No momento de comprar um automóvel, diversos fatores são analisados para a escolha do modelo ideal, como o ano do veículo, o desempenho, a segurança e a credibilidade da marca. Mas quando o assunto é o valor do veículo, a única certeza é que não é possível fugir dos impostos embutidos no preço final. E a carga tributária é bem alta, chegando a corresponder a 54,8% do valor.
Entre os impostos cobrados, há o estadual, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), enquanto que no âmbito nacional temos o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), além do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) e ISS (Imposto sobre Serviços).
O percentual de cada um dos impostos é variável. O IPI, por exemplo, é calculado conforme a cilindrada, o combustível utilizado e o fato de o veículo ser nacional ou importado. Outros fatores também influenciam o valor total cobrado, como o estado em que é produzido o automóvel – há variações conforme a região do país –, o regime tributário da empresa que efetua a venda do veículo e a margem de lucro praticada.
Segundo a Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, os tributos de um automóvel variam de 37,2% a 43,7%, e somados aos valores de encargos, o valor corresponde ao equivalente a 48,2% e 54,8% do preço do carro. O Brasil é um dos países com a maior carga tributária, acima da Itália, enquanto que nos EUA corresponde a 7,5% e no Japão a 5%.Considerando os 10 veículos mais vendidos no mês de agosto de 2016, conforme média no país e de acordo com o relatório da Fenabrave, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores, é possível efetuar uma média do valor que é cobrado de impostos. Para tanto, os valores considerados são o do veiculo de entrada de cada modelo, 0Km, conforme a Tabela Molicar. Outros fatores e taxas também interferem na variação da incidência tributária. Mas, afinal, qual seria o valor desses carros se não fossem cobrados esses impostos?