Diante da guerra comercial com os Estados Unidos, a China vem adotando estratégias para assegurar a sua indústria de semicondutores. Foi divulgado recentemente que o país está se preparando para lançar um projeto inovador de construção de uma mega fonte de luz ultravioleta extremo (UVE), utilizando um acelerador de partículas. A mesma seria capaz de substituir equipamentos de fotolitografia mais avançados do mundo – que, aliás, são hoje monopolizados por empresas ocidentais.

luz ultravioleta extremo (UVE) e a fabricação de chips avançados
Instalações High Energy Photon Source (HEPS) – Imagem de IHEP reproduzida de physicsworld

Agora, vale destacar que, diferente do famoso projeto americano “Manhattan”, que visava criação de armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial, este projeto visa estimular a produção de chips avançados, essenciais para a atual economia digital. Segundo os idealizadores da iniciativa chinesa, a ideia é conseguir bater de frente com os maiores players globais do setor, incluindo a Coreia do Sul e Taiwan. Conversamos mais sobre o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O que é tecnologia de luz UVE e por que ela é tão importante?

Atualmente, nossa sociedade depende demais da utilização de equipamentos como smartphones e computadores com Inteligência Artificial. Esses por sua vez exigem bastante técnicas de precisão extrema para funcionar. E hoje, a saber, o que os cientistas têm disponível para gravação de circuitos minúsculos em placas de Silício são os feixes de luz ultravioleta (com comprimento de ondas de apenas 13,5 nanômetros). Inclusive, quanto mais avançada e precisa for a luz utilizada, menores e mais eficientes podem ser os transistores e componentes dos chips fabricados.

luz ultravioleta extremo (UVE) e a fabricação de chips avançados
Imagem de kjpargeter em Freepik

Acontece que, por hora, a única fornecedora global de equipamentos processadores desses feixes é a empresa holandesa ASML. Até agora, isso não era necessariamente um problema para a China. Porém, as recentes sanções impostas pelos Estados Unidos às empresas de tecnologia do país, que provocaram uma reviravolta também no mercado europeu, acabaram limitando o acesso à tecnologia de ponta, forçando os chineses a buscar soluções independentes.

A estratégia chinesa

É claro que, mesmo diante desses bloqueios tecnológicos, era impossível deter o avanço chinês. O país adotou uma nova abordagem bastante ousada de utilizar um acelerador de partículas para gerar a luz ultravioleta (potente e estável) necessária  para alimentar as fábricas de semicondutores. O equipamento em questão é o High Energy Photon Source (HEPS), um sincrotron localizado em Pequim. Ele é capaz de gerar radiação eletromagnética em diferentes comprimentos de onda e pode ser usado também em pesquisas científicas em física e biologia. 

luz ultravioleta extremo (UVE) e a fabricação de chips avançados
Instalações High Energy Photon Source (HEPS) – Imagem de IHEP reproduzida de physicsworld

Então, resumindo, o plano é que esse acelerador de partículas funcione como uma usina de luz UVE, fornecendo energia luminosa para múltiplas linhas de produção de chips. A expectativa é que isso revolucione a cadeia produtiva chinesa e reduza drasticamente a dependência de equipamentos estrangeiros.

Quais as consequências se a China liderar a próxima Revolução dos chips?

Em 2024, vazaram imagens na Internet mostrando um protótipo de máquina de litografia UVE totalmente desenvolvida na China, dentro das instalações da Huawei em Dongguan; e ainda vale lembrar do lançamento da inteligência DeepSeek. Por isso, os especialistas de mercado concluíram que o país está muito próximo de dominar recursos críticos e dar um salto tecnológico como ninguém imagina. Inclusive, é provável que ela possa liderar a próxima revolução dos chips, causando uma disrupção da economia global.

luz ultravioleta extremo (UVE) e a fabricação de chips avançados
Imagem de Freepik

Ou seja, se a China conseguir operacionalizar sua mega fonte de luz ultravioleta e integrar essa tecnologia à produção em massa de chips avançados, o equilíbrio de poder na indústria pode mudar. Haverá uma soberania tecnológica chinesa, reduzindo vulnerabilidades em cadeias de suprimentos e aumentando sua influência geopolítica. Então, será que os Estados Unidos estão mesmo preparados para tal competição? Como será que serão ajustadas as políticas de exportação neste novo cenário? Será que surgiram novas oportunidades para mercados emergentes que buscam chips mais acessíveis?

Por hora, a única coisa que podemos concluir é que, se a China conseguir produzir chips tão avançados assim – ainda mais de forma autônoma – isso afetará diretamente em todos os países setores estratégicos como de defesa, Inteligência Artificial, telecomunicações e automação industrial.

Quais as perspectivas para o Futuro da indústria de semicondutores?

Será mesmo que a China só tomou essa decisão de desenvolver uma máquina de fotolitografia de ultravioleta extremo mediante a taxação dos Estados Unidos? É provável que não! Afinal, a própria ASML levou mais de 20 anos para aperfeiçoar as suas máquinas. Certamente o país já vinha prevendo retaliações dos americanos e também o crescimento econômico e tecnológico de nações como Japão e Coreia.

Não se sabe ainda muito bem o que a China já conquistou nesse setor de semicondutores. Por exemplo, existe o desafio de criar um sistema integrado que combine a fonte de luz ultravioleta gerada pelo acelerador de partículas com lentes e sistemas ópticos capazes de projetar padrões com precisão atômica sobre o silício, o que exige avanços em materiais, engenharia óptica, controle de precisão e fabricação em escala. Ainda é preciso provar que os processos adotados podem alcançar níveis diferentes de miniaturização do circuito.

Portanto, o processo de experimentação para produção comercial ainda pode estar longe de ser concluído, mas quando isso finalmente acontecer, a China poderá acelerar a produção de chips de última geração, incluindo aqueles utilizados em sistemas de IA, 5G, automação e computação de alto desempenho. Daí, neste momento, as empresas ocidentais precisarão intensificar seus esforços se quiserem manter sua liderança tecnológica, enquanto o governo terão que repensar políticas de segurança e comércio.

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Fontes: Terra, Click Petróleo e Gás.

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Só de pensar em reforma, muita gente já sente aquele frio na barriga. E não é pra menos! Afinal, lidar com bagunça, imprevistos e materiais fora de lugar pode transformar um sonho em verdadeiro pesadelo. A desorganização na obra não afeta só a nossa paz e a estética do ambiente, mas também gera desperdícios, atrasos e até riscos de acidentes. Por isso, o segredo para uma obra tranquila e eficiente é simples: organização e planejamento rigoroso.

Primeiro, o mais importante é reservar um lugar para guardar e preservar todo o material até o fim da obra. Se a construção ou reforma for em um apartamento, é preciso considerar as sobrecargas nas Lajes antes da estocagem dos itens – afinal, não podemos comprometer a segurança da edificação e seus ocupantes. E para que tudo saia como o planejado, atendendo todas as exigências deve-se pensar em vários detalhes extras, tendo em vista o terreno ou a planta do imóvel, a duração da obra e o volume de materiais a ser gasto, além do fluxo de profissionais no local e etc. 

Pensando em todas estas questões, o Engenharia 360 decidiu compartilhar as melhores dicas com você no artigo a seguir. Acompanhe!

1. Areias e britas

Devem permanecer embaladas, longe do solo, separadas por tipo separadas por tipo (de acordo com a granulometria); preferencialmente próximas das betoneiras, com fácil acesso – melhor ainda se cobertas com lona para não serem molhadas em dias de chuva.

materiais de construção em canteiro de obras
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

2. Tijolos e blocos

As peças precisam ficar empilhadas (poucas fiadas ou carreiras para evitar perdas por quebras), e sempre apoiadas sobre paletes.

Uma boa referência é reservar cerca de 0,22 m² de área e altura máxima de 1,65 m para armazenar 250 unidades (no caso de tijolos).

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Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

3. Telhas

Os modelos em cerâmica e concreto devem ser empilhados verticalmente. Já as metálicas precisam ficar levemente inclinadas, evitando acúmulo de água.

Aliás, vale destacar que, em se tratando de tijolos, blocos e telhas cerâmicas, os especialistas recomendam a compra de pelo menos 10% a mais do previsto para futuras reposições. Realize essa compra no início da construção. 

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4. Pisos e Revestimentos

Também bastante frágeis, devem ser guardados com o máximo de cuidado, seguindo rigorosamente as instruções dos fabricantes. Mais uma vez recomenda-se a aquisição de pelo menos 10% a mais de peças – e o que sobrar pode ser guardado para futuros reparos e manutenções.

Esses produtos devem ser comprados somente próximo à fase em que serão utilizados, quando a alvenaria estiver 50% pronta.

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5.  Cimento, argamassa e cal

Esses materiais devem ser mantidos em local coberto, seco e arejado, preferencialmente elevados do chão por meio de tablados. Evite empilhar mais de 10 a 20 sacos, dependendo do peso.

Reserve 1 m² de área abrigada para cada metro quadrado de produto.

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6. Tintas e impermeabilizantes

As latas devem ser armazenadas em prateleiras ou estantes, especialmente se não forem usadas imediatamente, para evitar ferrugem. Os impermeabilizantes devem permanecer nas embalagens originais. Mantenha o local ventilado e protegido. Qualquer sobra deve ser bem lacrada e reaproveitada dentro do prazo de validade.

Assim como sacos de cimento, é melhor que tintas os impermeabilizantes também sejam adquiridos na mesma etapa em que serão aplicados.

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7. Madeira

Deve ser armazenada em local coberto, seco e bem ventilado. Separe as peças por tipo e dimensão. Ripas devem ser empilhadas na horizontal.

Para armazenar aproximadamente 60 tábuas de uma polegada ou 30 caibros de 10 x 10 cm, reserve uma área de 6 m de comprimento e base entre 1 a 2 metros cúbicos.

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Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

8. Metal

Aqui falamos dos tubos, perfis, barras e vergalhões. Mais uma vez, é uma boa ideia separar por tipo e bitola. E atenção: deixar as peças sempre bem longe da terra ou de zonas úmidas, para evitar ferrugem, corrosão e contaminação.

Calcule para a armazenagem uma área de comprimento de 15 m e 0,50 m² de base para uma tonelada de barras.

materiais de construção em canteiro de obras
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

9. Tubos e Conexões

Incluem artigos para água quente, fria, esgoto, gás, etc. Tudo isso precisa ser bem armazenado em espaços cobertos e dispostos na horizontal, organizados por tipo, diâmetro e função, em camadas.

materiais de construção em canteiro de obras
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

10. Materiais elétricos

Por fim, falamos de materiais como fios e cabos, disjuntores, dispositivos DR, tomadas e interruptores. Esses itens devem ser guardados em local coberto e seco durante toda a obra.

materiais de construção em canteiro de obras
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Dicas extras para uma obra organizada

  • Controle de estoque: Mantenha um registro detalhado de tudo que entra e sai da obra. Isso ajuda a evitar perdas, planejar futuras compras e reduzir o desperdício.
  • Descarte consciente: Tenha um plano para o descarte correto dos resíduos da obra desde o início. Separar o lixo por tipo (entulho, plástico, madeira) facilita a reciclagem e minimiza o impacto ambiental.
  • Limpeza constante: Um canteiro de obras limpo é um canteiro de obras seguro e eficiente. Incentive a limpeza diária para evitar acúmulo de sujeira e materiais desnecessários.

Veja Também: 5 dicas para organizar canteiro de obras


Fontes: Revista Construção do Começo ao Fim, ano 11, Casa Dois, 2009.

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Quando falamos de de pisos para casas no Brasil, é essencial pensar em soluções que ofereçam conforto térmico, durabilidade e praticidade na manutenção, além de preservar a estética da arquitetura. Isso porque boa parte das residências brasileiras está em regiões de clima quente, próximo a zonas litorâneas ou rurais, o que exige materiais adequados.

Além disso, ao escolher os revestimentos para pisos, é fundamental considerar fatores como:

  • Facilidade de aplicação
  • Resistência e durabilidade
  • Facilidade de limpeza e manutenção
  • Compatibilidade com o estilo da casa

Pensando nisso, o Engenharia 360 preparou uma lista com os melhores tipos de pisos para residências, considerando tanto regiões quentes quanto frias. Confira!

Para refrescar os ambientes em regiões quentes

1. Cimento queimado

Combina com decorações modernas e rústicas;  pode ser apresentado sozinho ou acompanhado de cerâmicas, tijolos e ladrilhos. Necessita de mão de obra especializada para execução do contrapiso adequado e juntas de dilatação (a cada 2 m, no máximo), para acomodar movimentações e umidade, e aplicar cura adequada para evitar fissuras.

O cimento polimérico é uma massa pronta que oferece mais facilidade de aplicação. Também pode apresentar mais resistência, reduzindo risco de trincas. Porém, tende a manchar mais, rachar e expor bolhas.

opções de revestimento de piso para a casa
Imagem de Max Vakhtbovycn em Pexels

2. Granilite

Esse revestimento voltou recentemente à moda –  até porque a massa combina bem com diversas propostas visuais. O mesmo é composto de cimento e pedras (como mármores, granito ou quartzo moído). No geral, sua aplicação é mais rápida (40 m² por dia). E também necessita de um contrapiso impecável. O substrato deve ser perfeitamente nivelado e limpo para aderência; o controle rigoroso da mistura e cura evita fissuras e descolamentos.

opções de revestimento de piso para a casa
Imagem de 𝗛&𝗖𝗢 em Pexels

3. Pedra natural

Se o cenário exige limpeza extrema, nada melhor do que um piso em pedra natural, como ardósia, pedra goiás e são tomé. Sua superfície é regular e pouco porosa – algumas opções são até antiderrapantes. Quando bem conservado, esse tipo de revestimento pode durar mais de cinquenta anos. Mas a instalação exige base estável e drenagem adequada para evitar movimentações. Muita atenção à impermeabilização para evitar infiltrações!

opções de revestimento de piso para a casa
Imagem de Max Vakhtbovycn em Pexels

4. Tijolo

Essa é uma excelente opção para casas despojadas. Ela pode ser combinada com pedras (não polidas), cimento e cerâmicas rústicas. A peças específicas para piso à venda no mercado –  conhecidas como plaquetas -, com a face superior polida. E a aplicação, embora não necessite sempre de mão de obra especializada, pede impermeabilização (resina), já que o material é sensível a umidade e propício a criação de fungos.

revestimento de piso
Imagem de ArthurHidden em Freepik

5. Cerâmica e porcelanato

Essas são as campeãs de venda, especialmente nas regiões de clima quente. Podem ser encontradas em diferentes formatos, estampas, cores, brilhos e texturas. Cada uma com suas propriedades técnicas e sem contra-indicação. Mas tenha cuidado com o uso correto de argamassa e rejunte para evitar descolamento e infiltrações; preveja juntas de dilatação em grandes áreas.

opções de revestimento de piso para a casa
Imagem de Max Vakhtbovycn em Pexels

6. Ladrilho hidráulico

Com um ar artesanal, é um dos revestimentos mais queridos da arquitetura de interiores. Geralmente leva cimento pigmentado. As peças podem ser lisas ou estampadas (5×5 a 20×20). E combina bem com cimento queimado, tijolo e cerâmica. Dicas de aplicação incluem argamassa tanto no contrapiso quanto na base do ladrilho para compensar variações; evitar martelos de borracha para não danificar; prever juntas mínimas e limpeza imediata para evitar manchas.

opções de revestimento de piso para a casa
Imagem de Freepik

Pisos para aquecer ambientes em regiões frias

1. Madeira

Esse revestimento é um grande sucesso no design desde a antiguidade. Nessa linha, podemos citar os assoalhos, os tacos, os parques e também os tabuões. Mas levando em conta os projetos modernos, queremos destacar outros três. Primeiramente, os pisos flutuantes (para áreas secas), ancorados por pressão, parecendo flutuar sobre a superfície original, forrada com mantas plásticas.

Depois tem os laminados, formados por camadas múltiplas derivadas da madeira, com superfície composta de celulose e resina melamínica; no miolo, compensado ou fibra de alta intensidade. Por fim, o carpete de madeira, composto naturalmente de placas de MDF recobertas com lâminas de madeira de diferentes espécies e tons. Vale destacar que a carpetes de madeira maciça, cortados como réguas de 2,4 mm de espessura.

Para todos estes revestimentos, deve-se controlar bem a umidade do contrapiso e da madeira para evitar empenamentos; prever expansão e contração natural da madeira com folgas adequadas.

opções de revestimento de piso para a casa
Imagem de Curtis Adams em Pexels

2. Carpetes 

Compostos por fibras, esses revestimentos são menos utilizados em casas brasileiras, sendo ainda encontrados apenas em poucos imóveis da região sul. Tem, por exemplo, o carpete de nylon, de toque suave e aveludado, resistente a abrasão, com melhor resistência e maior durabilidade. O em polipropileno, para áreas de tráfego intenso; em lã, com tratamento anti-traça; em sisal, neutro e elegante (sofre mais com variações de temperatura); e especiais, que misturam matérias-primas, podendo ter texturas diferentes.

Caso considere carpete para o piso de sua casa, prepare contrapiso limpo e nivelado; preveja sistema de fixação adequado; considere tratamento anti-traça e resistência à abrasão; e avalie impacto térmico e ventilação para evitar umidade acumulada.

opções de revestimento de piso para a casa
Imagem de rawpixel.com em Freepik

Veja Também:

Qual a diferença de pisos flutuantes e carpete de madeira?

Descubra as principais fibras usadas na composição dos carpetes modernos


Fontes: Revista Casa Claudia, número 13, Agosto 99, UOL.

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Engenharia 360

Redação 360

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Os dados GIS , ou Sistemas de Informação Geográfica, são conjuntos de informações espaciais que permitem mapear, analisar e visualizar características físicas e sociais de um determinado território. Esses dados contêm coordenadas geográficas reais e podem incluir desde curvas de nível do terreno até localização de edifícios, vias públicas, vegetação e infraestrutura urbana.

Na prática, os dados GIS são fundamentais para planejamento urbano. Eles fornecem uma base precisa e realista sobre a qual profissionais podem desenvolver soluções técnicas e criativas.

No entanto, apesar da riqueza dessas informações, muitos profissionais enfrentam dificuldades ao tentar integrar esses dados em softwares CAD (Computer-Aided Design) e BIM (Building Information Modeling), ferramentas amplamente utilizadas na construção civil e urbanismo. Felizmente, existem soluções modernas e eficazes que facilitam essa transição – uma delas é o TopoExport. Confira mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

TopoExport

Por que usar dados GIS nos softwares CAD e BIM?

A conversão manual desses dados para formatos compatíveis com CAD e BIM pode ser trabalhosa, demorada e sujeita a erros, especialmente quando se trata de dados topográficos detalhados, curvas de nível, edificações e redes viárias. Além disso, a falta de integração direta entre GIS e BIM pode limitar a criação de modelos digitais precisos e atualizados, essenciais para projetos modernos e sustentáveis.

Contudo, quando possível, essa integração permite que os projetistas trabalhem com bases reais e atualizadas do terreno e seu entorno. Isso é crucial para:

  • Melhor precisão geométrica dos projetos;
  • Visualização contextualizada das intervenções no ambiente físico;
  • Análise de impacto ambiental e urbano mais realista;
  • Redução de retrabalho durante a fase de projeto;
  • Compatibilidade entre diferentes áreas envolvidas no processo construtivo.

Além disso, ao integrar dados GIS em modelos BIM, é possível simular cenários futuros, testar alternativas de projeto e validar decisões com base em informações geográficas reais.

O que é o TopoExport?

O TopoExport é uma plataforma web intuitiva e poderosa que automatiza a extração e conversão de dados GIS para formatos compatíveis com CAD e BIM. Ele surgiu como uma solução rápida e acessível para engenheiros que precisam de modelos digitais realistas em poucos minutos. Essa ferramenta permite gerar “digital twins” de cidades e territórios, transformando dados geoespaciais complexos em arquivos prontos para uso em projetos arquitetônicos, urbanísticos e mais.

Como o TopoExport funciona?

Passo 1

Para começar, basta acessar o site topoexport.com e inserir seu e-mail. O sistema enviará um link de verificação e, após confirmar, você já poderá utilizar todas as funcionalidades gratuitas e pagas da plataforma.

Passo 2

Com uma interface semelhante ao Google Maps, você pode digitar o nome da cidade ou endereço diretamente na barra de pesquisa. Em segundos, o mapa será carregado com camadas de dados GIS disponíveis.

Passo 3

Use o zoom para selecionar a extensão exata da região que deseja exportar. Vale lembrar que há limites de tamanho para downloads gratuitos, mas mesmo assim, a área permitida é mais do que suficiente para projetos de pequeno e médio porte.

Passo 4

O TopoExport permite escolher entre:

  • Dados 2D : mapas vetoriais com edificações, vias e curvas de nível (5m, 10m ou 20m);
  • Dados 3D : modelos tridimensionais com relevo, edifícios, estradas e base do terreno;
  • Sombras e vegetação (opcional, mediante custo adicional).

Essa flexibilidade permite personalizar a exportação conforme a necessidade do projeto.

Passo 5

Dependendo do software que você utiliza, pode optar por formatos como:

  • DXF – ideal para uso no AutoCAD e programas similares;
  • OBJ / STL – compatíveis com ferramentas 3D como SketchUp, Blender, ArchiCAD e Revit;
  • IFC – formato nativo do BIM, perfeito para interoperabilidade entre equipes multidisciplinares.

Passo 6

Após configurar tudo, o TopoExport gera um preview do modelo final. Depois de gerado, basta clicar em “Download” e salvar o arquivo ZIP em seu computador. Dentro da pasta, estarão todos os arquivos exportados, organizados e prontos para uso.

Passo 7

Uma vez que você baixou os arquivos do TopoExport, a próxima etapa é importá-los em seus softwares de projeto. Profissionais que trabalham com BIM podem importar os modelos em IFC , garantindo compatibilidade total com os fluxos de trabalho colaborativos.

Mas é importante lembrar que, embora os dados sejam altamente detalhados, eles não substituem um levantamento planialtimétrico profissional. No entanto, são ideais para fases iniciais de projeto, onde o objetivo é entender o contexto geográfico antes de iniciar medições no campo.

TopoExport

Veja Também: O impacto da Engenharia Cartográfica na Construção Civil


Fontes: TOPOEXPORT, Izabele Colusso em YouTube.

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Engenharia 360

Redação 360

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Nos últimos anos, assistimos com grande surpresa o salto da Inteligência Artificial, que deixou de ser uma promessa futurista para se tornar uma realidade presente e transformadora. Já em 2024, começamos sentir com mais força o grande impacto dessa tecnologia nas profissões de engenharia. Então, passamos a nos perguntar até que ponto a IA substituirá os profissionais humanos e quais setores profissionais estão mais vulneráveis a essa revolução tecnológica. E sabe quem pode responder a estas perguntas? O empresário Bill Gates!

Bill é um dos maiores visionários da tecnologia e recentemente compartilhou, em uma entrevista ao programa The Tonight Show Starring Jimmy Fallon, sua visão sobre o futuro das profissões. Segundo ele, a Inteligência Artificial vai transformar profundamente o mercado de trabalho, substituindo os humanos em várias funções – embora com algumas exceções. E felizmente, nas suas previsões, uma das engenharias pode estar entre as menos afetadas. Confira qual delas no artigo a seguir, do Engenharia 360!

bill gates e o futuro com IA
Imagem reprodução YouTube de The Tonight Show Starring Jimmy Fallon

O cenário atual da IA e o mercado de trabalho

Num passado não muito distante, a IA atuava de modo restrito em tarefas simples, como resposta a perguntas em chats automáticos. Mas hoje suas ações já se estendem a atividades ligadas à medicina, agricultura, logística e até desenvolvimento de softwares. E especialmente na engenharia, essa ferramenta está se tornando pouco a pouco grande aliada, ajudando a aumentar a produtividade e eficiência.

Especialistas de mercado esclarecem que não é tão simples responder neste momento quais profissões sobreviverão e quais serão substituídas pelas inteligências. Tudo vai depender do grau de complexidade, criatividade, empatia e tomada de decisão crítica envolvida em cada função. Fato é que há áreas onde a presença humana será sempre indispensável – principalmente aquelas que envolvem decisões delicadas e imprevisíveis. Mas será que isso inclui gestão de energia, considerando o mundo como vem sofrendo com as mudanças climáticas?

bill gates e o futuro com IA
Imagem de Pok Rie em Pexels

A visão de Bill Gates para a nova era do trabalho

Na entrevista do programa The Tonight Show Starring Jimmy Fallon, Gates foi categórico em dizer que estamos entrando em uma nova era em que os humanos serão dispensáveis em muitas áreas!

Segundo ele, uma grande quantidade de tarefas que hoje exigem conhecimento técnico e até tomadas de decisão serão totalmente executadas pelas inteligências artificiais. Essa mudança deve ser testemunhada de forma acelerada na próxima década. E o empresário ainda fez um alerta específico para as engenharias, destacando que uma área pode estar entre as poucas a manter seu espaço diante das máquinas: a Engenharia de Energia.

Razões que colocariam a Engenharia de Energia em risco com a IA

  • Alta capacidade da IA para análise de grandes volumes de dados
  • Automação crescente na gestão de usinas, redes elétricas e represas
  • IA pode prever demandas, falhas e otimizar processos energéticos
  • Redução das tarefas rotineiras e analíticas para engenheiros
  • Dependência crescente de redes elétricas inteligentes (smart grids)
  • Modelagem climática avançada feita pela IA para simulações energéticas
  • Risco de perda de espaço para sistemas inteligentes se profissionais não se adaptarem
  • Necessidade de competências humanas além da análise de dados, como liderança e inovação
  • Limitações da IA na tomada de decisões estratégicas e críticas que envolvem fatores sociais, econômicos e ambientais

Mas, calma, ainda existem aspectos que limitam a substituição total de engenheiros de energia por inteligências artificiais.

bill gates e o futuro com IA
Imagem de Igor Passchier em Pexels

Primeiro, o pensamento crítico e o julgamento ético que ajuda a decidir no momento de abrir ou fechar uma comporta de uma represa, ou desligar uma usina, por exemplo. Tem também as situações emergenciais, que exigem respostas que vão além do que os algoritmos conseguem prever. E muitos setores energéticos são fortemente regulados, exigindo responsabilidade legal, algo que não pode ser transferido a uma tecnologia.

Situação das outras engenharias

Não tem jeito! Além da Engenharia de Energia, todas as outras engenharias devem ser impactadas pela transformação digital provocada pela Inteligência Artificial. Curiosamente, até os profissionais que trabalham diretamente com tecnologia de programação estão vendo suas funções parcialmente substituídas por IA que escreve códigos de forma autônoma.

Os engenheiros de produção já estão acostumados com a automação, que vem crescendo nos processos industriais, especialmente em linhas de montagem, logística e controle de qualidade. Agora, as áreas como civil e mecânica sentirão o impacto em tarefas repetitivas, como o designer assistido por computador, simulações e monitoramento de obras.

Dicas para engenheiros se prepararem para o futuro

É interessante que, no geral, Bill Gates sempre tenta adotar uma visão otimista em seus discursos. Ele sempre cita como a IA deve ser encarada como uma aliada dos profissionais – pelo menos daqueles que souberem utilizar esse tipo de ferramenta ao seu favor no mercado.

bill gates e o futuro com IA
Imagem reprodução YouTube de The Tonight Show Starring Jimmy Fallon

Então, dito isso, os engenheiros precisam aprender a trabalhar com as inteligências e não contra ela. Veja como:

  • Investir em capacitação contínua, com foco em IA, análise de dados, sustentabilidade e gestão de projetos.
  • Desenvolver habilidades humanas únicas, como criatividade, empatia, liderança e pensamento crítico.
  • Trabalhar em colaboração com a IA, utilizando ferramentas inteligentes para potencializar o desempenho.
  • Aprender sobre Inteligência Artificial por meio de cursos online aplicados à engenharia.
  • Desenvolver soft skills, especialmente pensamento crítico, empatia e gestão de pessoas.
  • Manter-se atualizado sobre as rápidas mudanças tecnológicas.
  • Adaptar-se às novas ferramentas de IA para obter vantagem competitiva.

Veja Também:

Compreendendo as diferenças entre Engenharia Elétrica e Engenharia de Energia

O futuro da engenharia sob a ótica de Bill Gates


Fontes: O Globo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Recentemente, durante o evento Google I/O, voltado exclusivamente para desenvolvedores, foi lançada a mais nova e promissora tecnologia da Google, a Google Beam. Esta seria uma plataforma inovadora de comunicação em vídeo 3D baseada em Inteligência Artificial. A proposta é que ela simule a presença física dos participantes em um mesmo ambiente, criando uma experiência imersiva, realista e altamente produtiva. E o Engenharia 360 considera que essa ferramenta talvez possa ser atrativa para equipes de engenheiros que queiram se conectar à distância.

É possível que a Google Beam mude a partir de agora o modo como as empresas de engenharia colaboram interna e externamente, impactando desde projetos complexos até treinamentos técnicos e apresentações especializadas.

Como surgiu a ideia da plataforma Google Beam?

Em 2021, a empresa Google lançou um projeto chamado Starline que visa redefinir a comunicação remota em todo o mundo, com, através das novas tecnologias, aumentar a sensação de presença física dos usuários. Anos depois, surgiu a oportunidade de uma parceria com a HP, especialista na produção e comercialização de produtos na área de computação. A dupla então considerou desenvolver soluções para o ambiente corporativo que fossem lançadas até 2025.

A partir disso, surgiu a ideia de explorar IA e vídeo volumétrico para criar uma experiência de reunião virtual que simula a sensação de estar presencialmente com outras pessoas – e o melhor, sem a necessidade de óculos ou headsets especiais. Assim nasceu a Google Beam!

Google Beam
Imagem reproduzida de Tudo Celular

Como funcionam as tecnologias por trás da Google Beam?

O funcionamento da tecnologia Google Beam é mesmo muito interessante! Seu sistema, alimentado por algoritmos treinados, foi desenvolvido para converter imagens 2D – câmeras 4K e sensores infravermelhos – em experiências 3D, criando uma ilusão de profundidade que permite aos usuários manter contato visual e perceber expressões faciais com detalhes impressionantes. Vale destacar que nesse processo é utilizada uma tela especial (Light Field Display) que projeta diferentes ângulos da imagem ao mesmo tempo, simulando a percepção natural do olho humano.

Além disso, todo esse processamento é suportado pela infraestrutura robusta do Google Cloud, o que garante alta confiabilidade, baixa latência, qualidade de imagem superior e integração com sistemas corporativos já existentes, como o Google Meet. Outro diferencial é a tradução simultânea de voz, que permite conversas fluentes entre pessoas que falam diferentes idiomas, mantendo o tom original e a entonação do falante – algo certamente crucial para comunicação internacional entre equipes multidisciplinares de engenharia.

Quais os benefícios do Google Beam para empresas de engenharia?

  • Capacitação técnica contínua com interação e demonstrações práticas.
  • Treinamentos e simulações mais imersivas e realistas.
  • Reuniões de planejamento de projetos com equipes distribuídas.
  • Reuniões virtuais com sensação de presença real.
  • Reuniões de coordenação mais eficientes e produtivas.
  • Inspeções remotas com visualização detalhada em 3D.
  • Apresentações técnicas e demonstrações de produtos ou processos.
  • Melhoria na tomada de decisão e na resolução de problemas.

Como usar a plataforma Google Beam passo a passo?

Embora ainda em fase de teste inicial de comercialização, a Google Beam já possui grandes interessados na sua adoção, incluindo as gigantes Deloitte, Salesforce, NEC e Duolingo.

Para engenheiros e empresas de engenharia, estar atento a essa inovação é fundamental. Em breve, ela pode se tornar parte integrante da rotina de trabalho, otimizando processos, reduzindo custos e aumentando a produtividade de equipes remotas.

  1. Em breve, o Google Beam será comercializado por meio de parcerias, principalmente com a HP, que lançará os primeiros dispositivos compatíveis. Os interessados devem acompanhar essas novidades para garantir o acesso à tecnologia. Em princípio, as primeiras exibições estão programadas para a feira Infocomm, nos Estados Unidos, agora em junho de 2025.
  2. O segundo passo será realizar a configuração inicial seguindo os padrões similares ao Google Meet ou outros softwares corporativos de videoconferência. Será necessário integrar a plataforma à infraestrutura de nuvem da empresa, o que deve facilitar a conexão com outras ferramentas corporativas já utilizadas pela equipe de engenharia.
  3. Na terceira etapa, será vez de realizar o agendamento das reuniões via Google Calendar, compartilhar links de acesso e convidar participantes. Durante a reunião, o sistema fará o processamento em tempo real das imagens. Talvez seja preciso treinar as equipes para o uso eficiente da ferramenta, aproveitando ao máximo os recursos 3D para comunicação clara e eficaz. Isso inclui preparar apresentações e documentos que possam ser compartilhados durante as chamadas para maximizar o entendimento coletivo.
  4. Com os resultados positivos, a empresa de engenharia pode expandir o uso da plataforma para outras áreas e projetos internos, ampliando os benefícios.
Google Beam
Imagem reprodução Youtube via TechEBlog –

Veja Também: Google Acadêmico: dicas para usar a plataforma de maneira mais eficiente


Fontes: G1, Fast Company Brasil, TechTudo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A pintura industrial é muito mais do que uma simples aplicação estética: ela é fundamental para garantir proteção, durabilidade e desempenho das peças e estruturas utilizadas na engenharia industrial. Com o avanço tecnológico, diversos processos de pintura foram desenvolvidos para atender às necessidades específicas de cada material e ambiente, desde a resistência à corrosão até a proteção contra agentes químicos e desgaste mecânico.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar os principais tipos de processos de pintura utilizados na engenharia industrial, explicando como funcionam e suas principais aplicações. Confira!

1. Pintura eletrostática

A pintura eletrostática é um dos métodos mais populares na indústria para revestir peças metálicas. Nesse processo, a tinta em pó é carregada eletricamente e pulverizada sobre a peça, que está aterrada, criando uma atração eletrostática que garante a aderência uniforme do pó sobre toda a superfície. Após a aplicação, a peça é aquecida em forno, onde o pó derrete e forma um revestimento contínuo, resistente e durável.

Vantagens:

  • Acabamento uniforme e sem falhas
  • Alta resistência a riscos, corrosão e intempéries
  • Ampla variedade de cores e acabamentos
  • Excelente custo-benefício para grandes volumes

Aplicações:

  • Peças automotivas
  • Eletrodomésticos
  • Estruturas metálicas
Processos de Pintura Usados na Engenharia Industrial
Imagem de Digital Buggu em Pexels

2. Pintura líquida com pistola

O método tradicional de pintura líquida utiliza pistolas para pulverizar tinta líquida sobre as peças, garantindo uma cobertura uniforme. Pode ser realizado com sistemas convencionais ou eletrostáticos líquidos, que aumentam a eficiência da transferência da tinta para a peça, reduzindo desperdícios e melhorando o acabamento.

Vantagens:

  • Versatilidade para diferentes tipos de tintas e substratos
  • Possibilidade de acabamento suave e detalhado
  • Adequado para peças com formatos complexos

Aplicações:

  • Peças industriais
  • Equipamentos agrícolas
  • Estruturas arquitetônicas
Processos de Pintura Usados na Engenharia Industrial
Imagem de Ofir Eliav em Pexels

3. Anodização

A anodização é um processo eletroquímico aplicado principalmente em peças de alumínio. Consiste em submergir a peça em um banho eletrolítico, onde, sob corrente elétrica, forma-se uma camada de óxido na superfície do metal. Essa camada é dura, protege contra corrosão e pode ser colorida para melhorar a estética.

Vantagens:

  • Aumenta a resistência à corrosão e desgaste
  • Melhora a aparência com acabamento colorido ou transparente
  • Ideal para componentes expostos a ambientes agressivos

Aplicações:

  • Componentes aeronáuticos
  • Peças de automóveis
  • Estruturas arquitetônicas
Processos de Pintura Usados na Engenharia Industrial
Imagem de Tom Fisk em Pexels

4. Cataforese

A cataforese é um processo de pintura por imersão, onde a peça recebe uma carga elétrica oposta à da tinta, fazendo com que as partículas se depositem uniformemente até mesmo em áreas internas e de difícil acesso. Após a imersão, as peças passam por sinterização para polimerização da tinta, resultando em excelente aderência e proteção anticorrosiva.

Vantagens:

  • Cobertura total, inclusive em áreas internas
  • Alta resistência à corrosão e desgaste mecânico
  • Melhor aderência da tinta

Aplicações:

  • Chassis de veículos
  • Peças industriais com cavidades
  • Componentes eletrônicos
Processos de Pintura Usados na Engenharia Industrial
Imagem de Nandhu Kumar em Pexels

5. Pintura UV

A pintura UV utiliza tintas especiais que são curadas instantaneamente por luz ultravioleta. Essa tecnologia acelera o processo produtivo e proporciona um acabamento muito resistente a riscos, corrosão e raios solares, sendo muito usada na indústria automotiva e de veículos pesados.

Vantagens:

  • Secagem imediata, aumentando a produtividade
  • Alta resistência a agentes externos, como UV e abrasão
  • Redução do uso de solventes, tornando o processo mais sustentável

Aplicações:

  • Pisos industriais
  • Mobiliário metálico
  • Displays e painéis
Processos de Pintura Usados na Engenharia Industrial
Imagem de John Diez em Pexels

6. Esmaltação

A esmaltação é um processo térmico onde um esmalte vitrificado é aplicado sobre a superfície da peça, conferindo brilho, resistência química e proteção térmica. Muito comum em eletrodomésticos, esse tipo de revestimento protege contra desgaste e facilita a limpeza.

Vantagens:

  • Acabamento brilhante e uniforme
  • Resistência a altas temperaturas e agentes químicos
  • Aplicação em fios de cobre e superfícies metálicas

Aplicações:

  • Eletrodomésticos (fogões, geladeiras)
  • Louças sanitárias
  • Peças decorativas metálicas
Processos de Pintura Usados na Engenharia Industrial
Imagem de Max Vakhtbovycn em Pexels

7. Galvanização com pintura

A galvanização consiste na aplicação de uma camada de zinco sobre o aço para proteção contra corrosão. Quando combinada com pintura, essa dupla camada oferece proteção extra para estruturas metálicas externas, aumentando significativamente a durabilidade e a resistência ao desgaste ambiental.

Vantagens:

  • Camada de zinco protege contra oxidação
  • Pintura adiciona proteção estética e adicional contra corrosão
  • Ideal para estruturas expostas a intempéries

Aplicações:

  • Torres de transmissão
  • Estruturas offshore
  • Pontes e viadutos
Processos de Pintura Usados na Engenharia Industrial
Imagem de Magda Ehlers em Pexels

8. Revestimento cerâmico

O revestimento cerâmico é um processo que aplica uma camada protetora com alta resistência química e térmica, ideal para peças que operam em ambientes agressivos, como indústrias químicas e petroquímicas. Essa proteção prolonga a vida útil dos componentes e reduz a necessidade de manutenção.

Vantagens:

  • Excelente resistência a altas temperaturas e produtos químicos
  • Proteção contra desgaste abrasivo e corrosão
  • Aplicação em peças industriais críticas

Aplicações:

  • Motores e turbinas
  • Tubulações industriais
  • Equipamentos para indústria química
Processos de Pintura Usados na Engenharia Industrial
Imagem de Miguel Á. Padriñán em Pexels

Dicas para escolha inteligente de processo de pintura

Para selecionar o processo de pintura ideal para qualquer projeto, é essencial considerar vários fatores.

Primeiramente, o tipo de material do substrato deve ser avaliado, pois cada processo, como anodização para alumínio ou galvanização para aço, tem suas especificidades. Além disso, o ambiente operacional, os requisitos de durabilidade, os aspectos estéticos desejados, e a geometria da peça são cruciais.

Preço, sustentabilidade, prazos de produção e consultas a especialistas também são fundamentais para garantir que a escolha não apenas atenda, mas exceda as expectativas de desempenho e custo-benefício do projeto de pintura.

Veja Também: Nova tinta à base de água salgada pode revolucionar a sustentabilidade da impressão 3D


Fontes: @danielekzimmermann em Instagram.

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Engenharia 360

Redação 360

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A revolução das inteligências artificiais traz tanto fascínio quanto apreensão entre os profissionais atualmente. Dá um frio na barriga quando lemos notícias de que empresas como a Microsoft e a IBM estão afastando dezenas ou centenas de funcionários e substituindo-os por agentes autônomos de IA. Isso nos traz uma sensação de que os sistemas multiagentes empregados vão não apenas revolucionar diversos setores do mercado como colocar profissionais, incluindo engenheiros, no alvo dessa transformação.

Aliás, você já ouviu falar dos multiagentes de IA? Saiba que eles podem otimizar projetos, reduzir custos e acelerar processos na engenharia. Mas será que eles também vão substituir os engenheiros em seus trabalhos? Debatemos mais o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

multiagentes de IA
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

O que são os multiagentes de IA no contexto da engenharia?

Nos últimos anos, houve uma evolução significativa na forma como os sistemas computacionais interagem e resolvem problemas complexos.

Olhando para esse cenário, vale destacar os sistemas multiagentes (SMA), compostos por múltiplos agentes autônomos ou entidades inteligentes programadas para perceber o ambiente, tomar decisões e agir de forma independente, que se comunicam e colaboram entre si para alcançar objetivos comuns. No contexto da engenharia, podemos utilizar essas ferramentas para transformar o modo como os projetos são planejados, executados e otimizados.

Na prática, cada agente teria uma função específica (como analisar dados, monitorar desempenho, realizar controle de qualidade ou mesmo gestão logística), sempre se comunicando com outros agentes para criar soluções integradas e eficientes. É como um grupo de trabalhadores especializados (engenheiros, pedreiros, eletricistas, marceneiros e mais numa obra) atuando de forma coordenada e eficiente, mas sem um controle central rígido.

Quais as principais etapas do funcionamento dos multiagentes de IA?

No primeiro momento, você vai pensar que estamos descrevendo um grupo de profissionais no mercado, quando, na verdade, estamos falando de multiagentes de IA.

Na fase um, eles se apresentam ao sistema computacional, declarando suas habilidades e funções, e se colocando na posição das prioridades e especializações do que irão fazer. Durante a execução do serviço, trocam informações em tempo real e ajustam seus planos conforme o necessário. Por fim, após cada ciclo, o grupo analisa os resultados e atualiza os comportamentos para melhorar futuras execuções, evitando erros repetidos.

O que os multiagentes de IA podem fazer pela engenharia?

Resumidamente, podemos dizer que os sistemas de multiagentes são especialmente úteis em ambientes de engenharia onde há muitos componentes interligados e onde a tomada de decisão deve ser rápida, precisa e adaptável a mudanças constantes.

multiagentes de IA
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

A saber, a prática de sistemas multiagentes na engenharia vai muito além da simples automação de tarefas. Para que você possa entender melhor, listamos algumas das principais contribuições dessa tecnologia ao setor:

  • Simulação de cargas e resistência dos materiais.
  • Gerenciamento de cronograma e recursos na construção.
  • Monitoramento de condições ambientais (vento, umidade).
  • Otimização de custos em tempo real em obras.
  • Otimização de processos industriais (produção, estoque, transporte e qualidade).
  • Manutenção preditiva em fábricas (previsão de falhas, solicitação de peças).
  • Gestão e monitoramento de grandes infraestruturas (pontes, túneis, sistemas hídricos).
  • Detecção de desgaste e anomalias em estruturas.
  • Simulação e controle de sistemas urbanos (drenagem, energia, trânsito).
  • Automação de edifícios inteligentes (HVAC, iluminação, segurança).
  • Otimização de consumo energético sem perder conforto.
  • Planejamento logístico e otimização de rotas de transporte.
  • Controle de tráfego e gestão de frotas, inclusive veículos autônomos.
  • Simulações de comportamento de materiais, circuitos e softwares.
  • Previsão de falhas e redução de custos com protótipos.
  • Monitoramento de obras com drones e IA.
  • Alertas automáticos para rachaduras, desvios de orçamento e atrasos.
  • Agendamento autônomo de manutenções em estruturas e máquinas.
  • Cálculo automático da pegada de carbono dos materiais.
  • Sugestão de soluções mais sustentáveis e ecológicas.

Empresas que já usam multiagentes

  • IBM (automatizou 94% das tarefas de RH com IA).
  • Tesla (usou IA para otimizar linhas de produção).
  • Siemens (aplicou multiagentes em projetos de smart cities).
multiagentes de IA
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Engenheiros do futuro serão substituídos por Inteligência Artificial?

Neste momento, ninguém pode responder à pergunta. Não há como prever o amanhã, nem como as tecnologias irão evoluir. O que existem são desejos e perspectivas a curto e médio prazo. Até onde se sabe, apesar do grande potencial, os sistemas multiagentes de IA enfrentam hoje vários desafios. Por exemplo, modelos descentralizados são vulneráveis a ataques quando não bem protegidos. 

No pior dos cenários, existe o risco da superdependência de Inteligência Artificial por parte das empresas de engenharia, o que pode levar à perda de controle humano em certos processos. Por outro lado, aquelas empresas que insistirem em sistemas antigos não vão conseguir se comunicar facilmente com novas tecnologias.

multiagentes de IA
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Enfim, pode ser que no futuro os engenheiros foquem em seus trabalhos apenas em tarefas criativas – design inovador, solução de problemas complexos. Novas habilidades serão exigidas para os candidatos, como gestão de sistemas multiagentes, interpretação de dados de IA e colaboração humano-máquina. E quanto às IAs? Bem, elas cuidarão de cálculos repetitivos e gestão operacional.

Veja Também:

IA em 2025: agentes autônomos e avanços disruptivos

Tendências de IA 2025: O que esperar segundo a IBM


Fontes: ES360, Distrito, triggo.ai, IBM.

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Engenharia 360

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Existem certas enfermidades do nosso físico que podemos controlar com auxílio de dispositivos desenvolvidos pela engenharia. Um exemplo são os glicosímetros e sensores de glicose contínuos para o controle da diabetes, ou os medidores de pressão para o controle da hipertensão. Mas e quando o assunto é a saúde mental? Pensando nisso, pesquisadores da Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos, desenvolveram um tipo de tatuagem eletrônica que poderia monitorar em tempo real o esforço mental e a fadiga de uma pessoa durante o trabalho. O que acha?

Por que isso seria interessante? Bem, talvez você já tenha ouvido falar na síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional. Trata-se de uma situação delicada de exaustão física e mental causada por um longo período de estresse no trabalho. E pode ser que todo adulto já tenha passado por isso – um sentimento de exaustão completa, fadiga, ansiedade, depressão e muitos outros sintomas – por conta de trabalhar demais, se esforçar demais e enfrentar um ambiente de trabalho conturbado. 

A boa notícia é que essa inovação dos americanos poderia mudar para sempre a forma como enxergamos o esforço mental no ambiente corporativo. Debatemos mais o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

A inspiração por trás da criação da e-tattoo

No mundo moderno, vários trabalhadores passam por situações de desgaste mental em ambientes de alta responsabilidade – incluindo até mesmo os engenheiros em escritórios e canteiros de obras. E, atualmente, as formas mais comuns das empresas avaliarem a carga de trabalho dos seus funcionários são bastante subjetivas, quase sempre baseadas em questionários como o NASA Task Load Index (TLX). O que estamos querendo dizer é que métodos assim dependem demais da percepção individual do colaborador, podendo ser bastante imprecisos.

Foi exatamente isso que inspirou a professora Nanshu Lu, da Universidade do Texas, ao criar um dispositivo não invasivo, confortável e acessível, capaz de capturar dados objetivos sobre a atividade mental do usuário. O que ela imaginou foi uma espécie de tatuagem temporária aplicada na testa da pessoa. Confira na imagem logo abaixo!

tatuagem contra síndrome Burnout
Tatuagem eletrônica criada por estudo dos EUA pode monitorar a carga mental em tempo real, facilitando o diagnóstico de doenças relacionadas ao trabalho – Imagem reproduzida de Huh et al via Revista Galileu

Como funciona a tatuagem eletrônica temporária

A tatuagem eletrônica temporária desenvolvida na Universidade do Texas foi pensada para ser aplicada diretamente na pele das pessoas – especialmente na testa -, medindo sua atividade cerebral e movimentos oculares em tempo real, ajudando a identificar sinais precoces de síndrome de Burnout, fadiga cognitiva e outros distúrbios relacionados ao estresse profissional. A mesma seria como um adesivo fino e flexível, feito com materiais ultraleves e sensores microscópicos.

Diferentemente dos tradicionais equipamentos de eletroencefalografia, o novo dispositivo não exigiria uso de capacetes cheios de fios e gel condutor. Na verdade, a e-tattoo seria bastante discreta, leve e praticamente imperceptível durante o uso. Seu design teria formato adequado para ser moldado seguindo os movimentos da pele do usuário, garantindo conforto e precisão. E seu funcionamento só dependeria de uma pequena bateria recarregável, conectada aos sensores flexíveis que se ajustam aos contornos faciais.

Testes e resultados

Os cientistas já realizaram testes com a nova tatuagem eletrônica para validar a eficácia da tecnologia. Os participantes foram submetidos a desafios de memória em diferentes níveis de dificuldade. E foi possível observar que, conforme aumentava essa dificuldade, certas ondas cerebrais (theta e delta) aumentavam também, enquanto outras diminuíam (alfa e beta). Esses dados permitiram a construção de um modelo computacional treinado para prever com antecedência o nível de esforço mental das pessoas (e todas as suas consequências) em uma situação real de trabalho.

tatuagem contra síndrome Burnout
Tatuagem mede o esforço mental sem a necessidade de capacete – Imagem reproduzida de Heeyong Huh et al via Revista Galileu

Vantagens e aplicações práticas da tecnologia

Aqui estão as principais vantagens da nova e-tattoo, segundo descrito pelos cientistas:

  • Monitoramento objetivo e preciso da carga mental.
  • Maior conforto para o usuário.
  • Personalização de acordo com o rosto de cada usuário.
  • Tecnologia portátil e discreta.
  • Fácil de usar fora de laboratórios.
  • Captação de sinais mais precisa.
  • Solução escalável para empresas e uso doméstico.

Em princípio, essa tecnologia de tatuagem eletrônica seria acessível economicamente para diferentes públicos. A expectativa é que os sensores descartáveis possam custar apenas 20 dólares cada e um chip com bateria por aproximadamente 200 dólares cada, totalizando 220 dólares por unidade de tatuagem eletrônica. Em comparação, os equipamentos convencionais de EEG podem custar mais de 15 mil dólares.

Para completar, a e-tattoo desenvolvida lá no Texas pode oferecer diversas aplicações práticas no nosso trabalho e na vida pessoal, como:

  • Monitoramento de fadiga mental em controladores de tráfego aéreo.
  • Prevenção de lapsos de atenção em motoristas de caminhão.
  • Aumento da segurança para operadores de máquinas pesadas.
  • Identificação precoce de Burnout em ambientes corporativos.
  • Gestão do bem-estar mental de funcionários em empresas.
  • Sinalização de necessidade de pausas ou reorganização de tarefas.
  • Monitoramento da saúde mental no dia-a-dia das pessoas.
  • Apoio ao equilíbrio entre produtividade e bem-estar pessoal.

Desafios técnicos e o futuro da e-tattoo

Os testes iniciais da tecnologia de tatuagem eletrônica obtiveram resultados satisfatórios. Apesar disso, os pesquisadores estão trabalhando em melhorias, desenvolvendo sensores à base de tinta que possam funcionar não apenas em pele lisa, mas também sobre pelos, ampliando o leque de aplicações possíveis. Existe a expectativa da inclusão de sensores adicionais para medir batimentos cardíacos, temperatura corporal e até mesmo níveis de cortisol (hormônio do estresse).

Veja Também: Tatuagem no trabalho: pode ou não pode?


Fontes: Correio Braziliense, Revista Galileu – Globo, Exame.

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Engenharia 360

Redação 360

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Muitos engenheiros, ao iniciarem suas carreiras, acreditam que a presença de um escritório físico é crucial para a credibilidade e a atração de clientes. Essa percepção, no entanto, frequentemente se revela um equívoco. A realidade atual da engenharia mostra que a necessidade de um espaço físico tradicional não se aplica a todas as áreas, especialmente em um cenário onde projetos são frequentemente desenvolvidos para clientes em diferentes localidades geográficas.

A experiência de profissionais que gerenciam projetos em outros estados, ou mesmo países, enquanto residem em cidades pequenas, ilustra que o sucesso não está atrelado a um endereço comercial. O que realmente importa é a qualidade do trabalho e a capacidade de adaptação às novas dinâmicas do mercado. Debatemos mais o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

escritório físico de engenharia
Imagem de Tima Miroshnichenko em Pexels

O que realmente significa “abrir um escritório de engenharia” no século XXI?

No contexto atual, o conceito de “escritório de engenharia” transcendeu as quatro paredes de uma sala comercial. Ele pode assumir diversas formas, adaptando-se às necessidades e recursos do profissional.

Um escritório pode ser um home office, oferecendo flexibilidade e reduzindo custos operacionais. Pode ser também um coworking, um espaço colaborativo que proporciona infraestrutura completa e oportunidades de networking sem a necessidade de um investimento inicial elevado. Além disso, a engenharia moderna permite um modelo totalmente digital, onde o atendimento, as reuniões e a entrega de projetos são realizados de forma remota, expandindo o alcance geográfico e a clientela potencial.

escritório físico de engenharia
Imagem de Tima Miroshnichenko em Pexels

O êxito na engenharia contemporânea depende da excelência nos projetos, da habilidade em solucionar problemas e da capacidade de se conectar com os clientes, independentemente da localização física.

Lista de tudo o que realmente importa para o engenheiro moderno

Independentemente da escolha por um espaço físico ou um modelo de trabalho remoto, certos elementos são cruciais para o estabelecimento e o sucesso de um negócio de engenharia. A seguir, detalha-se o que é verdadeiramente essencial.

1. Planejamento estratégico e de negócios

Antes de qualquer investimento em infraestrutura, é fundamental dedicar-se ao planejamento estratégico do negócio. Isso envolve a elaboração de um Plano de Negócios Detalhado, que deve abranger a definição da área de atuação, o público-alvo, os serviços a serem oferecidos, uma análise de mercado que contemple a concorrência e as tendências, os diferenciais competitivos e as projeções financeiras. Além disso, a utilização de ferramentas como o Modelagem de Negócios (Canvas) auxilia na organização das ideias e na validação da proposta de valor.

Um Estudo de Viabilidade Financeira é indispensável para calcular os custos iniciais, fixos e variáveis, determinar o ponto de equilíbrio e projetar o faturamento, proporcionando uma visão clara da saúde financeira do futuro empreendimento. E a definição de um nicho e especialização é vital para que o engenheiro se torne uma referência em sua área, atraindo clientes que buscam exatamente o que é oferecido.

2. Legalização e burocracia

A formalização do negócio é inegociável, seja para um escritório físico ou para um profissional autônomo. O registro da empresa (CNPJ) é o primeiro passo para profissionalizar a atividade, e a consulta a um contador é essencial para a escolha do regime tributário mais adequado. E o registro no CREA é obrigatório para o exercício da profissão, garantindo a conformidade com as normas do conselho profissional.

Para escritórios físicos, a obtenção do Alvará de Funcionamento junto à prefeitura é imprescindível, com atenção às exigências de zoneamento, segurança e acessibilidade. A elaboração de contratos e termos de serviço claros e completos assegura a segurança jurídica nas relações com os clientes, abrangendo confidencialidade, escopo do projeto, prazos e formas de pagamento. E a contratação de seguros, como o de Responsabilidade Civil Profissional, é um investimento fundamental para proteger o patrimônio em caso de falhas ou erros nos projetos.

3. Tecnologias e softwares aliados

A tecnologia é o motor da engenharia moderna, tornando softwares e equipamentos avançados indispensáveis. Computadores de alta performance, com processadores robustos, memória RAM e placas de vídeo dedicadas, são necessários para rodar programas complexos.

A escolha dos softwares essenciais dependerá da área de especialização, incluindo ferramentas para projetos (CAD/BIM) como AutoCAD, Revit, ArchiCAD, ou softwares específicos para cálculos e simulações.

Ferramentas de gestão de projetos como Trello ou Asana são cruciais para organizar tarefas e prazos, mesmo para quem trabalha sozinho. O pacote Office ou similares é fundamental para documentos, planilhas e apresentações, enquanto softwares de gestão financeira auxiliam no controle do fluxo de caixa e na emissão de notas fiscais. E ferramentas de comunicação e videoconferência como Zoom ou Google Meet são vitais para reuniões online.

Uma Internet de alta velocidade e confiável é a principal ferramenta de trabalho, e o backup em nuvem protege dados e projetos contra perdas. Por fim, a segurança cibernética, com antivírus e firewalls, é essencial para proteger informações valiosas.

4. Marketing e captação de clientes

Mesmo o engenheiro mais competente necessita de estratégias eficazes para ser encontrado pelos clientes. Uma presença online profissional é fundamental, incluindo um website ou portfólio profissional que funcione como vitrine digital, apresentando projetos, serviços e depoimentos.

A presença em redes sociais profissionais, como LinkedIn, é obrigatória, enquanto outras plataformas podem ser estratégicas dependendo do nicho.

O Google Meu Negócio é crucial para a visibilidade local. As estratégias de marketing digital envolvem a criação de conteúdo de valor (artigos, vídeos) que demonstre expertise, o SEO (Search Engine Optimization) para otimizar a visibilidade em buscadores, e, opcionalmente, o tráfego pago para acelerar a captação de clientes. E o networking, por meio da participação em eventos e associações, e a obtenção de depoimentos e casos de sucesso são ferramentas poderosas para construir credibilidade.

Uma proposta de valor clara e diferenciada é o que fará o cliente escolher um profissional em detrimento da concorrência.

escritório físico de engenharia
Imagem de olia danilevich em Pexels

5. Equipamentos e ferramentas específicas

Além dos itens gerais, cada área da engenharia pode demandar equipamentos e ferramentas específicas. Isso pode incluir equipamentos de medição como níveis a laser e trenas a laser, ferramentas de segurança (EPIs) para visitas a obras, e, dependendo do nicho, até mesmo drones para levantamento topográfico ou inspeções. Uma câmera profissional pode ser útil para registrar projetos e criar conteúdo de alta qualidade. A posse de um veículo é frequentemente essencial para visitar clientes e canteiros de obra.

6. Gestão financeira e administrativa

Ser um bom engenheiro não é suficiente; é preciso ser um bom gestor. Um controle de fluxo de caixa rigoroso é vital para acompanhar as entradas e saídas de dinheiro.

A precificação estratégica dos serviços deve considerar custos, tempo e o valor entregue. Manter uma reserva de emergência que cubra pelo menos seis meses dos custos fixos é uma prática financeira saudável. A gestão de tempo e produtividade é fundamental para otimizar as atividades. Por fim, um atendimento ao cliente de excelência é crucial, pois clientes satisfeitos se tornam os melhores promotores do negócio, contribuindo para a construção de relacionamentos duradouros.

Quando faz sentido ter um escritório físico?

A decisão de ter um escritório físico deve ser ponderada e justificada por necessidades específicas ou aspirações pessoais, e não por uma simples imposição de mercado.

Um escritório físico pode ser uma excelente opção quando se trata de uma realização pessoal, desde que haja condições financeiras para tal, sem comprometer a saúde financeira do negócio. Também pode ser indispensável para necessidades específicas do nicho, como o recebimento constante de clientes, demonstração de produtos complexos ou a existência de laboratórios de testes.

escritório físico de engenharia
Imagem de Thirdman em Pexels

Para profissionais que planejam ter uma estrutura de equipe presencial, um escritório proporciona um ambiente de trabalho mais coeso e colaborativo. Em algumas regiões do mundo ou para certos tipos de clientes, um endereço físico ainda pode transmitir uma percepção de maior confiabilidade e imagem de solidez.

Ao optar por um espaço físico, é essencial considerar a localização (acessibilidade, segurança), a infraestrutura (iluminação, ventilação, internet de alta capacidade), mobiliário ergonômico para o bem-estar dos colaboradores, uma estação de trabalho organizada, e, dependendo do porte, uma sala de reuniões ou recepção. Para completar, a segurança do local, com alarmes e câmeras, também é um ponto a ser considerado.

Veja Também: Montar Escritório de Engenharia: Guia Completo


Fontes: @juliaprojetosbim em Instagram.

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