A gigante de tecnologia Microsoft anunciou recentemente o desenvolvimento de um novo chip revolucionário, o Majorana 1. O mesmo seria alimentado por qubits topológicos e construído de um material chamado topocondutor. A promessa é causar uma verdadeira revolução no setor de computação quântica – utilizada na resolução de problemas complexos em escala industrial. Quer entender melhor quais as implicações disso na engenharia? Então, leia o artigo a seguir, do Engenharia 360!
Por que o Majorana 1 é tão especial?
Segundo os desenvolvedores da Microsoft, o chip Majorana 1 se vale de um novo tipo de material supercondutor capaz de criar um estado da matéria como nunca antes explorado. Eles chamam isso de ‘supercondutividade topológica’, uma propriedade que permitiria que os qubits sejam mais estáveis e menos suscetíveis a erros. Para a empresa, tal descoberta se compara à invenção dos semicondutores, que ajudaram a revolucionar a eletrônica, permitindo a criação de smartphones e computadores modernos. O que está pela frente são super computadores quânticos!
Vale destacar neste ponto do texto que a dita “chave para tornar os computadores quânticos uma realidade industrial” é a escalabilidade. Esse é um grande desafio da engenharia de computação! Pelo que consta, o Majorana 1 tem uma arquitetura diferente, que permitiria a expansão de até um milhão de qubits, o que, segundo especialistas, seria essencial para a resolução de problemas reais de grande complexidade, respondendo questões como decomposição de microplásticos e criação de materiais autorreparáveis.
O topocondutor
Como explicamos antes, o topocondutor é utilizado no chip Majorana 1 da Microsoft. Trata-se de um material desenvolvido a partir da combinação de arseneto de índio e alumínio. Ele permite a formação das partículas de Majorana, essenciais para o funcionamento, portanto, dos qubits topológicos (os “blocos de construção” dos computadores quânticos) mais estáveis, rápidos, pequenos, confiáveis e escaláveis.
É importante dizer que, nesse caso, o controle digital dos qubits (via pulsos digitais para conectar e desconectar pontos quânticos) possibilita um gerenciamento muito mais prático e eficiente do que as abordagens tradicionais já testadas, que dependem de sinais analógicos complexos. Aliás, esse modelo de controle simplifica a correção de erros quânticos.
Quais as possíveis aplicações do Majorana 1?
Já se sabe que o avanço anunciado pela Microsoft pode transformar setores como ciências dos materiais, meio ambiente, saúde, agricultura e Inteligência Artificial, impulsionando a humanidade rumo a um futuro tecnologicamente inédito. A computação quântica aliada à IA deve permitir o desenvolvimento de novos materiais, criação de catalisadores de decomposição de poluentes, otimização do uso de enzimas para tratamentos médicos e melhora de produção de alimentos, e simulação de reações químicas complexas para desenvolvimento de novos medicamentos.
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O desenvolvimento e aprimoramento do chip Majorana 1 certamente vai impactar a engenharia, transformando todas as suas áreas. Essa sua capacidade de resolver problemas complexos em escala industrial pode levar a inovações diversas. Mas tudo ainda são promessas. Os próprios cientistas sabem que, antes, precisam superar certos desafios para que a tecnologia possa ser amplamente utilizada.
Quais as perspectivas para o futuro da computação quântica?
Podemos estar diante do início de uma nova era na computação!
Neste momento, o foco da Microsoft é a integração das soluções para construção de computadores quânticos funcionais e tolerantes a falhas em escala industrial. A próxima fase envolve aprimorar os processos de fabricação e garantir que todos os elementos do sistema quântico funcionem juntos e de forma eficiente.
Se tudo correr conforme o planejado, poderemos ver uma revolução semelhante à que ocorreu com a popularização dos computadores pessoais – mas, desta vez, impactando todas as indústrias de forma exponencial. O que você acha disso? Escreva suas opiniões sobre o caso na aba de comentários logo abaixo!
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Fontes: Olhar Digital.
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