Os robôs agora estão invadindo os canteiros de obras da Engenharia, revolucionando a construção de edifícios. Por exemplo, recentemente, foi notícia nas redes que a empresa Construction Robotics havia lançado um robô-pedreiro semi-automático capaz de assentar 3 mil tijolos diariamente - o que seria 6 vezes mais rápido que um humano. Seu primeiro teste foi em Chicago, nos Estados Unidos.
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Agora a notícia mais recente é o lançamento da máquina Hadrian X, da empresa FBR Limited. Ela poderia construir, com ajuda de um software para posicionamento de blocos, uma casa de dois quartos em apenas 24 horas - uma velocidade em torno de 1 bloco a cada 20 segundos ou 1 mil blocos por hora. Algo que só seria possível com a utilização também de técnicas de construção superiores, como de uso de argamassa adesiva. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
Desafios éticos, sociais e econômicos na automação da construção de edifícios
A Engenharia Civil também caminha em busca do progresso e da inovação. Mas isso exige considerações éticas, sociais e econômicas. Será que estamos vivendo uma transição justa e inclusiva no mercado de trabalho? O que você acha?
Nesse cenário, é inegável a contribuição que exerce inventos como o da FBR Limited. Esse robô pode ser um dos exemplares a mudar radicalmente o panorama da construção de edifícios, que por centenas de anos se valeu de métodos tradicionais e mão-de-obra humana. Enfim, a necessidade exigiu mais pressa para se erguer paredes de habitações. E o desafio agora é manter a qualidade e a eficiência ao mesmo tempo que se desafia a velocidade das práticas da Engenharia.
A saber, a capacidade do robô Hadrian X seria de manusear até 500 blocos por hora. Na prática, isso daria algo em torno de 120 metros quadrados. E tudo feito com auxílio de um braço telescópico de 32 metros, projetado para executar construção de edifícios de até 3 andares de altura. O diferencial desse mecanismo é o manejo de peças de grandes dimensões e peso considerável, oferecendo um potencial inédito para a Engenharia Civil.
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Sustentabilidade, eficiência e adaptação na indústria da construção de edifícios
Como dito antes, a indicação da FBR Limited é combinar sua máquina Hadrian X a um processo construtivo que faz uso de argamassa "adesiva", substituindo a argamassa tradicional. Essa é uma tentativa da empresa para reduzir a geração de resíduos nesse processo de construção de edifícios. Certamente, a estratégia segue o novo modelo industrial da atualidade, que busca ser mais sustentável.
Os bons resultados já foram provados em testes, com a construção de edificação de moradias individuais até estruturas de portes maiores, formadas por blocos maiores. Todo o processo é automatizado via modelo CAD 3D. Mas, justamente por isso, será que os pedreiros terão sua mão-de-obra eliminada do mercado da Engenharia Civil? Bem, parece que suas habilidades terão que ser transferidas para a condução dessa automação avançada. Ou seja, é a substituição da obra humana por robôs - e humanos requalificados para novas demandas e oportunidades.
A introdução massiva dessa tecnologia robótica pode redefinir os paradigmas do setor da Engenharia Civil, exigindo regulamentações e adaptações para garantir uma transição suave e equitativa para todos os envolvidos.
Observação: Foi noticiado no início de novembro de 2023 que a China planeja produzir muitos robôs humanoides até 2025, com a intenção de ter um impacto enorme no mundo, comparável ao que os smartphones e computadores tiveram. Empresas chinesas, como a Fourier Intelligence, planejam fabricar em grande escala esses robôs até 2024. E, nos EUA, a Agility Robotics e a Tesla também estão trabalhando em projetos similares, mas ainda há desafios a superar antes da produção em larga escala desses robôs.
Então, quais os impactos sociais e econômicos você acredita que terá essa transição para uma construção de edifícios automatizada? Será que teremos trabalhos mais seguros e ecológicos pelo menos? Escreva suas impressões sobre o tema na aba de comentários!
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Fontes: ING Brasil, Engenharia Hoje, Click Petróleo e Gás.
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