Engenharia 360

Companhia aérea quer utilizar combustível produzido a partir de roupas

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por Clara Ribeiro
| 06/02/2017 | Atualizado em 10/05/2022 2 min

Companhia aérea quer utilizar combustível produzido a partir de roupas

por Clara Ribeiro | 06/02/2017 | Atualizado em 10/05/2022
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O século XXI trouxe consigo um maior interesse em mudar o mundo, não? Tarde demais ou não, é interessante ver a quantidade de possibilidades encontradas para diminuir a emissão de gases, o desmatamento, a poluição de rios e oceanos, entre outras. E o mais legal é que essa "movimentação" tem ocorrido em todo o mundo.
Já falamos por aqui, por exemplo, sobre uma empresa britânica que cria combustível a partir de ar e água e também sobre o bondinho do Pão de Açúcar que é movido a energia solar.
A "notícia sustentável" de hoje vem lá do Japão. A maior companhia de aviões do país, a Japan Airlines, está em busca de uma substituição para o combustível fóssil e uma parceria com a empresa de reciclagem Japan Environmental Planning, mais conhecida como Jeplan, e com o Green Earth Institute de Tóquio promete trazer uma ideia transformadora nos próximos meses.
A companhia quer transformar roupas usadas em combustível para seus aviões. Em conjunto com as outras empresas, ela quer estabelecer um conselho colaborativo que poderia colocar essa fonte de energia alternativa em testes no ano de 2020, de acordo com a Nikkei Asian Review.
A Jeplan já está em contato com 12 varejistas, incluindo as grandes Aeon e Muji, para coletar roupas usadas em cerca de 1.000 lojas em todo o Japão. O fundados da empresa, Michihiko Iwamoto, passou cinco anos desenvolvendo uma maneira de criar bioetanol a partir de roupas.
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Como é feito esse novo combustível para aviões?

A tecnologia utiliza a fermentação para quebrar os açúcares contidos no algodão. “Eu acreditava totalmente que no futuro haveria um carro que funcionasse com lixo. Mas os anos passaram e isso não aconteceu. Então eu pensei que eu iria desenvolvê-lo", disse Iwamoto.
A Jeplan vai construir uma planta de combustível experimental em um de seus locais de fábrica. Depois, o próximo passo é planejar voos de teste usando uma mistura de combustível convencional e derivado de algodão em 2020, antes de estabelecer uma planta comercial até 2030.
A novidade parece incrível, mas engana-se quem pensa que o combustível derivado do algodão é uma solução para a utilização de petróleo no país. Isso porque é preciso 100 toneladas de algodão para produzir apenas 10 quilolitros de combustível. Para se ter uma ideia, um Boeing 747 usa cerca de 1 galão de combustível convencional a cada segundo.
“Mesmo se todo o algodão consumido no Japão fosse usado na produção de combustível, isso daria apenas 70.000 kl - menos de 1% do consumo de combustível do Japão”, observa um representante da Nikkei Asian Review.
Vale lembrar que essa mesma tecnologia pode ser aplicada a outros tipos de resíduos, como papel e plástico.

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Clara Ribeiro

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

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