Nos últimos anos, os incêndios florestais têm aumentado em quantidade e gravidade no mundo. Os dados são realmente alarmantes. Mas pior ainda são os danos à natureza, irreparáveis. E uma das estratégias utilizadas para combater esses incidentes é o uso de aviões com capacidade de guardar e lançar uma substância vermelha específica. E o que seria isso?
Já notou quando tem um incêndio de grandes proporções que os bombeiros se valem de aviões que jogam uma fumaça vermelha sobre as áreas atingidas? Bem, essa fumaça, na verdade, é um material cuidadosamente produzido para conter o avanço do fogo. E no artigo a seguir, do Engenharia 360, esclarecemos o que está por trás dessa composição. Confira!
O que é a fumaça vermelha usada nos combates a incêndios?
A fumaça vermelha lançada por aviões durante os incêndios não tem nada de cênica. Trata-se de uma mistura química cuidadosamente formulada para evitar a propagação do fogo e dar tempo das equipes terrestres controlarem a situação. Ela leva 85% de água (responsável pode reduzir a temperatura e abafar as chamas), goma de argila (para que se destaque nas superfícies vegetais e não evapore rapidamente), óxido de ferro e fertilizantes (em alguns casos, ajudando as plantas em sua recuperação após o incidente).
Mas a coloração vermelha é importante?
Sim! Pode ter certeza de que essa cor vermelha não é aleatória. O retardante de chamas é uma das ferramentas mais eficazes na luta contra incêndios florestais. O tom vibrante permite que as equipes identifiquem rapidamente as áreas já tratadas, focando nos próximos lançamentos, sem desperdiçar recursos e melhorando a eficiência do combate ao fogo.
Como funciona esse mecanismo de ação?
O que acontece quando os bombeiros jogam dos aviões esse retardante de chamas? Pois bem, cria-se uma camada protetora sobre as superfícies. Justamente por conta da composição da mistura, impede-se que a água evapore tão rápido diante das altas temperaturas. Inclusive, segundo dados da Defesa Civil de São Paulo, o material é capaz de extinguir até 5 vezes mais rápido os focos de incêndio e impedir que se espalhe para áreas já controladas, reduzindo risco de reignição. Por fim, depois do fogo apagado, os fertilizantes agem para auxiliar na regeneração da vegetação.
Muitos ficam na dúvida, ao ver todo aquele pó vermelho caindo do céu, se há a possibilidade dessa química comprometer os ecossistemas. Os biólogos afirmam que não é mesmo o melhor cenário. Isso porque, em contato com rios, lagos e riachos, a alta concentração de amônia e fosfato no retardante pode ser tóxica para peixes e outros organismos aquáticos. Em condições de exposição prolongada ou seca, o sal presente na mistura pode prejudicar a superfície das folhas, interferindo na fotossíntese.
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A saber, os pilotos são instruídos a evitar lançamentos a menos de 300 metros de rios, lagos ou riachos.
Ademais, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) classifica o produto como “não tóxico” para humanos e mamíferos, recomendando apenas evitar contato com a pele e olhos, além da inalação do pó antes de sua mistura com água. Vale a reflexão! Lembrando que, não é porque essa técnica é considerada eficaz no combate aos incêndios que está isenta de críticas, preocupações e aprimoramentos. Na dúvida, não mexa com esse material; deixe isso para profissionais treinados, que saibam manuseá-lo com segurança.
Veja Também: Quais são as causas das queimadas florestais?
Fontes: TecMundo, Mega Curioso.
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Eduardo Mikail
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