A mobilidade urbana é um dos grandes desafios do planejamento urbano contemporâneo. Imagina a pessoa gostar de ciclismo, mas morar em uma cidade repleta de ladeiras. Como fazer para subir e descer as ruas íngremes de bicicleta? Certamente isso seria bem difícil! Foi exatamente o que pensou Jarle Wanvik, morador de Trondheim, na Noruega. Ele é o idealizador do Trampe, o primeiro elevador de bicicletas do mundo. Confira mais sobre essa inovação no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O nascimento do Trampe

Com o aumento do número de veículos e a consequente poluição, todas as soluções inovadoras devem fazer a diferença na promoção de um transporte mais sustentável.

Em Trondheim, foi inaugurado em 1993 o Trampe, considerado o primeiro elevador de bicicletas do mundo. Jarle Wanvik estava inspirado nos sistemas utilizados por estações de esqui. Ele olhou para essas engrenagens e pensou “e se houvesse um jeito de ‘empurrar’ os ciclistas para cima nas ruas íngremes da minha cidade”. De fato, o dispositivo que ele desenhou é viável e uma opção mais atraente e menos cansativa do tentar enfrentar essas ladeiras desafiadoras sem qualquer transporte motorizado.

elevador de bicicletas
Imagem divulgação via CicloVivo

A invenção de Wanvik foi realmente revolucionária, promovendo uma mobilidade urbana sustentável e facilitando a vida de quem opta pela bicicleta como meio de transporte na cidade de Trondheim. Agora, sua ideia está inspirando outros projetos criativos de engenharia ao redor do mundo, incluindo para auxílio de esquiadores em montanhas.

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Funcionamento do elevador de bicicletas

O Trampe funciona de maneira bastante simples e eficaz, acessível a ciclistas de todas as idades e níveis de habilidade.

Na base da ladeira, os ciclistas (até seis por vez) devem alinhar sua bicicleta ao corpo e posicionar seu pé direito sobre uma pequena plataforma móvel, conectada a um sistema mecânico que vai se movendo ao longo de uma guia instalada na lateral da rua. Desse modo, a pessoa é impulsionada morro acima.

elevador de bicicletas
Imagem reprodução Open Source Lab via Olhar Digital

O sistema é ativado automaticamente. O ciclista é empurrado suavemente pela ladeira a uma velocidade média de 1,5 metros por segundos; a subida é segura e confortável. Uma luz verde indica que a pessoa pode seguir viagem; e as plataformas de escape podem ser encontradas a cada 20 metros.

elevador de bicicletas
Imagem reprodução Open Source Lab via Olhar Digital

São benefícios do Trampe:

  • Incentiva o uso de bicicletas: Motiva mais pessoas a pedalar e reduz a dependência de carros e a transferência para fontes de energia sustentáveis.
  • Promove o exercício físico: Aumenta a prática do ciclismo e melhora a saúde cardiovascular e o bem-estar.
  • E promove a sustentabilidade urbana: Reduz a pegada de carbono e apoia o transporte verde.

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Impacto da tecnologia na cidade de Trondheim

O Trampe proporcionou muitos benefícios para Trondheim, com uma notável melhora na qualidade de vida urbana. Agora 41% dos seus cidadãos se declaram adeptos ao ciclismo, afirmando pedalar com mais frequência devido à presença do elevador e acessibilidade que oferece. Por isso mesmo, a prefeitura investiu em 2013 na modernização do sistema, que foi rebatizado de CycloCable.

elevador de bicicletas
Imagem divulgação via CicloVivo

Hoje, essa engenharia é considerada uma grande atração turística local. Muitos turistas (amantes de bikes) visitam a região só para experimentar o elevador de bicicletas e explorar a infraestrutura cicloviária inovadora da cidade.

O projeto do Trampe/CycloCable se tornou bastante popular, ao ponto de outros países ao redor do mundo pensarem em adotar esse sistema ou sistemas semelhantes, integrados à automação e com aplicativos de mobilidade urbana. Enfim, esse pode ser o futuro das cidades inteligentes!


Fontes: Olhar Digital, Ciclo Vivo, Estados de Minas.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A empresa chinesa Weichai Power anunciou recentemente ter desenvolvido o motor a diesel de 530 cv mais potente do mesmo, o WP13, afirmando seu compromisso com sustentabilidade, economia de recursos e redução de emissões. Essa engenharia apresenta eficiência térmica impressionante e pode, assim, ser um divisor de águas para o setor de transportes pesados, por exemplo. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

O que torna o motor Weichai WP13 especial

Antes de tudo, vale destacar que o novo motor WP13 possui um conjunto de seis cilindros e 12,5 de capacidade de litros, com força torque de 255 kgfm. Ele foi projetado para caminhões, embarcações e equipamentos estacionários, com potencial de revolucionar vários setores.

motor a diesel
Imagem de Weichai reproduzida de BM&C News

Essa engenharia é resultado de anos de trabalho esforçado da Weichai Power para melhorar a eficiência de seus motores. Em 2020, ela fechou uma parceria com a Bosch para conseguir atingir a ambiciosa meta de mais 50,23% de eficiência térmica. Dois anos depois, e várias inovações, vieram os 52,28%. A marca atual, 2024, é de 53,09% – isso é muito positivo, já que a média histórica dos motores série WP13 era de 46%.

Benefícios da eficiência térmica em motores

A eficiência térmica marca um ponto na engenharia em que um motor converte calor gerado pela combustão em energia mecânica. Para os veículos com motor a diesel essa condição impacta diretamente o consumo de combustível e emissões de poluentes. E o desempenho do motor WP13 da Weichai Power estabelece, sem dúvidas, um novo padrão no mercado.

A Weichai afirma que já chegou a uma redução de aproximadamente 14% no consumo de diesel e nas emissões. Isso é particularmente relevante em um momento em que a indústria de transportes enfrenta uma pressão crescente para reduzir sua pegada de carbono, contribuindo para um ambiente mais limpo.

O segredo por trás da alta eficiência

  • Otimização de combustão através do uso de tecnologias avançadas para queima mais eficiente.
  • Turbocompressor de fluxo misturado, melhorando a mistura de ar e combustível – proporciona uma combustão mais completa e eficiente.
  • Sistema de injeção melhorado, sendo muito mais preciso.
  • Novos componentes de baixa fricção, que reduzem o atrito interno do motor, melhorando sua performance geral.
motor a diesel

Aplicações do motor a diesel Weichai WP13

A eficiência do motor a diesel Weichai WP13 passa atualmente por um processo de certificação da CATARC, na China, e TÜV SÜD, uma entidade internacional de certificação. Com a validação, a Weichai Power se torna líder em inovação tecnológica no mercado de engenharia, garantindo que seus motores atendem aos padrões globais de eficiência e emissões. Esse “selo” deve abrir um leque de possibilidades para a empresa.

A partir disso, o motor WP13 poderá ser usado em embarcações, reduzindo a emissão do transporte marítimo e ajudando a cumprir regulamentos ambientais mais rígidos. Também em caminhões, reduzindo o consumo de combustível e aumentando a durabilidade dos caminhões. E em máquinas e equipamentos estacionários, com o motor sendo uma escolha econômica e sustentável para setores industriais.

motor a diesel
Imagem de Weichai reproduzida de Quatro Rodas

O futuro da engenharia de motores

Pelo que tudo indica, a Weichai Power, assim como outras empresas chinesas, deve continuar a investir em pesquisa e desenvolvimento de engenharia. Se ela conseguir realizar outras parcerias estratégicas – sempre com foco em eficiência -, assim como fez com a Bosch, pode conseguir avançar ainda mais rumo à inovação para motores a diesel, elétricos e a combustão interna. Vamos continuar acompanhando as notícias para conferir as melhorias contínuas propostas por esse gigante asiático.

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Fontes: Quatro Rodas.

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A construção civil está sempre passando por constante inovação para atender bem todas as necessidades da sociedade – e com as mudanças climáticas, mais do que nunca, minimizando o impacto do homem sobre a natureza. Uma das invenções mais intrigantes para obras de engenharia é o tijolo solar, capaz de gerar energia limpa. Essa tecnologia deve transformar a forma como erguemos edifícios e consumimos energia, criando um ambiente urbano mais sustentável. Saiba neste artigo do Engenharia 360!

O que é um tijolo solar

Antes de tudo, vale destacar que a utilização de energia solar não é necessariamente uma novidade na construção civil. Na verdade, desde a década de 1970, os painéis solares vêm sendo aprimorados, se tornando cada vez mais populares. Mas os custos de sua instalação e manutenção ainda permanecem sendo um problema. Então, os tijolos solares surgem como uma alternativa mais viável, permitindo geração de energia não nos telhados, mas nas paredes das edificações.

tijolo solar
Imagem reproduzida de Portal Solar

Podemos citar neste ponto do artigo os blocos de vidro Solar Squares, com camada de células fotovoltaicas e alto potencial de maximizar a eficiência da conversão de luz solar em eletricidade. Esse modelo de tijolo solar foi desenvolvido especialmente para poder ajudar a erguer edifícios, substituindo os tijolos comuns – inclusive melhorando a estética dos edifícios, tornando-os mais modernos e eficientes.

Como funcionam os tijolos solares

Os tijolos solares são, em tese, muito mais fáceis de serem instalados e adaptados às arquiteturas, posicionados verticalmente – pode-se dizer que são uma solução mais estética e funcional para a geração de energia. Graças à sua tecnologia óptica inteligente, é possível gerar energia mesmo em condições de luz difusa (quando a luz solar é mesmo direta).

tijolo solar
Imagem reproduzida de E4 Energias Renováveis em YouTube

A abordagem desse objeto funciona assim: um conjunto de dispositivos ópticos, como lentes e espelhos, concentra e direciona os raios de luz para as células solares integradas, aumentando a eficiência na geração de energia. Desse modo, os tijolos solares poderiam ser utilizados em uma ampla variedade não só de condições climáticas e de iluminação, mas ângulos de incidência solar. Essa característica é especialmente favorável em áreas urbanas densamente povoadas, onde a luz solar direta é mais limitada.

tijolo solar
Imagem reproduzida de E4 Energias Renováveis em YouTube
tijolo solar
Imagem reproduzida de E4 Energias Renováveis em YouTube

Exemplos de uso

Os tijolos solares podem ser usados tanto em novas construções quanto em reformas, integrados ao projeto de Engenharia Civil. Em alimentação instantânea de equipamentos elétricos. E em conjunto com sistemas de armazenamento de energia para uso posterior.

Benefícios proporcionados pelos tijolos solares

  • Redução de pressão sobre a rede elétrica e diminuição de custos operacionais em edifícios comerciais.
  • Redução de contas de energia em residenciais.
  • Geração de energia e economia de recursos públicos em infraestruturas como escolas, hospitais e edifícios governamentais.
  • Isolamento térmico de prédios, regulando a temperatura interna de ambientes sem a necessidade de sistemas de aquecimento e resfriamento.
  • Melhora da qualidade de vida dos habitantes por conta da iluminação natural dos ambientes.
  • Otimização do uso do espaço urbano.
  • Redução das emissões de carbono nas cidades.
  • Arquiteturas mais autossustentáveis, dependendo menos de fontes externas.
  • Mais integração e sustentabilidade de sistemas de geração de energia ao substituir os tijolos tradicionais e eliminar a necessidade de instalar painéis solares separados.

O futuro da construção civil com os tijolos solares

Apesar de todas as vantagens listadas, os tijolos solares ainda são pouco utilizados na construção civil. O motivo é que a tecnologia ainda não está totalmente desenvolvida e o custo inicial de instalação é elevado. Mas as perspectivas para o futuro são boas!

Muitos engenheiros e arquitetos desejam adotar os tijolos solares em seus projetos, pensando na criação de cidades inteligentes. Ademais, as empresas e consumidores estão mais conscientes da importância da energia limpa, vendo essa material como uma boa alternativa. Então, pode ser que o setor da construção civil esteja dando neste momento um grande passo para um futuro mais verde e sustentável.

tijolo solar
Imagem reproduzida de Coluna Financeira

Veja Também: Concreto fotovoltaico para superfícies que geram energia


Fontes: Blog Canal da Engenharia.

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No dia 26 de julho de 2024, num evento realizado em São Paulo, o governo federal lançou a plataforma ‘Recircula Brasil‘. Essa é uma iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). O objetivo é permitir que as pessoas possam realizar o rastreio e certificação da reciclagem de plástico no país via sistema de rastreamento através de notas fiscais eletrônicas. Saiba mais sobre isso no texto a seguir, do Engenharia 360!

plataforma de rastreio de plástico reciclado
Imagem reproduzida de PORTO FERREIRA HOJE

O problema global do plástico

A poluição originada pelo plástico no mundo vem afetando demais a natureza e colocando a ciência em alerta. Milhões de toneladas de resíduos são descartados todos os anos. Está mais do que na hora da engenharia apresentar soluções verdadeiramente sustentáveis e inovações que promovam uma economia circular. E o Brasil está caminhando lentamente nesse sentido.

Em 2022, o país reciclou cerca de 1,1 milhão de toneladas de plásticos. Porém, essa é apenas uma fração de um total de 7 milhões de toneladas produzidas anualmente. Era mesmo preciso traçar uma abordagem mais eficiente para a gestão de resíduos. Assim surgiu a ideia da plataforma Recircula Brasil, uma ferramenta simples, mas que pode gerar grandes resultados no controle da poluição causada por esse material.

O funcionamento da Recircula Brasil

Através da emissão de notas fiscais eletrônicas, é possível monitorar o ciclo de vida dos plásticos reciclados, desde a sua compra até a venda de produtos finais que contenham plástico reciclado.

Então, na prática, a plataforma Recircula Brasil funcionaria do seguinte modo: as empresas e consumidores podem usar os dados coletados via notas fiscais para verificar a origem dos materiais (coleta, processamento e reinserção), garantindo que os produtos adquiridos contenham realmente matéria reciclada.

plataforma de rastreio de plástico reciclado
Imagem reproduzida de ABIEF

Os benefícios trazidos pela Recircula Brasil

  • Confiança nas declarações feitas pelas empresas, inclusive para os órgãos reguladores.
  • Combate a práticas danosas à ecologia, como o greenwashing.
  • Estímulo à sustentabilidade em diversos setores da economia alinhadas com a Estratégia Nacional de Economia Circular.
  • Transformação da indústria de plásticos, automóveis, tecidos e mais.
  • Reconhecimento internacional do trabalho brasileiro de combate à poluição plástica, mediante à necessidade urgente da sustentabilidade, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
  • Promoção da cultura de reaproveitamento, do consumo e da produção de itens recicláveis de plástico.
  • Aumento da reciclagem de plásticos no Brasil – que atualmente estão em torno de 25,6% para plásticos pós-consumo.
  • Melhoria na qualidade dos produtos finais em plástico reciclado.

Veja Também: Conheça o tijolo ecológico RePlast, produzido com plástico retirado dos oceanos

O futuro da reciclagem no Brasil

O Recircula Brasil é, sim, um avanço significativo na luta contra a poluição pelo plástico no mundo; mas a história não para por aqui. Será preciso que o governo estabeleça regras mais rígidas para conteúdos reciclados e exija das empresas que todos os produtos contenham porcentagem mínima de conteúdo reciclado, então o sucesso da iniciativa será garantido.

plataforma de rastreio de plástico reciclado
Imagem de Domínio público em Pxhere

Fontes: VEJA.

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A construção civil é composta de muitos elementos diferentes, a maioria desconhecida por aqueles que não trabalham com engenharia e arquitetura. Um exemplo é a tabica, uma peça pequena e discreta que desempenha um papel fundamental em projetos com estruturas de forros de gesso. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar todas as funções, vantagens e tipos de tabicas para obras de design de interiores.

O que é tabica

A tabica é uma peça metálica (de aço galvanizado), utilizada na Engenharia Civil como sistema de dilatação para forros de gesso (drywall). Ela geralmente tem uma espessura entre 0,5 mm e 3 cm e é vendida em tom prateado ou pintada de branco.

Nas lojas de materiais de construção, podemos encontrar dois tipos de tabicas à venda:

  • Tabica lisa: o modelo mais simples, que mesmo compromete a estética dos forros, ideal para ambientes de estética simples, onde a funcionalidade é a prioridade.
  • Tabica perfurada: permite não apenas a dilatação dos forros, mas a troca de ar em sistemas de refrigeração e ventilação, sendo útil para ambientes que requerem controle climático.

Ambas as opções são feitas de materiais resistentes à corrosão, garantindo durabilidade e manutenção mínima ao longo do tempo.

tabica em forros de gesso
Imagem reproduzida de Cotanet

Veja Também: Quais as diferenças entre o gesso e o drywall?

Funções da tabica

A tabica é capaz de criar um vão entre a parede e o forro, dando a impressão de que o forro está flutuando. Claro que esse bom acabamento, moderno e elegante, valoriza demais os projetos de interiores. Mas a função desse elemento não se resume apenas a questões de estética.

É normal os elementos nas construções sofrerem variações dimensionais por conta de diferenças de temperatura, umidade, movimentações naturais do solo e assentamentos da estrutura. Dito isto, é importante dizer que a tabica também serve de junta de dilatação, permitindo que forro e parede se movimentem independentemente sem causar patologias como trincas ou fissuras.

tabica em forros de gesso
Imagem reproduzida de Obramax

Diferença entre tabica e cantoneira

Cantoneira e tabica são peças metálicas muito semelhantes, mas não iguais. A primeira é utilizada para criar um acabamento reto entre a parede e o teto. Já a segunda deixa um espaço de dilatação, permitindo que o forro se mova sem danificar a estrutura; ademais, esse forro deve apresentar um visual leve e moderno.

Vantagens da tabica

  • Previne trincas na pintura e na massa corrida.
  • Garante a integridade e estética do acabamento do forro de gesso ao longo do tempo.
  • Possui boa durabilidade; não sofre corrosão.
  • É resistente às intempéries e aos movimentos do conjunto estrutural.
  • De fácil e rápida instalação – especialmente se o serviço for realizado por profissionais experientes.
  • Proporciona um toque de sofisticação e modernidade aos ambientes.
  • Se bem instalada, requer pouca manutenção e reparos.
tabica em forros de gesso
Imagem reproduzida de Classic

Exemplos de aplicação

A tabica pode ser utilizada em forros de ambientes residenciais (como salas, quartos e home offices) e comerciais (incluindo recepções de hotéis, consultórios e escritórios). Seu efeito flutuante deve contribuir para a sensação de amplitude e modernidade, tornando os espaços mais agradáveis e aconchegantes. Essa decoração pode ficar ainda mais convidativa e sofisticada com o acréscimo de sancas e cortineiros, iluminação com LEDs e spots, gerando os mais diversos efeitos visuais.

tabica em forros de gesso
Imagem reproduzida de E-Civil

Veja Também: Drywall: Dicas para uma obra rápida e econômica

Passo a passo da instalação

O processo de instalação de tabicas em forros de gesso envolve geralmente os seguintes passos:

  1. Preparação do Local: O espaço onde a tabica será instalada deve ser limpo e livre de obstruções.
  2. Medidas: É importante medir o espaço com precisão para garantir que a tabica se encaixe corretamente.
  3. Fixação: A tabica deve ser incluída de forma segura entre o forro e a parede, utilizando parafusos e suportes adequados.
  4. Acabamento: Após a instalação, o acabamento final pode ser feito com pintura ou outros revestimentos, conforme desejado.

Fontes: Kiplaca Cecil, Artesana.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Se você já enfrentou problemas com paredes descascando ou reboco esfarelando, sabe que a situação pode ser bastante frustrante. Esses problemas não afetam apenas a estética do ambiente, mas também podem indicar questões mais sérias, como infiltrações ou má qualidade dos materiais. Neste guia do Engenharia 360, vamos explorar o que causa o reboco esfarelado e como você pode corrigir esse problema de forma eficaz.

reboco esfarelando
Imagem de Freepik

Como identificar o reboco esfarelado

Para identificar se o reboco está esfarelando, basta passar a mão pela superfície da parede. Se for possível formar um buraco com o dedo ou se a parede estiver com uma textura irregular, áspera ou com gesso mal aplicado, é um sinal de que o reboco precisa de reparo.

Outro sinal de reboco esfarelado é a presença de bolor, mofo ou manchas na parede, diminuindo a presença de umidade.

Principais causas do reboco esfarelado

O reboco esfarelado pode ser causado por diversos fatores, incluindo:

  • Umidade excessiva: Vazamentos, infiltrações e alta umidade no ambiente podem causar o esfarelamento do reboco.
  • Reboco de baixa qualidade: Rebocos feitos com produtos de baixa qualidade ou com mistura incorreta tendem a se deteriorar mais rapidamente.
  • Movimentação da estrutura: Trincas e fissuras causadas pelo movimento da estrutura levam ao esfarelamento do reboco.
  • Aplicação adequada: Um preparo incorreto da superfície antes da aplicação do reboco ou uma aplicação mal feita também pode resultar em um reboco esfarelado
reboco esfarelando
Imagem de kues1 em Freepik

Como consertar o reboco esfarelado

A solução para o reboco esfarelado envolve uma combinação de identificação de problemas e aplicação de técnicas corretivas. Aqui está um passo a passo para resolver esses problemas:

Identificação e preparação

Primeiro, identifique a causa do problema. Se a umidade ou bolor é a causa, será necessário corrigir essas questões antes de começar o reparo. Para isso, verifique vazamentos, fundações e a ventilação do ambiente. Remova o revestimento contaminado e lave a área com água limpa para garantir que todos os resíduos soltos sejam removidos.

Aplicação do reboco impermeável

Utilize produtos de alta qualidade para reparar a área afetada. Misture o produto com água conforme as instruções do fabricante e aplique-o com uma desempenadeira. Para espessuras de até 2,5 cm, aplique uma única camada.

Para espessuras maiores, aplique duas camadas, aguardando a secagem da primeira antes de aplicar a segunda. Após a aplicação, use uma régua de alumínio para regularizar a superfície e finalize com uma desempenadeira plástica para obter um acabamento liso e uniforme.

Reparo de rodapés

Se o reboco ainda estiver íntegro, mas os rodapés apresentam sinais de mofo e bolor, use um produto específico para recuperação de rodapés (a marca Quartzolit, por exemplo, trabalho com algo nesta linha), aplicado-o diretamente sobre o reboco. Essa é a melhor solução para impermeabilizar rodapés, prática e eficiente, que também pode ser pintada, se desejado.

Tratamento de superfícies descascadas

Para paredes já descascando ou esfarelando, a melhor abordagem pode ser refazer o reboco completamente. Verifique a qualidade do material e a preparação da superfície antes de aplicar uma nova camada de reboco. Se a umidade for a causa, é essencial corrigir os vazamentos antes de proceder com o reparo. Após o reboco estar seco, aplique selador, massa corrida e tinta de alta qualidade para garantir um acabamento durável.

Observador: Deixe o reboco curar pelo tempo recomendado pelo fabricante antes de aplicar o acabamento final.

Dicas de prevenção de futuros problemas

Para evitar que o reboco volte a se esfarelar, é importante tomar algumas medidas preventivas:

  • Utilize produtos de qualidade: Opte sempre por rebocos e tintas de marcas confiáveis, obedecendo às especificações de uso.
  • Prepare corretamente a superfície: Remova poeira, sujeira, óleo ou tinta antiga antes de aplicar uma nova tinta.
  • Corrija trincas e fissuras: Preencha rachaduras e imperfeições com uma massa adequada antes de pintar.
  • Mantenha uma casa bem ventilada: Evite a formação de umidade excessiva no ambiente.
  • Inspecione regularmente: Verifique periodicamente o estado do reboco e da pintura, tratando qualquer problema assim que for identificado.

Consertar reboco esfarelado é uma tarefa que exige atenção aos detalhes e o uso de produtos de qualidade. Ao identificar corretamente as causas dos problemas e aplicar as soluções apropriadas, você pode restaurar a integridade das suas paredes e garantir um ambiente mais seguro e esteticamente agradável.

Veja Também:


Fontes: Quartzolit, Suvinil.

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Construir calçadas seguras e acessíveis é crucial para a mobilidade urbana moderna e o bem-estar de todos os cidadãos. Porém, isso só é possível quando engenheiros e arquitetos urbanistas seguem as melhores práticas em seus projetos, desenhando partidos que beneficiam pedestres antes dos veículos, especialmente aqueles pedestres com deficiência.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar questões de design envolvendo a construção de calçadas que seguem normas de segurança, indicações de conforto e técnicas de pavimentação. Confira!

A importância de calçadas seguras e acessíveis

Precisamos das calçadas nas cidades; elas são essenciais para a circulação de pedestres, nos oferecendo espaço seguro para caminhadas fora das vias de tráfego de veículos. Qualquer problema nelas, como buracos, desníveis e obstáculos, pode resultar em acidentes. É aí que entra o trabalho dos urbanistas, projetando bem as cidades com calçadas de qualidade, fáceis de serem mantidas ou reformadas, que permitam a locomoção livre das pessoas mesmo em áreas densamente povoadas.

São características de design das calçadas classificadas como seguras e acessíveis:

  • Superfície antiderrapante (com espessura mínima de 1,5 cm), ideal para evitar quedas, especialmente em dias chuvosos.
  • Nivelamento uniforme, acompanhando o perfil da rua (inclinação máxima de 3% no sentido transversal), evitando trepidações e permitindo fluidez do tráfego, sem dificultar a circulação de pessoas com dispositivos como cadeira de rodas e andadores.
  • Cobertura com revestimentos de alta resistência.
  • Espaço livre de obstáculos, incluindo lixeiras, placas de sinalização e vegetação que possam provocar interrupções no trânsito de pedestres.
calçadas seguras e acessíveis
Exemplo de modelo 1 para calçadas mais seguras e acessíveis | Imagem reproduzida de Prefeitura de SP via Blog CET SP Educação
calçadas seguras e acessíveis
Exemplo de modelo 2 para calçadas mais seguras e acessíveis | Imagem de reproduzida de Blog Solução Acessível

Veja Também: Conheça as vantagens do pavimento intertravado para a padronização das calçadas

As melhores práticas para construção de calçadas

1. Escolha de materiais adequados

Durante o projeto de calçadas, o primeiro grande desafio enfrentado por engenheiros e arquitetos urbanistas, depois do desenho, é a escolha dos materiais de revestimento, que deve ser baseada em durabilidade, resistência e facilidade de manutenção. Lembrando que é fundamental garantir que essas superfícies sejam antiderrapantes, para evitar acidentes.

Sendo assim, dentre as opções de materiais, podemos citar:

  • Blocos de concreto
  • Placas de concreto pré-moldado
  • Concreto moldado “in loco”, com juntas de dilatação e acabamento desempenado (vassourado, texturizado ou estampado)
  • Concreto asfáltico
  • Basalto
  • E pisos alternativos, como ladrilho hidráulico, pedra portuguesa e laje de grés regular.
calçadas seguras e acessíveis
Imagem de foto grátis em Freepik

Veja Também:

6 dicas para o assentamento de blocos de concreto para calçada

2. Instalação de piso tátil

O piso tátil aparece muito em projetos de calçadas seguras e acessíveis. Ele foi desenvolvido especialmente para auxiliar pessoas com deficiência visual ou surdocegueira (incapacidade total ou parcial de audição e visão, simultaneamente), proporcionando sinalização tátil que permite a navegação autônoma. Pode apresentar diversas cores, texturas e formas, oferecendo sinalização tátil – por isso o nome.

Existem dois modelos principais tipos de piso tátil:

  • Modelo Tátil de Alerta: Informa sobre a existência de desníveis, obstáculos, mudanças de direção, degraus, escadas, rampas e travessias de pedestres.
  • Modelo Tátil Direcional: Guia a direção do deslocamento, indicando caminhos preferenciais de circulação.

Observação: Geralmente esses modelos são colocados nas calçadas em cores contrastantes em relação ao piso adjacente, para facilitar sua identificação.

calçadas seguras e acessíveis
Imagem reproduzida de ACIC

3. Rampas de acessibilidade

Em pontos estratégicos, como esquinas e locais com desníveis, será preciso construir rampas com inclinação adequada, garantindo que cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida possam transitar com segurança. É importante que elas sejam largas o suficiente para acomodar o tráfego de pedestres.

calçadas seguras e acessíveis
Imagem reproduzida de Cartilha Calçada Cidadã desenvolvida pela Prefeitura de Porto Alegre
calçadas seguras e acessíveis
Imagem reproduzida de QualifiCAD

4. Manutenção regular

O trabalho dos engenheiros e arquitetos urbanistas não termina com a finalização da construção das calçadas. Depois disso, será preciso realizar a manutenção dessas superfícies, garantindo a segurança dos usuários a longo prazo. Então, esses profissionais são novamente contratados, agora para a realização de inspeções regulares. Outros profissionais trabalharão na limpeza e remoção de detritos, desobstrução de caminhos e reparos de superfícies com quebras de revestimento ou reinstalação de mobiliário urbano.

Responsabilidades dos engenheiros e arquitetos

No Brasil, as construções de calçadas devem seguir legislações municipais e federais que regulam a acessibilidade e segurança.

Em Porto Alegre, por exemplo, as normas estão dispostas no Plano Diretor e nos códigos de Posturas e de Edificações, além de planos de Acessibilidade; o Código de Trânsito Brasileiro também estabelece algumas diretrizes sobre o tema. E é a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) que fica responsável pela fiscalização e manutenção dessas superfícies – essas obras são supervisionadas pela Secretaria de Serviços Urbanos (SMSURB).

Para saber mais, indicamos a leitura da Cartilha Calçada Cidadã, desenvolvida pela Prefeitura de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Clique aqui para conferir detalhes sobre tipos de revestimentos permitidos, dimensões e equipamentos do mobiliário urbano que podem ser instalados nos passeios públicos da cidade.

calçadas seguras e acessíveis
Imagem reproduzida de Cartilha Calçada Cidadã desenvolvida pela Prefeitura de Porto Alegre

Responsabilidades dos proprietários

A construção de calçadas seguras e acessíveis é, na verdade, uma responsabilidade compartilhada entre projetistas (engenheiros e arquitetos urbanistas), autoridades municipais e proprietários de terrenos (edificados ou não, localizados em logradouros com meio-fio). Estes últimos devem realizar a pavimentação do passeio em frente aos seus imóveis, mantendo tudo sempre em bom estado de conservação e limpeza – claro que, como sabemos, a realidade infelizmente não é esta.

Fato é que calçadas bem construídas e mantidas são essenciais para evitar acidentes e garantir a acessibilidade de todos os pedestres. Para isso, as melhores práticas que podemos seguir são seguir as legislações vigentes, usar materiais adequados e instalar pisos táteis; só assim podemos criar cidades de ambientes urbanos mais seguros e inclusivos. Afinal, todos os cidadãos têm direito de desfrutar de seus espaços públicos com dignidade e conforto, não é mesmo?

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Fontes: Correio do Povo.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Ao caminhar por cidades no território chinês, como Hong Kong, não é incomum nos depararmos com obras sendo realizadas com ajuda de andaimes de bambu. Diante de tantos avanços tecnológicos e da disposição de materiais modernos, como o aço e o alumínio, chama atenção que o uso dessa planta na construção civil continue a ser amplamente explorado.

A montagem de andaimes de bambu remonta a séculos, combinando habilidade, tradição e consciência ambiental. Mas será que essa técnica milenar ainda combina com a Engenharia atual? Afinal, quais os benefícios do uso desses elementos em comparação com tantas outras opções oferecidas pela indústria? Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar por que os chineses continuam a usar andaimes de bambu e o futuro dessa prática. Confira!

A tradição dos andaimes de bambu na China

Por gerações, os operários da construção civil na China vêm aprendendo sobre as vantagens do uso do bambu. Historicamente, o material foi muito utilizado em obras de engenharia. Inclusive, essa prática foi retratada em obras valiosas, como na peça “Ao longo do rio durante o Festival de Qingming“, do artista imperial Zhang Zeduan. A escolha dessa matéria-prima tem muito a ver com as propriedades únicas da planta.

Sabe-se que o bambu tem uma rápida taxa de crescimento, podendo atingir 40 metros de altura e crescer até 60 centímetros por dia. Suas raízes subterrâneas grossas, chamadas rizomas, permitem uma propagação eficiente, garantindo uma oferta constante e sustentável. Além disso, a estrutura interna da planta é semelhante a células, o que lhe confere resistência à compressão, tornando-a ideal para a construção de andaimes.

andaimes de bambu
Imagem de Derek Murray por Pixabay

Comparação com materiais tradicionais

O bambu possui excelentes características que se destacam de materiais tradicionais. Ele é mais leve que o aço, por exemplo, facilitando transporte e montagem de estruturas. Para andaimes, a montagem e desmontagem é rápida (12 vezes mais) e o custo-efetivo é menor (cerca de 30% menos em comparação com estruturas metálicas).

As vantagens dos andaimes de bambu

  • Além da leveza, vale citar outra característica dos andaimes de bambus, sendo a resistência à compressão.
  • A flexibilidade do material também é outro ponto positivo.
  • Dá para modificar facilmente as estruturas sem a necessidade de ferramentas complexas – um trabalhador especializado conseguiria montar até 305 metros quadrados de andaime por dia.
  • Por fim, o bambu é biodegradável, o que o torna uma escolha ecológica, reduzindo a pegada de carbono da construção civil e promovendo práticas ecológicas.

Vale destacar que a reciclagem do bambu após seu uso inicial é comum – ponto a favor. Mas, em contrapartida, a falta de rodapés e guarda-corpos em andaimes de bambu é uma grande desvantagem. Por isso, hoje, os trabalhadores aprendem na China sobre sustentabilidade e segurança nas obras, entendendo as razões para uso de certas técnicas e equipamentos de proteção adequados (EPIs).

A montagem dos andaimes de bambu

Os profissionais especialistas em montagem de andaimes de bambu são conhecidos na China como “taap pang” ou “aranhas”. Eles costumam utilizar tiras de nylon para amarrar as varas de bambu, criando estruturas robustas.

andaimes de bambu
Imagem reproduzida de COMACCORD
andaimes de bambu
Imagem reproduzida de COMACCORD
andaimes de bambu
Imagem de Alexa por Pixabay

Especialmente em Hong Kong, os homens-aranha usar dois tipos principais de bambu para construção de andaimes:

  • Kao Jue: Varas de bambu mais finas, com cerca de 40 mm de diâmetro, usadas para plataformas e suporte horizontal.
  • Mao Jue: Varas mais grossas, com cerca de 75 mm de diâmetro, utilizadas como suporte de carga.
andaimes de bambu
Imagem reproduzida de COMACCORD
andaimes de bambu
Imagem de Stadnik por Pixabay

Esses bambus, para serem utilizados na construção de andaimes, precisam ter pelo menos três anos. As varas são secas por um período mínimo de três meses antes do uso. E, infelizmente, é comum que elas comecem a dobrar, rachar e enfraquecer após três usos. Manutenção e inspeção regular são essenciais para garantir a segurança e a durabilidade das estruturas.

A preservação da tradição dos homens-aranha

O mundo enfrenta hoje uma escassez de trabalhadores com conhecimento na construção de andaimes de bambu, especializados em escalada em alturas vertiginosas – com destreza e nervos de aço, claro. Mesmo na China, a maioria dos jovens busca novas oportunidades no mundo das engenharias. Por isso, a falta de mão-de-obra já ameaça a continuidade da tradição dos homens-aranha. O futuro é incerto!

Pode ser que, com a crescente conscientização sobre sustentabilidade e a importância de materiais ecológicos, traga de volta essa tendência para o setor – provavelmente com as devidas adaptações, alinhadas às inovações e avanços tecnológicos.

andaimes de bambu
Imagem de PublicDomainPictures por Pixabay

Veja Também: Estudo Propõe Bambu e Mamona na Construção Civil


Fontes: Portal dos Andaimes, Sorocaba Andaimes, COMACCORD.

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Nos últimos anos, houve uma explosão nas ligações telefônicas de telemarketing no Brasil, afetando milhões de pessoas. Essas chamadas automáticas são conhecidas na Engenharia como robocalls e representam hoje metade das ligações telefônicas no país – a Anatel já trabalha com medidas para combater esse mal. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar a natureza dessa tecnologia e as soluções disponíveis hoje para bloquear e rastrear chamadas indesejadas.

O que são robocalls

Os robocalls são chamadas telefônicas feitas por sistemas informatizados e automatizados, ou seja, que não necessitam de um operador humano do outro lado da linha. Eles são usados pelas empresas para entregar mensagens pré-gravadas (incluindo vendas, marketing, lembretes de consultas, golpes e até campanhas políticas) e coletar informações sobre números ativos para futuras abordagens.

Desvantagens para consumidores e indústria

Vale destacar que, neste caso, geralmente o serviço resulta em chamadas rápidas (menos de três segundos) e silenciosas; sendo assim, classificado como spam ou telemarketing abusivo, causando muito desconforto e irritação nos usuários das linhas telefônicas – sobretudo por conta da interrupção de suas atividades e desperdício de tempo. Como consequência, há um impacto negativo nos clientes das companhias, bem como na indústria de telecomunicações, sobrecarregando as redes e gerando custos adicionais.

Robocalls
Imagem gerada em IA de Freepik

O impacto dos robocalls no Brasil

Entre 15 e 21 de janeiro de 2024, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou impressionantes 2,47 bilhões de chamadas com menos de três segundos. Dentro deste contexto, há um impressionante crescimento de incidência de robocalls. Isso é um claro indicativo de problema sistêmico no país.

Agora, que fique claro que o governo brasileiro não está cego quanto a isso. Em 2022, foi estabelecido que empresas que fizessem mais de 100 mil chamadas de três segundos por dia teriam seus serviços bloqueados. Também ficou proibido que as operadoras de telefonia cobrem chamadas a cobrar com duração entre zero e três segundos. Ao mesmo tempo, foi implementado o serviço “Não me Perturbe”, para as pessoas cadastrarem seus telefones para tentar bloquear as chamadas indesejadas.

Robocalls
Imagem gerada em IA de Freepik

Os desafios para a Engenharia

A Engenharia tem um papel crucial no trabalho de combate às robocalls. A começar pelo desenvolvimento de soluções avançadas para detecção e bloqueio de chamadas desse tipo, como, por exemplo, técnicas de análise de padrões, elaboração de algoritmos sofisticados e aprendizado de máquina. O objetivo é reduzir essas ligações indesejadas recebidas.

A questão é que essas robocalls são realizadas por diversos números e DDDs diferentes. Por isso é que é tão difícil identificar e bloquear todas as fontes. O melhor cenário é a colaboração internacional para a criação de uma estratégia eficaz para compartilhar conhecimentos e tecnologias. E esses sistemas podem, então, ser integrados diretamente nas redes das operadoras ou oferecidos como aplicativos para os consumidores.

O papel dos consumidores

No Brasil, é importante que as pessoas cadastrem seus números de telefone no serviço, “Não me Perturbe”, oferecido pela Anatel. Fora isso, que registrem reclamações neste órgão e no Procon sobre números que realizam robocalls – ou, em casos extremos, acionar a justiça. Essas ações não só ajudam a reduzir o impacto individual das robocalls, mas também pressionam as autoridades e empresas a tomarem medidas mais eficazes.

Veja Também: Engenharia Multissensorial: Conceitos e Exemplos


Fontes: IGN Brasil, Olhar Digital.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A pira olímpica dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, acesa em 26 de julho, chamou a atenção do mundo por conta de sua inovação tecnológica. É que pela primeira vez na história, ao invés de uma chama tradicional, foi utilizada luz e vapor de água (40 LEDs e 200 vaporizadores). A ideia do comitê organizador do evento era reduzir emissões de carbono e afirmar um compromisso com a sustentabilidade.

As Estruturas de Piras Olímpicas mais Bonitas em Jogos Mundiais
Olimpíadas de Paris 2024 | Imagem reproduzida de GloboPlay

Projeto de Mathieu Lehanneur, a Pira de Paris 2024 lembra um balão; ela remete à Revolução Francesa e à modernidade. Mas será que sua engenharia é a mais bonita de todos os Jogos Mundiais? O Engenharia 360 fez uma seleção das estruturas mais icônicas da história, inesquecíveis por seu simbolismo e design. Confira a seguir!

Jogos Olímpicos de 1968

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de 1968 | Imagem de Garzac01 em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Norma_Enriqueta_Basilio_Sotelo_%281968%29.jpg

Jogos Olímpicos 1984

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos 1984 | Imagem de Força Aérea dos EUA em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Olympic_Torch_Tower_of_the_Los_Angeles_Coliseum.jpg

Jogos Olímpicos de Verão de 1980

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de Verão de 1980 | Imagem de Valeriy Shustov, Валерий Шустов, em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:RIAN_archive_
104486_22nd_Olympics_opening_gala.jpg

Jogos Olímpicos de Verão de 1988

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de Verão de 1988 | Imagem de Ken Hackman em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Seoul_Olympic_torch.jpg

Jogos Olímpicos de 1996

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de 1996 | Imagem de John Sherwell em Wikipédia – https://en.m.wikipedia.org/wiki/File:
Atlanta_cauldron_during_1996_Paralympics.jpg

Jogos Olímpicos de Verão de 2000

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de Verão de 2000 | Imagem de Danijel-James Wynyard em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:20141116_IMG_5031_(15624923377).jpg

Jogos Olímpicos de Inverno de 2002

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de Inverno de 2002 | Imagem de Journalist 1st Class Preston Keres em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:
2002_Winter_Olympics_flame.jpg

Jogos Olímpicos de Verão de 2004

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de Verão de 2004 | Imagem de Alterego em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Olympic_flame_at_opening_ceremony_2004.jpg

Jogos Olímpicos de 2008

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de 2008 | Imagem de Parutakupiu em Wikpédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Beijing_2008_
Olympic_cauldron_lighting_(cropped).JPG

Jogos Olímpicos de 2010

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de 2010 | Imagem de Tim Hipps em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Olympic_Cauldron_lit_at_2010_
Winter_Olympics_opening_ceremony_2.jpg

Jogos Mundiais Militares de 2011

estruturas de piras olímpicas
5º Jogos Mundiais Militares | Imagem reproduzida de Blog Troféus do Futebol –
https://trofeusdofutebol.blogspot.com/2015/04/

Jogos Olímpicos de 2012

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de 2012 | Imagem de Nick Webb em Wikipédia – https://en.m.wikipedia.org/wiki/File:Flame_going_out_%284%29.jpg

Jogos Olímpicos de 2016

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de 2016 | Imagem de Agência Brasil em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:2016_Summer_Olympics_opening_ceremony_1035326-olimpiadas_abertura-4006.jpg
estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de Verão de 2016 | Imagem de Leandro Neumann Ciuffo em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Candel%C3%A1ria_cauldron_at_2016_Summer_Olympics.jpg

Jogos Olímpicos de 2021

estruturas de piras olímpicas
Jogos Olímpicos de 2021 | Imagem de Dick Thomas Johnson em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tokyo_2020_Olympics_Cauldron_-_51499438940.jpg

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Fontes: Casa Abril.

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