Os Jogos Paralímpicos são sinônimos de superação, resistência, inclusão e também de revolução tecnológica. As mais diversas soluções de engenharia vêm auxiliando no desempenho de atletas com deficiência. E especialmente pensando em Paris 2024, os cientistas desenvolveram desde novas próteses até cadeiras de rodas equipadas com sensores avançados. Isso deve ampliar ainda mais as possibilidades no mundo dos esportes, redefinindo os limites do que é possível. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Jogos Paralímpicos de Paris 2024
Imagem de Alaor Filho, MPIX, CPB, reproduzida de Surto Olímpico

A evolução da tecnologia assistida para o esporte

Antes de tudo, você sabe o que é tecnologia assistida? Bem, é um conjunto de recursos (equipamentos, metodologias e mais) que ajudam na promoção e funcionalidade de pessoas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida. E esse campo dentro das engenharias tem avançado demais nos últimos anos. Prova disso são os novos lançamentos de próteses, cadeiras de rodas, dispositivos vestimentais, entre outros. Os designs atuais estão mais personalizados do que nunca, contribuindo ainda mais para o bom desempenho dos atletas.

Aliás, os softwares de computador têm facilitado a criação de equipamentos sob medida, adaptados à fisiologia de cada pessoa. O que ainda ajuda a melhorar a experiência, tornando a prática do esporte mais confortável e segura.

Próteses e órteses

Especialmente as próteses e órteses estão agora mais inteligentes. Elas podem vir com sensores e atuadores, ajustando-se automaticamente aos movimentos dos atletas. Muitos desses dispositivos podem ser conectados via Bluetooth a sistemas digitais, permitindo que os usuários realizem ajustes durante as competições, garantindo máxima performance.

Jogos Paralímpicos de Paris 2024
Imagem de Ottobock reproduzida de WIPO

Cadeiras de rodas

As cadeiras de rodas de alto desempenho também estão sendo desenvolvidas com materiais inteligentes e sensores digitais, que ajudam a monitorar a rotação das rodas e pressão durante o movimento. Essa tecnologia permite, na prática, a adaptação a diferentes tipos de terreno, oferecendo mais estabilidade e eficiência aos atletas.

Jogos Paralímpicos de Paris 2024
Imagem reproduzida de Comitê Paralímpico Brasileiro

A neurotecnologia e a integração digital para os Jogos Paralímpicos

É importante destacar que, nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos, muitos atletas têm se beneficiado de soluções tecnológicas que vão bem além dos dispositivos físicos – como próteses e cadeiras de rodas. Podemos citar, por exemplo, as interfaces cérebro-computador (BCIs) e sistemas de neurofeedback, que ajudam os esportistas a melhorar sua concentração, controlar o estresse e otimizar funções cognitivas durante as competições. São um suporte adicional, por assim dizer.

Análise de dados

Como falamos no tópico anterior, atualmente, a integração digital tem feito parte das Paralimpíadas, bem como de outras competições mundiais. Lembramos dos dispositivos conectados via Bluetooth, mas também devemos citar os sistemas de análise de dados. Um exemplo é o sistema TritonWear, que fornece informações detalhadas sobre a eficiência dos movimentos dos nadadores, permitindo que seus técnicos ajustem as estratégias de treinamento conforme o necessário.

As ferramentas de análise de dados também auxiliam no pós-evento. Softwares avançados processam as informações coletadas durante treinos e competições, oferecendo insights sobre o rendimento e estratégias para evitar lesões. Esta abordagem contribui para o desenvolvimento contínuo da ciência dos esportes adaptativos e para o aprimoramento dos atletas.

Jogos Paralímpicos de Paris 2024
Imagem de Daniel Zappe, Exemplus, CPB, reproduzida de Olimpíada Todo Dia

Inclusão e imersão na experiência dos espectadores

Para finalizar, as novas tecnologias também estão transformando a experiência de assistir aos Jogos Paralímpicos, tornando-a mais acessível e envolvente. Hoje os espectadores podem contar com descrições de falas, áudio Dolby Atmos e realidade virtual, proporcionando aos fãs dos esportes uma nova maneira de acompanhar os eventos, permitindo mais interação com as competições e os atletas – que veem essa inclusão também como uma espécie de vitrine para o seu talento e determinação.

Veja Também: Atletas-engenheiros usam tecnologia para brilhar nas Paralimpíadas

O futuro dos Jogos Paralímpicos com a Engenharia

Infelizmente, nem tudo são flores. Uma pesquisa recente da Universidade de Sorbonne, na França, destacou que enquanto os Jogos Paralímpicos promovem avanços recentes em termos de infraestrutura e acessibilidade, também expõem as fragilidades existentes, como disparidade no acesso a tecnologias assistidas – o que inspirou a campanha de conscientização “Equipped for Equity”, lançada pela OMS em parceria com o Comitê Paralímpico Internacional. Aliás, muitos nem têm acesso a tecnologias básicas, como cadeiras de rodas, punhos para esgrima e aparelhos auditivos de qualidade – a mesma triste realidade de 2,5 bilhões de pessoas no mundo.

Jogos Paralímpicos de Paris 2024
Imagem reproduzida de Corpus Ortopedia e Reabilitação

Nos Jogos Paralímpicos, temos representantes tanto de países ricos (usando soluções de última geração) quanto de países pobres (com próteses improvisadas e equipamentos obsoletos). E havendo essa disparidade, podemos colocar em cheque a validade dessas competições. Afinal, essa desigualdade limita o desempenho dos atletas e impede que muitas pessoas com deficiência, mas talento e habilidade, participem das atividades esportivas e sociais.

Se as Paralimpíadas são um marco na promoção de tecnologias, incluindo as assistidas e adaptativas, nada melhor do que usar este momento para refletir sobre o tema. Os engenheiros e empresas de engenharia têm o dever de contribuir com seu conhecimento de aerodinâmica, materiais leves e mais para ajudar a otimizar a performance e garantir o conforto dos atletas. Veja o caso da Airbus, que está trabalhando para desenvolver equipamentos paralímpicos de alto desempenho.

Jogos Paralímpicos de Paris 2024
Imagem reproduzida de Comitê Paralímpico Brasileiro

Para completar, a colaboração entre a indústria e o setor acadêmico é fundamental para impulsionar a inovação. Universidades e centros de pesquisa desenvolvem novas tecnologias e materiais, que são posteriormente adaptados e comercializados pela indústria.


Fontes: itforum, Diário da Feira, rfi.

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Engenharia 360

Equipe de Redação

Somos a equipe de redação do Engenharia 360. Nosso objetivo é simplificar a complexidade técnica da Engenharia, tornando-a acessível a todos, desde profissionais experientes até aqueles curiosos sobre os avanços tecnológicos que moldam nosso mundo.

A interseção entre esporte e tecnologia tem sido cada vez mais percebida – e necessária – nas competições das Paralimpíadas. Para este artigo do Engenharia 360, resolvemos trazer o exemplo inspirador de dois atletas com formação em engenharia que estão se valendo de suas habilidades técnicas para melhorar seu desempenho, criando uma vantagem competitiva única.

Austin Smeenk e Alexandre Hayward estão redefinindo as competições em Paris 2024. Eles levaram para a França seus equipamentos personalizados na esperança de que inovação e ciência possam fazer a diferença para as pistas e velódromos. Continue lendo para saber mais!

A importância da engenharia no esporte paralímpico

Adaptar os modelos de esporte tradicionais para atletas com diferentes graus de deficiência é uma tarefa complexa e que, desde sempre, exigiu ajuda da engenharia. Isso porque não bastam os esportistas treinarem seu corpo ao extremo, pois eles também vão depender, por vezes, de cadeiras de rodas, próteses, bicicletas especiais e mais. Esses modelos de design precisam ser ajustados, personalizados e otimizados para maximizar seu desempenho. E é aí que entra a expertise dos designers.

A boa notícia é que, nos últimos anos, o esporte paralímpico tem visto um aumento significativo no de novas tecnologias – muitas vezes idealizadas por engenheiros e autodidatas em engenharia -, ajudando a melhorar ainda mais as competições. E, neste contexto, Smeenk e Hayward são um bom exemplo dessa nova geração de atletas que usam suas habilidades além das quadras, pistas e mais para melhorar seu desempenho no esporte.

A engenharia biomecânica para cadeiras de rodas

Austin Smeenk é um atleta canadense que já conquistou medalhas importantes nas Paralimpíadas. Seus recordes mais importantes foram em campeonatos mundiais de corridas masculinas T35 de 800 e 400 metros. Mas seu trabalho tem se destacado ainda mais por sua abordagem científica. É que Smeenk, formado em Engenharia Eletromecânica, conseguiu aperfeiçoar sua cadeira de rodas.

Em colaboração com o Laboratório Camosun Innovates, o jovem usou uma analogia bem parecida com de carro de corrida para tornar a cadeira mais leve, permitindo a realização de corridas mais rápidas.

“Calculamos toda a ergonomia para garantir a melhor biomecânica em relação à cadeira”, “Força é igual a massa vezes aceleração; menos massa significa mais aceleração”, explicou Smeenk, o que significa que uma cadeira mais leve pode resultar em uma tração maior. Essa mentalidade de otimização é compartilhada por muitos atletas paralímpicos, o que significa que cada detalhe conta. Assim, foi possível fabricar um modelo com o máximo de eficiência e adaptação às suas necessidades específicas.

A aerodinâmica aplicada ao design de bicicletas

O conhecimento em biomecânica também inspirou outros atletas na personalização de dispositivos para as Paralimpíadas de Paris 2024. Outro exemplo que queremos destacar é o de Alexandre Hayward, ciclista canadense, ex-jogador de hóquei, que utilizou sua formação em engenharia para conduzir testes aerodinâmicos em sua bicicleta, visando otimizar o equipamento e melhorar seu desempenho.

Hayward analisou dados para garantir que cada aspecto de sua posição na bicicleta fosse de máxima eficiência. Essa abordagem científica permitiu que o jovem fizesse ajustes precisos na bike, como a posição do selim e os pontos de contato, essenciais para o desempenho em alta velocidade. “Gastei muito tempo estudando sobre engenheiros de equipes profissionais, ouvindo podcasts e tentando aplicar o que atletas sem deficiência estão fazendo”, conta.

No fim, o engenheiro conseguiu realizar melhorias importantes em cada componente do equipamento a ser utilizado nas competições. E isso possivelmente deve somar uma grande diferença no seu desempenho geral.

O futuro das Paralimpíadas com a engenharia

É importante destacar neste texto que, apesar das inovações já conquistadas, os atletas paralímpicos enfrentam muitos desafios. É que, para ter acesso a equipamentos de alta tecnologia, os esportistas dependem muito de auxílio financeiro. E, ao contrário de outros esportes de alta performance, para eles os recursos são ainda muito limitados. Por isso mesmo que qualquer conhecimento, habilidade, criatividade e capacidade de adaptação por parte desses esportistas é tão valorizado.

A mensagem que gostaríamos de deixar na conclusão deste artigo é o quanto o trabalho da engenharia pode ajudar os atletas paralímpicos, desenvolvendo e aprimorando soluções (sobretudo mais acessíveis e ergonômicas) que atendam às suas necessidades – sim, a individualidade é um fator crítico. Smeenk e Hayward se dizem prontos para enfrentar os desafios em Paris 2024. Que seus exemplos sirvam de inspiração para todos!

Paralimpíadas
Imagem reproduzida de Austin Smeenk em Instagram

Veja Também: Paris 2024: Os Jogos Olímpicos da Sustentabilidade


Fontes: Séries do Momento, CBC.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Você já se perguntou sobre como se tornar um engenheiro de AI? Com o avanço da tecnologia e a crescente demanda por soluções de Inteligência Artificial, essa carreira está se tornando cada vez mais promissora.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos abordar tudo o que você precisa saber para se tornar um engenheiro de AI. Desde as habilidades técnicas necessárias até as oportunidades de emprego disponíveis, vamos te guiar pelo caminho para se tornar um especialista nessa área em ascensão.

engenheiro de AI
Imagem gerada em IA de Freepik

O que é Inteligência Artificial?

Antes de tudo, vale esclarecer que a Inteligência Artificial (IA) refere-se à capacidade de um sistema ou máquina de imitar a inteligência humana. É um campo multidisciplinar que combina conhecimentos de ciência da computação, matemática, estatística e ciências cognitivas. E, ademais, a IA busca desenvolver algoritmos e modelos que possam realizar tarefas com eficiência, aprendendo e se adaptando aos dados disponíveis.

Como já sabemos, essa tecnologia é amplamente utilizada em uma variedade de setores, como saúde, finanças, automação industrial e até mesmo em dispositivos eletrônicos do dia a dia, como assistentes virtuais. Ela tem o potencial de transformar a maneira como vivemos e trabalhamos, trazendo inovação e eficiência para diversos processos.

Inclusive, a área de IA é composta por diferentes especializações, e uma delas é a engenharia de IA, tema chave deste texto.

O papel do engenheiro de AI

O engenheiro de AI é responsável por projetar, desenvolver e implementar sistemas e algoritmos de IA. Ele trabalha em colaboração com cientistas de dados, especialistas em aprendizado de máquina e outros profissionais de tecnologia para criar soluções inteligentes que possam automatizar tarefas, analisar grandes volumes de dados e tomar decisões com base em padrões identificados.

Os engenheiros de IA também estão envolvidos na construção de modelos de aprendizado de máquina, treinando-os com conjuntos de dados relevantes e ajustando-os para melhorar o desempenho e a precisão. Eles devem ter sólidos conhecimentos de programação, matemática e algoritmos, além de habilidades de resolução de problemas e pensamento analítico.

Além disso, os engenheiros de IA precisam estar atualizados com as últimas tendências e avanços no campo da Inteligência Artificial. Eles devem ser capazes de aplicar os princípios e conceitos de IA em diferentes contextos e adaptar suas soluções de acordo com as necessidades específicas de cada projeto. Agora, vamos explorar as habilidades necessárias para se tornar um engenheiro de AI de sucesso.

engenheiro de IA
Imagem gerada em IA de Freepik

Habilidades necessárias para se tornar um engenheiro de IA

Para se tornar um engenheiro de IA, é essencial possuir uma combinação de habilidades técnicas e conhecimentos teóricos. Aqui estão algumas das habilidades mais importantes necessárias para se destacar nesse campo:

  • Conhecimento em álgebra linear, cálculo, probabilidade e estatística, usados ​​para desenvolver e ajustar modelos de aprendizado de máquina, além de entender os princípios subjacentes aos algoritmos de IA.
  • Conhecimento de linguagens de programação comumente usadas.
  • Capacidade de escrever códigos eficientes e limpos, além de entender os princípios de estrutura de dados e algoritmos
  • Compreensão sólida dos conceitos e técnicas de aprendizado de máquina, como regressão, classificação, agrupamento e redes neurais.
  • Domínio de aplicação dessas técnicas para resolver problemas e melhorar o desempenho dos sistemas de IA.
  • Habilidades em manipulação e processamento de dados, além de extração de informações relevantes de grandes conjuntos de dados.
  • Capacidade de análise de problemas complexos e pensamento analítico, identificando padrões e tendências para tomar decisões com base em dados e evidências.
  • Comunicação eficaz, sabendo explicar conceitos complexos de forma clara e concisa.
  • E saber trabalhar em equipe para desenvolver soluções conjuntas.

O mercado de trabalho para os engenheiros de IA

O mercado de trabalho para os engenheiros de IA é altamente promissor e está em constante crescimento. Com a demanda crescente por soluções baseadas em Inteligência Artificial, as oportunidades de emprego nessa área estão se expandindo em todo o mundo.

As empresas estão buscando engenheiros de IA para desenvolver chatbots inteligentes, sistemas de recomendação, automação de processos, análise preditiva e muito mais. As indústrias de tecnologia, saúde, finanças e varejo estão entre as principais empregadoras de engenheiros de IA.

Além disso, startups de tecnologia e empresas de consultoria estão investindo cada vez mais em IA, criando novas oportunidades para profissionais qualificados nessa área. Os engenheiros de IA também podem trabalhar como consultores independentes, prestando serviços para diferentes empresas e projetos.

No entanto, é importante notar que a concorrência também é acirrada nesse campo. A demanda por engenheiros de IA está superando a oferta de profissionais qualificados. Portanto, é essencial possuir habilidades sólidas e estar atualizado com as últimas tendências e tecnologias em IA.

engenheiro de IA
Imagem gerada em IA de Freepik

Onde estudar para se tornar um engenheiro de IA

Existem várias opções de estudo para aqueles que desejam se tornar engenheiros de IA. Muitas universidades e instituições de ensino oferecem cursos de graduação e pós-graduação em ciência da computação, engenharia de software e áreas relacionadas à IA.

Além disso, existem programas de treinamento e certificações online que podem fornecer uma base sólida de conhecimentos em IA. Plataformas populares, como Coursera, Udacity e edX, oferecem cursos ministrados por especialistas renomados em IA e aprendizado de máquina.

Também é importante participar de projetos práticos e trabalhos acadêmicos para ganhar experiência no campo da IA. Isso pode ser feito por meio de estágios, participação em competições de ciência de dados ou colaboração com laboratórios de pesquisa.

Além disso, estar atualizado com as últimas pesquisas e avanços em IA é essencial para se manter competitivo no mercado de trabalho. Participar de conferências, fazer cursos de atualização e seguir blogs e publicações especializadas são ótimas maneiras de se manter informado.

Exemplos de aplicações da IA

A IA tem uma ampla variedade de aplicações práticas em diferentes setores. Aqui estão alguns exemplos de como a IA está sendo usada atualmente:

Saúde:

A IA é usada em diagnósticos médicos, análise de imagens médicas, descoberta de medicamentos e monitoramento de pacientes. Algoritmos de IA podem identificar padrões em imagens de raio-X, ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas para auxiliar os médicos no diagnóstico e tratamento de doenças.

Finanças:

A IA é usada em análise de risco, detecção de fraudes, recomendações de investimento e processamento de linguagem natural para atendimento ao cliente. Algoritmos de IA podem analisar grandes volumes de dados financeiros e identificar padrões que ajudam a tomar decisões informadas e a detectar atividades suspeitas.

Varejo:

A IA é usada em recomendações de produtos, assistentes virtuais de compras e chatbots de atendimento ao cliente. Algoritmos de IA podem analisar o histórico de compras de um cliente e oferecer recomendações personalizadas com base em seus gostos e preferências.

Automotivo:

A IA é usada em sistemas de assistência ao motorista, como detecção de pedestres, reconhecimento de placas de trânsito e assistência de estacionamento. Algoritmos de IA podem analisar dados de sensores de um veículo e tomar decisões em tempo real para garantir a segurança e a eficiência durante a condução.

engenheiro de IA
Imagem gerada em IA de Freepik

Ferramentas e tecnologias usadas pelos engenheiros de IA

Existem várias ferramentas e tecnologias que os engenheiros de IA utilizam em seu trabalho diário. Aqui estão algumas das mais populares:

Python:

Python é uma das linguagens de programação mais populares para desenvolvimento de IA. Ela possui uma ampla variedade de bibliotecas e frameworks, como TensorFlow, Keras e PyTorch, que permitem criar e treinar modelos de aprendizado de máquina de forma eficiente.

R:

R é uma linguagem de programação amplamente utilizada em estatística e análise de dados. Ela possui uma grande quantidade de pacotes especializados em aprendizado de máquina e visualização de dados, tornando-a uma escolha popular entre os engenheiros de IA.

TensorFlow:

TensorFlow é uma biblioteca de software de código aberto desenvolvida pelo Google para criar e treinar modelos de aprendizado de máquina. Ele oferece uma ampla gama de ferramentas e recursos para desenvolver soluções de IA escaláveis e eficientes.

PyTorch:

PyTorch é uma biblioteca de aprendizado de máquina de código aberto que oferece uma interface flexível e fácil de usar para desenvolver modelos de IA. Ele é amplamente utilizado em pesquisa e desenvolvimento de IA devido à sua capacidade de construir e treinar modelos de forma rápida e eficiente.

Scikit-learn:

Scikit-learn é uma biblioteca de aprendizado de máquina em Python que fornece uma ampla gama de algoritmos de aprendizado de máquina, além de ferramentas para pré-processamento de dados e avaliação de modelos. É uma escolha popular para iniciantes em IA devido à sua facilidade de uso e documentação abrangente.

Desafios e tendências em Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial enfrenta uma série de desafios e também está em constante evolução com novas tendências. Aqui estão alguns dos principais desafios e tendências na área de IA:

  • A IA levanta questões éticas e de privacidade, especialmente quando se trata de coleta e uso de dados pessoais.
  • Os modelos de IA podem ser complexos e difíceis de interpretar. E a interpretabilidade dos modelos é um campo de pesquisa ativo, com o objetivo de tornar os modelos de IA mais compreensíveis para os humanos.
  • A IA precisa evoluir mais suas capacidades de aprendizado contínuo, permitindo que os modelos se adaptem e melhorem com o tempo. Isso inclui técnicas como aprendizado incremental, transferência de aprendizado e aprendizado por reforço contínuo.

IA Explicável:

A IA explicável é uma tendência crescente na área de IA. A capacidade de explicar as decisões tomadas por um modelo de IA é essencial para garantir a confiança e compreensão dos usuários. Essa área de pesquisa visa desenvolver métodos e técnicas que tornem os modelos de IA mais transparentes e explicáveis.

IA em Edge Computing:

Edge computing refere-se à capacidade de realizar processamento de dados e análise em dispositivos próximos à fonte de dados, em vez de enviá-los para a nuvem. A IA em edge computing permite que dispositivos inteligentes, como smartphones e sensores, tomem decisões em tempo real sem depender de uma conexão constante com a nuvem.

engenheiro de IA
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Salário médio de um engenheiro de IA

O salário de um engenheiro de IA pode variar dependendo de vários fatores, como localização, experiência e nível de habilidade. No entanto, a área de IA é conhecida por oferecer salários competitivos em comparação com outras áreas de tecnologia.

De acordo com o Glassdoor, a média salarial de um engenheiro de Inteligência Artificial (IA) no Brasil é de R$ 5.995, em agosto de 2024. Mas esse valor pode variar bastante, a depender da experiência e das habilidades do profissional.

Por exemplo, aquele mais experiente e com habilidades especiais pode ganhar mais de R$ 20.000 por mês (dados de 2024). Já a remuneração de um engenheiro de machine learning pode variar entre R$ 7.831 e R$ 74.400, com uma média de R$ 8.671. Por fim, um desenvolvedor de IA pode ganhar entre R$ 3.000 e R$ 6.000 por mês.

É importante notar que a demanda por engenheiros de IA está crescendo rapidamente, o que pode levar a um aumento nos salários devido à oferta limitada de profissionais qualificados. É uma carreira promissora em termos de crescimento profissional e remuneração.

Veja Também: Como se Tornar um Engenheiro de Inteligência Artificial?


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A mecatrônica e o controle e automação são áreas da engenharia que lidam com sistemas automatizados. Embora possam parecer semelhantes à primeira vista, essas áreas têm diferenças significativas em termos de foco e aplicação.

A mecatrônica combina elementos de mecânica, eletrônica e engenharia de controle para criar sistemas inteligentes e automatizados; é uma disciplina interdisciplinar que envolve o projeto, desenvolvimento e manutenção de máquinas e sistemas complexos. Por outro lado, o controle e automação concentra-se mais especificamente na gestão e desenvolvimento de sistemas automatizados.

No artigo a seguir, do Engenharia 360, confira essas diferenças com mais detalhes para ajudá-lo a tomar uma decisão informada sobre qual caminho seguir.

O campo da mecatrônica

Os profissionais de mecatrônica são responsáveis por projetar, desenvolver e manter sistemas automatizados complexos. Eles trabalham com uma variedade de dispositivos, desde robôs industriais até sistemas de automação residencial.

diferença entre Mecatrônica e Controle e Automação
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Um dos aspectos-chave da mecatrônica é a integração de componentes mecânicos, eletrônicos e de software para criar sistemas que possam realizar tarefas de forma autônoma. Isso envolve o uso de sensores, atuadores, controladores e algoritmos de controle para garantir que os sistemas mecatrônicos funcionem corretamente.

Campo de atuação do controle e automação

O controle e automação é uma disciplina que se concentra na gestão e desenvolvimento de sistemas automatizados. Os profissionais dessa área estão envolvidos no projeto e implementação de sistemas de controle que permitem operar e regular dispositivos e processos de forma automatizada.

Um dos principais objetivos do controle e automação é otimizar a eficiência e a produtividade dos sistemas automatizados. Isso envolve o desenvolvimento de algoritmos de controle, sistemas de supervisão e tecnologias que permitem monitorar e regular o desempenho dos sistemas em tempo real

Diferenças entre mecatrônica e controle e automação

Em termos de habilidades necessárias, os profissionais de mecatrônica precisam ter conhecimentos sólidos em mecânica, eletrônica, controle e programação. Eles também devem ter habilidades de resolução de problemas e pensamento criativo para lidar com os desafios de projetar sistemas automatizados complexos.

Já os profissionais de controle e automação devem ter habilidades em programação, algoritmos de controle, sistemas de supervisão e tecnologias de automação. Eles precisam entender os princípios de controle e ser capazes de projetar sistemas que melhorem a eficiência e a produtividade dos processos automatizados.

diferença entre Mecatrônica e Controle e Automação
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A escolha entre mecatrônica e controle e automação depende de seus interesses, habilidades e objetivos de carreira. Ambas as áreas oferecem oportunidades emocionantes e desafiadoras, mas é importante considerar o tipo de trabalho que você gostaria de realizar e o setor em que deseja trabalhar.

Cursos e formação acadêmica em mecatrônica e controle e automação

Para seguir uma carreira em mecatrônica ou controle e automação, é importante obter uma formação acadêmica sólida nessas áreas. Existem cursos de graduação e pós-graduação disponíveis em instituições de ensino em todo o país.

No campo da mecatrônica, é comum encontrar cursos de graduação em engenharia mecatrônica ou engenharia de controle e automação. Esses cursos geralmente oferecem uma combinação de disciplinas em mecânica, eletrônica, controle e programação, preparando os alunos para projetar e desenvolver sistemas automatizados complexos.

Para aqueles interessados em controle e automação, os cursos de graduação em engenharia elétrica ou engenharia de controle e automação são opções populares. Esses cursos cobrem disciplinas como eletrônica, controle, programação e sistemas de supervisão, fornecendo aos alunos as habilidades necessárias para projetar e implementar sistemas de controle automatizados.

Além dos cursos de graduação, existem também programas de pós-graduação em mecatrônica e controle e automação. Esses programas oferecem a oportunidade de aprofundar os conhecimentos nessas áreas e realizar pesquisas avançadas em tópicos relacionados à automação e controle.

Mercado de trabalho para profissionais de mecatrônica e controle e automação

O mercado de trabalho para profissionais de mecatrônica e controle e automação é promissor, com uma demanda crescente por especialistas nessas áreas. Empresas de diversos setores estão buscando automatizar processos e melhorar a eficiência de suas operações, o que cria oportunidades para profissionais qualificados.

Os profissionais de mecatrônica podem encontrar oportunidades em uma ampla variedade de setores, incluindo manufatura, automação industrial, robótica, eletrônica e automação residencial. Eles podem trabalhar em equipes multidisciplinares, colaborando com engenheiros mecânicos, eletricistas e de software para desenvolver soluções inovadoras.

diferença entre Mecatrônica e Controle e Automação
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Já os profissionais de controle e automação podem encontrar oportunidades em diversos setores, incluindo indústria, energia, transporte e infraestrutura. Eles trabalham em equipe com engenheiros elétricos, eletrônicos e de software para projetar e implementar sistemas de automação que melhorem a eficiência dos processos e reduzam os custos operacionais.

diferença entre Mecatrônica e Controle e Automação
Imagem gerada em IA de Freepik

Salário médio para profissionais de mecatrônica e controle e automação

A remuneração para profissionais de mecatrônica e controle e automação varia dependendo do nível de experiência, setor de atuação e localização geográfica. No entanto, em geral, essas áreas oferecem salários competitivos e boas perspectivas de crescimento profissional.

De acordo com pesquisas salariais (dados de 2024), o salário de um engenheiro mecatrônico pode variar de acordo com a área de atuação, por exemplo, na automação industrial pode ser de R$ 6.000 a R$ 10.000, na indústria automobilística de R$ 8.000 a R$ 14.000, na robótica de R$ 9.000 a R$ 15.000, e na indústria aeronáutica de R$ 11.000 a R$ 20.000.

Já para um engenheiro de controle e automação, o salário inicial de um engenheiro de controle e automação é de R$ 5.485,00, podendo chegar a R$ 9.061,00, com uma média salarial de R$ 7.671,00.

Perspectivas futuras para mecatrônica e controle e automação

As perspectivas futuras para profissionais de mecatrônica e controle e automação são promissoras. Com a crescente demanda por automação e sistemas inteligentes, essas áreas devem continuar a oferecer boas oportunidades de carreira.

A automação está se tornando cada vez mais presente em diversos setores, desde a indústria até a área de saúde e serviços. Isso significa que a demanda por profissionais qualificados em mecatrônica e controle e automação continuará a crescer.

Além disso, os avanços tecnológicos, como a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial (IA), estão impulsionando o desenvolvimento de sistemas automatizados mais avançados e inteligentes. Isso cria novas oportunidades para profissionais que possuem habilidades em mecatrônica e controle e automação.

diferença entre Mecatrônica e Controle e Automação
Imagem gerada em IA de Freepik

Portanto, se você está considerando uma carreira em engenharia e tem interesse em automação, tanto a mecatrônica quanto o controle e automação são opções promissoras. Ambas as áreas oferecem oportunidades emocionantes e desafiadoras, com boas perspectivas de crescimento profissional no futuro.


Fontes: Guia do Estudante.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.

A chegada da realidade virtual (RV) no mercado tem transformado a forma como os gamers interagem com o mundo digital. Esse fenômeno influenciou a criação e o aprimoramento de novas tecnologias, como os headsets. Outro um exemplo é o Virtuix Omni One, uma ferramenta omnidirecional que promete oferecer uma experiência ainda mais imersiva e envolvente para entretenimento e atividades físicas, transportando os jogadores para dentro dos jogos como nunca antes.

Imagine poder correr, saltar e agachar em qualquer direção enquanto explora mundos virtuais, tudo isso sem se preocupar em colidir com obstáculos do mundo real. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para conhecer as características e os benefícios dessa tecnologia Virtuix Omni One.

O que é Virtuix Omni One?

Antes de tudo, precisamos destacar que o conceito de Virtuix não é tão novo assim nesse mundo da RV. Só que a primeira versão – a Pro – era voltada para ambientes comerciais, como fliperamas. Agora, a Omni One foi especialmente desenvolvida para o consumidor final, sendo mais compacta e prática para ser usada em casa.

Virtuix Omni One
Imagem reprodução via Road to VR

O diferencial da Virtuix Omni One é que ela não limita a experiência de movimento, como nos controles tradicionais. Ao contrário, ela permite que os usuários se movimento com liberdade e segurança, interagindo de maneira física com seus jogos em realidade virtual – sem nem mesmo sair da sala de estar.

Principais características

  • A Omni One tem apenas 1,5 metros de diâmetro.
  • Ela vem acompanhada com headset VR Pico Neo 3 Pro, customizado especialmente para funcionar em perfeita harmonia com a esteira. O mesmo é autônomo, ou seja, sem precisar de conexão com PC.
Virtuix Omni One
Imagem reproduzida de UploadVR
  • Na hora de jogar, é indicado uso de calçados especiais de baixo atrito e um sistema de cintos, que ajuda a manter os usuários centrados na esteira.
  • Quanto à capacidade de jogo, por hora, a Omni One suporta cerca de 30 títulos, com planos para expandir a biblioteca de jogos no futuro.

Como funciona a Virtuix Omni One?

O sistema de funcionamento da tecnologia Virtuix Omni One se vale da combinação de hardware e software – compatível com uma variedade de jogos -, que é justamente o que garante a experiência de realidade virtual imersiva.

O segredo de tudo está na plataforma, que permite os movimentos em todas as direções graças a um conjunto de rolamentos. Os usuários são fixados em uma espécie de arreio, que mantém a pessoa bem no centro da plataforma, evitando quedas e colisões com os objetos ao redor. Na cabeça vai o headset, que oferece gráficos de alta qualidade e um campo de visão amplo; seu rastreador, integrado à esteira, garante que as ações dos jogadores sejam refletidas no ambiente virtual em tempo real.

Na Omni One, as pessoas não apenas assistem aos jogos, mas ficam fisicamente envolvidas neles, tendo uma maior sensação de presença, como se fossem os próprios personagens do game.

Virtuix Omni One
Imagem reprodução via Víctor Javier Pérez García em LinkedIn

O futuro da realidade virtual com a Omni One

Apesar da Virtuix Omni One ser bastante interessante e atrativa, oferecendo diversas vantagens, ela ainda enfrenta desafios para ser bem aceita no mercado. Seu preço inicial, de US$ 2.595, é considerado elevado para muitos consumidores – principalmente se comparado a outros dispositivos de realidade virtual disponíveis. Mesmo assim, vários entusiastas de jogos contam os dias para adquirir uma unidade.

Fato é que a indústria de jogos está aquecida e a demandas por experiências em RV está aumentando. Por isso mesmo, os desenvolvedores estão incentivados a criar mais títulos que aproveitem mais tecnologias de locomoção. À medida em que as unidades forem produzidas e a base de jogos crescer, é possível que a Omni One se torne um item essencial nas residências.

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Fontes: TecMundo.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Engenharia 360 apresenta neste artigo o osciloscópio, um instrumento bastante utilizado pela Engenharia Eletrônica para a visualização e análise de onda de sinais elétricos ao longo de um período. Os dados obtidos – de variações frequência e outras características importantes – são exibidos em gráficos bidimensionais (via display gráfico), sendo o eixo horizontal (x) representando o tempo e o eixo vertical (y) representando a amplitude de sinal. Continue lendo para saber mais sobre essa ferramenta!

Como um osciloscópio funciona?

Antes de tudo, vale destacar que os engenheiros utilizam osciloscópio para o diagnóstico mais preciso de casos e desenvolvimento de solução de problemas em circuitos eletrônicos, bem como para o desenvolvimento de novos produtos e sistemas.

Em tese, o funcionamento de um é até bem simples. Ele envolve a captação de sinais elétricos através de ondas, conversão desses sinais em modelos digitais, e exibição da forma de onda resultante em uma tela. Para isso, uma sonda é conectada a um circuito ou dispositivo de análise. O osciloscópio lê o sinal, amplificando-o e transformando-o em um ponto luminoso que se move ao longo de um display, criando uma forma de onda. Fica a cargo do usuário interpretar os parâmetros exibidos em tela, como amplitude e frequência.

Quais os tipos de osciloscópios disponíveis no mercado?

Basicamente existem dois tipos de osciloscópios disponíveis no mercado: os analógicos e os digitais. O primeiro se vale de tubos de raios catódicos (CRT) para a exibição das formas de onda, oferecendo uma visão clássica e análoga ao sinal. Esses dispositivos são conhecidos por sua alta resolução e precisam, mas podem ser mais pesados e volumosos do que os modelos digitais.

osciloscópio
Imagem reproduzida de Blog Instrusul

Já os osciloscópios digitais (DSO) são capazes de converter sinais analógicos em dados digitais (ADCs), permitindo maior flexibilidade na análise. Os dados são exibidos em displays de LCD ou LED. E esses dispositivos ainda vêm com outros recursos avançados, como armazenamento de formas de onda, análise de espectro e interface com computadores.

osciloscópio
Imagem reproduzida de Amazon

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Diferencial dos osciloscópios modernos

Os osciloscópios modernos possuem muitos recursos que facilitam a análise de sinais por parte dos engenheiros eletrônicos.

  • Captura e armazenamento de formas de onda é com alta resolução e precisão.
  • Visualização do conteúdo por frequência de sina, o que é útil para identificação de ruídos e interferências.
  • Geração de formas de onda programáveis pelo usuário para testes e desenvolvimento de circuitos.
  • Capacidade dos dispositivos com domínio misto de análise de sinais análogos e digitais, ideais para depuração de sistemas digitais complexos.
  • Captura e exibição de formas de onda instantaneamente, sem armazenamento prévio, essenciais para análises de alta frequência.
  • Opções de disparo de pulso e de vídeo, para capturar eventos específicos.
  • Conexão com computadores e outros dispositivos, facilitando a documentação e análise dos dados.

Dicas para escolha do osciloscópio ideal

Na hora de escolher um osciloscópio no mercado, a pessoa deve considerar primeiro a faixa de frequência que o dispositivo pode medir. Depois, sua velocidade de coleta de dados. A quantidade de sinais que pode analisar simultaneamente. E, por fim, as funções avançadas que possui, como medições automáticas e análise matemática.

Quais as aplicações do osciloscópio na engenharia?

O osciloscópio pode ser uma ferramenta útil para diversas áreas da engenharia, incluindo:

  • Elétrica e eletrônica: Para observar variações de ruídos e picos de tensão em circuitos.
  • Telecomunicações: Para medição e análise de sinais de áudio, vídeo e dados.
  • Automobilismo: Para diagnóstico de problemas em sistemas elétricos e eletrônicos de veículos, como de sistemas de ignição.
  • Biomedicina: Para análise de sinais fisiológicos, como em eletrocardiogramas e eletroencefalogramas.

Ademais, os osciloscópios podem ajudar os engenheiros em testes para criação de novos produtos, garantindo seu desempenho e confiabilidade. Também para observação de fenômenos durante pesquisas (como a física de semicondutores e as telecomunicações) para desenvolvimento de novas tecnologias. E como ferramenta para o ensino de eletrônica, claro.

Dicas para usar um osciloscópio de forma eficiente

Para obter o benefício máximo de um osciloscópio, sigas essas dicas:

  • Calibre o osciloscópio regularmente para garantir a precisão da precisão.
  • Utilize sondas de alta qualidade para minimizar a interferência e passar dos sinais.
  • Ajuste os controles de escala vertical e horizontal para obter a melhor visualização do formato de onda.
  • Usar recursos avançados, como disparo e análise de espectro, para solucionar problemas complexos.
osciloscópio
Imagem reproduzida de Cursos Eletrônica Automotiva

Fontes: Engenharia Híbrida.

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Pintura de paredes é uma das etapas mais importantes do acabamento final de construções ou reformas. O problema é que nem todas as pessoas têm noção da complexidade deste momento. As superfícies precisam ser previamente preparadas. Para isso, devemos usar os produtos certos, a exemplo do selador e do preparador de fundo, garantindo um acabamento perfeito e evitando problemas como descascamento e desgaste precoce.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos trocar mais ideias sobre a importância desses produtos aplicados às paredes antes das tintas. Além disso, como fazer a escolha correta e aplicação adequada. Confira!

selador e fundo preparador
Imagem de Malte Luk em Pexels

Para que serve um selador de parede?

Selador é um tipo de produto – para áreas internas e externas -, geralmente à base de água, formulado especialmente para ser aplicado antes da pintura, com o objetivo de uniformizar a superfície e evitar que ela absorva a própria tinta – o que é comum em paredes novas, recém-rebocadas, e irregulares ou danificadas. O mesmo melhora a fixação do acabamento, permitindo até mesmo uma economia de tinta e prolongando sua durabilidade.

selador e fundo preparador
Imagem reproduzida de Telhanorte

Vale destacar que, para um melhor resultado, os fabricantes costumam recomendar a aplicação de duas demãos de selador nas superfícies – claro que sempre respeitando o seu tempo de cura.

Qual a diferença de selador e fundo preparador?

O fundo preparador é outro produto utilizado para preparação de superfícies. Ele pode ter base acrílica ou esmalte, potencializando ainda mais a aderência da tinta e proporcionando uma fixação ainda mais duradoura. Mas esse material, diferente do selador, é indicado para paredes que já foram pintadas e que necessitam de repintura, apresentando problemas de aderência incluindo as descascadas, com reboco esfarelando, aplicação de gesso e cal.

selador e fundo preparador
Imagem reproduzida de Tintas Darka

Então, tanto o selador quanto o fundo preparador são produtos que desempenham funções preparatórias. A questão é que cada um possui características específicas que atendem a diferentes necessidades. O uso incorreto de um ou outro pode comprometer o resultado da pintura, causando falhas como descascamento precoce ou acabamento irregular.

Razões para utilizar produtos de preparação de superfícies

  • Economia de produtos, impedindo a absorção excessiva de tinta.
  • Melhoria do acabamento, ajudando a uniformizar a superfície, no caso do selador, ou garantindo que a tinta adira corretamente, no caso do fundo preparador.
  • Mais proteção da superfície contra danos pela umidade e outros fatores ambientais, prolongando a vida útil da pintura e prevenindo contra o descascamento precoce.
  • Acabamento impecável, mais liso e uniforme.

Como aplicar selador e fundo preparador em paredes?

Agora que você conhece as funções e diferenças entre o selador e o fundo preparador de paredes, pode fazer uma escolha mais consciente e adequada às necessidades do seu projeto.

selador e fundo preparador
Imagem de 8photo em Freepik
  • Antes de aplicar qualquer produto nas paredes da sua casa, limpe bem as superfícies com um pano úmido, removendo toda a sujeira, poeira e gordura.
  • Se necessário, passe uma lixa para remover as impurezas persistentes, então passe novamente o pano úmido e deixe secar.
  • Optando pelo selador, dilua o produto em até 10% de água.
  • Utilize um rolo ou pincel adequado para aplicar o selador ou fundo preparador em camadas uniformes – sempre seguindo as instruções do fabricante para obter o melhor resultado.
  • Respeite o tempo de secagem indicado para o produto e, depois, aplique a tinta nas paredes.

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Fontes: C&C Construção, G1.

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O Brasil está prestes a passar por uma reforma tributária e isso tem gerado debates intensos, especialmente sobre como suas diretrizes impactarão o setor da construção civil. A saber, este setor, fundamental para a economia do país, enfrenta desafios importantes que podem ser exacerbados pelas mudanças propostas.

Neste artigo do Engenharia 360 , exploraremos os principais pontos discutidos em uma audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que reuniu especialistas e representantes do setor para analisar as implicações da reforma tributária. Confira!

O contexto da nova reforma tributária

A reforma tributária é um tema recorrente nas pautas políticas do Brasil, simplificando o sistema de impostos e aumentando a eficiência da arrecadação. No entanto, a proposta atual gerou preocupações, especialmente em relação ao aumento da carga tributária sobre a construção civil. Durante a audiência pública, foram apresentados estudos que indicam que, se a reforma for aprovada em sua forma atual, o setor poderá enfrentar um aumento significativo nos custos.

reforma tributária e a construção civil
Imagem meramente ilustrativa gerada em Freepik

Um aspecto importante discutido foi a relação entre a reforma tributária e o déficit habitacional no Brasil. Lembrando que o setor da construção civil é responsável por uma parte significativa da oferta de moradias no país. Então, a elevação dos custos pode desencadear um aumento nos preços das habitações, tornando-as menos acessíveis para a população, especialmente para as classes de baixa e média renda. A preocupação é que, ao invés de ajudar a resolver o déficit habitacional, a reforma possa agravá-lo.

Divergências nos estudos

Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), destacou durante a audiência a divergência entre os estudos realizados pelo governo e aqueles produzidos pelo setor. O governo utilizou dados que, segundo França, são considerados menos precisos, o que pode levar a uma subavaliação do impacto real da reforma. Essa diferença nas bases de dados é um ponto crucial que precisa ser resolvido para garantir que uma reforma não prejudique o setor.

reforma tributária e a construção civil
Imagem gerada em Freepik

Implicações para o setor de loteamentos

O setor de loteamentos, representado por Caio Portugal, presidente da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO), também expressou preocupações. Portugal argumentou que os segmentos são tratados de forma diferenciada em comparação com outros setores, devido à natureza dos terrenos, que não são consumidos ao longo do tempo, mas transformados em diversas formas de uso. Uma proposta de reforma tributária, se não ajustada, pode não levar em conta essas particularidades, prejudicando o desenvolvimento urbano.

Índice de aumento da carga tributária

De acordo com Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a carga atual é de 8,11% sobre a receita, que inclui tributos como Pis/Cofins, ICMS, ISS e IPI. Com a reforma, a alíquota padrão estimada é de 26,5%, o que, mesmo com um redutor social, eleva essa carga para 15,9%. Essa mudança é vista como um golpe duro para um setor que já opera com margens de lucro atraentes.

Propostas de redução de alíquotas

Para mitigar os impactos negativos da reforma, diversas propostas foram apresentadas durante a audiência. Entre elas, a sugestão de um redutor de alíquota de 60% para a construção e de 80% para locações. Essas medidas visam garantir que o setor não fique sobrecarregado por uma carga tributária excessiva, permitindo que continue a operar de forma sustentável e contribua para a economia.

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A necessidade de uma neutralidade tributária

A neutralidade tributária foi um tema recorrente nas falas dos especialistas. Ely Wertheim, do Secovi-SP, enfatizou que a discussão não deve girar em torno de benefícios, mas sim sobre como manter a arrecadação atual sem prejuízo do setor. A proposta de reforma, conforme está, não garante essa neutralidade, o que pode levar a distorções no mercado e na economia como um todo.

Enfim, a complexidade do sistema tributário brasileiro é um desafio que precisa ser resolvido. Gilberto Alvarenga, consultor tributário da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ressaltou a necessidade de critérios objetivos para definir a atividade preponderante de um cidadão, evitando interpretações arbitrárias por parte da Receita Federal. A falta de clareza nas regras pode gerar insegurança jurídica e desestimular investimentos no setor.

reforma tributária e a construção civil
Imagem gerada em Freepik

Projeções futuras sobre o setor da construção civil

As projeções sobre o futuro do setor da construção civil, conforme discutidas na audiência, indicam que a reforma tributária pode ter efeitos variados, dependendo do tipo de imóvel. Melina Rocha, consultora internacional de IVA, revelou que a expectativa é de que imóveis populares possam ter uma diminuição na carga tributária, enquanto imóveis de alto padrão enfrentam um aumento modesto de 3% a 4%. Essa diferença de tratamento pode gerar distorções no mercado, afetando a competitividade e a oferta de moradias.


Fontes: Foco – Relações Governamentais, Relatório Foco.

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A liderança é um tema cada vez mais relevante para o desenvolvimento das organizações no mercado de trabalho. Mas, quais são as diferentes características dos líderes e como elas influenciam na dinâmica das atividades realizadas pelos funcionários nas empresas, sejam elas públicas ou privadas? E na Engenharia, essa realidade também é perceptível? Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para descobrir!

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O papel da liderança nas organizações

Independentemente da carreira, desde engenheiros, arquitetos, administradores ou mesmo profissionais ligados à educação, o espírito de liderança é muito valorizado, uma vez que tem relação direta com o alcance dos objetivos almejados, tanto pelo funcionário como pela organização, caracterizando uma relação funcional. O líder é escolhido como tal e, principalmente, é respeitado, quando apresenta capacidades que vão ao encontro das expectativas de um grupo de pessoas, como os funcionários de um setor da empresa ou integrantes de uma comunidade.

Modelos de liderança estudados por especialistas

Diversos estudiosos já apresentaram modelos de desenvolvimento organizacional (DO) que consideram as relações entre os integrantes das empresas, e analisam a forma com que as estratégias e medidas implementadas na rotina de trabalho dentro das organizações levam a um desenvolvimento das mesmas.

William Blake e Jane Mouton desenvolveram o conceito do “Managerial grid” (ou grade gerencial, em uma tradução livre), em que o administrador se basearia na produção, ou seja, no resultado do trabalho, e também nas pessoas, os funcionários e colegas da empresa. A maior ou menor preocupação com cada um dos dois aspectos traçaria um perfil do administrador. Até que ponto o líder estaria preocupado com o bem-estar e o desenvolvimento de seu funcionário? A importância primordial seria unicamente a realização de tarefas, ou há um equilíbrio e comprometimento com um interesse em comum, dos integrantes e da empresa?

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Lawrence e Lorsch, por sua vez, acrescentam questões como a importância da integração entre os diferentes setores de uma empresa. Quanto maior a diversidade, maior a necessidade de integração. E Reddin, por sua vez, apresentou o modelo 3-D da eficácia gerencial, partindo de uma análise de estilos gerenciais e da capacidade de utilizá-los de acordo com a situação. Por exemplo, um estilo mais dedicado ao funcionário pode ser o ideal em determinadas situações, mas em outros momentos, uma maior dedicação às tarefas é o mais indicado.

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Tipos de líderes e suas características

Existem diferentes tipos de líderes:

  • Autocráticos: Tomam decisões com pouca ou nenhuma participação dos subordinados.
  • Liberais: Têm uma atuação limitada, focando mais nos funcionários.
  • Democráticos: Equilibram a participação entre líder e funcionário, resultando em melhor qualidade nos serviços.

Frente a todos estes estudos e conclusões, que permanecem atuais mesmo com o passar dos anos, podemos ir além e perceber como um estilo de liderança integrado ao contexto em que os funcionários e a empresa estão inseridos, e aliado à motivação dos funcionários, ao feedback e aprimoramento constantes podem fazer a diferença.

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Liderança na engenharia: desafios e oportunidades

A liderança é fundamental na Engenharia, embora ainda represente um desafio, apesar dos avanços recentes na formação acadêmica. Historicamente, as habilidades de liderança foram negligenciadas na formação dos engenheiros, mas atualmente, conceitos de gestão de pessoas e especializações na área estão ganhando espaço.

A UFSCar, por exemplo, oferece um curso de Especialização em Gestão Organizacional e de Pessoas (GOPe) voltado para engenheiros, arquitetos e outros profissionais interessados em desenvolver suas habilidades de liderança.

Conhecer o mercado de trabalho e, acima de tudo, ter autoconhecimento, consciência social e visão de futuro são habilidades que beneficiam tanto os atuais quanto os futuros profissionais de Engenharia. A liderança não é apenas uma habilidade desejável, mas um diferencial competitivo crucial no mercado de trabalho moderno.


Fontes: FGV, UFSCar, Administração Geral e Pública (de Idalberto CHIAVENATO).

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Engenharia 360

Luciana Reis

Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência como jornalista freelancer na produção de conteúdo para revistas e blogs.

Antes de qualquer empreendimento imobiliário ser desenvolvido, é imprescindível a elaboração de um projeto de engenharia. Cada fase desse processo envolve custos altos; felizmente, nesse processo, podemos contar com diversas ferramentas de otimização. Um exemplo é o TestFit, cujo sistema se vale de tecnologia de Inteligência Artificial (IA) e design generativo para agilizar a tomada de decisões dos designers. Confira mais detalhes sobre o seu funcionamento e impacto na indústria da construção no artigo a seguir, do Engenharia 360!

TestFit: Real Estate Feasibility Platform
Imagem reproduzida de TestFit

O que é o TestFit?

Com os recentes avanços das tecnologias, os engenheiros vêm mudando o seu modo de projetar, especialmente para o setor imobiliário. Aumentou também nos últimos anos a necessidade de se otimizar a análise de viabilidade de ideias e simplificar tarefas complexas, como de cálculos. E é aí que entram soluções como a plataforma TestFit.

O TestFit trata-se de um plugin projetado para automatização de etapas de criação projetual. O mesmo foi desenvolvido por Clifton Harness e Ryan Griege. Eles tomaram como inspiração seus próprios desafios diários de trabalho. Por exemplo, o calcular de espaços, o desenhar de unidades de apartamentos, a inserção de vagas de estacionamento em lotes de terrenos e, assim, na sequência, a geração de múltiplas opções de design. Tais tarefas, manuais e tediosas, agora podem ser automatizadas com um simples comando no computador.

TestFit: Real Estate Feasibility Platform
Imagem reproduzida de GlobeNewswire

Atualmente, com o TestFit, é possível desenvolver mais rapidamente – e com dados mais precisos – propostas de arquitetura e engenharia para uso misto, unifamiliar e industrial. A partir disso, as construções de projetos imobiliários tornam-se mais facilitadas. E com essa otimização de fluxo de trabalho, os profissionais podem concentrar seu tempo para partes mais críticas dos projetos.

Como funciona o TestFit?

Antes de tudo, vale destacar que o TestFit oferece uma série de funcionalidades que otimizam o planejamento de projetos, incluindo:

  • Seleção rápida de terrenos a partir de dados de parcelas ou desenho a partir de limites.
  • Criação de layouts personalizados, como estradas e topografia integrada.
  • Geração de várias opções de layout considerando os parâmetros definidos pelo usuário – com possibilidade futura de ajustes de parâmetros e geração de novas versões.
  • Visualização de plantas diretamente no terreno em um contexto 3D.
  • Etc.
TestFit: Real Estate Feasibility Platform
Imagem reproduzida de TestFit

Para conseguir oferecer tudo isso, a ferramenta TestFit se vale de design generativo. Essa abordagem computacional permite que os usuários, mesmo sem experiência em programação, via interface visual simples e intuitiva, definam metas ou parâmetros e utilizem algoritmos para explorar diferentes, inovadoras e eficientes configurações de design – todas geradas a partir de suas diretrizes.

Quais os benefícios do TestFit para a construção civil?

Aqui estão os principais benefícios do TestFit para a construção civil:

  • Customização com Base em KPIs: Possibilidade de definição de soluções com base em indicadores de desempenho como taxa de área do piso (FAR), taxa de estacionamento e rendimento sobre custo.
  • Aumento da Produtividade: Automatização de tarefas repetitivas, economizando tempo nas etapas iniciais do projeto.
  • Melhoria da Precisão: Geração de cálculos precisos e reduz a ocorrência de erros durante o processo de design.
  • Otimização de Custos: Identificação de soluções mais eficientes em termos de custo e material.
  • Estímulo à Criatividade: Geração de múltiplas opções de design, incentivando a inovação.
  • Tomada de Decisões Assertivas: Fornecimento de dados em tempo real sobre a viabilidade do projeto, facilitando decisões informadas.
  • Redução de Riscos: Uso de dados precisos e insights em tempo real para mitigar riscos associados ao desenvolvimento imobiliário.
  • Melhoria na Colaboração: Facilitação da comunicação e colaboração entre arquitetos, engenheiros e desenvolvedores, promovendo uma visão compartilhada do projeto.

Esses benefícios, em resumo, se destacam como o TestFit pode transformar o processo de desenvolvimento e design na indústria da construção civil.

TestFit: Real Estate Feasibility Platform
Ilustração reproduzida de Rani Kamel em LinkedIn

Aplicações práticas

O TestFit foi especialmente desenvolvido para projetos multifamiliares. Contudo, com o tempo, ele foi aprimorado e agora seu sistema inclui uma variedade de tipos de edifícios. Através da ferramenta, pode-se otimizar layouts de apartamentos com estacionamentos e também unidades de uso misto (combinando até tipos de estruturas em um único local).

Como pode ser o futuro da viabilidade imobiliária com o TestFit?

Vivemos hoje uma realidade de crescente demanda por habitação e escassez de terrenos, com a otimização do uso de espaços cada vez mais essencial. Neste contexto, o surgimento do TestFit realmente representa um avanço para o setor de projetos imobiliários, impulsionando a inovação e a eficiência na construção civil.

Desde o seu lançamento, o TestFit conquistou mais de 7.200 usuários, incluindo construtoras, escritórios de arquitetura e empresas de engenharia. Inclusive, porque essa plataforma pode ser integrada a outras, como Autodesk Revit e Zoneomics, permitindo que os usuários acessem dados críticos em tempo real, como zonas de inundação e informações de uso do solo. Tal integração não apenas melhora a precisão dos dados, mas também facilita a visualização e a apresentação de projetos para clientes e partes interessadas.

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Fontes: Testfit.io, BIM & Tecnologias AEC em LinkedIn.

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