Nos últimos anos, as tensões globais têm aumentado e, justamente por isso, a tecnologia militar é levada a avançar a passos largos. O mundo acompanha com apreensão o que acontece atualmente na Faixa de Gaza e no Líbano - com a incursão de Israel em resposta aos ataques em outubro de 2022 -, sem contar muitas outras guerras que ocorrem pelo planeta. Neste contexto, as inovações vão mudando cada cenário, sendo usadas como ferramentas de espionagem e ataque entre as tropas.
Na Ucrânia, drones até de papelão são usados contra soldados russos. E como se não bastasse, agora a Força Aérea dos Estados Unidos e empresas de defesa israelenses exploram drones mosquitos para operações militares. Essas pequenas máquinas são projetadas inspiradas nos movimentos de insetos reais, e são capazes de realizar operações de vigilância com extrema descrição. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Como são os drones mosquitos?
Os drones mosquitos são dispositivos pequenos e leves, equipados com sensores térmicos e câmeras para ações de vigilância e reconhecimento. Seu formato se assemelha a moscas ou libélulas.
A ideia é que esses drones possam, de modo discreto, quase indetectável a olho nu, acompanhar ambientes urbanos e naturais (florestais). A capacidade de voar, batendo asas, é outra semelhança com os insetos reais, tornando-os perfeitos para missões de espionagem, coletando informações detalhadas sobre áreas hostis sem levantar suspeitas.
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Como funcionam os drones mosquitos?
Em verdade, a tecnologia por trás dos drones mosquitos é bem fascinante. Os cientistas conseguiram desenvolver dispositivos capazes de replicar o movimento natural dos insetos. Suas asas batem de maneira sincronizada, permitindo um voo de forma ágil e precisa. E por que suas carcaças são tão pequenas? É para poderem voar entre obstáculos diversos e se infiltrar em áreas de difícil acesso para drones convencionais. Portanto, esse é o exemplo perfeito de engenharia aproveitando a miniaturização de componentes e a sofisticação de sistemas de voo!
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Tecnologia americana
Nos Estados Unidos, a pesquisa para desenvolvimento de drones mosquitos está sendo liderada pelos pesquisadores da Base Aérea Wright-Patterson. Seus cientistas estão trabalhando para melhorar a eficiência e o controle remoto desses dispositivos via componentes mecânicos e eletrônicos. Eles ainda utilizam materiais cada vez mais leves e resistentes, como fibra de carbono e polímeros. O uso de processos como a micromecanização a laser possibilita a criação de partes funcionais com alta precisão.
O projeto militar americano, pioneiro no setor, começou com a modificação de objetos reais. Contudo, a abordagem logo apresentou limitações, como a curta vida útil dos insights, o que levou os pesquisadores a investir em drones totalmente artificiais. Foi aí que entrou o conhecimento de pesquisadores da Universidade de Harvard, que testaram um modelo em miniatura semelhante a uma mosca. O mesmo tem cerca de 60 miligramas de peso e uma envergadura de asas de apenas 3 centímetros. Você pode conferir mais detalhes no vídeo a seguir:
Como Israel planeja usar drones mosquitos?
Israel é um dos países mais avançados em termos de tecnologia militar. Sabe-se que o país está investindo no desenvolvimento de drones mosquitos. Empresas como Elbit Systems e Israel Aerospace Industries (IAI) têm trabalhado para criar modelos ultra modernos, de alta precisão, com sensores para coleta de dados em tempo real, e ainda mais compactos - se é que isso é possível. O objetivo é direcioná-los a áreas densamente povoadas, oferecendo vantagem tática para as frentes de batalha.
Neste momento em que Israel está envolvida em conflitos, os drones mosquitos podem auxiliar no trabalho das tropas, ajudando a monitorar movimentos de inimigos e identificar alvos, sem que as forças armadas precisem se expor seus soldados ao perigo.
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Aplicações civil e humanitárias
Pensando além do campo militar, povos como os de Israel podem usar os drones mosquitos para outros fins, incluindo:
- Vigilância de eventos públicos ou operações policiais: Monitorando multidões e identificando comportamentos suspeitos e aumentando a segurança sem a necessidade de intervenção direta.
- Operações de resgate e missões humanitários: Se valendo de drones equipados com sensores térmicos que podem ser usados para localizar sobreviventes em escombros, detectando o calor corporal.
Desafios éticos e considerações sobre privacidade
Como é de se esperar, a tecnologia de drones mosquitos levanta questões éticas importantes, especialmente no que diz respeito à privacidade. Sua capacidade de realizar espionagem quase invisível em áreas urbanas pode ser vista como uma invasão de privacidade, e grupos de direitos civis têm preocupações expressas sobre o uso desses dispositivos em ambientes civis.
Por outro lado, os defensores da inovação argumentam que, num mundo cada vez mais ameaçado pelo terrorismo e pelo crime organizado, dispositivos como os drones mosquitos são essenciais. Qual a sua opinião sobre o caso? Será que é possível um equilíbrio entre privacidade e segurança pública? Escreva sua resposta na aba de comentários logo abaixo!
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Fontes: TecMundo, TechTudo, Radio Locman, onPost.
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Eduardo Mikail
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