Praticamente todo mundo já sabe que a era de dependência de energias não renováveis já está ultrapassada. Consequentemente, emerge, nos últimos anos, um investimento em fontes de energia renováveis e eficientes, cujo retorno do investimento seja real. Uma das que mostra potencial para ocupar uma parcela importante das matrizes energéticas é a energia solar.
Quando as pesquisas com energia solar começaram, era um sonho que parecia alto demais, mas que se mostrou viável até um certo ponto. O problema, na época, era que os painéis, para serem eficientes, também eram caros, o que fez com que a energia solar ficasse atrás de outras fontes renováveis, como a hidráulica. Felizmente, já não é mais assim: o preço da energia solar reduziu significativamente nos últimos anos, mostrando o tamanho da sua viabilidade.
Por possuir inúmeras vantagens, como o fato de ser de fácil instalação, possuir baixo custo de manutenção, apresentar uma economia real, etc., a energia solar são o foco de muitas empresas da área de energia. Um exemplo ambicioso dessa energia é o Asian Energy Renewable Hub (AREH).
O AREH consiste em um consórcio internacional de várias empresas que trabalham com energia renovável que se uniram para desenvolver usinas híbridas que aproveitam o potencial de energia solar e eólica de uma região do Sudeste da Ásia, Cingapura, Indonésia e Austrália. A planta terá nada menos de 14.000 quilômetros quadrados e contará com 10 milhões de painéis solares e 1.200 turbinas eólicas. A capacidade será de 6 mil megawatts (4 mil da eólica e 2 mil da solar). Isso é suficiente para abastecer cerca de 7 milhões de residências. Ainda, é um exemplo como a energia solar pode ser combinada com outra fonte para gerar um maior aproveitamento.
Em um cenário futuro, a energia solar possui um grande potencial de ser maioria em grandes matrizes energéticas. No Brasil, talvez, ela não chegue a ultrapassar a hidráulica (pelo menos não enquanto houver disponibilidade de água), mas consegue chegar ao mesmo patamar, visto que nossa incidência solar é elevada. As duas, juntas, podem criar uma matriz elétrica poderosa e segura, visto que, quando começasse uma seca, poderíamos contar com a solar. Claro que outras energias renováveis também devem contribuir com uma parcela, como a eólica, de biomassa e outras.
No quesito tecnologia, a energia solar também já evoluiu bastante na conversão e armazenamento da energia. Os painéis estão mais eficientes e as baterias conseguem fazer um armazenamento satisfatório. Todavia, com a tecnologia disponível atualmente, podemos avançar bastante no quesito eficiência e ter esse tipo de energia ainda mais atrativo e mais presente em nosso meio.
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Estima-se que, com base nas tendências atuais, o mercado global de energia solar atinja 366 bilhões de dólares em 2023. Isso mostra que a energia solar é uma solução atraente para o mercado energético. É claro que alguns desafios podem surgir ao longo do percurso, mas nada que não possa ser superado. A melhora da tecnologia e o incentivo podem impulsionar ainda mais o seu uso.
Assim, a probabilidade de que a energia solar seja usada em larga escala em um futuro próximo é grande. Ela é promissora não só para combater os déficits existentes no mercado energético em diferentes países, como também como forma de energia limpa para combater as mudanças climáticas.
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