O que vamos contar neste texto foi pouco noticiado nas mídias, mas, em 2021, em plena Pandemia e com o cancelamento dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro por conta do avanço do coronavírus, a Cidade do Samba, localizada na Zona Portuária, foi interditada pelo Ministério Público por risco de incêndios. Infelizmente, este não foi um caso isolado. Já houveram vários casos de chamas nos galpões desde a inauguração do complexo, no ano de 2006. Inclusive, em 2020, aconteceu um incidente bem preocupante na área da Viradouro. Mas o que aconteceu, de fato, e o que está sendo feito para impedir maiores desgraças? Veja a seguir!
Últimos casos de incêndios na Cidade do Samba
O incêndio na quadra da Viradouro, em 2020, por sorte, não apresentou feridos. Também teve o acidente em 2019 na quadra da Império Serrano, com fogo iniciado em estrutura de carro alegórico que era desmontada dentro de uma unidade de galpão; uma grande quantidade de fumaça tóxica atingiu uma creche bem perto do local. Mas foi em 2011 o pior caso. Neste ano, 14 barracões sofreram com um incêndio iniciado entre as unidades da Portela, União da Ilha do Governador, Grande Rio e da Liesa, a administradora do local. No combate às chamas, o Corpo de Bombeiros teve que mobilizar 39 carros de sete quartéis e 80 homens. Mesmo assim, houve graves danos ao complexo, com queda de parede, estrutura superior e mais.
Mudanças determinadas pela justiça
Em 2021, o Ministério Público do Rio de Janeiro ressaltou que, sim, o Corpo de Bombeiros vem fazendo vistorias frequentes na Cidade do Samba. Parece que foram identificadas irregularidades no estado das instalações, como também a ausência de plano de controle e prevenção contra incêndios.
"(...) (a) eventual demora no julgamento do feito prolongará a situação de risco a que estão expostos não só os trabalhadores, como todas as pessoas que frequentam o local." - Juízo na decisão.
O que foi determinado durante esta avaliação era a interdição da Cidade do Samba até que suas instalações estivessem em condições seguras. Veio a questão, então, da necessidade de um retrofit no complexo, ou seja, que tudo fosse reestruturado de forma a minimizar os riscos de incêndio, adequando-se às normas de prevenção e controle de fogo descritas no Decreto Estadual nº 897/76. A prefeitura do Rio e a Liesa ainda não se manifestaram adequadamente no último ano nas mídias sobre a decisão da Justiça. Mas o que se sabe é que o não cumprimento levará à uma multa diária de R$10 mil reais.
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Treinamento de voluntários para combate a incêndios
Então, pelo que se entende, é de responsabilidade da prefeitura do Rio e da Liesa (que é a Liga Independente das Escolas de Samba) de ir atrás de soluções de Engenharia e Segurança para a Cidade do Samba. Mas é claro que as escolas podem "correr na frente" e consultar especialistas para prevenir possíveis danos ao seu patrimônio e garantir a segurança física de seus funcionários e visitantes.
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Podemos dar como exemplo a própria Viradouro que decidiu oferecer dentro da escola um curso de Brigadista Voluntário de Combate a Incêndio para o seu quadro de trabalhadores que dá expediente no espaço de produção de alegorias e fantasias na Cidade do Samba. Assim, seus integrantes podem sempre estar preparados para lidar com situações de risco nas dependências do barracão.
Veja para o que esses profissionais voluntários foram treinados:
- Conhecimento em todos os tipos de extintores - para identificar e corrigir situações que possam provocar incêndios;
- Conhecimento em procedimentos básicos para evitar pânico;
- E conhecimento em técnicas de primeiros socorros com vítimas em estados de choque, desmaio, hemorragia, além de prevenção de queimaduras.
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Fontes: Extra Globo, Carnavalesco.
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Eduardo Mikail
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