A madeira é um dos materiais mais utilizados e valorizados pela Engenharia e Arquitetura. O problema é que o material é vulnerável à ação de intempéries, não à toa ele é substituído por plástico ou peças moldadas em resina e concreto. Qual a solução para prolongar a sua vida útil? Aplicar revestimentos como verniz ou stain!

Mas você sabe qual a diferença e vantagens de cada material? Esclarecemos a seguir, neste artigo do Engenharia 360!

O que acontece com a madeira sem acabamento?

A madeira é um material com alto índice de dilatação, mas até essa dilatação fica comprometida com o passar do tempo. Após o desgaste pelo sol e pela chuva, não é incomum aparecer trincas e descamamento entre os veios. Para evitar que isso ocorra, só com aplicação prévia de revestimento. 

Se a peça já foi pintada, deve-se antes passar uma lixa com proteção ao empastamento e gramatura entre 80 e 120. O lixamento ou raspagem deve ser feito no sentido dos veios. E em casos mais críticos, já é preciso apelar para a remoção química do material, forçando o pincel com removedor especial. Então, após alguns minutos, é só raspar. 

Qual a diferença entre verniz e stain?

Basicamente, a principal diferença entre esses materiais está justamente na questão da capacidade de formação da película de proteção sobre a madeira. Começando pelo verniz. Esse acabamento é mais superficial, porém encorpado, escondendo melhor os veios das peças. Já o stain cria uma camada ultrafina, sendo mais “aguado”, permeando o melhor na madeira, preenchendo seus poros até as camadas internas, mantendo o seu relevo natural.

A segunda diferença está na intensidade de brilho desse acabamento. Especialmente, os vernizes podem ser encontrados nas lojas, sendo vendidos nas opções brilhante, acetinado ou fosco. Já os stains são apenas acetinados.

Para finalizar, podemos encontrar entre esses materiais a diferença de durabilidade - sendo 6 anos em média para vernizes e 3 anos em média para o stain. Claro que essa característica pode variar a depender das condições climáticas da região de instalação da madeira e frequência de manutenção das estruturas.

Qual a indicação de uso para cada produto?

Segundo os especialistas, quanto mais a madeira estiver exposta às intempéries, mais ela precisará de proteção. Então, o que usar? Bem, em casos extremos, os stains se saem melhor, servindo para todos os tipos de madeira como cumaru, ipê e pinho. Seu desgaste é mais lento em comparação aos vernizes e às tintas também. Inclusive, existem stains com proteção de ação fungicida, repelente à água e filtro solar.

A saber, os stains penetram nas fibras da madeira e, por possuírem baixa formação de filme, acompanham melhor os movimentos naturais dela, sem formar trincas ou descamar.

Outras ideias de aplicação 

Sabia que alguns vernizes e stains podem ser usados em outros materiais além da madeira? Por exemplo, paredes de alvenaria com tijolos aparentes, assumindo função de proteção e fazendo impermeabilização. As possibilidades variam de produto a produto - consulte as embalagens. Já em madeira, de portas as janelas e móveis de jardins, dá para brincar bastante. 

Mas, atenção, os stains não necessitam de remoção para aplicar uma nova camada, com desgaste sendo identificado pelo esmaecimento da cor. 

Veja Também: Os principais tipos de madeiras usados na construção

Fontes: Construir Mais por Menos, número 38, Editora Escala.

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Eduardo Mikail

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