Neste verão 2025, já viralizou nas redes sociais um vídeo de um turista em praias brasileiras utilizando um dispositivo silenciador de caixa de som. Vai dizer, quem nunca quis fazer algo assim? Porque, para a maioria, ‘praia’ é sinônimo de descanso em família. O problema é que esse aparelho, conhecido como jammer, não tem seu uso permitido em nosso país. Mas, até por isso, vale entender seu funcionamento para compreender a polêmica. Exploramos mais o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O que é um jammer?
Jammer é uma categoria de dispositivos eletrônicos capazes de interromper ou bloquear sinais de rádio, ou ondas sonoras, interferindo nas comunicações sem fio. O que eles fazem é gerar uma interferência na mesma frequência utilizada pelos dispositivos alvos (geralmente 2,4 GHz).
No vídeo que rodou a Internet, pode-se ver uma pessoa utilizando um jammer e se valendo de sinal Bluetooth para bloquear - “jamming” - a conexão entre um celular e uma caixa de som. Outros dispositivos ao redor que utilizam Wi-Fi, por exemplo, provavelmente devem ter ficado sem sinal. Essa é uma interferência direta, que para muitos é correta e para outros não. Afinal, até onde vão a liberdade e direitos de cada um? Fica a reflexão!
Pocket Gone 1, JBL Boombox 0 pic.twitter.com/Ygi7SabwFU
— Roni Bandini (@RoniBandini) January 10, 2025
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O vídeo a seguir explica, de acordo com os princípios da física, o funcionamento de um jammer:
Por que os jammers são proibidos no Brasil?
Sim, jammers são ilegais no Brasil, exceto em casos específicos autorizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No geral, sua venda e uso são proibidos e podem resultar em penalidades severas, incluindo multas significativas e detenção.
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O que a nossa legislação diz? Bem, é o seguinte: que qualquer dispositivo que emita sinais sem fio deve ser homologado pela Anatel. Só profissionais de entidades públicas, como o Ministério da Defesa e órgãos de segurança pública, têm permissão, em situações de condições rigorosas (como em presídios), para utilizar esses aparelhos. É que os jammers têm um potencial de causar vários problemas, inclusive afetar equipamentos críticos, tipo aqueles utilizados em sistemas de emergência e comunicação militar.
Não se trata de o governo apoiar quem causa distúrbios com som alto na praia, mas sim de nos restringir o uso de um dispositivo que pode colocar nossa segurança em risco em determinadas situações.
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Quais alternativas ao uso de jammers?
É claro que as pessoas estão chateadas com o barulho excessivo nas praias - o que simplesmente poderia ser resolvido com a simples prática da boa educação. Mas o incômodo é constante! Justamente por isso, apelam para soluções criativas e que possam proteger suas privacidades, evitando brigas e agressões. O próprio vídeo divulgado nas redes sociais ampliou o debate sobre legalidade e os direitos dos usuários nas praias do Brasil.
Qual é a alternativa, então? Bom, ao invés de recorrermos aos jammers - repetindo, que são ilegais -, devemos seguir alternativas mais seguras e legais.
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- Levar a cadeira de praia para zonas silenciosas.
- Criar leis e punições rigorosas para quem usa caixas de som em locais restritos.
- Conscientizar melhor a população sobre a importância de respeitar o espaço compartilhado, mantendo volumes adequados em locais públicos.
- Usar fones de ouvido com cancelamento de ruído, deixando de ser incomodado por barulhos externos.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Eduardo Mikail
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