A queda de árvores é um problema recorrente nas grandes cidades, especialmente agora, com as mudanças climáticas. Só para se ter uma ideia, neste começo de ano (2025), mais de 300 árvores caíram em São Paulo – segundo cientistas, a maioria em um período de uma semana; já em Goiânia foram quase MIL ÁRVORES. Em comparação, quantas vezes você ouve falar de projetos de plantio de mudas? Ademais, pense no tempo de leva para uma plantinha ficar adulta, dando sombra e frutos. Triste, não é mesmo?

Pensando nessa questão, cientistas da Universidade de São Paulo desenvolveram uma tecnologia inovadora para reduzir a queda de árvores nas cidades. Ela combinaria conhecimentos de biologia, matemática, engenharia elétrica e engenharia mecatrônica. O Engenharia 360 te conta mais no artigo a seguir!

tecnologia USP contra queda de árvores
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

A importância das árvores e outras áreas verdes nas cidades

Árvores, parques, gramados, canteiros centrais… Essas coisas não são meros enfeites no traçado urbano das cidades; não servem como meras molduras para as edificações. Na verdade, precisamos das árvores para o nosso bem-estar e de toda a população – humana e animal. Para começar, essa vegetação ajuda no combate às ilhas de calor, melhoram a qualidade do ar e contribuem para a biodiversidade.

Infelizmente, a queda de árvores é um fenômeno que vem afetando várias cidades brasileiras. Isso tem total ligação com as mudanças climáticas – agravadas, sim, pelo desmatamento de florestas como a Amazônia. Com os temporais e ventanias cada vez mais intensos, sofremos as consequências; danos à infraestrutura urbana, como fios e casas, colocam em risco a segurança pública.

A saber, em muitos casos, a poda inadequada das árvores pode enfraquecê-las, aumentando a probabilidade de queda.

O papel da engenharia na prevenção de quedas de árvores

É tão bacana quando presenciamos a conexão da ciência e tecnologia para resolver os desafios de engenharia, não é mesmo? Sem dúvidas, a colaboração entre diferentes áreas do conhecimento é fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras!

Os pesquisadores da USP, sabendo disso, criaram uma ferramenta perfeita para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, capaz de analisar a estrutura das árvores e determinar quais precisam ser podadas para evitar quedas.

tecnologia USP contra queda de árvores
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

O grande diferencial desta solução é o uso de um scanner 3D para mapeamento de espécies e identificação de pontos de fragilidade. O sistema gera uma imagem digital detalhada, permitindo que engenheiros e biólogos façam um diagnóstico preciso e apontem exatamente onde a poda deve ser realizada para preservar a saúde da planta sem comprometer sua estabilidade.

Funcionamento do algoritmo da poda desenvolvido pela USP

A proposta dos cientistas da Universidade de São Paulo é a seguinte: utilizar scanners 3D para capturar imagens detalhadas das árvores das cidades. Essas imagens são então passadas para um programa de computador analisar via “algoritmo de poda”; em azul são indicadas as árvores que precisam de cortes para manter o equilíbrio estrutural. Assim, basta a prefeitura fazer o serviço, garantindo que esses seres vivos permaneçam saudáveis e fortes.

Segundo o professor Marcos Silveira Buckeridge, do Instituto de Biociências da USP, em entrevista para FAPESP, esse método supera a capacidade humana de poda manual, garantindo um trabalho mais eficiente e seguro. “O ser humano não tem a capacidade de fazer essa poda tão precisamente como conseguimos usando esse escaneamento”, explica.

tecnologia USP contra queda de árvores
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Podemos concluir que a aplicação dessa tecnologia pode trazer uma série de vantagens para as cidades, como:

  • Redução de quedas de árvores: A identificação precoce de estruturas fragilizadas permite podas preventivas mais eficazes.
  • Maior segurança urbana: Evita acidentes envolvendo pedestres, veículos e redes elétricas.
  • Preservação ambiental: A tecnologia evita remoções desnecessárias de árvores saudáveis.
  • Eficiência operacional: Equipes de manutenção urbana podem trabalhar de forma mais estratégica, otimizando recursos.

Perspectivas futuras da tecnologia na arborização urbana

Vale destacar nesta reta final do nosso artigo que os cientistas da USP esperam expandir seu estudo para diferentes cidades e espécies de árvores. O objetivo é que, de fato, sua tecnologia venha a ser uma ferramenta essencial de gestão ambiental urbana em nosso país. O professor Emílio Carlos Nelli Silva, do Departamento de Engenharia Mecatrônica, disse à FAPESP que “com esse algoritmo, temos total controle sobre as deformações das árvores, como elas dobram e qual o vento máximo que suportam”.

Qual o próximo passo? É integrar a ferramenta com sistemas de monitoramento meteorológico, criando um banco de dados robusto para prever riscos e aprimorar as práticas de arborização urbana.

tecnologia USP contra queda de árvores
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

O Brasil tem, sim, um grande potencial em inovação e ciência aplicada. Podemos, com determinação e mais investimentos, colocar nosso país em uma posição de liderança no combate às mudanças climáticas. E, nesse contexto, a nova tecnologia da USP representa não apenas um avanço na engenharia urbana, mas uma nova abordagem que podemos adotar para coexistir harmoniosamente com a natureza, preservando árvores e protegendo comunidades.

Veja Também: Espécies de árvores plantar na calçada


Fontes: Jornal Nacional, FAPESP.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Engenharia 360 tem uma grande notícia para compartilhar com você! Recentemente, cientistas brasileiros do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) conseguiram desenvolver uma enzima chamada CelOCE a partir de resíduos agrícolas, como cana-de-açúcar e palha de milho, e que pode revolucionar a produção de etanol de segunda geração, um biocombustível ainda mais limpo e sustentável para as engenharias. Compartilhamos no artigo a seguir informações de como isso pode impactar o mercado brasileiro. Confira!

enzima CelOCE
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O que é etanol de segunda geração?

Um dos principais desafios da humanidade nos últimos anos é encontrar fontes mais limpas e sustentáveis para as engenharias. Em se tratando de combustíveis, ou melhor, de biocombustíveis, o etanol de segunda geração tem sido uma promessa de fonte de matéria-prima. Essa ideia inspirou os cientistas do CNPEM em sua pesquisa, levando à descoberta da enzima CelOCE, que, aliás, é capaz de quebrar a celulose de forma mais eficiente – alcançando até 80%, comparado aos 60%-70% atuais.

Diferença E1G e E2G

Mas, afinal, você sabe o que é etanol de primeira geração e etanol de segunda geração? Bem, primeiro vale lembrar que o etanol é produzido a partir de biomassa. Pois então, sua produção pode ser classificada em duas gerações. Especialmente a primeira é a partir da sacarose, o açúcar presente no caldo da cana-de-açúcar – amplamente utilizado hoje no Brasil -, mas com muitas limitações e ainda competindo com a produção de alimentos.

enzima CelOCE
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Acontece que a produção do etanol de primeira geração pode levar ao desmatamento e à perda de biodiversidade. Por outro lado, o etanol de segunda geração (E2G) é obtido da celulose presente no bagaço e na palha da cana, assim como em outros resíduos agrícolas, o que reduz a necessidade de novas plantações, minimizando o impacto ambiental. A melhor parte é que ele não compete com a produção de alimentos, pois, como dissemos antes, utiliza resíduos que seriam descartados.

Qual a motivação por trás da descoberta?

A produção de etanol de segunda geração sempre foi um grande desafio para os cientistas., sobretudo pela dificuldade de acesso à celulose. Depois tem a questão da quebra desse material em moléculas menores, que é complexa e pouco eficiente, resultando em muito desperdício de matéria-prima e altos custos de produção.

A celulose apresenta uma estrutura resistente, que requer um sistema enzimático específico para ser degradada. Mas agora os cientistas conhecem a Cellulose Oxidative Cleaving Enzyme, identificada em uma comunidade microbiana especializada em decomposição vegetal. Curiosamente ela é encontrada em solos cobertos com bagaço de cana-de-açúcar em São Paulo.

Por que a CeIOCE é considerada tão importante?

A enzima CelOCE se destaca por conta de sua capacidade de realizar uma clivagem oxidativa, separando as ligações carbono-carbono na estrutura da celulose. Esse mecanismo permite que ela praticamente desestabilize a estrutura da celulose, por assim dizer, facilitando a ação de outras enzimas que convertem o material em açúcares fermentáveis. Traduzindo, ela torna a quebra da celulose mais eficiente, permitindo a produção de mais etanol com menos matéria-prima (ou áreas de plantio) e menos desperdícios – bom para o meio ambiente!

A saber, a CelOCE viabiliza a produção de diversos biocombustíveis e biomateriais, reduzindo a dependência de fósseis. Além disso, sua autossuficiência elimina processos industriais poluentes, tornando a produção mais sustentável.

enzima CelOCE
Imagem reproduzida de CNPEM em Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Reconhecimento da comunidade científica

A descoberta da CelOCE envolveu uma equipe multidisciplinar de cientistas que se valeram de várias técnicas de engenharia além da ferramenta Crispr/Cas para estudo da enzima. A pesquisa começou com a coleta de amostras do solo coberto de bagaço de cana. Então foram classificadas as comunidades microbianas com potencial de decomposição vegetal. E finalmente aplicada a metodologia em uma planta-piloto para testar a possibilidade da aplicação da matéria em escala industrial; e funcionou!

A importância da descoberta da CelOCE foi reconhecida pela comunidade científica internacional. O estudo que descreve a enzima e seu mecanismo de atuação foi publicado na prestigiada revista Nature, uma das mais importantes do mundo na área de ciência.

Quais impactos da CelOCE na produção de etanol brasileiro?

Sem dúvidas, a descoberta da CelOCE deve revolucionar a produção de etanol de segunda geração, principalmente considerando que ela é mais sustentável. Isso consequentemente pode ajudar a economia (bioeconomia) brasileira, baseada em recursos biológicos renováveis ao invés de produtos químicos e combustíveis fósseis. Aliás, pode ser que nosso país se posicione até na vanguarda da produção de biocombustíveis e outros biomateriais, como combustíveis de aviação e bioquerosene – vamos torcer os dedos.

O desafio é implementar essa tecnologia em larga escala. Até agora, o processo de produção de E2G sempre foi mais caro em comparação com E1G, requerendo significativos investimentos em infraestrutura. Temos nas mãos apenas um modelo-piloto, mas os cientistas estão bem otimistas! A equipe do CNPEM deve continuar trabalhando para aprimorar a enzima e explorar seu potencial em outras aplicações, como biorremediação, um processo que utiliza organismos vivos para limpar áreas contaminadas.

enzima CelOCE
Imagem de Leon Aschemann em Pexels

Veja Também: Etanol ou gasolina? Compare as vantagens!


Fontes: Globo Rural, Gov.

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A tecnologia está em constante evolução e, a cada ano, novas inovações surgem para transformar o mundo e suas indústrias. Para 2025, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), por exemplo, destacou algumas tendências tecnológicas que prometem impactar profundamente diversos setores, incluindo a engenharia. Essas inovações abrangem desde a Inteligência Artificial até soluções sustentáveis para o meio ambiente. Confira neste artigo no Engenharia 360 as principais tecnologias que vão revolucionar a engenharia em 2025!

1. IA Generativa

A IA generativa está se tornando cada vez mais presente, influenciando desde a automação de processos até a criação de soluções inovadoras para projetos de engenharia. Modelos de IA mais compactos e eficientes estão sendo desenvolvidos para resolver problemas específicos, reduzindo a necessidade de altos recursos computacionais.

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Imagem de Tara Winstead em Pexels

2. Engenharia Espacial

Vamos comentar agora especialmente sobre o Observatório Vera C. Rubin, localizado no Chile. Ele promete revolucionar o estudo do universo nos próximos anos com a criação de um mapa digital detalhado do céu noturno. Este avanço tem implicações diretas para a engenharia aeroespacial e astrofísica, abrindo portas para novas descobertas sobre buracos negros e galáxias distantes.

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Imagem de Yihan Wang em Pexels

3. Construção sustentável

A produção de aço é uma das indústrias mais poluentes do mundo. A primeira usina industrial de aço verde, localizada na Suécia, promete reduzir drasticamente as emissões de carbono ao utilizar hidrogênio produzido com energia renovável. Essa tecnologia representa um salto importante para a construção civil e a sustentabilidade.

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Imagem de Laura Cleffmann em Pexels

4. Combustível de aviação

A indústria aeronáutica também busca soluções sustentáveis. Um novo combustível feito a partir de óleo de cozinha usado e resíduos industriais promete reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, diminuindo a pegada de carbono da aviação global.

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Imagem de Pixabay em Pexels

5. Suplementos para agropecuária

A emissão de metano pelos rebanhos bovinos é um grande desafio ambiental. Pesquisadores desenvolveram suplementos alimentares capazes de reduzir significativamente essas emissões, contribuindo para a diminuição do impacto da pecuária no aquecimento global.

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Imagem de Pixabay em Pexels

6. Engenharia Biomédica

A medicina regenerativa avança com os transplantes experimentais de células-tronco cultivadas em laboratório, que podem tratar doenças como epilepsia e diabetes tipo 1. Essa tecnologia está revolucionando a engenharia biomédica e abrindo novas possibilidades para tratamentos personalizados.

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Imagem de Edward Jenner em Pexels

7. Medicamentos

Os avanços na engenharia farmacêutica permitiram o desenvolvimento de um medicamento de prevenção ao HIV que precisa ser administrado apenas uma vez a cada seis meses. Esse progresso representa um marco na luta contra a doença e melhora a acessibilidade ao tratamento.

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Imagem de Pavel Danilyuk em Pexels

8. Robótica e automação

A utilização de robôs para otimizar processos na Engenharia Civil está crescendo. Impressoras 3D para construção, drones para monitoramento de obras e robôs autônomos para inspeção são algumas das tendências que ganharão ainda mais força em 2025.

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Imagem de Diego Martinez em Pexels

9. Geração de energia

O uso de energia renovável está se expandindo, com destaque para novas tecnologias em painéis solares, turbinas eólicas mais eficientes e baterias de armazenamento de alta capacidade. A busca por soluções energéticas limpas continua a ser uma prioridade para a engenharia global.

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Imagem de Kindel Media em Pexels

10. Engenharia de Materiais e Nanotecnologia

A nanotecnologia está permitindo o desenvolvimento de materiais mais leves, resistentes e inteligentes. Esses avanços impactam diversas áreas da engenharia, desde a construção civil até a indústria aeroespacial e eletrônica.

tecnologia e inovação em 2025
Imagem de Tara Winstead em Pexels

Veja Também: Profissões de Engenharia em Alta para 2025


Fontes: O Antagonista, Olhar Digital.

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Chicago tem uma longa bagagem de conquistas de engenharia. Depois de ser devastada por um grande incêndio em 1871, passou por uma modernização que a levaria a se tornar referência em soluções para construção de arranha-céus. Isso inclui o primeiro complexo residencial mais alto do mundo, o Marina City, de 1967 – apelidado pelo seu formato como “sabugos de milho”.

Marina City
Imagem de Diego Delso em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Marina_City,_Chicago,_
Illinois,_Estados_Unidos,_2012-10-20,_DD_01.jpg

Esta obra, que ainda é uma das mais notáveis de Chicago, localizada próxima ao rio que corta a cidade, também já foi as torres gêmeas mais altas de concreto armado do mundo. Confira outras informações no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Cidade dentro da cidade

O Marina City é um empreendimento residencial completo. Dentro dele, além das unidades habitacionais há estacionamentos, escritórios (que hoje são ocupados como hotel), teatro, supermercado, restaurantes e marina para barcos. Só em apartamentos são surpreendentes 900 unidades. Sua construção soma 1,2 hectares e foi encomendada pelo Service Employees International Union ao arquiteto Bertrand Goldberg. São 179 m de altura ou 65 andares.

Marina City
Imagem de Nogamesjustlove em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/
File:Marina_City_on_the_Chicago_River.jpg

Vale destacar que nesta época Chicago estava em transformação; as áreas de subúrbio eram renovadas, permitindo que pessoas vivessem e trabalhassem no centro. Assim, vários novos edifícios foram erguidos perto do rio. Quando o Marina City foi inaugurado, isso representou uma grande conquista nos Estados Unidos. Estas torres foram o mais alto empreendimento imobiliário erguido pós Segunda Guerra Mundial revigorando os projetos residenciais nas cidades.

Características de planta do Marina City

O grande complexo de apartamentos do Marina City está posicionado sobre um platô que abriga os serviços e a marina para 80 barcos. Já os estacionamentos, para 450 automóveis cada, se estendem até o vigésimo andar das torres. Então os apartamentos ficam dispostos ao redor de um núcleo de escadas e elevadores, com cômodos trapezoidais que acabam em generosas varandas curvas.

Marina City
Imagem de Chris6d em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Marina_City#/media/File:Marina_City_Parking.jpg
Marina City
Imagem de Mateus Bisanz em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Marina_City_marina_by_Matthew_Bisanz.jpg

Apesar disso ser interessante na planta, não agradou muito os compradores. Isso porque os ambientes se mostravam difíceis de serem mobiliados por conta dos ângulos, enquanto as varandas, devido às características do inverno de Chicago, não comportavam uso frequente, sendo pouco funcionais. Mesmo assim, as unidades em forma de “torta”, a partir do vigésimo primeiro andar, representavam o que havia de mais avançado na época. Hoje os balcões com vidro do piso ao teto dos apartamentos propiciam uma visão única da paisagem urbana.

Marina City
Imagem reproduzida de WikiArquitectura
Marina City
Imagem reproduzida de Angel Muñiz em X

Engenharia contemporânea monumental

Ainda nos dias atuais, o complexo Marina City de Chicago pode ser admirado por sua engenharia. Dizem que a forma de sabugo de milho foi inspirada no Corinthian Tower de Nova York. As torres foram construídas por um processo industrial utilizando fibra de vidro para criar superfícies uniformes para o concreto. O próprio projetista, Bertrand Goldberg, inspirado pela Bauhaus, disse certa vez:

“Podemos construir um concreto melhor com as formas mais lisas que possamos conseguir”, argumentando que esses prédios em “monumento contemporâneo de racionalidade, ecologia e industrialização (…) com as próprias formas criando o monumento”.

E destacamos mais uma vez a importância do uso do concreto armado neste caso, usando um centro maciço central para sustentar a estrutura ao redor.

Marina City
Imagem de Peter M. Spizziri & Associados em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Chicago_Marina_City_foundation_1961.JPG

Veja Também: Primeiras estruturas de engenharia de arranha-céus


Fontes: Tudo sobre Arquitetura (Richard Rogers e Philip Gumuchdjian, Editora Denna Jones, Rio de Janeiro).

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A crescente popularidade dos carros elétricos sinaliza uma mudança significativa na indústria automotiva, impulsionada pela busca por alternativas sustentáveis e pela promessa de eficiência energética. No entanto, antes de se deixar levar pelo entusiasmo em torno dessa tecnologia, é crucial considerar uma perspectiva equilibrada, explorando as desvantagens e os desafios que os veículos elétricos ainda apresentam.

Este artigo do Engenharia 360 faz uma análise aprofundada das razões pelas quais você pode querer reconsiderar a compra de um carro elétrico, ponderando os aspectos práticos, técnicos e ambientais envolvidos. Confira!

1. Autonomia da bateria

A autonomia do carro elétrico depende de vários fatores. Climas extremos reduzem a eficiência da bateria em até 40%, e dirigir com ar-condicionado ou aquecedor intensifica o consumo. O estilo de direção também influencia: acelerações bruscas e terrenos difíceis diminuem a autonomia. Além disso, as baterias degradam com o tempo, reduzindo a capacidade. Para viagens longas, é essencial planejar as paradas para recarga, evitando a “ansiedade da autonomia” causada pela limitação da infraestrutura de carregamento.

carro elétrico
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2. Infraestrutura de carregamento

A escassez de postos de recarga, principalmente fora dos grandes centros, dificulta a adoção dos carros elétricos. O tempo de carregamento ainda é longo, mesmo nos postos rápidos. Além disso, a falta de padronização nos conectores e nos sistemas de cobrança gera confusão. Embora a eletricidade seja mais barata que a gasolina, os custos variam dependendo do posto e do plano de cobrança. Melhorar a infraestrutura é essencial para a expansão dos elétricos.

carros elétricos
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3. Manutenção

Apesar de terem menos peças móveis, os carros elétricos exigem manutenção especializada. A escassez de mecânicos qualificados pode dificultar reparos. Peças como baterias e componentes eletrônicos são caras, e a garantia nem sempre cobre a degradação da bateria. Além disso, os veículos dependem de constantes atualizações de software, que podem exigir visitas à concessionária. Embora tenham menos desgaste mecânico, a manutenção dos elétricos pode ser mais complexa e custosa do que se imagina.

Veja Também: Carros elétricos: Recarga instantânea e longa autonomia

4. Pegada de carbono

A sustentabilidade dos carros elétricos depende da matriz energética da região. Se a eletricidade vier de fontes renováveis, o impacto ambiental é menor. No entanto, a produção e o descarte das baterias geram preocupações ambientais, devido à extração de minerais como lítio e cobalto. A pegada de carbono varia conforme o ciclo de vida do veículo, desde a fabricação até o descarte. Incentivos governamentais podem tornar os elétricos mais acessíveis, impulsionando sua adoção e reduzindo impactos ambientais.

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5. Preço da aquisição

Os carros elétricos ainda têm preços elevados em comparação aos modelos a combustão. Apesar dos menores custos operacionais, a depreciação pode ser alta nos primeiros anos. O seguro também tende a ser mais caro, devido ao custo elevado das peças. Além disso, impostos e taxas variam conforme a região, podendo haver incentivos ou não. O custo inicial elevado é um dos maiores desafios para a popularização dos elétricos, apesar das economias a longo prazo.

6. Resistência dos pneus

Os pneus de carros elétricos devem suportar o peso adicional da bateria e o alto torque do motor. Para otimizar a autonomia, precisam ter baixa resistência ao rolamento. O desgaste é maior devido à entrega instantânea de torque, exigindo pneus mais duráveis. Além disso, o ruído dos pneus pode afetar o conforto da condução silenciosa. No entanto, pneus específicos para elétricos costumam ser mais caros, impactando o custo total de propriedade.

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7. Depreciação do patrimônio

O mercado de usados para carros elétricos ainda é incerto. A avaliação pode ser difícil devido à falta de referências consolidadas. A degradação da bateria influencia diretamente no valor de revenda, pois uma bateria desgastada reduz a autonomia e o desempenho. Além disso, a evolução rápida da tecnologia pode tornar modelos mais antigos menos atrativos. Esses fatores podem gerar maior depreciação, tornando a revenda um desafio para os proprietários.

8. Impacto ambiental

Carregar um carro elétrico em casa exige uma instalação adequada, principalmente para carregadores rápidos. O tempo de recarga em tomadas comuns pode ser longo, tornando o uso diário menos prático. Além disso, o consumo de energia pode aumentar significativamente a conta de luz. Para quem mora em apartamentos, a falta de infraestrutura pode dificultar ainda mais o carregamento. Apesar dessas limitações, a recarga doméstica continua sendo a opção mais econômica e conveniente.

carros elétricos
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9. Mudança de paradigma

Os governos oferecem incentivos para estimular a compra de elétricos, como isenção de impostos, descontos e subsídios. Entretanto, esses benefícios variam conforme a região e podem ser temporários. Além dos incentivos financeiros, algumas cidades permitem isenção de rodízio e estacionamento gratuito. No entanto, a descontinuidade de políticas públicas pode afetar o mercado e a atratividade dos elétricos a longo prazo.

10. Falhas de tecnologia

Carros elétricos oferecem aceleração imediata e uma condução silenciosa, proporcionando conforto e eficiência. Sem marchas, a dirigibilidade é mais fluida, e o torque instantâneo garante respostas rápidas. A frenagem regenerativa melhora a eficiência energética, reaproveitando a energia para a bateria. No entanto, a autonomia limitada e a necessidade de planejamento para recargas podem impactar a experiência, especialmente em viagens longas.

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Veja Também: Descubra os carros elétricos mais eficientes do Brasil


Fontes: Olhar Digital, O Estadão – Jornal do Carro, AutoPapo.

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Desde que o ser humano passou a olhar para o céu e observar as estrelas e outros corpos celestes, percebeu que sua vida estava sujeita a formas maiores do que sua própria compreensão. Enfim, sua segurança está ameaçada por diversos perigos potenciais. Um deles são os asteroides. Cientistas dizem que há poucas chances de um deles colidir com a Terra em um futuro próximo. Mas e se eles estiverem enganados?

Uma coisa é certa, se um evento desses ocorresse, seria devastador para o nosso planeta. Este artigo do Engenharia 360 explora os cenários possíveis de um impacto de asteroide na Terra, analisando quais seriam as consequências imediatas e a longo prazo. Afinal, será que a humanidade está preparada para enfrentar tal ameaça cósmica? Quais estratégias de defesa estão sendo adotadas para nos proteger? Acompanhe!

asteroide
Imagem de Freepik

O que aconteceria se um asteroide atingisse a Terra?

Fatores determinantes

Antes de tudo, de tentarmos entender o que aconteceria com a Terra se um asteroide colidisse nela, precisamos considerar alguns fatores que influenciaram provavelmente a magnitude e a natureza desse impacto, alterando completamente o cenário final.

1. Tamanho

Se for pequeno, pode causar um brilho nada ameaçador. Mas, se for grande, pode causar danos significativos a comunidades inteiras, podendo arrasar vidas de diversas espécies.

2. Composição

Os asteroides rochosos tendem a se fragmentar na atmosfera e ter menor impacto no solo – apesar de que a explosão pode causar danos apenas pela liberação de energia. Já os metálicos são mais densos e podem resistir à passagem na atmosfera, chegando à superfície do planeta com potencial destrutivo. 

3. Velocidade de entrada na atmosfera

Isso interfere na quantidade de energia liberada durante o processo. Quanto maior a velocidade, maior a energia cinética que se transforma em calor, luz e ondas de choque no momento da colisão.

4. Ângulo de entrada na atmosfera

Também é um problema a ser considerado. Se o asteroide entra na atmosfera da Terra em ângulo rasante, pode percorrer uma distância maior na atmosfera, fragmentando-se e perdendo energia antes de atingir o solo. Já um asteroide em ângulo perpendicular atinge a superfície com força, causando uma grande cratera e liberando mais energia no impacto.

5. Local de impacto

Se o incidente ocorrer em área desabitada, os danos aos humanos serão menores. Mas cair no oceano também não seria bom, podendo gerar um tsunami devastador, inundando áreas costeiras e causando destruição em larga escala bem além do ponto de impacto.

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Imagem de stockgiu em Freepik

Consequências imediatas

Agora, depois que fizemos uma revisão na lista de fatores determinantes, que podem alterar o resultado final de uma colisão de um asteroide com a Terra, vamos imaginar o pior cenário, certo? Uma sequência de eventos catastróficos, numa magnitude suficiente para causar danos significativos!

1. Impacto do asteroide e onda de choque

O asteroide que matou os dinossauros abriu uma cratera (a cratera de Chicxulub, no México) com cerca de 180 quilômetros. Esse é o primeiro efeito do impacto de um asteroide. Lembrando que a formação da cratera vai depender do tamanho, velocidade e composição do corpo celeste. Mas o processo é violento, envolvendo compressão e vaporização de materiais no ponto de impacto.

O que acontece depois é que a energia liberada lança detritos para toda parte, gerando terremotos de alta magnitude.

asteroide
Imagem de NASA em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Cratera_de_Chicxulub#/media/Ficheiro:Chicxulub2.jpg

A onda de choque é como uma explosão de ar comprimido, se propagando a partir do ponto de impacto a velocidades supersônicas, destruindo tudo pela frente, até edifícios. E é possível que haja um pulso de calor intenso, incendiando florestas, campos e cidades inteiras, mesmo a quilômetros de distância. Esses incêndios podem liberar grandes quantidades de fumaça e fuligem na atmosfera, afetando o clima global.

2. Tremores de terra e chuvas de rochas

O impacto de um asteroide na Terra poderia ser sentido em todos os continentes através de inúmeros terremotos – de maior ou menor magnitude, a depender do tamanho do corpo celeste e da energia liberada no impacto. Por muito tempo, haveria detritos de rochas, poeira e vapor d’água poluindo a atmosfera do planeta. E eles depois cairiam no solo como chuva, destruindo ainda mais as regiões.

Consequências a longo prazo

Imagine agora se – por sorte ou azar – sobrevivemos ao impacto de um asteroide na Terra. Como seria continuar a viver no planeta? Bem, certamente não é uma tarefa fácil! O clima, a vida marinha, tudo ficaria alterado. Muitas pessoas e animais não mais existiriam. Por um tempo longo, a luz solar ficaria bloqueada pela poeira e fuligem na atmosfera, causando um resfriamento global. Esse “inverno” de meses ou anos impactaria demais a produção de alimentos e a disponibilidade de água.

Além do colapso dos ecossistemas, com a extinção de plantas e animais, veremos portos e instalações industriais devastadas após a passagem de tsunamis. Aliás, a liberação de grandes quantidades de CO2 por conta do impacto do asteroide aumentaria a acidificação dos oceanos, dificultando a formação de conchas e esqueletos de organismos marinhos. A cadeia alimentar nos oceanos estaria comprometida. E esse seria só o começo de uma extinção em massa, assim como ocorreu há 66 milhões de anos.

Caso você esteja se perguntando se pode cair asteroide no Brasil, a resposta é sim! Embora a chance seja pequena, existe essa possibilidade. E caso acontecesse, os impactos seriam os mesmos que em qualquer outra região do planeta.

Quais as estratégias adotadas para proteger o planeta?

Há muito tempo, agências espaciais ao redor do mundo, como a NASA e a ESA, mantêm programas de monitoramento contínuo do céu, com telescópios e radares, justamente para controlar os movimentos de objetos potencialmente perigosos para nós. Nesse caso, a cooperação internacional (incluindo trocas de informações e coordenação de esforços) é fundamental para o sucesso das iniciativas de defesa planetária. Se os astrônomos identificam uma rota arriscada de asteroide, é hora de agir!

A missão DART (Double Asteroid Redirection Test) da NASA, realizada em 2022, demonstrou a viabilidade da técnica de deflexão de asteroides para alteração de sua órbita. Outra estratégia que pode ser adotada é colocar uma nave espacial próxima ao asteroide e usar a gravidade da nave para puxar o asteroide lentamente para fora de sua trajetória. E, ademais, detonar uma bomba nuclear próxima para vaporizar parte da superfície do asteroide e alterar sua trajetória – essa é a alternativa mais controversa de todas, devido ao risco de fragmentar o corpo celeste e criar múltiplos objetos perigosos.

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Imagem reproduzida de Agência Brasil – EBC

Qual a maior ameaça hoje ao planeta Terra?

Recentemente, eles compartilharam com o mundo suas preocupações com o novo asteroide batizado de 2024 YRA, descoberto em 2024 por astrônomos no Chile. Acredita-se que haja uma chance muito pequena de colisão em 2032. Mas mesmo que seu risco de impacto seja mesmo reduzido, o caso serve de lembrete de que estamos vulneráveis às forças do céu e que precisamos nos preparar mais para defender nosso planeta em união.

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Imagem de NASA, Magdalena Ridge 2.4M Telescope, via G1

Simulações e testes são ferramentas essenciais para que os cientistas identifiquem lacunas no conhecimento do espaço e desenvolvam planos de resposta da engenharia para diversos cenários de impacto. Compreender melhor os efeitos de uma catástrofe como essa é fundamental para promover a educação e conscientizar a população sobre possíveis ameaças ao nosso redor.

Veja Também: O observatório brasileiro que caça asteroides


Fontes: UOL, CanalTech, Olhar Digital, G1.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A física é a base fundamental de muitas áreas da engenharia. Ela nos permite entender e prever o comportamento de sistemas físicos, desde o movimento de objetos até a interação de fluidos e a conduta de correntes elétricas. Para qualquer engenheiro, dominar certas leis da física é essencial para projetar, desenvolver e otimizar sistemas e produtos. Neste artigo do engenharia, vamos explorar seis leis da física que todo engenheiro precisa conhecer e dominar. Siga a leitura!

1. Ação e Reação: Inércia

Começamos nossa lista de leis da física com a primeira lei de Newton, também conhecida como a lei da inércia, fundamental para entender o movimento dos corpos. Ela afirma que um corpo em repouso permanecerá em repouso, e um corpo em movimento permanecerá em movimento com velocidade constante, a menos que uma força externa atue sobre ele. Essa lei é crucial em engenharia mecânica e civil, onde a inércia dos materiais e estruturas é essencial para calcular cargas e resistências.

Na engenharia civil, a inércia é considerada ao projetar estruturas que precisam resistir a forças externas como ventos, terremotos e cargas estáticas. Em engenharia mecânica, a inércia é vital no projeto de sistemas de freios e suspensão de veículos, onde a capacidade de controlar o movimento é essencial para a segurança e o desempenho.

leis da física que todo engenheiro precisa dominar
Imagem reproduzida de PrePara Enem

2. Leis dos Gases Ideais

Outra importante lei entre as leis da física é a dos gases ideais, que descrevem o comportamento dos gases em diferentes condições de pressão, volume e temperatura. A lei geral dos gases ideais combina as leis de Boyle, Charles e Gay-Lussac, e é expressa pela equação PV = nRT, onde P é a pressão, V é o volume, n é o número de moles do gás, R é a constante dos gases ideais e T é a temperatura em Kelvin.

Essas leis são fundamentais na engenharia química e mecânica, especialmente em sistemas que envolvem compressão e expansão de gases, como motores a combustão interna e turbinas a gás. Além disso, elas são essenciais no projeto de sistemas de refrigeração e condicionamento de ar.

leis da física que todo engenheiro precisa dominar
Imagem reproduzida de Thermal Engineering

3. Eletricidade Estática

A eletricidade estática refere-se à acumulação de cargas elétricas em superfícies. Isso ocorre quando há transferência de elétrons entre materiais, resultando em uma carga elétrica líquida. A eletricidade estática pode causar problemas em equipamentos eletrônicos e industriais, mas também tem aplicações práticas, como na tecnologia de impressão e na limpeza de superfícies.

Na engenharia elétrica e eletrônica, a eletricidade estática é um fator crítico na proteção de componentes eletrônicos sensíveis. Técnicas de aterramento e uso de materiais antiestáticos são comuns para prevenir danos causados por descargas elétricas estáticas.

leis da física que todo engenheiro precisa dominar
Imagem reproduzida de PrePara Enem
leis da física que todo engenheiro precisa dominar
Imagem reproduzida de Brasil Escola – UOL

4. Efeito de Bernoulli

O efeito de Bernoulli descreve a relação entre a pressão e a velocidade de um fluido em movimento. A lei afirma que, para um fluido ideal, a pressão diminui à medida que a velocidade aumenta. Isso é crucial na aerodinâmica e hidrodinâmica, explicando como as asas de aviões geram sustentação e como os tubos de ventilação funcionam.

Na engenharia aeroespacial, o efeito de Bernoulli é essencial para o projeto de asas e superfícies de controle de aeronaves. Na engenharia civil, ele é aplicado no projeto de sistemas de drenagem e esgotos, onde a velocidade do fluxo de água é importante para evitar congestionamentos.

leis da física que todo engenheiro precisa dominar
Imagem reproduzida de Wikipédia

5. Efeito Coandã

O efeito Coandã é o fenômeno pelo qual um fluido tende a seguir uma superfície curva ou inclinada. Isso ocorre porque o fluido em movimento gira em torno da superfície, criando uma região de baixa pressão atrás dela. Esse efeito é observado em diversas aplicações, desde a aerodinâmica até a medicina.

Na engenharia aeroespacial, o efeito Coandã é usado para melhorar a eficiência de sistemas de controle de fluxo de ar em aeronaves. Na engenharia civil, ele é aplicado em projetos de túneis e canais, onde a direção do fluxo de fluidos é crucial.

leis da física que todo engenheiro precisa dominar
Imagem reproduzida de Wikipédia

6. Efeito da Tensão Superficial

Para finalizar nossa lista de leis da física, vale destacar que a tensão superficial é a força que atua na superfície de um líquido, fazendo com que ele se comporte como se tivesse uma “pele” elástica. Esse fenômeno é responsável por muitos efeitos observados na natureza, como a capacidade de certos insetos de caminhar sobre a água.

Na engenharia química, a tensão superficial é importante no projeto de processos de separação de líquidos e no desenvolvimento de produtos como detergentes e surfactantes. Na engenharia biomédica, ela é estudada para entender melhor a interação entre líquidos e superfícies biológicas.

leis da física que todo engenheiro precisa dominar
Imagem reproduzida de Wikipédia

O vídeo a seguir explica melhor todas as leis da física explicados neste texto:

A física como ferramenta de inovação

Dominar as seis leis da física que exploramos neste artigo é essencial para qualquer engenheiro que deseja inovar e construir um futuro mais eficiente e seguro. A física não é apenas uma ciência teórica, é uma ferramenta poderosa que nos permite compreender e moldar o mundo ao nosso redor. Ao aplicar os princípios da física em nossos projetos, podemos criar soluções inovadoras que beneficiam a sociedade como um todo.

Lembre-se, a engenharia é a aplicação prática dos princípios científicos. E, no coração desses princípios, encontramos as leis da física. Portanto, continue aprendendo, explorando e aplicando a física em seus projetos. O futuro da engenharia depende disso.

Veja Também: As Leis Fundamentais da Física na Engenharia


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Engenharia 360 traz para esse artigo um exemplo inspirador de construção civil. Diretamente de Valparaíso, no Chile, Patrimônio Histórico tombado pela Unesco em 2003, um projeto de Christian Barrientos e Antonio Menéndez, do escritório chileno Rearquitectura.

O desafio era erguer 20 casas em um fino terreno inclinado de 418 metros quadrados. E mais do que isso essas habitações precisavam ser erguidas em materiais acessíveis. Qual a saída? Desenvolver lofts geminados com as características básicas para os moradores viverem bem e com conforto. Confira mais detalhes sobre esse projeto a seguir, neste artigo do Engenharia 360!

A construção dos sobrados de Valparaíso

Os pequenos sobrados (conjunto de lofts) projetados pelo estúdio Rearquitectura foram batizados de Yumgay II, pois fica em uma colina homônima. Ao redor estão construções coloridas e com proporções reduzidas. Então pareceu muito lógico para os designers seguir tais características para não destoar do entorno.

projeto modelo casas construção civil chile
Imagem de Marcos Mendizabal reproduzida de Archdaily

As proporções das fachadas também são bem marcantes justamente para respeitar a escala. As faces são estreitas, com apenas 11 metros de largura; e são revestidas com o material típico da região, placas de aço galvanizado ondulado em diferentes tons. Essa solução (para nós atípica) foi responsável por grande economia ao projeto. Aliás, optar por materiais locais é sempre uma boa forma de economizar com o transporte e incentivar o desenvolvimento regional.

Particularidades de engenharia do conjunto

Do lado de fora, esses lofts chilenos possuem três pavimentos cada; mas do lado de dentro, cada um é dividido de um jeito diferente. Em comum, todos têm fachadas coloridas e terraços com vista para o mar Vale destacar sobre esse conjunto também o modelo de esquadria utilizado, que acompanha a extensão do pé direito e permite a entrada de luz natural.

projeto modelo casas construção civil chile
Imagem de Marcos Mendizabal reproduzida de Archdaily

De longe é possível perceber facilmente como os projetistas resolveram bem a questão da implantação. Eles se valeram total da topografia.

projeto modelo casas construção civil chile
Imagem de Rearquitectura reproduzida de Archdaily
projeto modelo casas construção civil chile
Imagem de Marcos Mendizabal reproduzida de Archdaily

Outra preocupação do projeto foi manter a natureza intacta aproveitando o lote sem danificá-lo. Para isso, foram evitados muros de arrimo e perfurações profundas nas rochas. Então os construtores optaram por erguer as casas a partir de plataformas que acompanham o desnível da rua. Já quanto às fundações, elas foram desenvolvidas de maneira isolada, assim como explicamos antes, em pequenas plataformas que sustentam a estrutura de concreto armado.

projeto modelo casas construção civil chile
Imagem de Rearquitectura reproduzida de Archdaily

Essa solução de Engenharia, de fundação adaptada, somada a tantas outras, como escolha de materiais da região e itens acessíveis para a integração dos ambientes, fizeram a construção ser 60% mais barata do que qualquer estimativa inicial. Só para se ter uma ideia, o valor agregado dessa obra é o mesmo que três lares comuns somados.

Soluções amigas do meio ambiente

Vale destacar que o revestimento escolhido para os terraços dessa obra ajuda a escoar a água – inclusive evitando poças pelo chão. Grama esse foi o material utilizado para forrar o piso, uma saída barata e ecológica que  reduz a necessidade de ligar o ar condicionado – o que ajuda a deixar a conta de luz mais enxuta.

Já para as áreas internas, foi escolhido só um material, ardósia, que também é barata e de fácil manutenção.

projeto modelo casas construção civil chile
Imagem de Marcos Mendizabal reproduzida de Archdaily

Integração entre cômodos para ganho de espaço

Assim como bem se faz em uma arquitetura moderna a planta desenhada pelo estúdio Rearquitectura é livre, sem paredes delimitantes. Os cômodos são integrados com áreas funcionais marcadas por mobiliário inteligente desenvolvido com MDF. Tudo gira em torno de um eixo central dessa área partem corredores que levam as unidades dispostas em três pavimentos com escadas que facilitam a circulação.

projeto modelo casas construção civil chile
Imagem de Marcos Mendizabal reproduzida de Archdaily
projeto modelo casas construção civil chile
Imagem de Marcos Mendizabal reproduzida de Archdaily

Veja Também: Como Construir Kitnet e Lucrar: A Estratégia Revelada


Fontes: Revista Construir Mais por Menos, Editora Escala, Número 9, Archdaily.

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Imagine que você adquiriu um novo imóvel e deseja transformar um simples dormitório em uma suíte, mas não imagina como, pois não há uma infraestrutura de esgoto gravitacional próxima ao local. Pois bem, e se te disséssemos que hoje já existe uma solução que permite criar um banheiro completo de forma acessível e prática em qualquer espaço de casa? Um exemplo é a tecnologia SANITRIT (Não é publi, viu galera!), solução moderna projetada especialmente para instalação de banheiros em locais inusitados e sem necessidade de grandes reformas. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

@sanitritbrasil

Precisa fazer um banheiro onde não tem saída para esgoto por gravidade? Instale o triturador sanitário com bomba integrada. #arquiteturadeinteriores #reformassemquebrar #retrofit

♬ som original – Sanitrit Brasil

Conhecendo o triturador sanitário SANITRIT

Parece impossível, mas, teoricamente, com tecnologias como a da SANITRIT, seria possível ter um banheiro novo em casa em menos de 24 horas – e tudo isso sem precisar realizar quebra-quebra de piso ou realizar grandes reformas. Acredita? Bem, a solução desenvolvida pela empresa francesa SFA é basicamente um triturador sanitário, que transforma dejetos sólidos em líquidos, permitindo que sejam descartados no ramal de esgoto principal da construção.

A saber, para que esse esquema revolucionário de hidráulica funcione, se faz necessário um sistema de bomba interligada a tubos pequenos de PVC.

Quer saber? Já existem tecnologias inovadoras que viabilizam a instalação de lavatórios, chuveiros, pias de cozinha e mais em locais sem acesso direto ao esgoto. Por isso, dá para fazer banheiros e até conzinhas completas onde quiser!

Sanitrit
Imagem divulgação SANITRIT via Arquitetura – Viva Decora

Exemplos práticos

Segundo os desenvolvedores, essa tecnologia SANITRIT pode ser instalada em lugares considerados pelas pessoas como improváveis, a exemplo de sótãos ou coberturas, áreas em subsolo, lavanderias, construções auxiliares em quintais, etc. O objetivo é transformar esses espaços subutilizados em áreas funcionais e confortáveis. E além das residências, o esquema pode ser replicado em diversos outros ambientes, como hotéis, restaurantes, quiosques e escritórios. Justamente a versatilidade do produto é que permite esse amplo leque de possibilidades!

Sanitrit
Imagem divulgação SANITRIT via SOS Clima & Caldaie

Funcionamento e instalação da tecnologia SANITRIT

O triturador SANITRIT é composto por lâminas para trituração da massa orgânica, transformando-a em líquido, que é bombeada para os tubos de PVC (diâmetro de 28 e 32 mm) e depois para o esgoto. Vale destacar que essa bomba é capaz de operar até 5 metros na vertical e 100 metros na horizontal – é aí o “pulo do gato” -, permitindo que os resíduos sejam transportados a longas distâncias. Todo o ciclo é rápido, ocorrendo em cerca de 10 segundos, com eficiência e rapidez no descarte – sendo que as lâminas podem operar várias vezes neste período se necessário.

Ademais, o sistema SANITRIT é considerado ‘inteligente’, pois possui um monitor de pressão que controla sozinho o nível da água, acionando automaticamente as lâminas e a bomba quando a marca atinge o limite.

Sanitrit
Imagem divulgação SANITRIT via Galeria da Arquitetura
Sanitrit
Imagem divulgação SANITRIT via Elettronew

A instalação do SANITRIT em si é bem fácil e rápida; mas, atenção, o sistema exige uma tomada elétrica nas proximidades e a conexão do triturador a um tubo de PVC para o esgoto. O aparelho precisa ser colocado o mais próximo possível do vaso sanitário (no máximo 15 cm de distância) e, se necessário, o percurso horizontal da água deve ser feito com tubos a uma inclinação de 1% até o tubo de descarga geral. Na etapa final, deve-se fazer um teste para garantir que o sistema como um todo está funcionando corretamente, sem vazamentos.

Veja Também: Os principais tipos de sistemas de descarga sanitária

Vantagens do sistema SANITRIT

Se você ainda está na dúvida sobre considerar ou não a instalação de um banheiro SANITRIT, confira esta lista de vantagens do sistema:

  • A tecnologia garante mais liberdade para instalar banheiro completo em qualquer parte da sua casa, em locais antes considerados inviáveis e longe de infraestrutura de esgoto.
  • Esse tipo de sistema oferece custo menor de instalação se comparado aos métodos tradicionais de construção, que exigem grandes reformas.
  • Seu nível de ruído é inferior a 56 dB – ou seja, quase imperceptível -, não perturbando as pessoas no ambiente em que está instalado.
  • E também, graças a um filtro especial de carvão ativado, há zero liberação de odores desagradáveis durante o processo de trituração e bombeamento.
  • Para completar, a empresa SFA garante a durabilidade e eficiência do produto por mais de 55 anos, com os componentes fabricados seguindo padrões internacionais de qualidade.

Além de todos os benefícios já citados, vale comentar que a engenharia do SANITRIT também contribui para a sustentabilidade das reformas. Primeiro, ao evitar a necessidade de grandes obras e intervenções nas estruturas dos imóveis, isso inclui cortes e rupturas nas paredes. Depois, por reduzir o desperdício de materiais e alterações no projeto original da construção – uma economia de tempo e dinheiro para todos. Por último, a instalação reduz os custos das obras de banheiros em até 50%.

Numerosos proprietários de imóveis já utilizaram tecnologias como o SANITRIT para realizar reformas rápidas e sem grandes transtornos. O que você está esperando? Instale hoje mesmo um novo banheiro na sua casa!


Fontes: AEC Web, Blog Sanitrit, SFA Sanitrit.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Em todo mundo, podemos encontrar grandes arranha-céus inacabados e desocupados; o motivo pelo estado da sua conservação por vezes é um enigma. Ademais, custear uma reforma também pode ser um projeto impraticável. Por isso, eles permanecem no mesmo estado, assombrando a todos com as histórias de dificuldades econômicas e fracassos de seus antigos proprietários.

É sempre triste ver uma engenharia em ruínas – ainda mais para nós, amantes das engenharias. Contudo, alimentamos a esperança de que um dia possa haver uma revitalização. Antes que isso possa ser uma realidade, vamos conferir neste artigo do Engenharia 360 alguns desses gigantes abandonados.

1. Beirut Trade Center, Beirute

Começamos esta lista de arranha-céus abandonados com essa torre conhecida como ‘Torre da Amargura’, com 140 metros de altura. Ela está localizada bem no centro da cidade e foi construída no início da guerra civil libanesa, em 1975. Acontece que nunca chegou a ser construída e hoje está em deterioração. Historiadores relacionam sua imagem aos conflitos do Oriente Médio.

arranha-céus abandonados mais altos do mundo
Imagem reproduzida de Archilovers

2. Plaza Tower, Nova Orleans

Agora indo para os Estados Unidos, vale conhecer esta torre de 162 metros do ano de 1960. Ela também teve um destino trágico. Originalmente projetada para ser um edifício de escritórios, teve sua estrutura afetada pelo furacão Katrina em 2005. O estrago foi tamanho que não teve jeito a obra foi condenada de vez. Agora Nova Orleans prepara sua demolição.

arranha-céus abandonados mais altos do mundo
Imagem de Infrogmation em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Plaza_Tower#/media/File:CBD11Oct07PlazaTower.jpg

3. One AT&T Center, St. Louis

Outro exemplar entre os arranha-céus dos Estados Unidos que está desocupado. Este Edifício de 179 metros foi inaugurado em 1985 e projetado para ser um centro corporativo de alto nível. Chegou a ser arrematado por um grupo num Valor De Milhões em 2024. Mesmo assim, seu futuro é incerto. A boatos de que possa vir a ser transformado em um prédio de apartamentos.

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Imagem de Matthew Black em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:One_AT&T_Center.jpg

Veja Também: Histórias de pessoas que revitalizaram áreas abandonadas com o cultivo de espécies

4. Sathorn Unique, Bangkok

A torre fantasma da Tailândia de 185 metros teve sua construção interrompida pela crise financeira asiática de 1997; e a estrutura ficou assim inacabada até os dias de hoje, com riscos de segurança. Todavia, o edifício ainda é considerado um ícone da engenharia.

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Imagem de Chainwit em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Sathorn_Unique_Tower#/media/Ficheiro:
Sathorn_Unique_Tower_Bangkok_abandoned_skyscraper_April2021.jpg

5. Centro Financeiro Confinanzas, Venezuela

A ‘Torre de David’ é um dos arranha-céus abandonados do mundo tem 190 metros de altura e foi projetado para ser um centro financeiro. Contudo, suas obras de construção foram paralisadas em 1994 por conta da morte de seu idealizador. Por anos a torre foi ocupada por milhares de pessoas sem teto. Só em 2014 é que essas pessoas começaram a ser desalojadas devido às condições precárias da habitação.

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Imagem de EneasMx em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Torre_de_David_-_Centro_Financiero_Confinanzas.jpg

6. 1 Seaport, Nova York

Voltamos aos Estados Unidos para conhecer esta torre de 204 metros; talvez seja o caso mais curioso da nossa lista. Trata-se de uma obra que começou a dar problemas desde o início de sua construção. Em 2020, ela precisou ser paralisada, pois a estrutura do edifício estava afundando. Hoje o futuro do empreendimento é incerto.

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Imagem de Jakub Hałun em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/161_Maiden_Lane#/media/
File:161_Maiden_Lane_from_East_River.jpg

Veja Também: As 7 maiores estruturas de edifícios do mundo na atualidade

7. OceanWide Plaza, Los Angeles

Este complexo de três Torres de 206 m de altura do ano de 2019 foi projetado para abrigar hoteis de luxo e unidades residenciais. Mas, infelizmente, é outro caso de obra inacabada. Pelo menos desta vez, há esperança de retomada!

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Imagem de Benoît Prieur em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:
Oceanwide_Plaza_III_%28Los_
Angeles%29_from_12th_Street_%28July_2022%29.jpg

8. Ryugyong Hotel, Coreia do Norte

Tal monumento asiático é famoso, considerado cartão postal do seu país. Tem 330 metros e começou a ser construído em 1987; abandonado na década de 1990 por conta de uma crise financeira. Em várias ocasiões, o governo tentou retomar a obra, mas até hoje ela permanece incompleta.

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Imagem de Joseph Ferris III em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Hotel_Ryugyong#/
media/Ficheiro:Ryugyong_Hotel_-_August_27,_2011_(Cropped).jpg

9. SkyCity, Filipinas

Este era para ser o arranha-céu mais alto das Filipinas, tendo 335 metros de altura. Seu projeto é datado de 1997 e as obras até chegaram a iniciar. Porém, elas foram paralisadas por conta de disputas legais. Hoje o local é só um buraco coberto de vegetação.

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Imagem de Matthew Gan em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Skycity#/media/Ficheiro:
EGI_Skycity_Mandaluyong_Ortigas_EDSA_2.jpg

10. Golding Finance, China

Para completar esta lista de arranha-céus abandonados falamos desta estrutura com surpreendentes 598 metros, uma das mais altas do mundo. Sua construção começou em 2008, mas precisou ser parada na crise financeira de 2010. Estima-se que para concluir o edifício seria necessário 10 bilhões de dólares.

arranha-céus abandonados mais altos do mundo
Imagem de N509FZ em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Goldin_Finance_117#/media/
Ficheiro:Goldin_Finance_117_under_construction_(20180210142905).jpg

Considerações finais

O Golden Finance 117  é o maior edifício abandonado do planeta, segundo o Guinness Book, e ele representa os desafios das mega construções na China. Como sabemos, os chineses são experts em engenharia civil, executando obras desde as pontes aos túneis. Então, ver uma obra dessa magnitude – que era para ter hoteis, lojas e residências de luxo – largada no tempo, impressiona bastante. Hoje, de longe, pode-se ver seu esqueleto, com três quartos da fachada concluída, coroado de dois enormes guindastes. 

Pode ser que nada supere esse caso. Explicamos o porquê: é que a legislação chinesa mudou e agora proíbe construções com mais de 500 metros de altura – e até mesmo torres de 250 m ou mais devem enfrentar restrições severas. O objetivo, em tese, é “recuperar a identidade arquitetônica chinesa”. Bom, vamos concordar que é melhor assim do que mais obras abandonadas a longo prazo.


Fontes: Click Petróleo e Gás, Época Negócios.

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