Engenharia 360

Conheça Oceanix Busan, a primeira cidade flutuante e sustentável do mundo

Engenharia 360
por Simone Tagliani
| 03/02/2025 | Atualizado há 2 dias 5 min
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via ArchDaily

Conheça Oceanix Busan, a primeira cidade flutuante e sustentável do mundo

por Simone Tagliani | 03/02/2025 | Atualizado há 2 dias
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via ArchDaily
Engenharia 360

O mundo passa hoje por uma urbanização acelerada; ao mesmo tempo, vivemos uma severa transformação climática. Tudo isso exige da engenharia soluções ainda mais inovadoras para habitações, cidades e bairros inteligentes. Neste contexto, o projeto Oceanix Busan, desenvolvido pela ONU-Habitat em parceria com a Oceanix e o porto sul-coreano de Busan, surge como ideia para a construção da primeira cidade flutuante sustentável do mundo - uma clara resposta às ameaças do aumento do nível do mar.

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Essa cidade flutuante seria instalada na Coreia do Sul. Segundo especialistas, trata-se de um modelo (possivelmente escalável) de como as comunidades podem coexistir no mundo em harmonia com o meio ambiente. Ficou curioso? Confira mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O desafio das cidades costeiras e a necessidade de inovações

Atualmente, cerca de 90% das cidades costeiras no mundo enfrentam riscos sérios devido ao aumento do nível do mar. Em breve, veremos desastres naturais muito dramáticos! Isso porque várias dessas áreas serão inundadas de podem desaparecer, a não ser que os governos ajam rápido para frear as mudanças climáticas e protegê-las, o que vai depender demais da engenharia sustentável. Em tese, o Oceanix Busan poderia ser replicado em outras regiões do planeta, servindo para realocar comunidades ameaçadas para uma plataforma flutuante.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via ArchDaily

Toda essa obra foi pensada para ser resiliente, ecologicamente correta e com alta eficiência energética. Em princípio, a área somaria 63.000 metros quadrados, dividida em três bairros interligados. Haveria espaços de moradia, centros de estudo - inclusive sobre engenharia oceânica -, estufas para cultivo de alimentos, áreas verdes, além de estruturas de hospedagem para visitantes. Todas as construções teriam baixa altura, com estruturas resistentes a tempestades e ondas do mar.

A saber, a cidade flutuante de Oceanix Busan na Coreia do Sul poderia abrigar até 12 mil habitantes - com possibilidade de expansão para 100.000 pessoas.

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Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Arquitectura Viva

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O design e tecnologias avançadas de Oceanix Busan

Antes de tudo, vale falar sobre a engenharia de Oceanix Busa. Em princípio, todos os materiais para construção foram escolhidos com base na durabilidade e resistência às condições marinhas. Seriam feitas grandes bases de sustentação flutuantes em concreto reforçado com aço, garantindo estabilidade e segurança. Sobre isso, estruturas modulares, com pilares ajustáveis, permitindo acomodação da cidade conforme variações do nível do mar e expansão conforme a demanda populacional.

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Essa adaptabilidade é crucial para que a futura cidade flutuante possa enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Arquitectura Viva

Já quanto ao design arquitetônico de Oceanix Busan, esse deve incorporar vários elementos sustentáveis e tecnológicos. Por exemplo, quartos otimizados com luz e ventilação naturais; sistemas de energia net-zero (que buscam equilibrar a quantidade de gases de efeito estufa emitidos com a quantidade removida da atmosfera); paineis solares fotovoltaicos flutuantes e nos telhados dos edifícios; turbinas eólicas integradas nas estruturas; sistemas hidropônicos para cultivo de alimentos; sistema de circuito fechado para tratamento de água e reciclagem de resíduos; e mobilidade inovadora.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via ArchDaily
Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Arquitectura Viva

Vale destacar que o plano dessa cidade flutuante inclui várias ações para a garantia de um ambiente equilibrado e responsável. Estamos falando de, no mínimo, gestão eficiente da água (com reciclagem da água e mínimo de uso de água doce, reduzindo o escoamento para o oceano) e gestão de resíduos (baseada em princípios da economia circular, como compostagem e reciclagem). Para completar - e talvez o mais importante - trabalhos contínuos de regeneração de habitats costeiros.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Arquitectura Viva
Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Koreami

O impacto do projeto Oceanix Busan nas gerações futuras

A construção da cidade flutuante Oceanix Busan estava prevista para 2025 - é bem provável que isso não aconteça. Mas num momento oportuno, quando isso se tornar viável, tem tudo para ser um sucesso, servindo de exemplo para outras cidades costeiras vulneráveis ao clima.

A saber, de acordo com Bjarke Ingels, fundador do Bjarke Ingels Group, a Oceanix Busan representa uma nova abordagem para urbanização, combinando tecnologia, sustentabilidade e design inovador para criar uma cidade verdadeiramente resiliente.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via ArchDaily

A Coreia do Sul acredita que Oceanix Busan será uma comunidade moderna, inclusiva, coesa e vibrante; um centro dinâmico, com zonas muito bem arborizadas, atrações recreativas e culturais, escolas, comércios e postos de saúde. Seu desenvolvimento econômico diversificado proporcionará oportunidades nos setores de turismo ecológico, hospitalidade e pesquisa tecnológica, que serão essenciais para a vida na cidade.

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Fontes: ArchDaily, Blog Canal da Engenharia, Arquitectura Viva.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

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