O ser humano aprendeu desde os primórdios de sua existência a dominar, pouco a pouco, a natureza; mas dominou tanto que agora a está destruindo. E sendo muitos recursos do nosso planeta finitos, começa a ficar difícil manter nosso estilo de vida nos mesmos moldes. Hoje, a engenharia já sabe que precisa ser mais ecológica e sustentável, eliminando desperdícios e transformando o que seria descartado em oportunidade de negócio. Um exemplo é o novo conceito de “brechó” de materiais de construção.

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Imagem reproduzida de CuritibaFun

Neste artigo do Engenharia 360, trazemos um exemplo de caso inspirador de economia circular, o projeto “Caçamba do Bem”, de Curitiba, idealizado pela designer de interiores Marília Bender Almeida. O mesmo incentiva usar os resíduos de obras em fonte de renda e, de quebra, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Então, você queria empreender na engenharia? Confira o texto a seguir, aprenda com essa iniciativa e replique as boas ações em seus próprios projetos!

O modelo de sucesso da Caçamba do Bem

A iniciativa Caçamba do Bem surgiu em 2018, após a designer Marília, em sua rotina de trabalho, perceber o grande volume de materiais de construção que eram descartados das obras. Foi aí que ela decidiu que queria criar uma rede de sustentabilidade que pudesse amenizar a situação e beneficiar a comunidade. A ideia era a seguinte: dar um devido destino aos itens que são descartados e submetidos a uma curadoria, como restauração ou reutilização. Os mesmos são comercializados em um bazar, sendo algumas peças doadas para instituições locais.

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Imagem divulgação reproduzida de Banda B
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Imagem divulgação reproduzida de Banda B 2

Sendo assim, podemos dizer que o impacto da Caçamba do Bem vai além do resgate de materiais, promovendo um ciclo de benefícios. A ação cria uma rede de conexões que direciona artigos que iriam para lixões para onde podem ser mais úteis, mesmo que não seja diretamente nos projetos de engenharia. Isso demonstra como a sustentabilidade pode ser uma ferramenta poderosa para gerar impacto social e econômico.

A saber, nesses primeiros anos em prática, o projeto já salvou mais de cinco mil peças do descarte, provando que o que para muitos é um lixo pode ser um ativo valioso para empreendedores visionários.

Lições para empreendedores da engenharia

A história de Marília é mesmo uma ótima lição de empreendedorismo. Ela identificou um problema (descartados de obra com potencial de serem reaproveitados), mas também viu nisso uma oportunidade (fonte de receita e inovação). Claro que isso não vai acabar com o impacto da construção civil de todo o país sobre a natureza, por exemplo. Mas tal prática sustentável abre um leque de oportunidades para a engenharia, como criação de materiais ecológicos e implementação de processos mais eficientes.

É interessante ver como a rede Caçamba do Bem vem prosperando graças à colaboração de doadores, clientes e instituições. Podemos tirar inspiração disso! A engenharia pode sempre se beneficiar de parcerias com empresas de reciclagem, fornecedores de materiais sustentáveis e outros profissionais do setor.

Apoio do SEBRAE

Outra lição ensinada pela designer Marília é a importância do desenvolvimento de habilidades empreendedoras. Em algum momento, ela percebeu que poderia levar seu negócio, a Caçamba do Bem, para um novo patamar, só era preciso aprimorar seus conhecimentos em gestão. Por isso, decidiu fazer parte do programa do Empretec, do SEBRAE (com inspiração na metodologia da ONU), para capacitação de empreendedores, que aborda ainda a transformação pessoal e a identificação de oportunidades e superação de desafios.

Lembrando que a engenharia, assim como qualquer outro setor, exige uma visão estratégica e habilidades de gestão para prosperar.

  • Defina metas claras e trace um plano para alcançá-las.
  • Controle os custos e busque fontes de financiamento para o seu negócio.
  • Divulgue seus produtos e serviços para o público certo.
  • Monte uma equipe qualificada e motivada.

Ideias para empreender com materiais reciclados

  • Brechó de materiais: coleta, tratamento e revenda de materiais descartados por construtoras, lojas e consumidores finais. 
  • Venda de peças customizadas: transformação de materiais descartados em novos produtos exclusivos, como peças de móveis e fechamento de vãos (incluindo vidros para janelas).
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Imagem reproduzida de Tudo já existe
  • Consultoria em sustentabilidade: orientação para profissionais e civis que desejam incorporar materiais reciclados em suas obras, reduzindo custos e impacto ambiental. 
  • Oficinas e cursos: orientando profissionais e entusiastas das engenharias à prática do DIY para reutilização de materiais de construção.
  • Desenvolvimento de novos materiais: pesquisa e desenvolvimento de soluções para construção com reciclados e de baixo impacto ambiental.
  • Criação de plataformas de economia circular: conectando empresas que geram resíduos com aquelas que podem utilizá-los.

Vantagens do empreendedorismo sustentável

Empreender com materiais reciclados pode trazer grandes vantagens. Para começar, há redução nos custos de materiais utilizados nas obras, redução do impacto ambiental e atração de novos clientes, já que o mercado está cada vez mais atento e apostando em soluções ecológicas.

Por outro lado, devemos citar os desafios, que é a logística, coleta e armazenamento desses materiais até que sigam para seu destino; triagem e tratamento das peças; e a própria educação do consumidor, que nem sempre confia 100% no reaproveitamento.

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Imagem divulgação reproduzida de JBA Noticias

Olhando para o futuro, podemos prever algumas novas tendências de construção em alta. Por exemplo, a utilização de componentes pré-fabricados, reduzindo desperdícios e o tempo de construção. Também a impressão 3D de peças personalizadas a partir de materiais reciclados. O uso das IAs para otimização de uso de materiais, redução do consumo de energia e melhora da segurança dos canteiros de obras. E, para finalizar, o surgimento de mais brechós de materiais de construção pelo mundo.

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Fontes: Agência SEBRAE.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A rotina de um engenheiro é notoriamente complexa e exigente. Entre projetos desafiadores, prazos apertados e a necessidade constante de atualização técnica, a gestão eficiente do tempo e das tarefas torna-se crucial. Felizmente, a tecnologia oferece diversas soluções para otimizar essa organização, e neste artigo do Engenharia 360, exploraremos aplicativos que se destacam como ferramentas indispensáveis para profissionais da área. Confira!

A importância da gestão de tempo na engenharia

Antes de mergulharmos nos aplicativos, é fundamental entender por que a gestão de tempo é tão crítica na engenharia. A capacidade de equilibrar múltiplas tarefas, priorizar atividades e cumprir prazos não apenas impacta a produtividade individual, mas também a eficiência de equipes e o sucesso de projetos. Um engenheiro que domina a gestão do tempo é capaz de:

  • Reduzir o estresse: Ao organizar as tarefas e visualizar os prazos, o profissional evita a sensação de sobrecarga e o estresse decorrente da desorganização.
  • Aumentar a produtividade: Com um planejamento adequado, é possível otimizar o tempo dedicado a cada atividade, focando nas tarefas mais importantes e evitando desperdícios.
  • Melhorar a qualidade do trabalho: A gestão do tempo permite que o engenheiro dedique a atenção necessária a cada etapa do projeto, garantindo a qualidade e a precisão do trabalho.
  • Fortalecer a reputação profissional: Profissionais que demonstram organização e pontualidade conquistam a confiança de clientes e colegas, fortalecendo sua reputação no mercado.
aplicativos gestão de tempo e tarefas

Por que usar aplicativos de gestão de tempo?

Os aplicativos de gestão de tempo são ferramentas práticas e acessíveis que facilitam a organização das tarefas e o rastreamento do tempo gasto em cada atividade. Eles oferecem versões gratuitas e são fáceis de instalar, permitindo que você centralize suas tarefas em um único lugar. Além disso, esses aplicativos permitem configurar notificações que lembram prazos e horários, facilitando o cumprimento das obrigações semanais de forma organizada e eficiente.

5 aplicativos para organização de tempo e tarefas

Com base nas necessidades específicas dos profissionais de engenharia, selecionamos 5 aplicativos que se destacam por sua funcionalidade, praticidade e capacidade de otimizar a gestão de tempo e tarefas:

1. Todoist

O Todoist é um aplicativo de gestão de tarefas que permite organizar as atividades em diferentes segmentos, como trabalho e compromissos pessoais. Ele oferece a possibilidade de definir lembretes para não perder prazos e pode ser integrado a outros aplicativos, como o Google Agenda, Trello e Toggl. Essa integração é crucial para manter todas as suas tarefas sincronizadas e atualizadas.

2. Trello

O Trello é uma ferramenta de gestão de tarefas que utiliza o método Kanban para organizar as atividades em diferentes estágios: o que precisa ser feito, o que está em andamento, revisão e o que está pronto. Ele permite delegar tarefas a outras pessoas, definir prazos e receber lembretes. Além disso, o Trello é altamente integrável a outros aplicativos, facilitando o gerenciamento de projetos em equipe.

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3. Notion

O Notion é um aplicativo de anotações que pode ser extremamente útil na gestão de tempo. Com ele, é possível criar páginas interligadas, integrar calendários, tabelas em estilo Kanban e anotações. O Notion também permite definir prazos e lembretes das tarefas, além de criar ambientes para equipes. Sua flexibilidade permite que você organize suas informações de forma personalizada.

4. Toggl

O Toggl é uma ferramenta de gestão de tempo que permite cronometrar cada tarefa e adicionar etiquetas, clientes atendidos e outros recursos para facilitar a identificação do trabalho. Ele oferece a possibilidade de visualizar o tempo de trabalho por tarefa, dia, semana, mês, ano e outros períodos. Além disso, o Toggl inclui a função de timer pomodoro, ajudando a manter o foco nas tarefas.

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5. ClickUp

O ClickUp é uma plataforma de gerenciamento de projetos que inclui um aplicativo de gerenciamento de tempo integrado. Ele permite criar planilhas de horas para coletar e visualizar o tempo rastreado em tarefas e locais, oferecendo uma visão rápida do progresso. O ClickUp também integra-se bem com outros aplicativos, facilitando o faturamento das horas trabalhadas e a gestão de projetos em equipe.

Como ser mais produtivo no dia a dia

A produtividade é um desafio constante para muitos profissionais. No entanto, mesmo em dias difíceis, há técnicas que podem ajudar a evitar a procrastinação. O verdadeiro segredo da produtividade reside na organização do tempo, reforçando a importância do gerenciamento adequado.

Quando você consegue se organizar para cumprir suas obrigações, ao mesmo tempo em que reserva momentos para descansar e desfrutar de lazer, a sensação de produtividade e motivação se intensifica ao longo da semana. Implementar estratégias eficazes de gestão do tempo é essencial para conquistar um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.

aplicativos gestão de tempo e tarefas

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Fontes: Clickup, Afinz Blog.

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Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) está prestes a inaugurar uma nova era na aviação militar. A previsão é que seja desenvolvido o F-47, o primeiro caça de sexta geração tripulado do mundo – que, inclusive, seria surpreendente por sua engenharia, mais avançada, adaptável e… letal, consolidando o país na vanguarda da tecnologia de defesa. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O avanço da defesa militar dos Estados Unidos

Antes de tudo, é importante dizer que o projeto de engenharia do F-47 faz parte do Programa NGAD (Next Generation Air Dominance), focado em responder às ameaças emergentes globais e consolidar o domínio aéreo norte-americano.

Hoje, os Estados Unidos trabalham com caças de quinta geração, como o F-22 Raptor, considerado como uma das aeronaves mais avançadas do mundo. A questão é que o governo Trump quer mais!

caça F-47
Imagem reproduzida de Poder Aéreo

O General David Allvin, chefe atual do Estado-Maior da USAF, disse em entrevista que o F-47 será capaz de superar qualquer adversidade. Ou seja, essa máquina terá um alcance significativamente maior, tecnologia furtiva aprimorada, sistemas avançados para eliminar as maiores ameaças cibernéticas e outras soluções – como de sensores – para enfrentar os adversários mais sofisticados em ambientes contestados.

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As principais inovações de engenharia do F-47

Aqui está uma lista resumida das qualidades de engenharia do futuro F-47:

  • Tecnologia furtiva de última geração: Redução drástica da assinatura radar, com a aeronave sendo quase invisível para sistemas de defesa inimigos.
  • Versatilidade operacional: Potencial para desenvolvimento de variantes adaptadas às necessidades dos teatros de operação.
  • Maior alcance: Superação dos 1.850 quilômetros do F-22, especialmente com adequação para missões no Pacífico.
  • Fusão de sensores em tempo real: Integração avançada de dados para decisões rápidas e precisas em combate.
  • Integração com drones autônomos: Capacidade de operar em esquadrilhas coordenadas, aumentando eficácia em combate.
  • Capacidades cibernéticas avançadas: Incluindo defesas contra ataques eletrônicos e guerra cibernética.
  • Design inovador: “Nariz furtivo”, canopy em formato de bolha, fuselagem achatada, canards e asas com ângulo ascendente.
  • Integração com drones e Inteligência Artificial: Controle e coordenação de drones autônomos, fusão de sensores em tempo real com apoio de IA.

Para que esse plano saia do papel, o governo dos Estados Unidos deve investir mais de US$ 20 bilhões (aproximadamente R$ 120 bilhões). A empresa escolhida para desenvolvê-lo é a Boeing, superando a Lockheed Martin, tradicional fabricante dos caças F-22 e F-35. Até onde se sabe, o Pentágono pretende ter pelo menos 150 unidades prontas até 2032, com as primeiras já incorporadas às suas bases estratégicas entre 2028 e 2030.

caça F-47
Imagem reproduzida de Poder Aéreo

O que esperar do F-47 no campo de batalha

É claro que a afirmação de Trump e o desenvolvimento do F-47 fazem parte de uma resposta que os Estados Unidos tentam dar ao crescimento militar de potências como China e Rússia. O Pentágono inclusive afirma que tal engenharia seria uma garantia necessária para de segurança nacional. Mas, como pouco se compartilhou sobre o projeto, muitos questionam sua capacidade. Será que esse caça se tornará a maior potência militar aérea do planeta? Esperamos que suas capacidades não precisem ser testadas!

“(…) os inimigos da América nunca o verão chegando.” – declaração do presidente Donald Trump.

caça F-47
Imagem reproduzida de Poder Aéreo

Fontes: G1, Canal Tech, Poder Aéreo.

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Engenharia 360

Redação 360

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A geopolítica sempre moldou a história da humanidade, mas agora seu campo de batalha se expande para o cosmos. Com o avanço da tecnologia e a corrida espacial entre Estados Unidos, China e Rússia, um novo conceito ganha força: a astropolítica. Este termo define a disputa pelo domínio do espaço, abrangendo desde a exploração de minerais espaciais até o controle de satélites militares. Mas quais são os impactos dessa nova corrida espacial para a engenharia? Confira no artigo a seguir, do Engenharia 360!

A história da conquista espacial e a engenharia

Desde a Revolução Copernicana, que mudou nossa compreensão do universo, até o lançamento do Sputnik 1 em 1957, a engenharia tem sido a força motriz da exploração espacial. Cada avanço, desde o telescópio de Galileu até a Estação Espacial Internacional, é um testemunho do poder da engenharia em expandir os limites do conhecimento humano.

O Tratado do Espaço Sideral de 1967, negociado durante a Guerra Fria, estabeleceu princípios para a exploração pacífica do espaço. No entanto, com a crescente competição e os avanços tecnológicos, a necessidade de uma governança mais robusta se torna evidente. A engenharia desempenha um papel crucial na criação de tecnologias que permitam a exploração sustentável e equitativa do espaço.

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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Corrida espacial moderna

A astropolítica é impulsionada pelos interesses estratégicos e econômicos de nações como EUA, Rússia e China. A busca por recursos espaciais, como minerais na Lua e asteroides, e o controle de tecnologias espaciais, como satélites de comunicação e vigilância, moldam a corrida espacial moderna. A engenharia é fundamental para o desenvolvimento de tecnologias que permitam a exploração e utilização desses recursos.

A Lua como plataforma de expansão espacial

Vale destacar quanto a Lua é vista como um ponto estratégico fundamental para a exploração do sistema solar. Estudos indicam que a sua superfície contém recursos minerais valiosos, como hélio-3 e terras raras, fundamentais para diversas indústrias. A engenharia desempenha um papel crucial na concepção de:

  • Bases lunares habitáveis, com estruturas autônomas e sistemas de suporte à vida;
  • Mineração espacial, utilizando robôs e tecnologia de extração remota;
  • Lançadores orbitais, que reduzirão custos para futuras viagens interplanetárias.
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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

As engenharias mais impactadas pela disputa do espaço

1. Engenharia Aeroespacial

O avanço da astropolítica depende diretamente da Engenharia Aeroespacial. A corrida pelo domínio do espaço está impulsionando o desenvolvimento de foguetes reutilizáveis, novos combustíveis espaciais e sistemas de propulsão avançados. Empresas como SpaceX, Blue Origin e Roscosmos (Corporação Estatal de Atividades Espaciais da Federação Russa) estão investindo bilhões na criação de espaçonaves mais eficientes e econômicas, permitindo missões mais longas e sustentáveis.

Outro ponto crucial é a construção de bases na Lua e Marte. O desenvolvimento de materiais resistentes às condições extremas do espaço é uma área de pesquisa intensa. A engenharia de materiais trabalha para criar estruturas leves e altamente duráveis, enquanto a impressão 3D espacial pode permitir a fabricação de equipamentos diretamente no espaço, reduzindo custos e aumentando a eficiência das missões.

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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

2. Engenharia de Mineração

A exploração mineral extraterrestre é um dos setores mais promissores dentro da astropolítica. Asteroides e a Lua contêm vastas quantidades de metais raros e elementos preciosos, como platina e ouro, que podem transformar a indústria mundial. Neste contexto, a Engenharia de Mineração está desenvolvendo novas tecnologias para extrair esses materiais de forma eficiente e segura, abrindo caminho para uma nova revolução econômica global.

3. Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações

Os satélites são elementos essenciais na disputa astropolítica. Eles desempenham um papel crítico em comunicações, navegação, meteorologia e vigilância militar. A Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações estão na linha de frente do desenvolvimento desses dispositivos, criando sistemas mais resistentes a ataques cibernéticos e impactos de detritos espaciais.

A militarização do espaço também está em ascensão. Os três principais protagonistas da astropolítica – EUA, China e Rússia – já possuem suas respectivas “Forças Espaciais” para proteger seus interesses. A engenharia de defesa e segurança trabalha no desenvolvimento de armas de energia direcionada, sistemas de interceptação de satélites e estratégias para evitar guerras no espaço.

4. Engenharia Ambiental

Com o aumento da atividade humana no espaço, surge um grande desafio: a geração de lixo espacial. A Engenharia Ambiental está desenvolvendo soluções para mitigar esse problema, como espaçonaves recicláveis, sistemas de coleta de detritos espaciais e políticas para um uso mais responsável do espaço.

Além disso, a sustentabilidade também se torna um fator crucial na construção de bases extraterrestres. Tecnologias de reciclagem de água e oxigênio, bem como a produção de alimentos no espaço, estão sendo pesquisadas para garantir a sobrevivência humana em ambientes extremos.

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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

O futuro da engenharia com a astropolítica

Concluímos este artigo dizendo que a astropolítica está redefinindo os rumos da engenharia em diversas áreas. Seja na mineração de asteroides, na construção de bases extraterrestres ou na segurança dos satélites, a engenharia desempenha um papel fundamental nessa nova era da exploração espacial. Com a corrida entre EUA, China e Rússia se intensificando, a necessidade de avanços tecnológicos será cada vez maior, impulsionando a humanidade a ultrapassar limites nunca antes imaginados.

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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Veja Também: Navios quebra-gelo, Groenlândia e o governo Trump


Fontes: NeoFeed, Canal Ciência.

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Engenharia 360

Redação 360

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Aposto que você não sabe, mas a empresa-mãe da Google chama-se Alphabet; e essa empresa está trabalhando hoje para bater de frente e desafiar a Starlink, de Elon Musk. Ela promete transformar a forma como nos comunicamos, provocando uma verdadeira revolução na conectividade global. Como? Através de uma tecnologia inovadora, baseada em Internet a Laser e originária do laboratório de inovação Google X Moonshot.

Recentemente, a companhia anunciou o spin-off da Taara, uma startup que promete levar Internet de alta velocidade a áreas remotas utilizando laser. Mas como isso se dá na prática? O Engenharia 360 explica no texto a seguir!

O nascimento do projeto Taara

Taara é um projeto que nasceu dentro do laboratório de inovação da Alphabet, chamado Google X Moonshot. O mesmo também foi responsável pela criação de outras iniciativas da empresa, como de veículos autônomos (Waymo).

google internet a laser
Imagemd e CC0 Domínio público em PxHere

Inicialmente, o Taara foi desenvolvido como um braço do trabalho do Loon, que se valia de balões para fornecimento de Internet em locais remotos. O Loon foi descontinuado em 2021, devido a desafios regulatórios e operacionais, mas o Taara não. Esse projeto, então, ganhou uma nova abordagem: utilizar feixes de luz de alta velocidade para transmissão de dados, sem a necessidade de infraestrutura física extensiva (cavar valas ou instalar cabos subterrâneos), tornando a conexão mais acessível e eficiente.

Funcionamento da Internet a Laser

O sistema Taara utiliza feixes de luz altamente concentrados para transmissão de dados entre dois pontos. Basicamente, um feixe de luz ultrafino é disparado entre terminais que possuem dimensões semelhantes a um semáforo – podendo o receptor, nesse caso, ter 1,5 polegadas de diâmetro. Aliás, nessas condições, seria possível transmissão de dados de até 20 Gbps em distâncias de até 20 km.

Na prática, o Taara poderia expandir redes de fibra ótica e a baixo custo e tempo de instalação.

google internet a laser
Ilustração reproduzida de Startse

Vantagens competitivas da Taara

Em entrevista, Eric Teller, diretor do Google X Moonshot, destacou as vantagens competitivas do sistema Taara sobre a Starlink. Vamos lá às explicações! Neste momento, a empresa de Elon Musk utiliza satélites (uma constelação) para fornecer Internet diretamente aos seus consumidores, certo? Esses satélites se valem de sinais de rádio, que podem sofrer congestionamento em áreas com muitos usuários.

Por outro lado, a proposta da Google é adotar feixes de laser originados de dispositivos instalados facilmente em postes, fachadas de prédios e troncos de árvores, podendo ser escalada sem a necessidade de lançamento espacial. A solução poderia contar com a parceria de grandes operadoras de telecomunicações. E mais, não precisaria de licitações para aquisição de espectro de radiofrequência, reduzindo burocracias e acelerando o acesso à Internet.

Segundo os desenvolvedores da tecnologia, o sistema Taara permitiria a expansão de cobertura em áreas de difícil acesso e a suplementação de redes congestionadas em áreas urbanas densas.

google internet a laser
Imagem reproduzida de Startse

Perspectivas para o futuro da conectividade

Então, quem leva a melhor: Taara ou Starlink? Pelo jeito, o Taara, da Alphabet/Google. A saber, seu modelo já vem sendo explorado em 12 países ao redor do mundo, incluindo Índia e partes da África. Um dos projetos mais ambiciosos conecta Brazzaville e Kinshasa, no Congo. O sistema também já foi utilizado para reforçar redes móveis durante uma edição do festival Coachella, nos Estados Unidos. No entanto, ainda não há previsão para sua chegada ao Brasil.

O que esperar do futuro? Pois bem, o projeto Taara está investigando neste momento o desenvolvimento de um chip fotônico de silício que pode reduzir a dependência de lentes e espelhos em seus terminais. Isso permitiria a criação de redes LiFi (Internet via luz), que poderiam ser utilizadas em escritórios e ambientes urbanos. Se essa tecnologia for bem-sucedida, pode transformar a maneira como a Internet é distribuída, reduzindo ainda mais custos e aumentando a eficiência.

Veja Também:

O que é Internet Quântica e como funciona?

Li-Fi: Tecnologia que supera Wi-Fi e 5G


Fontes: Poder 360, Forbes, Startse, InfoMoney.

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Engenharia 360

Redação 360

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A tecnologia de displays deu um salto e tanto nos últimos anos, agora atendendo melhor áreas dinâmicas e inovadoras, oferecendo imagens mais nítidas para dispositivos compactos. Inclusive, essas mudanças têm estabelecido um novo padrão de miniaturização e uso de realidade aumentada, sistemas holográficos e fotolitografia avançada.

Inspirados nisso, cientistas da Universidade de Zhejiang e da Universidade de Cambridge, em colaboração, desenvolveram a menor tela de LED (com os menores pixels) do mundo, medindo incríveis 90 nanômetros de largura – o tamanho aproximado de um vírus típico. Você confere mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Menor Tela de LED do Mundo
Imagem reproduzida de Apex News

A tecnologia da menor tela de LED do mundo

Em 1839, o mineralogista alemão Gustav Rose descobriu, em rochas metamórficas nos montes Urais, na Rússia, um mineral natural, de componentes orgânicos, que acabou sendo batizado de perovskita.

As perovskitas são uma classe de materiais que têm sido amplamente estudados e explorados pelos cientistas (de forma inorgânica ou híbrida) por conta de suas propriedades únicas, capazes de manter sua eficiência máxima mesmo em tamanhos extremamente pequenos. Onde as encontramos? Para começar, no manto terrestre – e agora em paineis solares utilizados pela engenharia. Novos estudos apontam que são ideais para a criação de LEDs miniaturizados, que normalmente enfrentam limitações para fabricação.

Explicando melhor, quanto menores forem os pixels, menor geralmente é o brilho e a eficiência dos LEDs que utilizamos hoje. Por isso a tecnologia acaba sendo inviável para aplicações em alta densidade de pixels. Então, qual a solução? Bem, uma alternativa são os semicondutores de perovskita.

LEDs à base de perovskita

LEDs à base de perovskita (PeLEDs) apresentam uma arquitetura inovadora. Eles são compostos de várias camadas de óxido de índio e estanho, transporte de elétrons, perovskita e eletrodos metálicos. E especialmente os LEDs desenvolvidos pelos pesquisadores chineses e ingleses conseguem manter seu brilho e eficiência em tamanhos mínimos, permitindo uma densidade de pixels sem precedentes – aproximadamente 127.000 pixels por polegada (PPI), ou seja, cerca de 240 vezes maior do que a encontrada em smartphones de ponta.

Menor Tela de LED do Mundo
Processos de fabricação de micro-PeLEDs e nano-PeLEDs.
– Imagem de Nature (2025) reproduzida de Tech Xplore

Aplicações futuras para os displays micro-PeLED

É muito importante dizer que, atualmente, os nano-LEDs são monocromáticos. Porém, mesmo assim, têm grande potencial de revolucionar diversos campos tecnológicos. Neste momento, os cientistas estão aprimorando protótipos para displays funcionais de ultra-alta resolução. Vale citar a colaboração feita com a LinkZill, especialista em transistores de película fina (TFT), para criação de um display micro-PeLED de matriz ativa prototípica, capaz de exibir imagens complexas e clipes de vídeos.

A perspectiva é que essas investigações levem a abrir novas fronteiras de inovação, inclusive, como citamos antes, no campo da realidade aumentada, holografia e fotolitografia personalizada, potencialmente reduzindo custos em comparação com os micro-LEDs tradicionais.

Menor Tela de LED do Mundo
Imagem reproduzida de Apex News

Perspectivas futuras para os micros displays de LED

A criação da menor tela de LED do mundo marca um passo significativo rumo à tecnologia de fonte de luz de próxima geração para displays e além. Podemos prever um impulsionamento de inovações em outros segmentos industriais, como dispositivos portáteis.

Antes disso, muitos desafios precisam ser superados pela engenharia, claro. Para que os nano-LEDs deixem de ser monocromáticos, mais pesquisas são necessárias para determinar se tem como se usar perovskitas coloridas e se chegar aos mesmos resultados de desempenho e longevidade dos dispositivos. E tem que ver se vale esse esforço todo.

A própria capacidade do olho humano em discernir nitidez tem um limite, o que significa que pode haver um ponto de retorno na redução do tamanho dos LEDs. Ademais, será que os LEDs coloridos teriam competitividade de mercado com as tecnologias existentes?

Veja Também: Tecnologia de Display LED Rolável para Eventos


Fontes: Tech Xplore, 01Net.

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Estamos diante de uma revolução no mundo da moda – ou melhor, da moda digital; é o começo de uma nova era de roupas inteligentes. Há alguns anos, o designer japonês Kunihiko Morinaga, fundador da marca Anrealage, vem explorando a engenharia de tecidos de maneira inovadora. Por exemplo, em 2013, ele introduziu roupas fotocrômicas, capazes de mudar de cor sob diferentes condições de luz. E agora, em 2025, ele mostra como a própria tecnologia evoluiu.

A última apresentação de sua grife surpreendeu e encantou o público. As peças de roupas pareciam até saídas de um filme de ficção científica, desafiando completamente os limites da moda, da arte e da tecnologia, claro. Confira mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O impacto da tecnologia fotocrômica na indústria fashion

Em 2023, no Théâtre de la Madeleine, em Paris, a marca Anrealage já tinha apresentado peças de roupas em tecidos fotocrômicos. Dessa vez, a tecnologia foi integrada em peles artificiais, veludo, rendas, malhas, cetins e jacquards, criando tons mutáveis de cores, como amarelo, vermelho e roxo. Nunca se viu nada igual!

O público ficou perplexo com o que via diante dos olhos. Sob uma luz ultravioleta, os tecidos passavam de brancos para padrões vibrantes e complexos, incluindo monogramas, listras e bolinhas.

O que isso demonstra? Bem, primeiro, que a criatividade humana não tem limites. Segundo, que, na moda, a interatividade é uma tendência em alta. As pessoas estão aprovando soluções de roupas que reagem de modo específico às condições climáticas e à exposição solar, por exemplo. Elas parecem desejar que a indústria lhes ofereça mais possibilidades de visual para o cotidiano. Então, voilà!

A tendência de moda digital para 2025-2026

Percebe-se facilmente como o conceito de moda digital chegou ao seu ápice na coleção “SCREEN” de outono/inverno 2025-2026 apresentada por Morinaga. Dessa vez, suas roupas funcionam como telas dinâmicas, exibindo padrões coloridos (RGB) e mensagens em tempo real. Inspirado nas estéticas cyberpunk, de “tela negra” como base para projeções, o designer criou peças incorporando painéis de LED e displays LCD flexíveis, permitindo transformações instantâneas.

A ideia é permitir que os trajes possam adquirir inúmeras aparências em questão de segundos, talvez até funcionando como interfaces móveis de comunicação visual. Resumindo, é a moda sendo explorada como meio de expressão mutável, através de vestuário “vivo”, adaptável e infinitamente versátil!

desfile de moda digital
Imagens reproduzidas de Runway Magazines

A combinação de design tradicional e tecnologia de ponta

Morinaga trabalhou por dois anos até conseguir desenvolver seu design de moda digital. Na primeira versão, ele optou por usar as técnicas tradicionais de patchwork e bordado, mas combinadas com uma impressora têxtil. Na segunda versão, em colaboração com a Mplusplus, incorporou milhares de LEDs nos tecidos para jaquetas e capas. Os sapatos utilizados com os looks também foram impressos em 3D – e com materiais sustentáveis.

O clímax do desfile mostrou peças completamente sincronizadas com telas de TV estáticas, barras coloridas e mosaicos digitais.

desfile de moda digital
Imagens reproduzidas de Runway Magazines

O futuro da moda com interatividade e personalização

Hoje vivemos um mundo onde as identidades físicas e digitais se confundem. Então, vem a Anrealage nos oferecer essa nova perspectiva para o futuro da moda. Bye-bye, vestuário tradicional; olá, moda mais interativa e dinâmica!

Ok, tudo bem! Talvez esse novo conceito de moda não se torne dominante no design. No entanto, Kunihiko Morinaga nos mostra que a moda vai além dos tecidos – é um campo fértil para inovações tecnológicas da engenharia. Mais do que isso, ela deve provocar debates essenciais sobre sustentabilidade, arte conceitual e integração com Inteligência Artificial. Afinal, quais surpresas o futuro ainda nos reserva?

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Fontes: Eunway Magazines, Euronews, Stylo Urbano.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Todos os anos, lamentavelmente, ocorrem diversos acidentes aéreos no mundo. Inclusive, só nos três primeiros meses de 2025, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) registrou 21 ocorrências – todas de aeronaves de pequeno porte. E é dever do governo e das companhias fornecer respostas aos familiares das vítimas. Contudo, vale lembrar o quanto a busca por destroços de aviões ou operações de busca e resgate aéreo são complexas.

Considerando tudo isso, um aluno do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) desenvolveu um modelo de uso de Inteligência Artificial com foco na detecção de destroços de aviões, sobretudo em regiões remotas. O objetivo é aumentar a eficiência nas missões da FAB (Força Aérea Brasileira). Confira mais detalhes dessa inovação tecnológica neste artigo do Engenharia 360!

análise ITA destroços de aviões com IA - Inteligência Artificial
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

O estudo revolucionário que une tecnologia e aviação

O estudo intitulado “Detecção de destroços de aeronaves com base em modelos de visão computacional” foi conduzido pelo Major Aviador André Villela Gaspar, aluno do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) do ITA. Ele traz uma nova abordagem para o uso de IA, pensando na identificação de destroços de aviões em diversos biomas brasileiros, com todos os seus grandes desafios geográficos e ambientais.

A proposta foi baseada em um exercício utilizando imagens reais capturadas durante missões do Esquadrão Pelicano, uma unidade especializada da FAB em busca e salvamento. O aluno, junto do seu orientador, Professor Doutor José Alberto Silva de Sá, criou um banco de dados a partir de materiais de descarte, simulando destroços de acidentes. Foi desse jeito que eles conseguiram aprimorar o desempenho de um modelo de IA, adaptando-o assim como o desejado.

análise ITA destroços de aviões com IA - Inteligência Artificial
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

A nova tecnologia de IA para detecção de destroços de aviões

Está curioso para saber como essa tecnologia do ITA funciona? Bem, ela se vale de visão computacional e aprendizado de máquina para realizar processamento de dados. Aliás, esses dados são obtidos pelas imagens captadas durante as operações de busca e salvamento com utilização de drones. O sistema então confere as imagens, identifica padrões que indicam a presença de restos de aeronaves – e isso com muito mais precisão, reduzindo o tempo de respostas e aumentando as chances de sucesso nas missões.

análise ITA destroços de aviões com IA - Inteligência Artificial
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini
análise ITA destroços de aviões com IA - Inteligência Artificial
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

É importante dizer que essa ideia para o setor aéreo é relativamente nova. Isso porque, até agora, neste contexto, a IA só tinha sido explorada para localização de pessoas desaparecidas, não destroços de aviões. E por quê? Porque a quantidade de registros em regiões remotas, onde o acesso é desafiador, por exemplo, costuma ser baixa. Enfim, ganhamos essa chance a mais de salvar vidas, além de otimizar o uso de recursos nas operações da FAB!

O futuro da pesquisa nas operações de busca e operação

Hoje, o Brasil enfrenta muitos desafios no resgate aéreo, como infraestrutura deficiente, terreno difícil, condições climáticas adversas e escassez de registros e dados em áreas inacessíveis. Mas a pesquisa do ITA pode superar parte desses problemas.

Com essa inovação, o país dá um passo tecnológico importante para sua segurança aérea. E é possível que a pesquisa ainda estimule o uso da IA em outras áreas críticas para a engenharia, como detecção de incêndios florestais, monitoramento ambiental e cibernética. Qual a finalidade? Identificar padrões em diferentes contextos, permitindo respostas mais rápidas a situações de emergência – lembrando das trágicas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em 2023 e 2024.

Para finalizar, essa pesquisa do ITA também demonstra a relevância da colaboração entre instituições acadêmicas e a FAB; e reforça como a tecnologia pode ser uma grande aliada na busca por soluções mais ágeis e eficazes para desafios reais.

Veja Também: Operação Potiguar da FAB para Lançamento de foguetes


Fontes: Força Aérea, Click Petróleo e Gás.

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A Inteligência Artificial (IA) tem se infiltrado em praticamente todos os setores da economia, e a engenharia não é exceção. A crescente capacidade das máquinas de realizar tarefas complexas levanta uma questão crucial: qual será o futuro dos profissionais de engenharia? Bill Gates, um dos maiores visionários da tecnologia, oferece uma perspectiva instigante sobre essa questão, destacando áreas que, segundo ele, permanecerão cruciais mesmo com o avanço da automação. O Engenharia 360 te conta mais no artigo a seguir!

As consequências da revolução da IA na engenharia

A IA já está transformando a engenharia, automatizando tarefas repetitivas, otimizando projetos e até mesmo auxiliando na tomada de decisões. No entanto, Gates acredita que a criatividade e o pensamento crítico, características inerentemente humanas, continuarão sendo indispensáveis.

Em contraste com opiniões recentes de outros líderes do setor, o empresário enfatiza que, mesmo com o avanço da tecnologia, certas atividades continuarão a depender da presença humana. Ele destaca a importância de manter espaços onde a criatividade, o pensamento crítico e a sensibilidade humana sejam insubstituíveis, reforçando a ideia de que, no futuro, as profissões que exigem essas habilidades serão essenciais.

bill gates
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Outras visões e a realidade do mercado

As opiniões de Gates contrastam com as de outros líderes da indústria, como Jensen Huang, CEO da NVIDIA, que desencoraja a carreira em engenharia de software, e Sam Altman, CEO da OpenAI, que prevê a substituição de programadores pela IA. Essa divergência de visões reflete a incerteza e a complexidade do futuro da engenharia.

A realidade do mercado de trabalho para engenheiros é que a IA já está transformando a profissão, mas ainda há espaço para o trabalho humano. A automação eliminará tarefas repetitivas, mas criará novas oportunidades para engenheiros com habilidades especializadas e visão estratégica.

Áreas específicas onde a intervenção humana será insubstituível

1. Biociências da saúde

Bill Gates afirma que, embora a IA já contribua significativamente para o diagnóstico médico e a análise genética, há aspectos da pesquisa biológica que continuam a exigir a criatividade humana. A capacidade de formular novas hipóteses e descobertas científicas complexas ainda é exclusivamente humana, algo que máquinas não conseguem replicar. Isso coloca os profissionais das biociências da saúde em uma posição crucial para o futuro, onde a inovação depende da interação entre conhecimento técnico e imaginação.

bill gates
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

2. Energias alternativas

Outra área identificada por Bill Gates como resistente à substituição imediata pela IA é o desenvolvimento de energias alternativas. Com o desafio crescente das mudanças climáticas, soluções tecnológicas inovadoras são necessárias. Fontes como energia solar e eólica já são importantes, mas Gates destaca a necessidade de fontes energéticas mais confiáveis e constantes, como a energia nuclear. Neste ponto, engenheiros e cientistas desempenham um papel crucial, extrapolando os limites atuais para criar novas tecnologias que possam sustentar o futuro energético do planeta.

bill gates
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3. Desenvolvimento da IA

Apesar dos avanços na IA, Bill Gates argumenta que o desenvolvimento e a supervisão contínua serão necessários por um longo período. Ele rejeita a ideia de que os programadores serão completamente substituídos por sistemas autônomos, destacando a dependência atual dos engenheiros de software para identificar falhas, ajustar algoritmos e garantir a segurança dos sistemas. Ensinar máquinas a pensar ainda requer a criatividade e o conhecimento humano, áreas onde os profissionais de engenharia continuam a desempenhar um papel vital.

bill gates
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

O papel da sociedade e do engenheiro do futuro

Não é como se Bill Gates não reconhecesse que a automação eliminará alguns empregos na engenharia, mas ele acredita que a sociedade terá um papel fundamental em decidir quais tarefas serão automatizadas e quais permanecerão sob responsabilidade humana.

Diante dessas transformações, Gates incentiva os profissionais a se adaptarem à nova realidade. A escolha das áreas certas e o domínio das ferramentas digitais serão cruciais para garantir a relevância e o sucesso na economia futura.

O engenheiro do futuro precisará desenvolver novas habilidades, como:

  • Adaptabilidade: A capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças tecnológicas e às novas demandas do mercado será crucial.
  • Criatividade e inovação: A capacidade de pensar fora da caixa e desenvolver soluções inovadoras será cada vez mais valorizada.
  • Habilidades interpessoais: A colaboração e a comunicação eficaz serão essenciais para trabalhar em equipes multidisciplinares e com clientes diversos.
  • Conhecimento em IA: Compreender os princípios da IA e saber como utilizá-la como ferramenta será fundamental para a maioria dos engenheiros.
bill gates
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Enfim, à luz das observações de Bill Gates, fica claro que o futuro dos profissionais de engenharia será moldado pela capacidade de inovar, adaptar-se e explorar novas fronteiras tecnológicas. A chave para os engenheiros do futuro será abraçar essas mudanças, preparando-se para um cenário onde o trabalho humano, longe de ser substituído, será fundamental para impulsionar o progresso tecnológico e social.

Veja Também: Os 5 livros que Bill Gates recomenda


Fontes: Correio Braziliense, O Antagonista.

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Engenharia 360

Redação 360

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A natureza terrena é perfeita, não é mesmo? Ela passou milhões de anos se aperfeiçoando através de processos biológicos – que hoje garantem a sua sobrevivência -, sendo um desses processos a fotossíntese (capacidade de converter luz solar em energia química).

fotossíntese
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Justamente foi isso que inspirou os cientistas da Universidade de Würzburg, na Alemanha, e da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, a desenvolverem uma nova tecnologia. A ideia é reproduzir, em laboratório, o transporte de elétrons das plantas em sistemas artificiais. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Fotossíntese natural versus fotossíntese artificial

Na natureza, estando as plantas expostas à luz, elas absorvem os raios, estimulando nelas mesmas a separação e o transporte dos elétrons via estruturas celulares especializadas, transformando energia solar em energia química. A saber, segundo os cientistas, é isso que sustenta a vida na Terra.

A técnica artificial é uma imitação quase perfeita disso. Ela emprega moléculas de perileno bisimida (PBI) empilhadas de maneira específica para realizar uma transferência eficiente de cargas elétricas – tudo isso é muito bem detalhado em um artigo na prestigiada revista Nature Chemistry. 

fotossíntese
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

A importância da estrutura empilhada

A que tudo indica, a eficiência na separação de cargas é mesmo surpreendente, desafiando as concepções anteriores dos pesquisados, utilizando materiais orgânicos e, inclusive, abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento de dispositivos optoeletrônicos e sistemas de conversão de energia. E qual o segredo? Moléculas de corantes – chamadas de perileno bisimida (PBI) – que, como explicamos antes, são empilhadas em vez de se ligarem quimicamente.

Pode-se dizer que a maior descoberta desse estudo foi entender que a transferência de cargas ocorre de forma mais eficiente quando as moléculas estão empilhadas, pois, na verdade, em tentativas anteriores, usava-se ligações químicas diretas. Então, essa abordagem representa um grande avanço na compreensão dos mecanismos de transporte eletrônico em materiais orgânicos.

“Comprovamos que a separação de carga pode ser realizada em materiais sintéticos de forma tão eficiente quanto na natureza, utilizando um caminho alternativo para a condução de elétrons.” –  Leander Ernst, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.

fotossíntese
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Perspectiva para um futuro com mais sustentabilidade

Imagine um mundo de energia abundante, limpa e inesgotável (ou praticamente inesgotável), onde a dependência dos combustíveis fósseis, tão danosos ao meio ambiente (contribuindo para o aquecimento global e a poluição do ar), é coisa do passado e a sustentabilidade é total. Bem, esse é o desejo máximo daqueles que já se despertaram para a urgente necessidade de transição global para o uso de fontes menos poluentes. E essa nova descoberta científica, de fotossíntese artificial, pode redefinir os limites da tecnologia energética no século XXI.

Claro que, apesar dos avanços promissores, ainda há muitos desafios a serem superados pelos cientistas. A tecnologia da fotossíntese artificial continua em seus estágios iniciais e precisa ser aprimorada para se tornar viável em larga escala; mas, mesmo agora, já se sabe que as oportunidades são imensas! Com a colaboração global, união de esforços e troca de conhecimentos e experiências, os cientistas da Alemanha e Coreia do Sul acreditam que farão grandes avanços na pesquisa. Vamos torcer os dedos!

Veja Também: Células animais fazem fotossíntese pela primeira vez


Fontes: Olhar Digital, Engenharia É.

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