Engenharia Elétrica

Pesquisadores desenvolvem sistema que reduz o custo da iluminação industrial e de vias

{{post.author.node.name}}

Por: Larissa Fereguetti | Em: | Atualizado: 2 anos atrás | 4 min de leitura

Compartilhe »

Pesquisadores da Universidade Politécnica de Valência desenvolveram, em parceria com a empresa Venalsol, que é liderada pelo engenheiro industrial Jaume Peiró, um sistema que é capaz de reduzir em 40% o gasto com iluminação em indústrias e em vias públicas. Esta redução no consumo de energia soma-se ao oferecido pela tecnologia já utilizada, a iluminação por indução eletromagnética, que é em média de 50% quando comparada a iluminação tradicional.

mercado de trabalho | iluminação
Imagem de Pixabay

O sistema é projetado para manter um fator de potência próximo de 1, ou seja, a máxima eficiência. O módulo se autocalibra, proporcionando maior estabilidade e menor vulnerabilidade contra quedas de tensão nas seções terminais das ruas. O consumo de energia reativa também é reduzido, o que é benéfico, já que paga-se por esta energia. Em outros sistemas de iluminação, o fator de potência diminui e o consumo de energia reativa aumenta quando, a partir de uma determinada hora da madrugada, reduz-se o nível de luz para economizar energia nas vias.

Existem outros mecanismos de controle incorporados ao sistema, como temporizadores, de forma que é possível adequar os sistemas de controle de tempo ou presença que ativem ou desativem o módulo, alcançando uma racionalização de custos. O protótipo já foi patenteado, como você confere no vídeo abaixo:

Grande parte da iluminação pública no Brasil ainda é a base de lâmpadas de vapor de mercúrio ou de vapor de sódio. Mas, aos poucos, a iluminação de LED está conquistando espaço e encontra-se presente em alguns pontos e em semáforos de algumas cidades. Quando comparadas, a lâmpada LED possui uma vida útil de 50 mil horas de funcionamento, enquanto as de vapor de sódio duram até 32 mil horas e as de vapor de mercúrio duram, em média, 10 mil horas.

O nosso país ainda é dependente de hidrelétricas para o fornecimento de energia, o que significa que em um período de estiagem o problema não é apenas a falta de água, mas também a falta de energia. A atual crise hídrica já dá indícios sobre a necessidade de redução no consumo de energia. Em 2001, o Brasil sofreu com o famoso “apagão”, que impulsionou a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Quatorze anos depois, os brasileiros possuem mais eletrodomésticos que entraram para a lista dos essenciais, dificultando a redução do consumo, mesmo com as termelétricas auxiliando no fornecimento de energia.

Neste sentido, o desenvolvimento de projetos viáveis para redução no consumo de energia (como o exemplo mostrado) é uma boa oportunidade para quem pretende trabalhar na área. Vale lembrar que muitos projetos grandiosos começam nos pequenos laboratórios da faculdade


Referências: Universidade Politécnica de ValênciaManual de Iluminação Pública (COPEL, 2012); Iluminação Pública – CREA-PR/ Série de Cadernos Técnicos - Eng. Eletric. Willy Schulz.

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO