Paris foi sede do acordo climático ligado ao combate do aquecimento global que leva seu nome (Acordo de Paris) em 2015. Poucos dias atrás, a cidade foi a mais recente a declarar estado de emergência climática.
Um dos motivos que levou a ação foi manter os objetivos do acordo de Paris. A prefeitura da Cidade Luz decidiu criar uma “Académie du Climat” (Academia do Clima), a qual deve oferecer aos jovens e voluntários do clima um lugar participativo e educacional gratuito. O objetivo é sensibilizar o público a respeito dos problemas ambientais e incentivar o desenvolvimento de projetos que sejam soluções.
Recentemente, o parlamento britânico e a Irlanda também declararam estado de emergência climática. Emmanuel Macron, presidente francês, anunciou no final de abril a criação de um Conselho de Defesa Ecológica. Em Paris, a prefeitura também multiplicou os projetos ambientais. Dentre esses projetos é possível citar a criação de florestas urbanas, aumento do número de ciclovias, circulação diferenciada em momentos de poluição elevada e mais.
O que é o estado de emergência climática?
O fato de decretar estado de emergência climática permite alertar a população para a situação climática e induzir ações para cumprir as metas impostas. É como um símbolo de que a cidade está engajada.
Falar sobre uma emergência climática e não só mudanças globais também tem um peso maior e reflete a escala real do problema. Para a prefeitura de Paris, o estado de emergência climática pode ser dividido em três partes: conscientizar sobre o estado atual e a necessidade de mudança por parte da sociedade, estabelecer um plano de ação para ter engajamento com o carbono neutro até 2050 e comprometer-se com a democracia participativa, em que a sociedade civil possa abordar essas questões.
É preciso que as grandes cidades vejam que possuem papel fundamental na luta contra o aquecimento global, seja pelo fato de sua contribuição ou da influência que possuem. A ideia é criar uma bola de neve, com várias cidades declarando estado de emergência climática e tomando atitudes para resolver os problemas ligados a mudanças climáticas.
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Fontes: 20 minutes; Phys.org
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.