A camada de argamassa em obras de construção civil serve como base para a regularização de pavimentos em edificações. Mas suas funções vão muito além dessa explicação, sendo nivelar superfícies, oferecer caimentos para ralos, embutir instalações, etc. Quer saber mais? Então leia o artigo a seguir, do Engenharia 360!

1. Composição

A confecção de contrapiso envolve a utilização de cimento e areia na proporção 1 para 6, podendo ou não colocar cal na mistura, na proporção de um para dois e para 6 de cimento, cal e areia respectivamente. Outra opção é a utilização de argamassa industrializada, bastando apenas a adição de água na proporção variada, a depender se o material é do tipo plástico ou seco. A diferença pode ser percebida na prática pela “liga” do cimento com a areia do contrapiso.

É interessante utilizar produtos impermeabilizantes na argamassa, para evitar infiltrações. E dependendo do traço escolhido, o contrapiso pode ser mais ou menos resistente mecanicamente. 

2. Execução 

Vale destacar que o contrapiso é sempre feito sobre laje estrutural ou lastro de concreto sobre terreno nivelado com britas. Justamente por isso a quantidade de materiais utilizados como areia, cimento e argamassa é determinante para o resultado. 

De todo modo, sempre será necessária uma execução cuidadosa! Quando o contrapiso é mal feito, ele tende a ter problemas para aderir à estrutura pré-existente, sendo necessário desmanchar e fazer tudo de novo, gerando despesas e retrabalhos 

Atenção: nesses casos até o estoque dos materiais pode comprometer a qualidade da execução do contrapiso.

3. Nivelamento 

É importante dizer que o contrapiso não pode ficar irregular, pois tende a comprometer, mais tarde, as instalações de portas, ralos e muito mais, até mesmo influenciando o escoamento das águas, segundo previsto em projeto hidráulico. Inclusive, esse escoamento deve estar bem demarcado em planta baixa. Por exemplo, 0,5 ou 1,0% no sentido dos ralos.

Essa é uma questão que deve ser resolvida ainda no início da execução da obra porque, simplesmente depois de tudo pronto, o contrapiso não pode receber acréscimos de nenhum tipo de material. O que fazer, então? A regularização com argamassa quando houver colocação de revestimento. 

Mas em que situações o contrapiso fica irregular? Bem, vai depender muito do acabamento final, que pode ser sarrafeado, ou seja, nivelado com régua metálica ou desempenado feito com desempenadeira de madeira para o alisamento. 

Em caso de assentamento de piso, pode ser necessário fazer um “ajuste fino” no contrapiso. Isso quer dizer um nivelamento com nata de cimento para corrigir “erros” mais sutis sobre a superfície. 

4. Cura 

Claro que se um contrapiso for mal feito, sua resistência Será menor e logo os problemas devem surgir lembrando mais uma vez que, depois de pronto, isso será impossível de corrigir, por isso, deve se respeitar o tempo de cura da massa, que é de 28 dias, para só depois aplicar o revestimento.

Bônus | Sugestões práticas para um contrapiso perfeito

• Controle de Umidade: Antes de iniciar a aplicação do contrapiso, certifique-se de que a superfície está limpa e levemente umedecida para garantir melhor aderência da argamassa.
• Atenção à Temperatura: Evite realizar o serviço em dias muito quentes ou com ventos fortes, pois isso pode prejudicar o processo de cura.
• Reforço Estrutural: Em áreas de grande tráfego ou sobrecarga, considere adicionar fibras de polipropileno ou telas metálicas à argamassa para aumentar a resistência.
• Planejamento de Materiais: Armazene areia e cimento em locais protegidos da umidade para evitar perda de qualidade e desperdício.
• Inspeção Prévia: Verifique a regularidade da superfície antes da aplicação para evitar surpresas durante a execução.

A execução de um bom contrapiso é uma etapa essencial para garantir a qualidade e a durabilidade de qualquer obra. Desde a escolha dos materiais até o respeito ao tempo de cura, cada detalhe faz a diferença no resultado final. Com planejamento adequado e atenção aos processos, é possível evitar retrabalhos e garantir superfícies planas, resistentes e preparadas para receber revestimentos de forma segura e eficiente.

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Fontes: Construir Mais por Menos, Editora Escala, Novembro 06.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.