O mundo esperava ansioso para ver um deficiente físico dar o primeiro chute da Copa 2014 por um exoesqueleto. Embora a emoção tenha durado apenas alguns segundos e decepcionado muita gente, o grupo responsável pelo desenvolvimento do exoesqueleto comemora e considera o momento o primeiro passo.
Por trás das sombras da Copa do Mundo, o gigantesco projeto, denominado Walk Again, contou com a liderança do brasileiro Miguel Nicolelis, com mais de 150 pessoas, 25 países e com o apoio do Duke University Center for Neuroengineering e do Instituto Internacional de Neurociência de Natal (IINN). A proposta inicial era de que o exoesqueleto andasse aproximadamente 20 metros, o que não aconteceu. A justificativa maior está no fato de a FIFA ter dado apenas 29 segundos para a demonstração, o que era quase impossível.
O exoesqueleto, cujo nome é Exo BRA-Santos Dumont 1, tem como base a eletroencefalografia (EEG), uma técnica que envolve uma touca com eletrodos que captam sinais elétricos do cérebro e os transferem a um computador que traduz em movimento. Uma espécie de “pele artificial” com sensores de pressão, temperatura e velocidade que envia estímulos para uma parte superior do corpo a cada toque dos pés no chão foi utilizada para tornar a sensação de andar mais real.
O projeto é um exemplo de como tecnologia, medicina e engenharia atreladas podem mudar vidas. E aqui abaixo um vídeo explicativo que mostra o desenvolvimento e funcionamento do exoesqueleto, muito mais interessante e emocionante que os pequenos segundos mostrados na abertura da Copa, vale conferir!
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.