A polêmica envolvendo as camas dos Jogos Olímpicos começou em 2021, no Japão, quando o comitê apresentou para a Vila dos Atletas móveis de papelão apelidados de “anti-sexo”, frágeis, claramente estimulando que as pessoas a não usassem o momento para contatos íntimos, já que o mundo vivia uma pandemia. Mas a ideia era legal porque os objetos eram baratos e sustentáveis. Então, Paris 2024 adotou a mesma abordagem e, além das camas de papelão, ofereceu colchões “inteligentes” e “personalizados” para os esportistas. Porém, a solução inusitada não agradou.

Logo surgiram relatos, vídeos e memes na Internet. Até mesmo os atletas brasileiros reclamaram da qualidade dos colchões, relatando dores de cabeça e desconforto durante o sono. Mas será que essa tecnologia, considerada por muitos especialistas como de ponta, é mesmo tão problemática assim? Confira a resposta no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Olimpíadas de Paris 2024
Imagem reprodução redes sociais via O Tempo

A tecnologia por trás dos colchões das Olimpíadas de Paris 2024

Os colchões fornecidos aos atletas em Paris 2024 são modulares, feitos 90% de ar e plástico reciclado, semelhante ao material usado em linhas de pesca. Eles foram desenvolvidos pela empresa japonesa Airweave, com a promessa de garantir um sono confortável e profundo para os usuários. Seu produto é composto por três blocos de diferentes cores e níveis de firmeza – macio (soft), moderado (moderate), firme (firm) e extra firme (extra firm) -, que podem ser dispostos livremente sobre a cama.

Olimpíadas de Paris 2024
Imagem reprodução via O Globo
Olimpíadas de Paris 2024
Imagem reprodução via O Globo

Em tese, o design desses colchões permitiria uma fácil adaptação ao formato do corpo das pessoas. Isso ajudaria, por exemplo, a reduzir a temperatura corporal central. Segundo a Airweave, uma noite de sono nessa cama garantiria um sono profundo 308% mais longo do que dormir em espuma de memória (espuma viscoelástica). Para garantir isso, a empresa abriu um Centro de Ajuste de Colchões na Vila Olímpica; os atletas passam por uma avaliação de 5 minutos, onde informações sobre seu corpo e preferências de sono são coletadas.

Olimpíadas de Paris 2024
Imagem reprodução via O Globo
Olimpíadas de Paris 2024
Imagem reprodução via O Globo

Problemas relatados pelos atletas

A organização das Olimpíadas de Paris 2024 ofereceu acesso a um aplicativo e orientação de especialistas em sono para a personalização dos colchões na Vila Olímpica. O sistema permitiria que os atletas meçam seu corpo e compartilhem informações físicas para ajustar sua cama de acordo com as suas necessidades. Mesmo assim, parece que não adiantou, pois a maioria dos usuários vem reclamando de desconforto.

Olimpíadas de Paris 2024
Imagem reprodução via O Globo

Apesar do marketing realizado pela organização das Olimpíadas para atrair a atenção da mídia, vale destacar que a Airweave em nenhum momento foi verdadeiramente clara quanto aos benefícios reais de seu produto e não apresentou dados científicos que comprovem sua eficácia.

A famosa cama de papelão que divide opiniões entre os atletas

O Engenharia 360 chegou a fazer uma publicação sobre as camas de papelão das Olimpíadas em 2021, mas vamos recapitular. Esse móvel pode ser montado em 15 minutos. E mede 2 metros de comprimento e 95 cm de largura; então, pode ser bem pequeno para alguns atletas – imagine um homem do basquete, por exemplo.

Muitos atletas compartilharam vídeos testando e dando seu feedback sobre as camas. Parece que elas conseguiriam suportar até 200 kg. Mas, apesar dessa resistência, o problema está mesmo na qualidade dos colchões, que podem estão realmente comprometendo o desempenho dos esportistas. Convenhamos que, para o trabalho deles, descanso, conforto e bem-estar é tudo! Por isso, dá para entender as críticas.

O destino dos colchões da Airweave após às Olimpíadas

A escolha por camas de papelão e colchões recicláveis para as Olimpíadas foi justificada pela busca por sustentabilidade. Após os Jogos Paralímpicos, a Airweave doará colchões a diversas organizações públicas e privadas, instituições educacionais e até mesmo ao Exército Francês e à Escola de Ballet da Ópera de Paris. Até aí, dá para dizer que esse legado é muito bonito.

Por outro lado, estamos falando de atletas profissionais que passaram anos se preparando para as Olimpíadas e que podem perder a chance de medalha por conta de algo muito simples. Garantir seu conforto e descanso era o mínimo que o comitê dos Jogos deveria proporcionar. Sendo assim, não seria o caso de investir em materiais de melhor qualidade? Afinal, a engenharia tem resposta para tudo, basta apostar nela. Fica a reflexão!

Veja Também:


Fontes: O Globo, UOL.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

No último século, o crescimento urbano deu um verdadeiro salto por todo o mundo. Com isso, aumentou também a preocupação dos engenheiros em como garantir a segurança e a integridade das infraestruturas que sustentam as cidades. Fato é que as construções estão ficando velhas, com muitas tensões e desgastes, apresentando patologias que podem comprometer sua integridade, levando a catástrofes. Há necessidade de monitoramento das estruturas e diagnóstico constante de seus estados, alertando para a necessidade urgente de manutenção.

monitoramento de estruturas
Imagem reproduzida de AEA Sorocaba

Pensando nisso, cientistas da Universidade de Tohoku, no Japão, desenvolveram um novo material capaz de detectar estresse e danos em infraestruturas. Isso pode revolucionar a forma como lidamos com grandes obras civis, como pontes e edifícios. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

A inovação dos materiais mecanoluminescentes

Antes de tudo, vale destacar qual é o cenário atual da engenharia: de monitoramento de estruturas via inspeções visuais e equipamentos complexos que podem ser dispendiosos e limitados, sem registrar eventos passados (histórico de estresse), por exemplo. E nem por isso se pode deixar de lado o trabalho, já que estruturas antigas são como bombas-relógio; elas podem apresentar danos que não são imediatamente visíveis, mas que, a longo prazo, comprometem sua segurança e funcionalidade.

A detecção precoce de falhas é necessária para evitar desastres e garantir a longevidade das construções!

A proposta da equipe de Tohoku é sintetizar um material mecanoluminescente, o LNNO (Li0,12Na0,88NbO3), para usá-lo em monitoramento de estruturas. Explicando melhor, os mecanoluminescentes são um tipo de material que emite luz quando submetido a estímulos mecânicos, como tensão ou deformação. E curiosamente o novo material possuiria a capacidade de registrar eventos de estresse passados, permitindo a recuperação de informações sobre tensões anteriores nas construções.

Como funciona o mecanoluminescente LNNO

O LNNO é uma mistura de lítio, sódio e óxido de nióbio dopado com praseodímio, que pode ser sintetizada de maneira simples e ecologicamente sustentável. Sua complexidade química não parece ser um problema para os cientistas, que consideram mais sua eficácia e facilidade de aplicação, tornando-o uma opção viável para uso em larga escala.

Diferente de outros materiais, que emitem luz apenas durante uma estimulação, o LNNO armazena o brilho residual por longos períodos (pelo menos até cinco meses). Isso significa que, uma vez aplicado em uma superfície (como fachadas de prédios), o material pode capturar o histórico de estresse e permitir uma avaliação precisa das tensões anteriores. Bastaria iluminar a área com uma lanterna, então o brilho em destaque pode ser lido e medido por câmeras ou sensores de luz.

A saber, esse brilho residual seria proporcional à quantidade de estresse que o material experimentou. Essa representação visual forneceria base para a elaboração de laudos estruturais mais precisos e confiáveis, permitindo que os engenheiros entendam melhor as condições de integridade das construções nas cidades.

monitoramento de estruturas
Imagem de Tomoki Uchiyama reproduzida de Engenharia É

Vantagens do novo material

As vantagens do LNNO em comparação com outras tecnologias de monitoramento são significativas:

  • Sem necessidade de fonte de alimentação: O material opera sem depender de eletricidade, o que simplifica sua aplicação em locais remotos ou de difícil acesso.
  • Integração com IoT: A tecnologia pode ser facilmente integrada com sistemas de Internet das Coisas, permitindo um monitoramento contínuo e em tempo real.
  • Redução de custos: A utilização do LNNO pode reduzir os custos associados à inspeção e manutenção de infraestruturas, aliviando a escassez de mão de obra no diagnóstico estrutural.
monitoramento de estruturas
Imagem de Tomoki Uchiyama reproduzida de Engenharia É

Implicações para o futuro da Engenharia Civil

A partir do aprimoramento dos materiais mecanoluminescentes, a Engenharia Civil tem perspectivas de trabalhar com a identificação de tensões e possíveis problemas em estruturas, prevendo falhas de forma mais antecipada e permitindo ações corretivas proativas. De fato, o potencial do LNNO para o monitoramento estrutural é significativo, representando um avanço importante na proteção e preservação das infraestruturas urbanas.

Agora se tem uma visão mais promissora para o futuro da evolução das tecnologias de monitoramento de estruturas. Enfim a escassez de mão de obra no diagnóstico, custos elevados associados à manutenção e verificação das infraestruturas são desafios que devem ser superados pelas inovações como o LNNO!

Veja Também: 9 Patologias na Construção Civil: Causas, Sinais e Soluções


Fontes: Engenharia É, Tohoku University.

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Durante maio e junho de 2024, acompanhamos perplexos pelas mídias a tragédia causada no Rio Grande do Sul pelas enchentes, que devastaram centenas de municípios, causando estragos irreparáveis em muitas empresas e residências. Uma das localidades mais atingidas foi o bairro Mathias Velho, na cidade de Canoas, onde viviam o casal Cássia Machado e Ronaldo Machado com sua filha de um ano e seis meses. Sua casa de madeira foi completamente destruída. Agora eles ganharam uma casa modular plug and play para reconstruir sua história. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

casa modular plug and play
Imagem reproduzida de Blog Luiz Muller

Entendendo o conceito plug and play na construção civil

É engraçado, mas plug and play é uma expressão comum, na verdade, no ramo da informática, remetendo a capacidade de recolhimento e instalação automática de itens periféricos no computador. Porém, ela agora é utilizada na construção civil quando se deseja falar de empreendimentos imobiliários entregues completos aos proprietários, prontos para serem ocupados imediatamente após o recebimento das chaves. Isso inclui obras erguidas com componentes pré-fabricados, facilmente conectados ou integrados no local de construção, de maneira simples e eficiente.

Como bem sabemos, uma das principais características das construções modulares podem ser instaladas rapidamente em terrenos, com pouco esforço de montagem, menos custos e erros durante a instalação. Ou seja, o trabalho acaba mais eficiente, sustentável e simples no canteiro de obras. Com a plug and play é possível construir casas em até sete dias em diferentes tipos de solo. Portanto, essa pode ser a melhor solução de engenharia para acelerar esse processo de reconstrução em áreas em situações de emergência, com extrema crise habitacional.

casa modular plug and play
Imagem reproduzida de Blog Luiz Muller
casa modular plug and play
Imagem reproduzida de Blog Luiz Muller
casa modular plug and play
Imagem reproduzida de Blog Luiz Muller
casa modular plug and play
Imagem reproduzida de Blog Luiz Muller

Veja Também: Como funciona a estrutura do Muro da Mauá em Porto Alegre

O projeto Casa Flex oferecido pela empresa FlexCubic

A FlexCubic é pioneira na tecnologia de construção modular plug and play no Brasil, com montagem de unidades habitacionais através de módulos pré-fabricados, semelhantes a blocos de LEGO. Em julho de 2019, a empresa entregou a primeira unidade no Rio Grande do Sul.

“Do nosso lado tem um ato de entrega, mas foi a família que nos recebeu”, “Gostaríamos de disponibilizar mais unidades, e estamos conversando com as Prefeituras para entender a necessidade de cada Município. O importante é customizar as casas para as necessidades das pessoas”, disse Sandro Beneduce, sócio-proprietário da empresa paulista.

O casal Machado foram os primeiros beneficiados. Depois que perderam tudo com as enchentes, eles estavam vivendo em uma situação de grande dificuldade. Agora têm uma nova chance de recomeçar! “Ficamos 60 dias longe de casa. Quando entramos aqui, estava tudo revirado e a casa cedeu. Agora fomos contemplados com essa casa nova, que ficou muito bonita e aconchegante”, relata Ronaldo.

casa modular plug and play
Imagem reproduzida de Blog Luiz Muller

A saber, uma casa dessas, nos mesmos moldes da que a empresa FlexCubic fez para a família Machado, com cerca de 17m², pode levar uma semana para ser montada em sistema modular. Isso não seria possível com os métodos tradicionais de construção, principalmente neste período de chuvas. O normal seriam meses e meses de obra.

A importância da certificação e regulação

Um dos desafios que os engenheiros encontram na adoção desse tipo de tecnologia construtiva no Brasil é a falta de algumas certificações e regulações que garantam a qualidade e segurança dos produtos. Recentemente, o governo federal sinalizou a criação de uma portaria que abordará esses modelos, o que ajudará a proteger a indústria nacional e assegurar a conformidade com as diretrizes brasileiras.

O estado precisa, de fato, atuar para garantir segurança e confiabilidade; a engenharia pode colaborar mais com o cenário de urgência habitacional. Pensando nisso, a FlexCubic iniciou junto a uma Instituição Técnica Avaliadora (ITA) o processo para obtenção da certificação da Casa Flex. Isso deve impulsionar a oferta de soluções rápidas e adaptáveis aos consumidores. Que possamos caminhar com a inovação ruma a um futuro com engenharia mais ágil, sustentável e acessível!


Fontes: ABC Mais, Luiz Muller.

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A China é sempre lembrada pelos engenheiros como um país de grandes soluções tecnológicas, alta ambição e capacidade de construir megaprojetos em tempo recorde. Recentemente, seus profissionais surpreenderam o mundo mais uma vez com uma obra monumental de Engenharia Civil, o Shenzhen-Zhongshan Link. Trata-se de um sistema complexo de pontes e túneis marítimos que conectam cidades importantes. A questão é que o mesmo também bateu dez recordes mundiais que compartilhamos a seguir, neste artigo do Engenharia 360!

ponte chinesa
Imagem de Xinhua reproduzida de Olhar Digital

O projeto para Shenzhen-Zhongshan Link

A inauguração da ponte Shenzhen-Zhongshan Link, localizada na província de Guangdong, na China, aconteceu em junho de 2024, depois de sete anos de obra. Sua construção era vista como necessária para a redução do tempo de viagem entre as cidades Shenzhen e Zhongshan (duas regiões densamente povoadas) de duas horas para apenas 30 minutos. E a nova infraestrutura parece ter cumprido bem esse desejo de evitar congestionamentos e acelerar a locomoção entre as regiões.

O projeto de Shenzhen-Zhongshan Link foi mesmo muito ousado. Os engenheiros preveram a construção de pontes e túnel subaquático para um trecho de 24 quilômetros. A parte superior da estrutura consiste em pontes suspensas de viga em caixa de aço, projetadas para suportar grandes vãos e proporcionar uma navegação eficiente. Já o túnel imerso passa por baixo do Rio das Pérolas. Duas ilhas artificiais foram criadas para suportar a estrutura das pontes e fornecer uma base estável.

ponte chinesa
Imagem de Xinhua reproduzida de Olhar Digital
ponte chinesa
Imagem de Shenzhen-Zhongshan Link reproduzida de X via Época Negócios

Tecnologia e inovação

Para essa obra de construção de Shenzhen-Zhongshan Link, os engenheiros optaram por usar tecnologias avançadas para garantir a segurança e a eficiência da estrutura. O concreto autoadensável e aço de alta resistência foram escolhidos para compor as estruturas, mais leves e duráveis. Por fim, softwares avançados foram utilizados para simular seu comportamento sob diferentes condições.

Hoje, uma equipe de quatorze robôs com sensores de detecção realiza o monitoramento de segurança e funcionamento das instalações dentro da ponte e do túnel e realiza manutenções preventivas. Além disso, Shenzhen-Zhongshan Link conta com um sistema completo de combate a incêndios e exaustão de fumaça. E, ademais, um sistema de iluminação codificado por cores para orientar os motoristas sobre diferentes situações, mantendo a segurança de todos guiando em caso de evacuações.

Veja Também: A engenharia da ponte chinesa que desafia a gravidade

Recordes mundiais quebrados pela ponte chinesa

A ponte chinesa de Shenzhen-Zhongshan Link se destaca por sua funcionalidade, claro. Porém, esta obra de engenharia quebrou recordes impressionantes. Veja:

  1. Maior vão para uma ponte suspensa de viga em caixa de aço totalmente offshore (1.666 m) e com a plataforma mais alta da ponte (91 m).
  2. Maior espaço de navegação para uma ponte marítima.
  3. Maior âncora de ponte suspensa offshore (344 mil m³).
  4. Maior velocidade de teste de resistência ao vento para uma ponte suspensa (83,7 m).
  5. Maior plataforma de ponte de aço com pavimentação de asfalto epóxi (378,8 mil m³).
  6. Túnel de tubo imerso de duas vias e oito pistas mais longo (5.035 m).
  7. Maior túnel subaquático de aço e tubo imerso em concreto (até 55,6 m).
  8. Maior volume fundido para um tubo imerso em casca de aço usando concreto autoadensável (29 mil m³).
  9. Primeiro intercâmbio subaquático de vias expressas e aeroportos do mundo.
  10. Batente de água em forma de “M” mais largo e repetidamente dobrável usado na junta final de um túnel de tubo submerso (3 m).

A saber, durante a execução, os desafios – sobretudo de condições climáticas e geológicas – exigiram soluções criativas, muito conhecimento técnico de engenharia e de gestão de projeto. Mas parece que o esforço valeu a pena afinal!

Impacto na mobilidade e na economia chinesa

Neste momento, a ponte Shenzhen-Zhongshan Link está realmente melhorando a mobilidade entre Shenzhen e Zhongshan, impulsionando o crescimento sustentável e desenvolvimento econômico na região. Através da facilidade de acesso, empresas poderão expandir suas operações e novas oportunidades de negócios devem surgir.

Assim, com ajuda da engenharia moderna, a China caminha para um futuro próspero. Esse projeto recordista do país demonstra o potencial da humanidade de construir estruturas cada vez mais complexas e desafiadoras. No futuro, conforme as tecnologias forem evoluindo, novos materiais forem sendo descobertos e técnicas construtivas aprimoradas, podemos ver obras ainda mais ousadas e capazes de transformar nossas vidas por completo.

ponte chinesa
Imagem de Xinhua reproduzida de Olhar Digital

Fontes: Olhar Digital, Época Negócios.

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Em 26 de julho de 2026, milhares de pessoas viram a pira olímpica dos Jogos de Paris 2024 ser acesa bem no coração da capital francesa. Nos dias seguintes, outras milhares poderão se aproximar da pira diariamente até a conclusão do evento paralímpico, em 8 de setembro. Sua chama é perceptível mesmo durante o dia e se eleva a 60 metros ao anoitecer.

Bem, mas o que queremos destacar neste texto do Engenharia 360 é como os Jogos Olímpicos estão passando por uma transformação nesta edição de 2024. Isso inclui a proposta inovadora da pira olímpica, que é feita de uma tecnologia avançada, 100% elétrica, alinha às demandas contemporâneas de responsabilidade ambiental. Leia mais sobre essa revolução no texto a seguir!

A tecnologia por trás da pira olímpica

Antes de tudo, é importante ressaltar que a pira olímpica de Paris 2024 representa um avanço em termos de design e engenharia. Ao invés de uma chama tradicional, está sendo utilizado um sistema inovador que combina luz e vapor de água. São 40 lâmpadas de LED e 200 vaporizadores que, juntos, criam um efeito visual impressionante de simulação de chama. Ou seja, desta vez não foi necessária a combustão, reduzindo drasticamente as emissões de carbono durante o evento.

A saber, esse projeto foi desenvolvido pela EDF, uma das principais empresas de energia da França, junto da patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Pira olímpica
Imagem reproduzida de GloboPlay

Design, sustentabilidade e simbolismo

O design da pira olímpica deste ano foi criado pelo mesmo profissional que desenhou a tocha olímpica, que é o francês Mathieu Lehanneur.

Sua forma é simétrica, com base circular. Na parte superior há uma estrutura que lembra um balão, mais precisamente o primeiro balão do tipo que voou no mundo; isso aconteceu em 1783, sobre o Jardim das Tulherias, sendo um marco na história da aviação. E por conta da sua tecnologia de engenharia, economiza toneladas de gás, remetendo a um futuro mais responsável e sustentável para os Jogos, alinhando com as metas globais de redução de emissões de carbono.

Essa peça também é uma manifestação artística do lema da Revolução Francesa (“Liberdade, Igualdade, Fraternidade”) e dos valores fundamentais da sociedade moderna. A intenção é transmitir uma ideia de modernidade, mas com raízes históricas, sublinhando também a contínua inovação tecnológica do país e a herança cultural que se deseja deixar a partir destas Olimpíadas.

Veja Também: Vila Olímpica de Paris 2024 é iluminada com postes de luz feitos de materiais reciclados

O impacto cultural e sociais Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos são mais do que uma competição esportiva e união entre nações e culturas, mas um espaço de vitrine para inovações em design, engenharia e arquitetura. A esperança é de que a edição de 2024 seja inovadora em muitos aspectos – inclusive em diversidade e inclusão, permitindo que o público interaja mais com o evento através de experiências compartilhadas.

Estamos diante de um cenário verdadeiramente especial: a redefinição do conceito de cerimonialidade no contexto global! O fato da pira olímpica ser 100% elétrica se torna um símbolo de esperança e renovação nas engenharias. Sem dúvidas, a escolha de uma tecnologia sustentável para um evento tão grandioso é um passo importante em direção a um futuro melhor para todos.

Pira olímpica
Imagem reproduzida de GloboPlay
Pira olímpica
Imagem reproduzida de GloboPlay
Pira olímpica
Imagem reproduzida de GloboPlay
Pira olímpica
Imagem reproduzida de GloboPlay
Pira olímpica
Imagem reproduzida de GloboPlay
https://www.youtube.com/watch?v=OIjQjYu6ihI

Fontes: Gazeta Esportiva, UOL.

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As Olimpíadas de Paris acontecem entre os dias 26 de julho e 11 de agosto e com elas a França revive o privilégio de sediar os Jogos. O ano de 1924 foi a última vez em que essa celebração do esporte foi realizada no país. E as novas competições prometem ser memoráveis. Mas neste momento, o Engenharia 360 traz uma reflexão sobre o legado desse evento, revelando o que aconteceu com as arenas utilizadas há cem anos e que voltarão a brilhar em 2024. Acompanhe!

As arenas históricas das Olimpíadas de Paris 2024

Paris já foi sede das Olimpíadas em 1900 e, como dito antes, em 1924. Depois de um século, é claro que as pessoas criaram grandes expectativas para a edição de 2024. Segundo os organizadores, podemos esperar muitas inovações de engenharia. Contudo, resolvemos viajar no tempo, voltando para o início do século XX para conferir como foram os últimos jogos na cidade-luz, os primeiros a terem uma vila olímpica e transmissão radiofônica das provas.

Aliás, muitas das instalações construídas para os Jogos Olímpicos de 1924 ainda estão de pé, continuando a inspirar e receber visitantes e moradores. Essas relíquias históricas foram cuidadosamente restauradas e mantêm viva a essência olímpica e a herança cultural de Paris. Em 2024, várias dessas arenas estão novamente se tornando centros vibrantes de competição, renovando o legado deixado pelo evento para a cidade e abrindo novas perspectivas para o futuro da França.

Estádio Olímpico Yves-du-Manoir

O Estádio Olímpico Yves-du-Manoir está localizado no subúrbio de Colombes, a noroeste de Paris. Construído originalmente para ser um hipódromo, foi, em 1924, convertido para receber 45 mil espectadores e sediou as competições de atletismo, futebol e rugby. Após o término dos Jogos, continuou funcionando. E para Paris 2024, será palco de competições de hóquei em campo.

Olimpíadas
Imagem reproduzida de Agência Rol em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Stade_Yves-du-Manoir#/media/File:StadeolympiqueColombesJO1924.jpg
Olimpíadas
Imagem reproduzida de Olympics em Wikipédia – https://olympics.com/pt/paris-2024/sedes/estadio-yves-du-manoir

Palácio de Versalhes

O majestoso Palácio de Versalhes também fez parte das Olimpíadas de 1924, como cenário para as provas de tiro. Agora, após reformas e adaptações, com direito a instalações temporárias, incluindo arquibancadas, essa arquitetura deslumbrante será usada nos Jogos de 2024, servindo de palco para as competições de hipismo e pentatlo moderno. Destaque para a restauração realizada na Porta de Honra, cobertura da Ala Norte e adição de uma nova área de recepção nos jardins.

Olimpíadas
Imagem de Pierre Patel em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Palace_of_Versailles.gif
Olimpíadas
Imagem reproduzida de ToucanWings em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vue_a%C3%A9rienne_du_domaine_de_
Versailles_par_ToucanWings_-_Creative_Commons_By_Sa_3.0_-_073.jpg

Veja Também: Paris Revive Estádio Centenário para Olimpíadas 2024

Piscina Georges-Vallerey

A Piscina Tourelles, hoje conhecida como Piscina Georges-Vallerey, foi justamente construída para os Jogos de 1924, local de muita representação para a natação, onde foram quebrados diversos recordes históricos, como dos 100 metros livres. Ao longo dos anos, foi bastante reformado – ganhou até a adição de um teto retrátil na década de 1980. Agora, em 2024, ela não servirá às Olimpíadas, que devem ocorrer na Arena La Defense e no Centro Aquático Saint Denis, esta última instalação totalmente nova.

Olimpíadas
Imagem reproduzida de Auteur inconnu em Wikipédia – https://fr.wikipedia.org/wiki/Piscine_Georges-Vallerey#/media/Fichier:Tourelles_J0_1924.jpg
Olimpíadas
Imagem reproduzida de Shev123 em Wikipédia – https://de.wikipedia.org/wiki/Piscine_Georges-Vallerey#/media/Datei:France_Turquie_WP_2015.jpg

Velódromo d’Hiver

O Velódromo d’Hiver ou Velódromo de Inverno foi inaugurado em 1903 no bairro de Grenelle e foi usado como uma das maiores prisões de judeus na França durante a Segunda Guerra Mundial, que eram detidos pela polícia no local antes de serem deportados para campos de concentração. Em 1924, sediou as competições de esgrima, levantamento de peso e boxe. Porém, no ano de 1959, foi demolido e guarda hoje um memorial.

Olimpíadas
Imagem reproduzida de Anonyme, Agence Rol, em Wikipédia – https://fr.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9lodrome_d%27Hiver#/media/
Fichier:V%C3%A9lodrome_d’hiver_1913.jpg
Olimpíadas
Imagem reproduzida de Djampa em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Rafle_du_V%C3%A9lodrome_d%27Hiver#/media/
Ficheiro:Rafle_du_Vel_d’Hiv_plaque.JPG

Velódromo Jacques-Anquetil

Conhecido como “la Cipale”, o Velódromo Jacques-Anquetil, construído em 1896, recebeu arquibancadas especiais projetadas por Gustave Eiffel, o mesmo autor da Torre Eiffel. A estrutura foi utilizada nas Olimpíadas de 1900 e 1924 como centro de competições de ciclismo, esgrima, luta livre, boxe e levantamento de peso. No entanto, por não atender aos padrões olímpicos atuais, não poderá ser utilizado para provas de 2024. As de ciclismo especialmente devem ocorrer no Velódromo Nacional de Saint-Quentin-en-Yvelines.

Olimpíadas
Imagem reproduzida de Jules Beau em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Vel%C3%B3dromo_de_Vincennes#/media/Ficheiro:Btv1b8433332t-p014_(cropped)1A_Square.jpg

O legado das Olimpíadas de Paris 2024

O conceito dos projetos de engenharia e arquitetura para as Olimpíadas de Paris 2024 é ‘sustentabilidade’ e ‘respeito pela história’. Noventa e cinco por cento das infraestruturas existentes estão sendo reaproveitadas, refletindo um compromisso dos organizadores com a preservação do patrimônio cultural da cidade, ao mesmo tempo que se busca minimizar o impacto ambiental e os custos associados à construção de novas instalações.

Vale ressaltar que todas as reformas e adaptações modernas necessárias garantem que essas estruturas icônicas continuem a servir como palcos para momentos esportivos memoráveis, conectando o passado ao presente. Esse é o exemplo que se deseja passar para as próximas gerações! Enquanto aproveitamos as Olimpíadas de 2024, lembramos da duradoura influência dos Jogos de 1924 e do legado que deixaram para os franceses e o mundo.

Confira imagens das Olimpíadas de Paris 1924: https://www.instagram.com/reel/C98pdrHPM00/


Fontes: Revista Casa e Jardim.

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Redação 360

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Paris é uma das cidades mais deslumbrantes do mundo, repleta de monumentos de arquitetura, sendo um verdadeiro museu a céu aberto. Este ano de 2024, os visitantes e fãs do esporte acompanham os Jogos Olímpicos enquanto podem conferir também um pouco da história da engenharia da capital francesa através das suas maiores obras-primas. Neste artigo do Engenharia 360, vamos embarcar em uma jornada pela cidade-luz, explorando esse destino imperdível.

Torre Eiffel

Começamos este texto com o maior ícone da engenharia francesa. A Torre Eiffel, projeto de Gustave Eiffel, Maurice Koechlin, Émile Nouguier e Stephen Sauvestre foi construída para a Exposição Universal de 1889 e é considerada um dos feitos de tecnologia que mais desafiou as convenções da época. Sua estrutura treliçada e aerodinâmica de mais de 300 metros de altura é composta de 18.038 peças de ferro forjado e pesa 10.100 toneladas, em modelo reticulado próprio para construções altas e resistentes a ventos fortes.

A construção exigiu habilidades técnicas, utilizando métodos inovadores de montagem de obras metálicas. Era para ter sido desmontada depois de 20 anos, mas sua utilidade como torre de comunicação garantiu a permanência. Hoje, recebe milhões de visitantes anualmente e continua a ser uma maravilha tecnológica.

monumentos da engenharia de Paris
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Palácio do Louvre

O Louvre, de arquitetura renascentista, é o maior museu do mundo. Ele abriga um dos mais famosos museus de arte, com uma coleção que abrange mais de 9 mil anos de história da humanidade em 652.300 m² de área. O mesmo foi construído originalmente no século XII (ainda na Idade Média) para ser uma fortaleza, transformado como palácio e, finalmente, em museu em 1793.

Vale desatacar que a famosa pirâmide do Louvre foi projetada pelo arquiteto I.M. Pei e inaugurada em 1989. Ela é composta de 673 painéis de vidro e destaca a entrada principal do museu. Trata-se de um exemplo notável de engenharia moderna integrada a um edifício histórico.

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Imagem reproduzida de Matthias Kabel em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_do_Louvre#/media/Ficheiro:Louvre_Paris_from_top.jpg

Catedral de Notre Dame

A querida Notre Dame, localizada na Île de la Cité, é um dos mais importantes exemplos de arquitetura gótica – destaque para suas abobadas de ogiva, arcobotantes e vitrais, além de outras soluções de geometria física e engenharia. Ela foi construída entre 1163 e 1345. Já abrigou um dos maiores órgãos do mundo. E apesar do incêndio devastador de 2019, que destruiu parte de seu telhado e a famosa flecha, a estrutura permanece resistindo no horizonte de Paris.

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Imagem reproduzida de Anyul Rivas em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Notre-Dame_de_Paris#/media/Ficheiro:South_facade_of_Notre-Dame_de_Paris,_August_2013_002.jpg

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Arco do Triunfo

A história da engenharia de Paris também ficou marcada pela construção do Arco do Triunfo, no centro da Praça Charles de Gaulle, entre 1806 e 1836. Projeto do arquiteto Jean Chalgrin para homenagear as vitórias militares de Napoleãom, a estrutura neoclássica de aço de 50 metros de altura e 45 metros de largura foi erguida sobre quatro pilares maciços adornados com inúmeras esculturas, exigindo técnicas avançadas de engenharia, como cálculos precisos de estabilidade e a utilização de andaimes e guindastes.

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Imagem reproduzida de Jiuguang Wang em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_do_Triunfo_%28Fran%C3%A7a%29#/media/
Ficheiro:Arc_de_Triomphe,_Paris_21_October_2010.jpg

Panteão

O Panteão de Paris, em estilo neoclássico, projeto de Jacques-Germain Soufflot, foi inspirado no Panteão de Roma – destaque para suas abóbadas e arcadas, além da cúpula de 83 metros de altura sustentada por um tambor e por pendentes. Originalmente essa construção aconteceu entre 1758 e 1790, serviu como igreja dedicada a Santa Genoveva. Depois foi transformado em um mausoléu no final do século XVIII.

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Imagem reproduzida de Roberta Dragan em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Pante%C3%A3o_%28Roma%29#/media/Ficheiro:Rome_Pantheon_front.jpg

Ponte Alexandre III

Agora um exemplar elegante do Art Nouveau. A Ponte Alexandre III, projeto dos engenheiros Joseph Cassien-Bernard e Gaston Cousin, foi construída em aço revestida em pedra e bronze entre 1896 e 1900 para a Exposição Universal de 1900, simbolizando as relações de amizade entre França e Rússia na época. Seus detalhes decorativos encantam demais, com esculturas ornamentais e mais detalhes dourados.

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Imagem reproduzida de Eric Pouhier em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Alexandre_III#/media/Ficheiro:Pont_Alexandre_III.jpg

Pont Neuf

O Pont Neuf é a ponte mais antiga de Paris e a primeira ponte feita em pedra na cidade, com muita resistência e durabilidade. Ela foi construída no final do século XVI. E é exemplo de arquitetura renascentista, sendo ponto disputado para a contemplação da cidade.

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Imagem reproduzida de Steve em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Pont_Neuf#/media/Ficheiro:Pont_Neuf_at_Sunset.jpg

Pont de Bir-Hakeim

No 15º arrondissement de Paris, a Pont de Bir-Hakeim em aço, projeto dos engenheiros Jean Résal e Amédée d’Alby, é uma ponte ferroviária e de pedestre. Ela foi construída entre 1902 e 1905 e se destaca por suas torres elegantes e detalhes geométricos.

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Imagem reproduzida de Ponte de Bir-Hakeim em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pont_de_Bir-Hakeim,_Paris_27_January_2018.jpg

Viaduto de Millau

O Viaduto de Millau, construído entre 2001 e 2004, é um importante exemplo de estrutura de ponte estaiada do mundo, em concreto e aço. Sua engenharia é impressionante. Idealizada pelos engenheiros Michel Virlogeux e Norman Foster, tem 343 metros de altura e é considerada obra-prima da modernidade.

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Imagem reproduzida de Mike Switzerland em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:ViaducdeMillau.jpg

Ópera Garnier

A Ópera Garnier, projeto do arquiteto Charles Garnier, é um teatro de ópera suntuoso, um dos mais famosos do mundo. Foi construído entre 1861 e 1875 em estilo neorrenascentista. E chama atenção sua grande cúpula, auditório e sistemas de ventilação avançados para época.

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Imagem reproduzida de Peter Rivera em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93pera_Garnier#/media/Ficheiro:Paris_Opera_full_frontal_architecture,_May_2009.jpg

Grand Palais

Às margens do rio Sena, o Gran Palais, em estilo Beaux-Arts, projetado pelos arquitetos Henri Deglane, Albert Louvet, Albert Thomas e Charles Girault é um palácio de exposições impressionante. A engenharia de sua estrutura é notável, com grande cúpula de vidro e elementos de aço.

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Imagem reproduzida de Gérard Ducher em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Grand_Palais#/media/Ficheiro:GD-FR-Paris-Grand_Palais.jpg

Centre Pompidou

Para fechar esta lista de engenharia de Paris, não poderíamos deixar de citar o Centre Pompidou, ícone de arquitetura moderna, abrigando o maior museu de arte moderna da Europa, além de uma vasta biblioteca pública. Projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers, este edifício revolucionou a história da engenharia por seu design inovador, abordagem inerte e lógica tradicional, exibindo estruturas e sistemas no exterior. Já no interior, apresenta vastos espaços flexíveis, muito bem adequados para as exposições contemporâneas.

monumentos da engenharia de Paris
Imagem reproduzida de Leland em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Centre_Pompidou#/media/File:Pompidou_center.jpg

Enfim, Paris é uma cidade admirável, sobretudo para quem ama design. Cada esquina guarda um marco turístico e cultural que já testemunhou diversas realizações humanas – criativas, desafiantes e triunfantes – ao longo dos séculos. Visitar esses monumentos é uma viagem pela história da engenharia e da arquitetura, revelando a verdadeira essência da Cidade Luz.

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Fontes:

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A França é conhecida por sua rica história e contribuição cultural global, sendo um dos países mais respeitados no campo da educação, referência em termos de qualidade acadêmica e inovação. Suas universidades e Grandes Écoles – instituições de ensino superior de elite – oferecem programas de altíssimo nível, preparando seus alunos para os desafios do mercado de trabalho.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos conhecer as melhores escolas de engenharia da França, analisando o que as tornam tão especiais. Confira!

1. École Polytechnique

Começamos esta lista destacando a Politécnica de Paris, fundada em 1794, sendo uma das escolas de engenharia mais prestigiadas da França e do mundo. Ela é conhecida por sua abordagem rigorosa e multidisciplinar. Possui um corpo docente de alto nível, um forte enfoque em pesquisa e uma rede de ex-alunos que ocupam posições de destaque em diversas indústrias ao redor do mundo.

Escolas de Engenharia da França
Imagem reproduzida de Chicoutimi em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:%C3%89cole_Polytechnique_de_Montr%C3%A9al.jpg

2. CentraleSupélec

A CentraleSupélec resultou da fusão de École Centrale Paris e Supélec. A instituição está localizada em Châtenay-Malabry e é reconhecida principalmente por sua excelência em Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica. Destaque para a sua ampla gama de programas, com um forte foco em inovação e empreendedorismo, além de fortes laços com empresas líderes. Os alunos podem escolher entre uma variedade de especializações, permitindo que eles se concentrem em suas áreas de interesse.

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Imagem reproduzida de Jmex em Wikipédia – https://fr.wikipedia.org/wiki/CentraleSup%C3%A9lec#/media/Fichier:Centrale_Sup%C3%A9lec.jpg

3. Institut national des sciences appliquées de Lyon (INSA Lyon)

O INSA Lyon é uma das principais escolas de engenharia da França. Ele foi fundado em 1957 e é conhecido por sua abordagem interdisciplinar com enfoque na inovação e na formação prática, preparando os alunos para serem líderes em suas respectivas áreas. Mantém parcerias estreitas com empresas e organizações valiosas. E tem um corpo estudantil diversos e programas de intercâmbio disputadíssimos por estudantes do mundo todo.

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Imagem reproduzida de Sylenius em Wikipédia – https://fr.wikipedia.org/wiki/Institut_national_des_sciences_appliqu%C3%A9es_de_
Rennes#/media/Fichier:INSA_Rennes2.JPG

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4. École des Ponts ParisTech

A École des Ponts ParisTech, localizada em Champs-sur-Marne, foi fundada em 1747, sendo uma das mais antigas escolas de engenharia da França. É especializada em Engenharia Civil, mas também oferece programas em outras áreas, como transportes, meio ambiente e urbanismo. Durante o curso, os alunos têm a oportunidade de trabalhar em projetos reais, colaborando com empresas e órgãos governamentais.

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Imagem reproduzida de Escm2001 em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89cole_Nationale_des_Ponts_et_
Chauss%C3%A9es#/media/Ficheiro:Ponts-carnot.jpg

5. Institut national des sciences appliquées de Toulouse (INSA)

A INSA Toulouse, fundada em 1963, é uma instituição de prestígio no campo da engenharia, conhecida por sua formação acadêmica rigorosa e abordagem orientada para a pesquisa. A instituição promove demais a pesquisa e o desenvolvimento com vários centros de pesquisa dedicados a avanços tecnológicos e científicos. Também oferece programas de dupla diplomação e mantém fortes laços com a indústria e outras instituições de ensino.

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Imagem reproduzida de Natalister em Wikipédia – https://fr.wikipedia.org/wiki/Institut_national_des_sciences_appliqu%C3%A9es_de_
Toulouse#/media/Fichier:INSA_Toulouse.jpg

Outras escolas de engenharia importantes

  • Mines Paris Tech: Oferece programas em áreas como mineração, energia, meio ambiente e gestão.
  • Télécom Paris: Focada hoje em tecnologia da informação e comunicação.
  • Escola Nacional Superior de Engenharia de Marselha: Conhecida por sua excelência em engenharia e formação prática que oferece aos seus alunos, ambiente de estudo inspirador e excelente taxa de empregabilidade para seus graduandos.
  • Escola Superior de Engenharia de Lille: Combina tradição e inovação, oferecendo uma educação de qualidade com abordagem prática e sólida base.
  • Institut Polytechnique de Paris: Reúne as mais prestigiosas escolas de engenharia da região parisiense, como a École Polytechnique, a ENSTA ParisTech e a Télécom Paris, oferecendo programas de graduação e pós-graduação de alto nível, com um forte enfoque em pesquisa interdisciplinar.

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A Vila Olímpica de Paris 2024 foi recém-inaugurada e está recebendo os atletas para os Jogos. A mesma começou a ser erguida em 2021 em um sítio no subúrbio da capital francesa, em endereço em processo de revitalização urbana às margens do rio Sena, totalizando 82 prédios, 3 mil apartamentos e 7 mil e duzentos quartos, capazes de acomodar 15 mil pessoas durante o evento. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar detalhes curiosos de engenharia e arquitetura deste projeto único. Confira!

Sustentabilidade em foco no projeto da Vila Olímpica

Vale começar este texto enfatizando que a Vila Olímpica não será “apenas” um local de hospedagem de atletas e comissões técnicas. Após os Jogos, esse complexo não será desmantelado, mas transformado em um residencial permanente, com apartamentos e espaços que serão convertidos para a nova comunidade parisiense. Por isso desde sempre houve uma preocupação com o legado desse projeto.

Só o investimento inicial para elaboração da engenharia e arquitetura da Vila Olímpica foi de 2 bilhões de euros. Então, o mínimo que se esperava – inclusive pensando nas exigências do próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) – era uma solução sustentável e confortável, que pudesse maximizar a eficiência energética e preservar a biodiversidade. Assim foi feito! A proposta apresentada estabelece um novo padrão para as futuras construções urbanas.

engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Imagem reproduzida de Paris 2024 via O Antagonista

Soluções para controle térmico e melhora da biodiversidade local

Estamos falando do uso de materiais sustentáveis (como madeira de reflorestamento) e materiais reciclados (como azulejos de conchas de ostras), que ajudam a manter a temperatura interna das unidades mais amena. Também o uso de paineis solares. Instalação de sistema geotérmico para resfriamento e de persianas bloqueadoras do sol nas janelas. E o plantio de milhares de árvores e arbustos, contribuindo para a biodiversidade e melhorando a qualidade do ar.

Os prédios possuem isolamento espesso e telhados verdes, que não apenas ajudam no controle térmico, mas também fornecem habitat para aves migratórias.

Conforto e controvérsias

O interessante nessa história toda é que a organização optou por construir unidades sem ar-condicionado. O objetivo é economizar ao máximo a energia elétrica e reduzir as emissões de carbono. Segundo Yann Krysinski, diretor de operações do Paris 2024 para a entrega de locais e infraestrutura, afirmou que os edifícios foram projetados para serem confortáveis durante o verão. A orientação das fachadas foi planejada para evitar o excesso de sol e, consequentemente, manter temperaturas mais baixas.

engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Imagem de KOZ reproduzida de Fast Company Brasil

Agora, parece que os esportistas não gostaram muito dessa coisa de sem ar-condicionado (apesar do recurso de ventilação cruzada) já que, no verão de Paris, as temperaturas devem ultrapassar 40 graus. Algumas autoridades argumentaram que o calor poderia afetar o desempenho dos atletas. Sem contar as camas feitas de papelão colocadas nos quartos, que, apesar de interessantes, são desconfortáveis. A empresa fabricante, a japonesa Airweave, garante que as peças são resistentes e adequadas para o uso.

As camas de papelão dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foram projetadas para suportar até 200 kg e são feitas de 80% de material reciclado. Para acompanhar, elas levam colchões produzidos a partir de redes de pesca reutilizadas.

engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Imagem reproduzida de Paris 2024 via O Antagonista
engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Imagem reproduzida de site Impulsiona

Detalhes mais impressionantes de engenharia e arquitetura

A engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024 é marcada pela inovação. Cada um dos prédios foi desenhado por um designer diferente, resultando em um conjunto com uma variedade de estilos.

engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Imagem reproduzida de site Impulsiona
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Imagem de KOZ reproduzida de Fast Company Brasil
engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Imagem de Instagram @filipdujardine e @ u_a_p_s reprodução de Casa e Jardim

Por exemplo, um desses edifícios foi desenhado por Triptyque, que optou por usar o recurso de telhado vivo e controle de impacto de carbono na sua obra. A fachada principal do prédio cria uma praça central com a Cité du Cinéma, um antigo estúdio incorporado como núcleo central da vila. Os apartamentos possuem varandas privativas e áreas de convivência, proporcionando conforto e qualidade de vida aos futuros moradores.

engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Projeto de Triptyque | Imagem divulgação reproduzida de Casa e Jardim

Já o plano diretor da vila foi projetado pelo arquiteto francês Dominique Perrault. Ele desenhou um complexo pensando na integração harmoniosa ao tecido urbano existente. Por isso, organizou os prédios em blocos abertos orientados para o rio Sena, com vias que se espalham pelo projeto, incluindo caminhos, terraços e passeios. A integração com o transporte público e a acessibilidade foram prioridades, garantindo que a vila se conecte bem com o resto da cidade.

engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Imagem divulgação reproduzida de CNN Brasil
engenharia e arquitetura da Vila Olímpica de Paris 2024
Imagem reproduzida de site Impulsiona

Veja Também: Paris 2024: Postes de Luz Sustentáveis na Vila Olímpica


Fontes: O Antagonista, O Antagonista 2, Revista Casa e Jardim, Fast Company Brasil.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Pode-se dizer que o LEGO é o brinquedo mais popular entre os entusiastas da engenharia. Seus blocos de montar já inspiraram muitos projetos de construção civil. Inclusive, a empresa belga Gablok resolveu transformar essa brincadeira em um case real. Ela desenvolveu kits de blocos de madeira, semelhantes aos da LEGO, para obras de habitações. O objetivo é oferecer uma solução sustentável e acessível para quem deseja erguer sua própria casa. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

blocos de madeira
Imagem de Gablok reproduzida via Ciclo Vivo

O modelo construtivo proposto pela empresa Gablok

Os blocos de madeira da Gablok são maiores que os blocos de brinquedo LEGO, pesando entre 7 e 9 kg. Contudo, eles são semelhantes, pois possuem o mesmo princípio de encaixe manual perfeito. Sendo assim, são peças perfeitas para construções de engenharia modular, permitindo que qualquer pessoa possa montar – de forma intuitiva e rápida, se quiser – a sua casa com facilidade, assim como numa brincadeira de criança.

blocos de madeira
Imagem de Gablok reproduzida via Ciclo Vivo
blocos de madeira
Imagem de Gablok reproduzida via Casa e Jardim

A saber, a Gablok oferece hoje no mercado kits completos com todos os materiais necessários para a construção de uma residência, incluindo blocos autônomos, sistemas de piso e vigas. As unidades são feitas de OSB (Oriented Strand Board) de 18 mm de espessura, compostas por ripas de madeira altamente comprimida e resina natural, com isolamento de EPS (poliestireno expandido).

blocos de madeira
Imagem de Gablok reproduzida de Dicas de Arquitetura
blocos de madeira
Imagem de Gablok reproduzida via Casa e Jardim

Passo a passo para construir casas estilo LEGO

O processo de construção com blocos da Gablok é relativamente simples e envolve poucos passos. Primeiro, é preciso traçar um projeto arquitetônico da casa, estabelecendo qual será o tamanho da edificação, número de cômodos e outras especificações. Com isso é possível fazer o cálculo da quantidade de peças de madeira necessárias para erguer tal volumetria e realizar a compra do kit com todos os materiais; o mesmo é entregue pela fabricante acompanhado de um manual detalhado de montagem.

Todos os itens encomendados são pré-fabricados (off-site) de acordo com o projeto de cada cliente e chegam ao local da construção prontos para serem encaixados.

blocos de madeira
Imagem de Gablok reproduzida via Casa e Jardim

Após o kit ser entregue, o cliente pode começar a montar os blocos de madeira, fixando a estrutura com vigas. As instalações elétricas e hidráulicas são embutidas em peças projetadas especialmente para recebê-las, eliminando a necessidade de quebras e recortes durante a obra. E, por fim, depois de tudo pronto, a cobertura pode ser construída com o material escolhido, as portas e janelas instaladas e os acabamentos aplicados.

O processo de construção é muito rápido e limpo, com custos reduzidos e sem gerar desperdícios, combinando com as precisões milimétricas características da construção a seco e um maior controle de qualidade dos serviços. Contudo, isso não elimina a realização de terraplanagem de terreno se necessário ou a execução de fundação – que podem ser realizadas simultaneamente no local da obra.

Vantagens da construção com blocos de madeira

O sistema de construção com blocos de madeira da Gablok oferece inúmeras vantagens, incluindo:

  • Eficiência: mínimo de desperdício, possibilidade de reciclar os blocos e excelente desempenho térmico e acústico.
  • Rapidez na construção: montagem rápida, sem necessidade de máquinas ou ferramentas complexas e dispensando o uso de juntas ou argamassa.
  • Economia e qualidade: precisão e organização do processo de construção, apesar da redução de custos de mão-de-obra e tempo de execução.

Quanto aos projetos de arquitetura, eles precisam ser adaptados ao método de construção, claro. Isso significa criar casas com designs únicos e personalizados, sem comprometer a facilidade de montagem ou o desempenho do sistema.

blocos de madeira
Imagem de Gablok reproduzida via Engenharia Hoje

Enfim, com os produtos da Gablok, está provado que é possível construir casas de forma fácil e ambientalmente responsável. Estamos diante de um novo caminho para a engenharia de habitações acessíveis e de alta qualidade! Porém, a notícia triste: esses blocos de madeira estão hoje disponíveis apenas na Bélgica. Mas a empresa já está trabalhando para expandir sua atuação para outros países.

Veja Também: Construção a seco: rapidez, economia e sustentabilidade


Fontes: Ciclo Vivo, ArchDaily, Casa e Jardim.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.