Imagem reproduzida de Vatican News
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Imagem reproduzida de UOL

Urbanismo

Nem precisamos dizer que o sistema urbano do Haiti está um verdadeiro caos neste momento. Várias estradas do país ficaram totalmente comprometidas. Vias das cidades também foram obstruídas devido ao grande terremoto, tremores secundários e deslizamentos de terra. Igrejas, hotéis, hospitais, escolas e prisões foram danificados. Plataformas de trens também ficaram comprometidas. E muitas pessoas dormem ao ar livre nas últimas semanas, aguardando ajuda do governo haitiano.

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Imagem reproduzida de Terra
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Imagem reproduzida de RFI

O Chandler do Haiti disse para a mídia nesta semana que está trabalhando com países doadores para garantir que as necessidades básicas de emergência dos haitianos afetados pelo terremoto sejam atendidas. Mas vamos rezar para que as ajudas aumentem e cheguem mais rápido ao país!


Fontes: G1, CNN, Exame, El País.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Eberick é mais uma boa ferramenta para visualização de projetos de Engenharia. Especialmente a edição de 2021 traz recursos bem inovadores! A ideia de sua desenvolvedora é, realmente, ampliar a forma como os profissionais elaboram e entregam os seus trabalhos. E, por fim, propõe uma experiência imersiva para os seus clientes com o recurso de realidade aumentada, visualização tridimensional das armaduras e alta performance para estruturas de todos os portes. Saiba mais no texto a seguir!

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Imagem reproduzida de Leiaut Carielo

Um software para projetos estruturais

O programa Eberick da AltoQI é, hoje, bastante popular entre aqueles que trabalham com cálculo de estruturas em Engenharia e Arquitetura – por exemplo, elementos de concreto armado moldado in-loco, pré-moldados, alvenaria estrutural e estruturas híbridas. Em uma única plataforma, é possível realizar:

  • modelagens de desenhos,
  • análises dos elementos – separada ou unificada,
  • teste de forças de túnel de vento,
  • teste de esforços horizontais,
  • verificação de colisões,
  • dimensionamento de elementos,
  • inclusão de quantitativos,
  • detalhamento completos de estruturas,
  • visualização e exportação 3D com realidade aumentada, e
  • geração de vários relatórios.
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Imagem reproduzida de Leiaut Carielo

Ou seja, o profissional elaborar todas as etapas de um projeto, da concepção estrutural até a entrega dos documentos. E tudo isso se valendo da Inteligência BIM, é claro, para um detalhamento da mais alta qualidade! Fora que a própria ferramenta oferece opções para adequar e refinar os desenhos gerados às preferências de cada usuário.

Conheça o ‘Projete Fácil BIM’ – uma realização Engenharia 360! Aproveite para aprender BIM e faça projetos de Engenharia até 70% mais rápido! São 15 aulas distribuídas em 2 módulos. Confira!

Um programa colaborativo, integrado e imersivo

A proposta do Eberick é realmente única! Imagina você poder visualizar rapidamente um projeto de Engenharia e Arquitetura e em realidade aumentada, com um 3D inteligente, mais realista e de alta performance para estruturas de todos os portes! Ou mais ainda, poder oferecer isso a um cliente, se trabalha na área! Incomparável!

Detalhe: esse recurso de 3D pode ser exportado para o aplicativo Augin em smartphone ou tablet, facilitando ainda mais a visualização de projetos!

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Imagem reproduzida de AltoQi Software para Engenharia
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Imagem reproduzida de Eng. HENRIQUE BARSOTINE

São outras características do Eberick

  • lida com a modelagem por meio dos princípios CAD;
  • possui um ambiente de CAD próprio para modelagem de pilares, vigas, lajes, escadas, fundações, reservatórios, muros e elementos de outros materiais;
  • possibilita a aplicação da metodologia BIM para projetos;
  • permite a compatibilização de projetos, através do arquivo IFC para um programa BIM;
  • gera os detalhamentos e demais plantas do projeto com agilidade, clareza e elevada qualidade;
  • permite gerar um documento único com o memorial de cálculo do projeto, contendo os relatórios referentes às análises, obtenção dos esforços, dimensionamentos dos elementos e resumo de materiais da edificação com o quantitativo de materiais e custos; e
  • verifica os elementos para o Estado Limite Último e de Serviço (ELU e ELS), conforme as normas brasileiras.

O Eberick 2021

Já está disponível no mercado o Eberick 2021. Essa nova versão do programa foi pensada para atender a demanda de centenas de projetistas que trabalham com estruturas híbridas de concreto e perfis metálicos. Ou seja, permite dimensionar, em módulo especial, perfis metálicos constituídos de elementos genéricos de aço estrutural, os quais têm se mostrado como uma grande tendência na construção civil. Além disso, é possível incluir no modelo estrutural peças como pilares, vigas e mais de outros materiais, como madeira.


Fontes: Estruturas e BIM, Alto QI.

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