Sempre esteve no imaginário das pessoas a ideia de ligar continentes por túneis subaquáticos. Então, com o avanço das tecnologias, será que estamos mais perto dessa realidade? Pode ser! Talvez você não acredite, mas há um projeto ambicioso de túnel transatlântico ligando Londres a Nova York. Assim, uma viagem que hoje é realizada em cerca de 8 horas passaria para uma jornada de apenas 54 minutos. Não seria incrível?
Recentemente, até o empresário Elon Musk manifestou nas redes sociais seu apoio a esse sonho futurista. A saber, o custo estimado para essa empreitada é de cerca de US$ 20 trilhões. Então, será que teria chances de sair do papel? É exatamente isso que discutimos neste artigo do Engenharia 360. Confira!
O sonho de conectar continentes submarinos
Desde o século XIX, governantes e empresários já citavam, em diversas rodas de conversas, a possibilidade de conectar a Inglaterra aos Estados Unidos por meio de um túnel subaquático. Mas pensa na complexidade de um projeto desses, de ligar dois continentes - afinal, são mais de 5.500 quilômetros de distância. Haveria de ser considerado, além dos custos, os impactos ambientais, econômicos, de "relação especial" entre as nações, e muito mais.
O que antes parecia inviável agora é encarado de forma diferente, graças às novas tecnologias, como os trens de levitação magnética em tubos de vácuo, capazes de alcançar velocidades entre 6 mil e 8 mil km/h.
Desafios técnicos, econômicos e ambientais
Vale comentar que a magnitude de uma obra dessas é algo que praticamente nem pode ser comparada com o Túnel do Canal da Mancha, de 1994, que conecta Inglaterra à França. O Eurotúnel possui 50 km e levou 6 anos para ser construído ao custo de US$ 21 bilhões - já naquela época, pense bem. E para ligar Londres à Nova York precisaria de uma estrutura 150 vezes maior.
Os defensores do projeto garantem que tudo valeria a pena se, assim, pudéssemos ter uma alternativa mais sustentável ao transporte aéreo, que é uma das maiores fontes de emissões de carbono no mundo.
Claro que tem mais, muito mais a ser considerado! Para começar, os cálculos complexos de engenharia para que essa estrutura venha a suportar a pressão em águas profundas (em algumas áreas, a mais de 5 mil metros), riscos sísmicos e correntes marítimas. Há a possibilidade de grave perturbação dos ecossistemas marinhos, inclusive de espécies em caminho de extinção.
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Uma obra desse porte deve alterar severamente habitats sensíveis. Então, lhe perguntamos: vale a pena? Coloque tudo na balança!
As tecnologias futuristas envolvidas na proposta
Como citamos antes, uma das propostas mais inovadoras relacionadas a esse túnel transatlântico envolve o uso de trens movidos por levitação magnética, conhecidos como vactrains. Essa tecnologia poderia realizar o transporte a longas distâncias mais rápido do que muitos voos domésticos. E visando equilibrar a eficiência de construção, segurança contra desastres naturais e sustentabilidade ambiental, outras ideias estão sendo consideradas, por exemplo:
- Túnel Flutuante: Submerso a cerca de 49 metros de profundidade e suspenso por cabos ancorados no fundo do oceano.
- Túnel no Leito Oceânico: Estruturas assentadas diretamente no fundo do mar.
- Sistema Híbrido: Combinação de segmentos flutuantes e assentados no leito oceânico.
O futuro do projeto do túnel transatlântico
Se até aqui você não entendeu, esclarecemos que, não, não existem propostas concretas consideradas pelos governos da Inglaterra e Estados Unidos para a construção desse túnel transatlântico. O que existem são especulações, que estão gerando a debates nas academias e entre entidades de engenharia sobre os custos exorbitantes e os riscos associados a um projeto desse porte. E é justamente tudo isso que tem levado à hesitação dos órgãos oficiais em seguir com quaisquer planos.
Projetos menores, que já em andamento, dão uma perspectiva da complexidade da questão, e exemplo do túnel para conectar a Espanha ao Marrocos pelo Estreito de Gibraltar até 2030, que teria 27 km, sendo 17 km a uma profundidade de 475 metros abaixo da superfície. Também está sendo feito o Rogfast, entre Escandinávia e a Noruega, que promete ser o mais longo e profundo túnel rodoviário do mundo. Apesar das escalas serem diferentes, esses exemplos podem servir como referência para empreendimentos ainda maiores, como o Túnel Transatlântico entre Londres e Nova York.
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Veja Também: Conheça o projeto de túnel submerso entre Itajaí e Navegantes
Fontes: Revista Casa e Jardim, Gazeta do Povo.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Eduardo Mikail
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